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Da bwbepoetry

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onde elle nota o quão sujo é o apartamento do seu vizinho e decide limpar sem que ele saiba. ❝primeiro você i... Altro

OO1. grupo
OO2. elle
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Da bwbepoetry

É realmente muito difícil expressar como estou me sentindo depois dos ocorridos na noite de halloween. Aconteceu muita coisa e tudo muito rápido.

Uma hora eu estava contente ao lado do Vinnie e na outra eu estava extremamente puta por suas atitudes. E pra completar e fechar a noite com chave de ouro, ele ainda se declara.

Eu fiquei brava pela forma precoce que ele agiu com o Jordan, sem ele ter feito nada, mas fiquei pior quando vi a Madison desesperada com toda aquela porradaria, resultando a ela sentir dores e entrar em trabalho de parto mais cedo do esperado, embora já tivesse completado nove meses recentemente.

Não durmo muito bem desde que recebi aquela declaração do Vinnie. Eu não esperava. E eu sei que preciso colocar a cabeça no lugar, por mim e pela Maddy, já que estou ajudando-a. Depois daquela noite, eu o vi apenas três vezes em cinco dias e não trocamos mais de dez palavras. E por ele não estar mais no apartamento, dificulta ainda mais.

As poucas vezes que nos falamos foi por opção dele, quando tentei puxar assunto o mesmo dava um jeito de fugir e sei que é culpa minha, mas também não paro de pensar nisso e sobre a loja que eu possivelmente trabalharia.
Eu entendo que reagi super mal, não consigo nem imaginar como está a cabeça dele nesse momento, e, se eu pudesse voltar atrás, eu o faria. Mas agora não sei como trazer esse assunto à tona e isso o fez ficar distante. Eu sei que fez.

— Sabe onde o Vinnie está ficando? — pergunto a Maddy, enquanto ela amamenta a Rory.

— Não, ele não disse. — responde e eu suspiro. — Achei que ele ficaria um pouco mais aqui.

— Eu também. Talvez ele se apressou depois do que aconteceu. — me sentei ao seu lado.

— Mas já estamos bem e entendemos o que aconteceu. O Jordan também não está mais bravo. — ela jogou a cabeça para trás e suspirou.

— Sinto que tenho uma parcela de culpa. — admito e ela me encara confusa, perguntando por qual motivo. — Ele meio que disse que me ama. — fiquei em silêncio, encarando minhas mãos. — Na verdade, ele disse com todas as letras: "eu amo você". — quando volto a olhá-la, ela está com os olhos enormes, incrédula.

— E o que você disse?

— Que aquilo podia ser efeito do álcool. — ela continuou sem acreditar. — É eu sei, eu reagi muito mal.

— Mal? Você reagiu péssima, Elle. — se alterou um pouco, o que fez a Rory chorar.

Ela pediu silêncio por alguns minutos para terminar de amamentar e colocar a pequena pra dormir e quando isso aconteceu, fomos para o quarto colocá-la no berço.

Me atrevi a pegar as roupinhas pra arrumar na pequena cômoda do quarto e a ruiva resolveu descansar as costas.

— Voltando ao assunto… — ela diz e eu a olhei por alguns segundos antes de continuar o que estava fazendo. — Eu conheço o Vinnie, ele é o meu melhor amigo e se ele finalmente disse o que estava sentindo em relação a você, não é mentira.

— Tinha que dizer num momento daquele?

— Pode ser que não foi um momento apropriado, mas acho que não temos o direito de dizer quando ele deve fazer isso. Ele achou que aquela era a hora certa. E sim, estava acontecendo muita coisa e talvez seja isso que o fez confessar.

— Mas-

— Não tem "mas", Elle! Tudo bem que você tem o direito de reagir dessa forma ou até não sentir mesmo, porém ele também.

— Eu entendo, Maddy. — fechei a gaveta e me sentei na cama. — Só que… não sei!

— Não sente o mesmo?

Abaixei o olhar e suspirei, jogando o meu corpo sobre a cama e encarando o teto. Olhei novamente para a Maddy e sentei de volta, mordendo o meu lábio inferior, confusa.

— É.. É.. — gesticulei sem rumo. Maddy se sentou também, se apoiando na cabeceira da cama. — Eu acho que gosto dele também.

— Achar não é uma resposta! — ergueu a sobrancelha. Eu sei que não é. — Vocês já estão se envolvendo tempo suficiente para saber o que sentem. Ele já tem certeza, mas não tem como dar mais um passo por você. — ela se levantou e deu uma olhadinha no berço. — Vocês já são grandinhos, precisam ter mais maturidade sobre o que querem e o que sentem.

Por que relacionamentos amorosos são complicados? Não poderiam ser mais fáceis. Eu não poderia ter certeza do que sinto e acabar com essa angústia?

— E o que eu faço? — pergunto, sem me mover.

Sempre tive certeza do que eu queria, pedir conselhos não é algo que eu goste porque me sinto incapaz, mas agora está muito difícil decidir e pensar em algo.

— O que você acha que deve fazer? Eu tenho certeza que sabe, mas parece que não se importa em tomar uma decisão. — ela para na minha frente e segura minha mão. — O Vinnie não vai te esperar pra sempre.

A última frase foi suficiente para girar uma chavinha na minha cabeça. Ele pode não esperar e nunca esteve nos meus planos mete-lo nas minhas inseguranças.

— Obrigada, Maddy. — sorri, agradecida e me levantei, puxando-a para um abraço. — Vou preparar o jantar pra vocês, descansa. — ela assentiu e eu me direcionei para a cozinha.

Desde que elas receberam alta, que foi há dois dias, eu passo a maior parte do tempo lhe ajudando enquanto o Jordan trabalha. Não permito que ela faça muito esforço para arrumar a casa e nem se preocupar com o que vão comer, como madrinha, me sinto no dever de fazer isso. Cuidar de um recém-nascido já é cansativo o suficiente.

Passo a manhã toda fazendo faxina e na parte da tarde venho pra cá, que é quando o Huxhold vai trabalhar e ela fica sozinha. Só vou embora à noite, quando o loiro chega do serviço.

Enquanto preparo a janta, ensaio mentalmente em como voltar no assunto com o Vinnie e penso na forma que ele está se sentindo com tudo isso. Fui uma burra insensível, mas ao mesmo tempo, sei que não tinha outra forma de agir com tudo que estava acontecendo. Eu não poderia pensar em outra coisa além do nascimento da Rory.

Fico imaginando como eu me sentiria se estivesse no lugar dele…tenho certeza que péssima e não iria querer vê-lo tão cedo.

Mexo no meu celular em cima do balcão enquanto as panelas estão no fogo, demoro alguns minutos para criar coragem e clicar no contato do Hacker, iniciando uma chamada. Sem sucesso, caiu na caixa de mensagem.

[...]

Depois de tudo pronto, me direciono para o quarto e encontro a Maddy com a filha no colo, andando levemente de um lado para o outro.

— Preciso tomar um banho, olha ela pra mim? — ela pediu assim que notou a minha presença. Assenti, indo até as duas e pegando a minha afilhada no colo.

Um sorriso se formou em meus lábios. Ela é tão perfeita.

— Vai ser rápido! — foi até o guarda-roupa e pegou a mais apropriada possível para dar de mamar a Aurora.

— Não precisa se preocupar, leve o tempo que precisar. — digo, balançando devagarinho o meu corpo.

Quando ela saiu, encarei fixamente a Rory em meu colo, com um sorriso enorme em meus lábios e os olhos moderadamente marejados.

Fico pensando se algum dia eu conseguirei ter um bebê pra chamar de meu, e ter um relacionamento tão perfeito como é o da Maddy e o Jordan. E mesmo sabendo que essa preciosidade, nos meus braços, não foi planejada por eles, ambos agiram e aceitaram de forma linda.

— Você é tão sortuda, meu amor. — digo baixinho, acariciando a curva do seu narizinho. — Você terá os melhores pais do mundo.

É triste saber que os pais dos dois não aceitaram o rumo que levou a relação deles e que, indiretamente, foram "expulsos" de casa por conta de uma gravidez indesejada por eles. Não consigo imaginar como fica a cabeça da Maddy por conta disso. É triste e revoltante, porque no momento em que ela mais precisou e precisa de apoio, foi chutada.

Amor, cheguei. — ouço a voz do Jordan e ando até a porta do quarto, quando ele me vê, se aproxima com um sorrisão, mas não chega perto de nós duas.— Papai não pode te pegar agora, mas eu tô morrendo de saudades. — confessa à distância. — Oi, Elle. — respondo de volto. — Cadê a Madison?

— Tomando banho. — ele entra no quarto, guardando suas coisas. — A janta está pronta, se quiser, pode ir comendo.

— Valeu mesmo, você é um anjo nas nossas vidas. — Huxhold deixou um beijo rápido em minha bochechas.

Depois que a Maddy saiu do banheiro, foi a vez de eu ajudá-la a dar banho na Rory. Coloquei a banheira sobre a cama já com a água na temperatura correta, ficando próxima das mesmas caso precise de ajuda. Jordan aproveitou para tomar o seu banho.

— Tenho que ir. — avisei, terminando de passar a escovinha nos seus poucos fios loiros. — Tchau, minha bonequinha. — cheirei o seu rosto ao invés de deixar o beijo. Depois me despedi da Maddy.

Gritei o Jordan quando passei pelo banheiro, dando uma batida na porta e me despedindo também.

A primeira coisa que faço quando entro no meu apartamento é ver como a Hera está, trocando sua água e ração. Depois, me despedi do cansaço e comecei a arrumar a minha própria casa, retirando todos os lixos do meu quarto, banheiro e cozinha. Deixo-os próximos a porta e vou tomar um banho rápido, estou me sentindo muito suja (e deveria).

Depois de uns trinta minutos no banheiro, saio devidamente vestida e com os cabelos presos. Passo perfume e desodorante, e indo para o primeiro cômodo. Dou um beijo na testa da minha gata e saio do meu apartamento para jogá-los porque não consigo deixar pra fazer isso amanhã.

— Boa noite, Vinnie. — digo, quando ele passa por mim e vai em direção às escadas. Ele já havia subido um degrau.

— E aí, Elle? — desceu e me olhou, sorriu curto. — Tenho que colocar o meu celular pra carregar. — mostrou o seu carregador e eu assenti.

— Entendi. — é a única coisa que consigo dizer, mas continuo parada no mesmo lugar e o olhando.

Um silêncio constrangedor se instalou e não demorou muito para ele avisar que ia subir, eu apenas balancei a cabeça.

Merda, eu preciso parar de deixar as coisas saírem das minhas mãos com tanta facilidade.

— Vinnie, espera! — subi atrás do loiro, ainda com os sacos de lixos em minhas mãos. Ele já estava na segunda escada, próximo ao segundo andar.

— O que foi? — virou o seu corpo.

— Podemos conversar? — ele permaneceu imóvel e em silêncio.

— Tanto faz. — desconectou o seu olhar com o meu e suspirou.

Abri a boca, mas fechei. Não sei mais o que dizer.

— Na verdade, eu já queria conversar com você. — desceu os degraus e parou bem na minha frente. — Sobre a sua antiga loja.

— Ah… era sobre isso que eu queria falar também.

— Vou colocar o meu celular pra carregar na Maddy e podemos nos encontrar jaja. Quero te levar lá.

— Vou jogar os lixos. — estendi minhas mãos para cima, mostrando-o. Ele balançou a cabeça em concordância. — Te espero na porta do prédio.

— Fechou. — diz por fim e subiu, enquanto eu desci.

Depois de colocar os sacos em seu devido lugar, voltei para a porta do prédio e recostei na parede, cruzando os meus braços e observando a rua. Vou um pouco mais para a calça e levanto a cabeça, encarando o céu estrelado e sentindo a brisa da noite em meu rosto.

Essa falsa sensação de paz é maravilhosa, mas só eu sei o quanto o meu coração está pesado e angustiado por tudo que se passa na minha cabeça. Meu estômago está embrulhado pelo nervosismo e sinto minha garganta querendo fechar por conta da agonia que percorre pelo meu corpo.

Tudo que passei em relação a homens paira pela minha cabeça, não apenas pelo Jordan, mas sim pelos outros caras que eu já me envolvi, cheguei a namorar e não deu certo. E não foi por opção minha.

É horrível ter esse sentimento que você não é suficiente pra ninguém, e sei que eu deveria ser suficiente para mim mesma, mas não é tão fácil assim. Queria que fosse.

— O que você pensa tanto? — a voz do loiro, bem próxima ao meu ouvido, me faz assustar. Me viro para o mesmo com a mão sobre o peito e contendo um sorriso.

— Nada demais. — falo e coloco os fios soltos de meus cabelos atrás da orelha. — Vamos? pergunto e ele assente.

O de cabelos medios e com fios loiro escuro, enfiou as mãos no bolso de sua calça moletom preto e andou, eu o acompanhei com os braços cruzados, levemente desconfortável pelo silêncio.

— O seu cabelo cresceu bastante. — comento, depois de dar uma olhadinha. Ele apenas responde com um: "aham." — Está bonito. — elogio.

— Obrigado! — continuou de maneira fria e sem me olhar.

Apertei os meus lábios e prometi a mim mesma que não vou dizer mais nada até chegarmos na loja. Não vou forçar nada por agora, por mais que o erro tenha sido meu.

Depois de um percurso curto e constrangedor, chegamos na minha antiga loja e agora, ela está sem o nome na fachada. Deduzo que teremos que arrumar um outro nome. Espero o Vinnie abrir e dar passagem para eu entrar, ele fez isso logo e fechou de novo.

O olhei confusa pela ação de fechar.

— Não quero correr o risco de ser assaltado. — explica e eu balancei a cabeça em concordância.

A loja continua a mesma, só que sem as coisas para vender e que usavam para lavar os cachorros, mas o balcão e as prateleiras continuam no mesmo lugar.

— Você quer seguir com o que era antes? — ele perguntou, enquanto ainda passo o olhar pelo local.

— Não sei, talvez por enquanto. — me viro para ele, voltando a cruzar os braços. Ele está encostado no balcão que ficava os acessórios. — O que você acha?

— Você quem sabe. Mas podemos contratar um veterinário para você pegar confiança antes de montar um consultório para atender sozinha.

Mordo a bochecha e desvio o meu olhar para o lado. Por mais que eu tenha feito um estágio, ainda não tenho confiança para exercer o que curso sozinha, então, seria uma boa alguém experiente me auxiliando.

— Eu gostei da ideia. — me animo.

— Podemos pintar também. Dar o seu toque. — ele levantou, indo para o início da loja. Fui atrás. — O que acha?

— Sim, gostei também. E um nome… precisamos de um novo nome e que seja marcante.

— Concordo. Vemos isso depois porque eu não estou com cabeça agora. — suspirou auditivamente e se virou, ficando de costas.

Tudo voltou a ser um tremendo silêncio e posso jurar que o Hacker consegue ouvir as batidas aceleradas do meu coração como se tivesse com um estetoscópio.

Mordo o meu lábio inferior de nervosismo, olhando para o chão e com as mãos na cintura. Respiro fundo e coloco na minha cabeça que preciso encerrar esse assunto de uma vez por todas porque eu preciso de tranquilidade.

— Vinnie? — o chamo, mas ele não se move e nem fala nada. — Vinnie, precisamos conversar… sobre aquele dia.

— Eu não preciso de nada, já falei tudo o que tinha pra falar. — continuou de costas e suas mãos voltaram para os seus bolsos. — E nada daquilo foi efeito do álcool. — deu ênfase, como se estivesse esfregando na minha cara.

— Eu sei que não foi.

Ele finalmente se virou, mas sem nenhuma expressão concreta. — A gente realmente precisa conversar? — franziu o cenho ao falar. — Eu acho que não, Electra, você já deixou bem claro qual é a sua resposta. — tira conclusões sem me deixar respondê-lo.

Ok, agora ele parece estar decepcionado e não tiro a sua razão.

— Para de falar por mim.

Ele riu, desviando o olhar por alguns segundos.

— Você disse por si só. Eu me declarei, disse que via um futuro com você e que te amava. A sua resposta foi: "isso é efeito do álcool." e silêncio por dias. — esbravejou. — Não dizer nada também é uma resposta.

— Eu não sabia o que dizer! Você me pegou num momento péssimo. Eu estava com raiva e nervosa pela Maddy.

— Ah, Elle! — seu tom de voz é de lamentação. — Se você não percebeu, eu já insisti demais em você… em nós, e se você esperava que eu fosse outra vez atrás, está perdidamente enganada.

— Não esperava isso. Eu sei o que tenho que fazer.

— Não quero te obrigar a fazer nada, muito menos a sentir o mesmo que eu. — deu uma pausa e olhou pra cima, mordendo o lábio.

É notável o quão brilhantes estão seus olhos e infelizmente, é de tristeza.

— Eu sei o que você passou, principalmente em relação àquele que não pode ser citado, mas se você não está pronta para uma relação, se entregar verdadeiramente e ter uma visão de futuro com alguém, eu aconselho a não se envolver com ninguém da forma que se envolveu comigo. — ele expôs, me fazendo sentir um aperto no coração quando uma lágrima escorreu do seu olho.

Ele desviou o olhar, mordendo novamente os lábios e só consigo notar que ele não tem o controle das suas lágrimas após a primeira cair.

— Desculpa, eu não consigo mais me manter perto de você. — passou os dedos no rosto, limpando as lágrimas, porém elas continuam rolando. — Dói pra caralho e eu nunca pensei que conseguiria sentir isso de novo.

Eu estou travada. Completamente. Tudo que eu penso e quero dizer, não consegue sair. Minha garganta está fechada e doendo, e sinto o meu coração prestes a explodir de tanta dor.

Merda, Elle, fala alguma coisa. O meu subconsciente implora.

Vinnie saiu da minha frente e eu deixei. Ele andou em direção ao portão e eu deixei. Ele se abaixou para abri-lo e eu deixei. Ele levantou o seu corpo, deixando o portão no mesmo lugar, colocou a mão na cintura, olhou pra cima e suspirou, voltando a se abaixar… e eu deixei.

Eu te amo. — assumi, tirando um pouco do peso do meu coração. — Porra! — exclamei, sem acreditar. Vinnie, virou o seu rosto ainda parado no mesmo lugar e se levantou depois. — Eu amo você… eu só… te amo. — continuei no mesmo lugar e ele também. — Me desculpa, mas eu tenho tentado com toda força do mundo esconder, ignorar, não sentir, não aceitar, não falar… mas a verdade é que eu amo você demais. — confesso, com a voz falhando. — Você chegou, como a porra de uma doença e tomou a mim e ao meu coração por completo. Ele é mais seu do que meu e eu não aguento mais negar isso. Eu te amo, Vincent Hacker.

Ele está imóvel e isso me apavora, mas também permaneço no mesmo lugar, parece que pisei numa poça de cola permanente e não consigo me soltar.

— Puta que pariu. — ele finalmente disse algo. Ele finalmente andou ligeiro até mim e não disse mais nada, apenas segurou a lateral do meu pescoço deixando o polegar na minha bochecha e me puxou para ele, juntando os nossos lábios.

Um beijo. Um beijo um pouco rápido, mas foi o suficiente para liberarmos todo aquele peso de nossas costas. Eu não acredito que eu disse essas três palavrinhas e diversas outras.

Ele sorriu. Eu sorri. Nos olhamos fixamente, com os olhos mais brilhantes do que a lua cheia. E então, nos beijamos novamente.

— E o que faremos agora? — eu perguntei, depois de separarmos os nossos lábios outra vez.

— Eu não sei.

Ficamos em silêncio.

— Vinnie, eu sei que disse tudo isso um pouco tarde, mas foi a coisa mais verdadeira que eu já falei. — confesso. Suas mãos continuam segurando o meu rosto. — E se der errado?

— Todo tipo de relação está à mercê disso, mas se não arriscarmos… — ele engole a própria saliva, o seu olhar analisou o meu rosto e depois olhou para o lado por alguns segundos. — E se não der errado?

— Eu tenho medo.

— Eu também! — afirmou, olhando firmemente para mim. — Mas e se ficarmos com medo juntos? — o seu sorriso foi ganhando vida, me trazendo confiança e certeza.

— Aceito. — sorri de volta.

Ele puxou novamente o meu rosto e juntou nossas bocas.

Suas mãos descem aos poucos pelo o meu corpo, parando em minha cintura. Eu desci as minhas do seu pescoço, passando pelos seus braços tatuados e parando nos pulsos, os segurei e coloquei as suas mãos em minha bunda. Ele sorriu entre o beijo e eu também, logo senti um apertão e o meu corpo gruda mais no seu.

Seu corpo empurrou o meu para trás, nos fazendo parar quando minhas costas entraram em contato com a parede. E novamente, suas mãos voltaram para minha cintura, porém, a sua direita não demorou muito para descer por dentro do meu shortinho moletom.

Hacker, separou nossos lábios e encarou-me quando a ponta de dois dos seus cinco dedos começaram a se movimentar circularmente no meu ponto sensível, ainda por cima do tecido fino da minha calcinha, me fazendo deixar a boca entreaberta e deixar escapar uma respiração ofegante.

Ele continua me analisando friamente enquanto estimula a minha intimidade, me fazendo segurar com firmeza os seus dois braços definidos e com tatuagens espalhadas. Ele retirou os dois dedos e colocou em sua boca, depois colocou de volta, só que agora por dentro da minha calcinha, me fazendo soltar um gemido e apertar ainda mais seus braços.

Ele continuou e continuou, me levando a loucura e deixando minhas pernas fracas. Ele me vê perdendo as forças, mas não para, o que ele faz é enfiar os dois dedos dentro da minha intimidade e atingindo com precisão o meu ponto interno.

Seus olhos não param de me admirar.

— Estava morrendo de saudade. — ele sussurrou, me fazendo perder completamente o rumo. — Quero tanto te f-

— Por favor, Hacker… — o interrompi, implorando com dificuldade enquanto ele mete fundo os seus dedos dentro de mim.

O loiro então retirou os seus dedos dentro de mim e grudou os seus lábios no meu. Minhas mãos, que estavam sobre os seus braços, se moveram pelo seu peitoral e abdômen coberto por uma regata branca e fina, parando no cós da sua calça moletom. Eu a abaixei juntamente com a sua cueca e com o meu corpo.

De início, brinquei com o seu membro já ereto com a minha mão direita, enquanto a minha esquerda estava apoiada em sua perna para me manter equilibrada. Logo depois comecei os movimentos de vai e vem com a minha própria boca, junto com os movimentos circulares da minha língua. Intercalei o meu olhar entre fechados e abertos, olhando para Vinnie coberto de desejo.

Após minutos o suficiente para gozar na minha boca, Hacker me puxou antes que o fizesse e então, me beijou novamente para recalcular a sua rota e dar uma acalmada.

"Tem certeza que quer aqui?" ele perguntou receoso e eu assenti com toda certeza do mundo. Não vou perder tempo esfriando o meu corpo para irmos pra minha casa.

O balançar da cabeça foi suficiente para meu short, junto com a minha calcinha, cair no chão e ele levantar uma de minhas pernas, se posicionando na minha entrada e se enfiando dentro de mim com rapidez. Um gemido escapa e eu mordo o meu lábio quando ele começa a se movimentar com velocidade reduzida e ir aumentando aos poucos.

Meu corpo está quente. Internamente e externamente. Já consigo sentir gotículas de suor nascer e escorrer pela minha pele enquanto o loiro se afunda dentro de mim com vontade, me fazendo sentir todas as sensações deliciosas existentes.

A cada troca de olhar e beijo durante as suas estocadas, eu tenho mais certeza do meu sentimento, e, tudo que eu queria dizer quando estávamos desse modo, agora eu consigo falar, que é que eu o amo. E ele não hesita em repetir o mesmo.

Vinnie me virou de costas e entrou novamente dentro de mim. Sua mão esquerda se apossou do meu pescoço, enforcando-me levemente no mesmo tempo que cita palavrões junto de elogios em meu ouvido.

Me apoio com firmeza na parede e empinando cada vez mais a minha bunda, o deixando mais à vontade para me empurrar progressivamente. Porra, isso é tão bom. E tudo fica melhor quando ele toma a iniciativa de estimular a minha intimidade enquanto estoca. Nessa altura a sua mão esquerda segura fortemente a minha cintura, dando mais controle da velocidade.

Seguro a sua nuca com a mão direita, o puxando levemente para mim. A sua boca toca a curvatura do meu pescoço, deixando uma mordida no local. Com o estímulo e os movimentos de vai e vem na minha intimidade, o meu corpo começa a tremer involuntariamente.

Finco minhas unhas curtas na pele do Vinnie e solto gemidos, ele afasta a sua boca e mão na minha intimidade, apertando com força a minha cintura, enquanto mete com mais velocidade e força, deixando o som de nossos corpos se chocando mais alto.

O seu quadril foi diminuindo aos poucos, até parar por completo e eu sentir o seu corpo amolecer. Vinnie ficou por alguns minutos na mesma posição, recuperando o seu fôlego e depois me virou, se abaixou e colocou uma de minhas pernas em seu ombro, e a sua língua entrou em contato com a minha intimidade.

Puta que pariu. Eu xinguei e segurei os seus cabelos quando ele começou a mover a língua.

Um dedo. Dois dedos. E mais a língua, junto com os seus olhinhos castanhos me encarando com luxúria e implorando para eu desmanchar sobre os seus dedos. E eu o fiz. Nunca me senti tão encharcada como agora.

Uma moleza bateu no meu corpo e a única coisa que eu consegui depois disso tudo, foi colocar minha roupa e sentar no chão, porque é impossível eu conseguir andar ou continuar de pé. Não tenho o controle das minhas pernas e elas estão completando fracas.

— Bem que dizem que sexo depois da reconciliação é ótimo. — ele comentou e eu dei um tapa fraquíssimo. — Você está bem? — ironiza.

— Estou ótima. — suspirei com os olhos fechados ao respondê-lo.

Sem nenhuma brincadeira, eu me sinto nas nuvens.

esse cap foi de 0 a 10 mt rápido SOS

E OBRIGADA PELOS 200K, eu
amo tanto vocês e essa fic 💗

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