Apricity

By soccerverso

1.1M 94.6K 27.3K

O amor se apresenta em nossas vidas de forma diferente e também de maneira distinta enfrentamos esse sentimen... More

Notinhas
Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Personagens II
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Bônus I
Bônus II
Bônus III
Bônus IV

Capítulo 81

7.4K 786 170
By soccerverso

- Brenda Narrando -

Sabe quando estamos no mar e sentimos ele bastante tranquilo e de repente vem uma onda gigantesca e te joga longe? Era assim que eu me sentia desde quando a Lara se acidentou, em um momentos os meus filhos estão saudáveis e em seguida descubro que a minha filha está correndo risco de vida. O mar calmo? Já faz semanas que não tenho essa sensação. Ao chegar no hospital infelizmente fui informada que a Lara teve outra piora e precisou passar por mais uma cirurgia.

- Pelo amor de Deus - gritei nervosa e senti quando o Marcelo me segurou - O que vocês estão fazendo com a minha filha? - perguntei baixo - Eu deixei ela ontem e disseram que dentro do quadro dela ela estava bem

- Senhora, se acalma - o médico pediu e ri sem humor

- Me acalmar, ele quer que eu me acalme, Marcelo, ele quer que eu me acalme - me soltei e funguei - Me diz como eu vou ficar calma se você mesmo acaba de me informar que retirou parte do crânio da minha filha e alojou no abdômen? - perguntei incrédula - Eu sei que o procedimento pode ser normal pra você só que pra mim é como se - estava falando porém não consegui terminar, me sentei e desabei a chorar, não aguentava mais a incerteza do que poderia acontecer com a Lara e principalmente com o medo, o medo me destruía

- Brenda - Marcelo se sentou na cadeira ao meu lado e eu olhei pra ele, solucei e ele limpou meu rosto, vi o rosto dele vermelho e as lágrimas escorrendo - Eu sei que é ruim ouvir sobre a cirurgia, sei que deve tá com muitos pensamentos e com medo, né? Caralho eu tô com tanto medo - passou a mão no rosto e fungou - É a minha garotinha lá sofrendo, queria levar pra casa e falar que vai ficar tudo bem, mas a única coisa que eu posso fazer é ficar aqui esperando ela melhorar e ela vai melhorar

- Eu só não quero que ela sofra - sussurrei - Sei que ela está sedada e não está sentindo nada, só que não quero me perder em uma busca incansável enquanto ela sofre

- Eu também não - falou baixinho e voltou a olhar pro médico - Pode terminar de falar, doutor

- A craniectomia é o procedimento na qual retiramos parte da calota craniana e colocamos no abdômen do paciente - começou a falar e eu fechei os olhos

- Para - Marcelo interrompeu - Só me diz se resolveu o problema

- Quando o paciente sofre um trauma o cérebro acaba inchando porém a caixa craniana é fechada e por não ter lugar para expandir se torna perigoso - explicou e deu uma pausa - O cérebro dela inchou muito e eu sei que é complicado ouvir sobre a cirurgia mas garanto que foi a melhor decisão

- Entendi - balancei a cabeça - Mais alguma coisa?

- Se a paciente evoluir bem será transferida pra UTI e aí ela poderá receber visitas - falou e eu assenti

- E vocês esperam essa evolução em quanto tempo? - Marcelo perguntou sério

- Ainda essa semana - informou - Mas cada um tem o seu tempo

- Cada um tem o seu tempo - Marcelo repetiu - Como será a recuperação da Lara? Precisará de algum tipo de cuidado especial ou depois que vocês recolocarem o crânio no lugar e ela acordar poderemos ir embora?

- Em neurocirurgia é tudo muito complexo, não posso te afirmar como ela estará quando acordar porque só saberemos quando isso acontecer - falou explicando

- Mas ela pode acordar bem e ir pra casa, né? - insisti e ele confirmou com a cabeça

- Como também pode precisar de reabilitação para se recuperar totalmente - completou e eu respirei fundo - Mas vamos deixar pra conversar sobre isso quando chegar o momento, ok?

- Tudo bem - Marcelo concordou

- Gabriel Narrando -

Se passou 1 semana desde a minha alta e só hoje fui liberado para vir ao hospital visitar a Lara, ao mesmo tempo que eu queria vê-la sentia medo do que estaria na minha frente. Ao chegar no hospital encontrei com o Guilherme e o Felipe, eles informaram que os meus sogros foram na bisavó da Lara levar o Davi mas em breve estarão de volta.

- O seu avô me deu uma licença - Guilherme falou de repente e olhei pra ele, o mesmo estava com os olhos inchados de choro - Disse que eu posso voltar quando me sentir bem

- É o certo - falei e ele assentiu

- Mas voltei hoje - falou e eu fiquei surpreso - Preciso manter a minha cabeça ocupada

- Também sou assim - falei e um toque de celular se fez presente

- É a sua mãe - Felipe falou olhando pro filho - Ontem ela veio aqui e eu fiquei de dar notícias. Quer falar?

- Dispenso - Guilherme negou e o Felipe saiu da sala

- Algum problema? - perguntei e ele deu de ombros

- Digamos que pra eu manter uma boa relação com a minha mãe é melhor ficarmos afastados - falou e eu fiquei surpreso - Nos encontramos de vez em quando e conversamos as vezes, é melhor assim

- Complicado - falei e peguei meu celular - Porém é o necessário em alguns casos

- Me colocaram com o Andrade - falou de repente e eu tirei os olhos do celular olhando pra ele - Como você está de licença me colocaram com ele

- O que está achando? - perguntei curioso mas eu já imaginava a resposta

- Estou sentindo a sua falta - falou simples - Ele é um demônio - completou e eu ri baixo

- É sim - concordei - Mas é um excelente professor, foi ele que me treinou e eu aprendi muita coisa com ele

- Pensei que tivesse sido treinado pelo seu avô - falou confuso

- Também - dei de ombros - Ele é o meu mentor e me socorre quando preciso porém quando iniciei o meu estágio fiquei com o Andrade - dei uma pausa - Já viu o meu avô com estagiário?

- Ele não tem - falou pensativo

- Pois é, ele quis que eu tivesse toda experiência que um estagiário comum e eu rodei o escritório todo até parar em definitivo na área que sempre quis - contei - E o Andrade me treinou

- Agora entendi como aprendeu a torturar estagiários - falou e arregalou os olhos quando se deu conta que falou em voz alta

- Eu pego leve - falei e ele negou com a cabeça

- Não, não pega - rebateu e eu arqueei a sobrancelha

- Então sai do escritório - falei simples - Não aguenta a pressão? Sai - dei uma pausa - Só que quando um promotor acabar com a sua raça em um tribunal você não pode reclamar

- Melhor eu ficar - falou e eu ri fraco

- Com licença - uma enfermeira falou - Vocês podem ir lá

- Finalmente - me levantei rápido mas arrependi pela pontada no abdômen - Não vem? - perguntei olhando pro Guilherme que não tinha nem se mexido

- Ah, eu não quero vê-la assim - falou baixo - Eu não consigo

- Tá bom - balancei a cabeça - Vai pensando em uma defesa pra um cliente que está sendo acusado de ter mantido a esposa em cárcere privado, ter estuprado e a torturado - dei uma pausa - Mas ele alega e possui provas que ela nunca esteve presa, ao contrário, ela podia ir e vir, tinha acesso a telefone e internet, e pra fechar ainda recebia visita da família

- Vou pensar - garantiu - Obrigado

- De nada - falei e segui a enfermeira até o CTI

- É só pelo vidro - avisou mas eu já sabia disso, ela se afastou e me aproximei do vidro, foi como se tivessem me dado um soco e eu perdesse o ar

- O que você fez, Gabriel? O que você fez - sussurrei e meu peito doer ao observar a Lara conectada aos fios, com diversos aparelhos em volta, o rosto arroxeado e inchado, a sensação é que ali só tinha um corpo e era inevitável não me sentir culpado - Desculpa, Lara! Me desculpa, amor, desculpa - solucei e encostei a testa no vidro - Eu deveria ter tomado cuidado, bailarina, eu deveria ter esperado antes de avançar, eu sei que o sinal estava aberto mas eu devia ter imaginado que em um domingo à noite podia ter um bêbado maluco por aí e que poderia acontecer um acidente - limpei o rosto e senti uma presença ao meu lado, quando olhei era o Felipe, ele tinha o rosto molhado de lágrimas

- Não foi culpa sua - falou baixo - O único culpado foi o bêbado que pegou o carro e saiu dirigindo

- Eu poderia ter feito algo - falei e ele negou

- Eu vi o vídeo - me olhou - Você não cometeu erros e nem foi displicente

- A sensação que eu tenho é outra - falei e ele colocou a mão no meu ombro, apertou e negou com a cabeça

- Eu me culpo por ter deixado o Guilherme fazer a tal social e assim a Lara ter saído de casa - falou dando de ombros - Mas não tinha como eu saber, né? E não tinha como você saber que um bêbado louco estava se aproximando

- Não tinha - sussurrei e passei a mão no rosto

- Marcelo Narrando -

A Brenda hoje passaria a noite no hospital junto com a Mayara e o Nandinho, o Davi foi pra casa foi pra casa ficar com os irmãos, o Guilherme e o Luan. Aproveitei que ele estaria bem cuidado e fui até a casa da minha mãe, precisava contar para ela sobre o acidente.

- Oi, meu filho - sorriu quando entrei no quarto

- Oi, mamãe - falei e fechei a porta, me aproximei da cama e deixei um beijo na testa dela

- Estou te achando triste - falou me observando

- A senhora sabe quem é a Lara? - perguntei e ela riu

- Lógico que sei quem é a minha netinha - falou e eu por um momento desejei que ela dissesse que não - O que aconteceu com a Larinha?

- A Lara sofreu um acidente de carro - falei baixo e os olhos dela se arregalaram - Foi bastante grave e ela está precisando de muitos cuidados

- Acidente? - perguntou me olhando - Eu quero vê-la

- Ela não pode receber visitas - expliquei - O caso dela é muito delicado

- Não, Marcelo - negou agoniada e as lágrimas caíram - É mentira isso

- É verdade, mamãe - falei e segurei a mão dela - Não se lembra que disse uma vez pra Lara que ela teria um sofrimento muito grande?

- Acidente, meu filho? Não - negou rápido - Não sabia de acidente algum - começou a chorar desesperada - Se fosse um acidente eu falaria e trancaria ela em um quarto se precisasse mas nunca foi - se calou e ficou um tempo me olhando - Me desculpa, filho, perdoa a mamãe

- Como assim? - perguntei confuso

- Eu não pensei em nada - falou baixo - Você sabe que tenho meus pensamentos mas nunca pensei nada em relação a acidente com a Lara

- Mamãe, se acalma - abracei a mesma e acariciei o cabelo dela

- Ela tem que ficar bem - sussurrou em meio ao choro

- Tem sim - falei baixinho e fiquei por alguns minutos ali com ela até a enfermeira entrar e dar o remédio pra ela dormir, saí do quarto e quando cheguei na sala estava a minha irmã, ela tinha o rosto abatido e óbvio que eu sabia que era por conta da Lara, ela me pedia notícias o tempo todo porque não consegue entrar em hospitais sem passar mal

- Precisamos conversar - minha irmã falou e eu logo fiquei preocupado

- Pode falar - falei e me sentei

- A pressão da dona Elisa está muito baixa há alguns dias e eu estou seguindo todas as recomendações do médico mas continua muito baixa - a enfermeira da minha mãe começou a falar e passei a mão no rosto - Se não melhorar ela precisará ser internada e ela já está com a idade muito avançada

- Seja direta, por favor - pedi e eu já estava esgotado de tanta coisa ruim

- É algo sério para todo mundo mas na idade da dona Elisa se torna pior - explicou - Ela não tem forças pra aguentar um quadro grave e dependendo da evolução o médico pode querer seda-la para evitar sofrimento

- Eu não acho que ela deva ser sedada - escutei a voz baixa da minha irmã e olhei pra ele - Você conhece a mamãe, Marcelo, se realmente chegar nessa questão eu acho melhor entrar com cuidados paliativos e os últimos momentos dela ser lúcida

- Como ela gostaria - engoli a seco - Ela tem consulta amanhã, né?

- Tem sim - minha irmã confirmou - E as chances dela precisar internada são grandes

- Meu deus - coloquei a mão no rosto - É porrada em cima de porrada

- As coisas vão melhorar - minha irmã segurou minha mão - A Lara irá se recuperar em breve, Marcelo, eu sei que ela irá melhorar

- Tá igual a mamãe? - perguntei e ela riu fraco

- Não - negou com a cabeça - Mas eu realmente sinto

- Eu espero tanto que você esteja certa, Clarice - falei baixo - Não consigo nem imaginar se a minha filha

- Ei, não fala, não fala isso - me interrompeu rápido - Vamos ter fé e esperança

- É difícil - falei e ela me abraçou

Continue Reading

You'll Also Like

297K 26.9K 55
Sem spoiler. plágio é crime⚠️
2.1K 123 68
Uma história linda de amor, graças a um grupo por global (finalizada)
My Luna By Malu

Fanfiction

228K 20K 27
Ela: A nerd ômega considerada frágil e fraca Ele: Um Alfa lúpus, além de ser o valentão mais gato e cobiçado da escola Ele sempre fez bullying com el...
583K 21.2K 70
Esse é um imagine pra vcs se iludirem. Plágio é crime Lhe desejo uma ótima leitura. Não esqueçam de fazer seus pedidos, e de votar. 🥰🥰...