ZERO - Katsuki Bakugo

By samespacial

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Sobre quando Katsuki encontra alguém difícil de superar. Katsuki Bakugo x fem!oc More

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XXXIX
XL
XLII
ESPECIAL - Sobre o dia em que Kiara foi visitar Bakugo.
ESPECIAL II - Sobres as histórias que ninguém nunca ficará sabendo.

VIII

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By samespacial

Atualizando mais cedo por motivos de: eu quis.
ATENÇÃO, no final do capítulo eu vou deixar explicadinho como funciona a individualidade da Kiara.
Bjs e até mais.


O sol estava alto no céu e o calor da arena estava quase insuportável, o que era ótimo para Bakugo naquele momento, porque ele sinceramente precisava de um pouquinho de ajuda. Levantando os olhos carmesim, encara a garota do outro lado da arena que não parecia sequer ofegante enquanto ele precisava puxar lufadas de ar até os pulmões. Filha da puta irritante.

Ele poderia até mesmo não estar melhor que ela, fisicamente, mas já havia reparado que acertou mais vezes que foi atingido. E porra, ela era muito boa pra evitar as explosões, tão boa a ponto que fazer com que ele explodisse o próprio corpo em um dado momento. Claro que ele já havia a acertado nos braços, e principalmente nas pernas, mas Kiara era resistente pra caralho.

Mas ainda assim notou que ela recuava bastante, mas não parecia ser por tentar aliviar para ele.

- Oe! - ele chamou, sentindo a boca esticar ao passo em que surgia um sorriso satisfeito ao se dar conta do motivo pelo qual ela estava esquivando tanto. - Tem medo de explosões, é?

Kiara por sua vez demorou um pouco para responder.

- Detesto seu tipo.

Por um instante ele se perguntou se falava dele como pessoa, ou se se referia a natureza de sua individualidade. Mas não demorou para chegar a uma conclusão. Kiara era muito boa em luta corporal, mas ele percebeu que os ataques muito curtos não eram tão potentes, ela precisava de espaço para se movimentar, e apesar de Bakugo ser muito bom em ataques de médio alcance, também era muito bom em encurtar a distância, e de perto, ele percebeu que tinha mais vantagem com ela.

Basicamente foi desse jeito que ele acertou a maioria das explosões, o que irritava era o fato dos danos dela serem bem menos que o esperado, e ela se recuperava mais rápido também.

Também não dava para saber até quando ela aguentava, mas sabia que em algum momento Kiara se esgotaria. Então o plano era mais ou menos ver quem aguentava mais tempo de pé.

Ele parou um pouco para avaliar a arena, sequer sabia onde estava Aizawa porque o único foco era a oponente, Bakugo evitava ao máximo tirar os olhos dela já que a filha da puta usava esses breves momentos para atacar, seu braço direito já estava o matando, mas até que estava aguentando bem, se o poupasse um pouco poderia fazê-lo render por mais tempo.

Kiara havia conseguido se afastar bastante depois de receber uma explosão no lado esquerdo do corpo, ela aproveitou o impulso para se afastar e agora o encarava de longe, atenta a cada movimento dele, porque já sabia que ele iria pra cima novamente.

Por sua vez, Kiara sabia que ele era bom, era o que todos diziam, isso sem falar que era um saco ter que lidar com aquela individualidade dele, mas no momento ela ainda tinha certa vantagem já que aparentemente Katsuki não havia se dado conta disso ainda, não do jeito certo pelo menos.

Em uma luta real, a garota certamente tentaria o acertar na cabeça no primeiro segundo mesmo que isso a esgotasse já que seria a melhor chance, mas não em um treinamento, afinal, aquilo serviria para que ela melhorasse os próprios pontos fracos sem precisar se desgastar tanto. Mas ainda assim era um saco.

E Kiara já estava habituada a explosões, conseguia até mesmo deduzir o tamanho e a potência no instante da deflagração, mas de novo, ainda era um pé no saco aquela porcaria toda. Era muito mais fácil lidar somente com força bruta, já que os ataques são focais e é bem mais fácil de desviar, o que não se aplicava em nada quando o assunto era explosões.

E o tempo de deflagração dele era muito bom, potente o suficiente para causar um breve deslocamento de ar, criando um impacto secundário que antecedia a explosão de fato, e considerando que a área que atinge é maior, ela precisa gastar mais para manter-se inteira.

Com atenção, reparou que ele estava se preparando para lançar uma nova explosão, mas não esperava tanta potência quando ela de fato aconteceu. E junto ao som bruto e potente da detonação, ela escutou quando ele gritou a plenos pulmões.

- MORRA!

A primeira explosão foi lançada em sua direção, mas ela teve tempo e espaço para desviar, foi quando escutou uma segunda detonação, muito mais alta que a primeira. Kiara se preparou para receber o ataque que ela sabia que viria. Quando a poeira e a fumaça levantadas pela primeira explosão deixaram o ar cinza chumbo, ela percebeu que Bakugo havia apenas levantando uma cortina de fumaça para se esconder.

Foi muito repentino, a fumaça densa a cerca que um metro as suas costas se deslocou em sua direção rapidamente, e do meio da névoa densa viu a palma aberta emergindo, vindo em direção ao seu rosto, emitindo luz, calor e o início de uma detonação.

Já não restava muita energia armazenada, mas era o suficiente para desviar daquela distância. Então ela liberou o máximo que havia restado para o corpo, tudo de uma única vez, sentindo a pele formigar em resposta.

Então o mundo ao redor desacelerou, os sons ficaram estranhos e distorcidos.

Ela era capaz de sentir e escutar os pequenos relâmpagos estalando em sua pele, adornando o corpo como uma rede de proteção, mas que também era sua grande desvantagem. Ela conseguiu reagir a tempo, jogando o corpo para o lado enquanto Bakugo parecia parar no tempo, assim como o mundo ao redor, sentindo a energia se esvair rapidamente, ela fez o que seria de mais prático.

Com cuidado para não acabar quebrando a mão do colega sem querer, ela empurrou a palma aberta da mão - que antes estava na mira do seu rosto - que emitia uma luz e já um pouco de fumaça em direção ao chão.

Usando o que restava da sua energia, ela saltou para o lado, tentando não empregar tanta força para não acabar sendo arremessada para fora da arena, e quando percebeu que estava tudo certo, ela diminuiu a frequência e o mundo voltou a girar mais uma vez.

E de uma vez as coisas aconteceram, Bakugo liberou a explosão que atingiu o chão e o jogou para longe enquanto os pés de Kiara derrapavam na direção oposta a fim de diminuir a velocidade.

Katsuki conseguiu girar o corpo no ar e aterrizar sem ter maiores problemas, ela percebeu que ele estava prestes a ir pra cima de novo, foi quando ela sentiu a cabeça a latejar.

Levantando as mãos em sinal de rendição, ela falou:

- Aí, deu pra mim por hoje! - disse, alto o suficiente tanto para Bakugo como para Aizawa ouvir.

Pelo canto do olho, ela viu quando o professor se desencostou de uma árvore e simplesmente deu meia volta. Eles realmente estavam ali somente para observar, que droga de avaliação era aquela?

- Ei, idiota! - ela escutou a voz de Bakugo muito mais próxima do que deveria. - Que porra é essa? Eu ainda não arrebentei a sua cara.

- Eu sei, mas já deu pra mim. - explicou.

A careta dele disse que Bakugo não gostou da ideia.

- Isso só vai acabar quando eu te vencer! - disparou ele, o instinto competitivo a mil.

- Tecnicamente você me venceu, já que me esgotou.

Ele parou por um instante, surpreso, mas logo então seu rosto se contorceu novamente.

- Como é? - perguntou soando surpreso e puto ao mesmo tempo. - Você ainda tá inteira, porra!

- E pretendo continuar assim. - respondeu Kiara dando a volta e saindo da arena.

Não muito tempo depois, escutou a aproximação de Bakugo.

- Nem ferrando, vamos voltar. - declarou ele correndo até alcançá-la.

- Não.

Bakugo sentiu o ódio fervilhar diante daquilo, mas nem ferrando que a luta havia acabado, ela sequer parecia ofegante, e não havia a porra de um arranhão na pele. Quem essa idiota pensava que era para tirar uma daquelas com ele?

- Foda-se, nós vamos voltar! - dizendo isso, ele agarrou o braço descoberto da garota graças a uma de suas explosões.

Foi automático, assim que encostou na pele dela sentiu uma corrente elétrica entre os dois, mas não na porra do sentido figurado, ele literalmente sentiu uma corrente elétrica cortar o corpo, causando um arrepio repentino seguido por um formigar interminável na pele.

- Ai, mas que caralho hein... - resmungou Kiara, e de imediato ele notou a voz dela soar diferente.

Cansada, completamente esgotada.

Ele quase não conseguiu segurá-la quando a garota apagou. Bakugo ficou sem reação por um tempo considerável segurando o corpo completamente apagado da garota.

- Hei! - ele gritou, por um momento pensando que ela pudesse estar tirando uma com a sua cara, mas logo em seguida se deu conta de que não era brincadeira. - Mas que porra é essa?

E só então ele se recordou do primeiro dia no acampamento, quando notou ela desacordada nas costas de Todoroki. Então a idiota estava mesmo falando sério, mas apesar de tudo, não parecia que ele havia ganhado porcaria nenhuma, afinal, era ele quem estava todo arrebentado.

Bakugo sentiu as dores no corpo aliviarem bastante, até mesmo o braço parecia melhor.

- Hey, Kacchan! - tomou um susto quando escutou Deku gritar por ele. - Tudo bem?

- NÃO TA VENDO QUE A IDIOTA TA MEIO MORTA? - gritou em resposta ao outro idiota.

Deku riu, enquanto balançava as mão diante do corpo, negando.

- Ela não tá meio morta. - explicou achando graça da situação, pois também havia ficado em pânico na primeira vez que aconteceu com ele. - Tá dormindo.

Tecnicamente, ele havia ganhado, mas também tecnicamente aquilo não havia sido uma batalha ou um duelo para ter um vencedor de fato. De qualquer forma, Bakugo precisou escutar do seu querido amigo que devia desculpas a garota.

Kirishima ficou falando e falando, sobre não ser coisa de macho tentar forçar alguém a fazer algo depois da pessoa em questão ter dito "não", e mesmo que odiasse, tinha que admitir que ele estava mesmo certo.

Tudo bem que Katsuki não fez por mal, ele não sabia que ela estava acordada somente por conta da individualidade ativa e certamente não sabia que a energia era transferida tão rapidamente assim a ponto de deixá-la sem nada com um contato de dois segundos, mas de acordo com Kirishima, aquilo não era desculpa nenhuma.

Daí a ele se desculpar de verdade era outra história completamente diferente e com certeza impossível de acontecer. Por isso ele deixou o cabelo de merda falando sozinho e seguiu pelo corredor entrando sem bater em um dos quartos.

- Vamos começar logo essa porcaria. - disse Bakugo assim que entrou, assustando o proprietário que parecia incrivelmente distraído.

- Ka-Kacchan?

Ele olhou para Midoriya, que agora parecia a porra de uma pimenta de tão vermelho como se tivesse acabado de ter sido pego fazendo alguma merda, revirou os olhos impaciente. Irritava um pouco esse jeito do rapaz de cabelos verdes, era muito contido, muito receoso, irritante para um caralho.

- Que é, algum problema? - rebateu irritado. - Vamos, cadê a porra das cartas? Hoje eu ganho de você nessa merda. - anunciou ele se jogando no tapete que ficava no meio do chão do quarto. - E chama o meio merda para dar as cartas.

Katsuki viu o montinho do baralho em cima da cômoda e se esticou para alcançá-lo, começando a embaralhar logo em seguida enquanto esperava Deku acabar de mandar uma mensagem para Todoroki.

Eles não seguem as regras do Blackjack a risca, aquilo havia começado mais como uma disputa idiota, afinal para leigos como eles ganhar era mais questão de sorte que qualquer outra coisa, e era exatamente por isso que o irritava tanto jogar aquela merda, porque nunca, nunca mesmo ele conseguiu ganhar uma partida.

Geralmente era Todoroki quem dava as cartas, mas ele era totalmente dispensável. Denki, Kirishima e até mesmo Ochako já ficaram na função de distribuir as cartas e mesmo assim ele nunca conseguiu ganhar uma partida contra Midoriya.

Pouco depois a porta foi aberta e Todoroki entrou em silêncio, parecendo meio perdido a princípio, ele olhou para Deku e depois para Bakugo, e finalmente para as cartas em sua mão.

- Ah. - murmurou em compreensão e fechou a porta atrás de si, para logo em seguida pegar as cartas que Bakugo havia estendido a ele.

- Isso tem gosto de que? - perguntou Mina segurando uma cápsula laranja contra a luz do quarto.

- De plástico. - respondeu Kiara estendendo a mão para ela, que depositou a pílula gelatinosa em sua mão.

- É bom?

Kiara escolheu não responder aquela pergunta.

A garota adicionou mais duas pílulas a pilha e jogou-as dentro da boca, Mina estendeu a garrafa de água para ela, que usou para ajudar aquela porcaria a descer melhor.

- Agarra na garganta. - ela reclamou assim que forçou tudo a descer.

Teria que tomar mais nove antes do treino do dia seguinte. É claro que, se sua dupla não tivesse a fodido completamente não precisaria de tanto para se recuperar, e ela só não estava mais irritada porque sabia que o idiota não havia feito por mal.

- Você poderia comer algo super calórico ao invés de tomar isso. - sugeriu Mina.

- Não teria o mesmo efeito. - quem respondeu foi Momo, a voz suave e educada. Dava pra saber só nisso o quanto ela era inteligente. - A comida ocuparia muito espaço, levaria mais tempo para digerir e separar as calorias, além do que teria que comer muito para suprir o que somente essas três pílulas ofertaram.

Mina encarou Momo em silêncio, depois olhou rapidamente para Kiara que assentiu.

- É isso aí mesmo.

- E porque não engole tudo de uma vez? - sugeriu Jirou.

- Tenho que dar um tempo entre uma dose e outra. - explicou.

Todas as garotas da turma estavam reunidas no quarto de Momo como sempre, apesar de não estarem no alojamento da U.A., a rotina não sofreu mudanças, só que ao invés do quarto luxuoso da colega estavam em um quarto completamente normal.

- Ei, gente! - Ochako chamou colocando a cabeça no vão da porta do quarto. - Alguém viu a Toru?

Kiara, que estava prestando atenção em algo que Mina mostrava no telefone foi a primeira a responder.

- Você tá zoando, né? - a pergunta foi genuína.

A risada abafada de Jirou e Mina foram o suficiente para que Uraraka repensasse a escolha de palavras.

- É só jeito de falar. - explicou a de cabelos castanhos enquanto entrava no quarto e escolhia um lugar para sentar. - Passei no quarto dela e nada, mandei mensagens, mas ela não respondeu... não sei onde se enfiou.

- Acho que ela pode estar com Ojiro, kero - disse Asui, que até então estava bem calada.

- Eles vivem juntos, faz mesmo sentido. - apontou Momo. - Alguém manda uma mensagem para ele.

- É melhor não. - aconselhou Asui, se levantando de onde estava deitada a pouco.

Todas as garotas olharam na direção em um claro sinal de curiosidade.

- Espera! - Mina foi a primeira a se pronunciar. - Você acha que eles... - não terminou a frase, mas o sorriso conspiratório e animado fez isso por ela.

- Eu acho que não. - disse Momo um tanto incerta ao perceber a linha de raciocínio de Mina, sendo acompanhada por Uraraka.

Jirou não sabia o que opinar.

- Eu acho que a Tsu tá certa. - murmurou Kiara, ainda com a atenção fixa no telefone de Mina em suas mãos.

As garotas ficaram em silêncio por um breve momento, antes de Asui falar novamente.

- Vocês realmente não notaram nada? kero.

- É que seria mais fácil de perceber se nós conseguíssemos ver ela. - Kiara falou devolvendo o telefone para Mina. - Daria pra ver marcas de chupões e essas coisas.

Foi automático, Kyouka engasgou com o refrigerante, Uraraka ficou tão vermelha quanto o cabelo de Kirishima e Momo parecia prestes a ter um AVC.

- Não diga coisas assim tão de repente, Kiara. - a vice-representante falou um pouco sem jeito.

Mina por outro lado não estava nem um pouco afetada.

- Ai gente, quanto drama, nós já temos 17, essas coisas acontecem. - ela suspirou sonhadora. - Embora euzinha aqui prefira homens mais maduros.

- Vai começar... - murmurou Uraraka em meio a uma risadinha baixa.

Kiara olhou para a colega desconfiada.

- Tá falando do meu irmão de novo?

Ashido nem se deu ao trabalho de parecer envergonhada.

- Ah, por favor, ele é lindo! - disse com animação pegando o celular. - Vocês já viram as fotos dele?

Levou menos de 15 segundos para ela encontrar a conta dele no instagram e passar para a mão da pessoa mais próxima, que no caso era Kyouka.

- Ele é noivo. - Kiara lembrou a ela. - E tem 25 anos! - A segunda parte foi dita mais alta.

Mina suspirou sonhadora.

- Não existem limites para o amor.

Kiara não conseguiu conter a risada.

- Olha que existem, um deles inclusive tá no código penal.

- Vocês dois não se parecem nada. - apontou Jirou quando passou o celular para Asui, que concordou logo em seguida.

- Obrigada.

- Cadê, deixa eu ver. - pediu Momo sem se preocupar em esconder a curiosidade. - Ele é herói? - perguntou surpresa.

- Incrível como você fala tão pouco sobre a sua vida. - comentou Asui.

- Desculpa, é um hábito. - disse um pouco sem jeito, mas sem se explicar demais. Não era novidade alguma que os familiares de heróis no geral eram muito discretos em relação a isso por uma porção de motivos. - Mas Ochako e Mina sabiam.

- Ei! Ta jogando pra cima da gente? - Mina arquejou ofendida. - Não pense que vai me tratar assim quando eu for sua cunhada!

Foi impossível não rir diante daquilo, Kiara sabia que Mina não estava falando sério, não totalmente, mas era uma piada interna desde o dia em que a garota viu uma foto dela com o irmão e praticamente surtou.

- Procura alguém da sua idade, garota. - rebateu ela colocando um marshmallow na boca.

- Ei, mas já que tocamos nesse assunto... - Jirou começou um tanto sem jeito. - Você já namorou alguém? Bom, é que a gente já teve essa conversa, mas foi no ano passado... - completou rapidamente para não parecer tão invasiva.

Kiara terminou de mastigar e engolir o doce antes de responder.

- Mais ou menos, eu acho.

- Espera! Como assim? - Ochako perguntou surpresa, assim como Mina. - Você nunca contou!

- Você nunca perguntou. - apontou.

- Tá, mas espera aí... - pediu Momo. - Como você namorou alguém mais ou menos?

Ela deu de ombros sem saber ao certo como explicar.

- Dava mais trabalho do que deveria, ele era muito competitivo, até mesmo comigo. - explicou pegando outro marshmallow. - Tudo bem que estávamos no curso de formação para heróis, mas existe limite para tudo.

- Ah, então ele era da sua antiga turma? - perguntou Mina, Kiara se limitou a acenar com a cabeça já que havia enfiado o doce inteiro na boca.

- Ficou cansativo demais. - continuou logo em seguida. - Então acabou antes de começar, sabe?

- Acho que sim. - comentou Uraraka, as demais pareciam concordar.

Kiara agarrou uma latinha de refrigerante e abriu.

- Mas e aí... - disse devagar olhando para cada uma delas. - Mais alguém além da Trou pensando em agarrar alguém da nossa turma?

Kyouko engasgou de novo.

- Tenho que começar a prestar atenção quando você começa a falar. - reclamou ela.

Kiara sorriu e completou.

- Claro que também vale para as pessoas presentes aqui nesta sala, mas aí alguém teria que sair do armário.

E de todos os sons que saíram daquele quarto, a risada de Mina havia sido a maior entre todas.

Individualidade: Absorção
Kiara absorve e armazena as calorias que ela ingere, essas calorias ficam dormentes nos ossos e tecidos e quando a individualidade é ativada, esse acumulo se converte em um tipo de energia orgânica. É isso basicamente. 

Essa energia que ela produz pode ser passada para organismos vivos e aí rola a paradinha da pessoa ficar "mais forte" por um tempinho, lógico que nela funciona muuuito melhor que nos outros a ponto dela conseguir acelerar o corpo como um todo. 

A sensação que ela tem de ver o mundo mais lento quando tá muito rápida é justamente porque o processamento mental dela tá muito mais rápido.

Só que o corpo dela não foi feito pra ser rápido, dai ela se desgasta com o tempo, e quando a energia acaba totalmente ela apaga. 

Acho que por enquanto é isso.

PS: pode ter ficado confuso, mas e pq eu to com sono.

Até o próximo e obrigada quem leu. 

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