𝗵𝗶𝗴𝗵 𝘀𝗰𝗵𝗼𝗼𝗹 𝘀𝘄𝗲�...

By starchaxer

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❘❙❚❘❙❚❘❚❘ 💐 𝘃𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗵𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 𝗳𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰𝘁𝗶𝗼𝗻 ― "Está me dizendo que depois de quase quatro ano... More

𝗵𝗶𝗴𝗵 𝘀𝗰𝗵𝗼𝗼𝗹 𝘀𝘄𝗲𝗲𝘁𝗵𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀
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epílogo
like we were in paris (the bonus chapter)
curiosidades
spin the bottle | oneshot
sex drive | nova fanfic!

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By starchaxer

𝐀𝐮𝐫𝐨𝐫𝐚 𝐁𝐞𝐥𝐥𝐞𝐯𝐢𝐥𝐥𝐞 | 𝐋𝐨𝐬 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐞𝐬,𝐂𝐀

Meu relógio de pulso me falava que eram exatas três e meia da tarde e aqui estava eu batendo na porta de Vinnie. Agora que parei para pensar, acho que essa é a primeira vez em muito tempo que faço isso, afinal, sempre observei ele pela janela e mesmo quando voltamos a conversar era na escola sempre.

— Sim, como posso ajudá-la? — uma mulher de não muito mais do que cinquenta anos de idade aparece na minha frente ao abrir a porta.

— Oi! Meu nome é Aurora Belleville, eu sou sua vizinha. — estendo minha mão em forma de cumprimento e ela repete o ato, tocando nossas mãos. — Gostaria de saber se o Vinnie está. Ficamos de estudar juntos hoje.

— Ah, claro, como pude me esquecer de você. — ela ri dando um tapinha na testa de brincadeira. — Sou a Janet, principal funcionária desta casa. Creio que já nos vimos algumas vezes por aí. — assinto com um sorriso, afinal quando seu trabalho exigia que a mesma cuidasse do jardim externo, acabei por acenar para a mesma um par de vezes. — Vinnie está no quarto dele cochilando... mas se quiser pode entrar. Sabe qual é o quarto dele?

O quarto dele é de frente para o meu. Acho que tenho uma ideia. Mesmo assim prefiro ter certeza.

— Na verdade não.

— É só subir as escadas e é o último quarto à esquerda. — agradeço a senhora, seguindo o caminho através das instruções da maior e segurando minha mochila repleta de materiais nas costas.

Conforme fui subindo, uma sensação de nostalgia me tomou por completo. Algumas coisas tinham mudado, entretanto outras continuam no exato mesmo lugar de quando eu costumava os visitar. Sem conseguir me controlar, acabo sorrindo com as lembranças que me tomam naquele instante.

Sinto falta dos velhos tempos.

Ao chegar no final do corredor vejo uma porta fechada com uma placa escrito "Vinnie" num estilo grafitado. Isso é a cara dele.

Bato duas vezes na porta mas ninguém atende, portanto repito o movimento agora com mais força e consequentemente, fazendo mais barulho. Ainda assim não escutei nenhum sinal de vida vindo de dentro do quarto.

Talvez Vinnie me mande embora aos gritos mas opto pela única opção restante — que não, não é esperar na sala até o loiro acordar — e sim entrar no cômodo sem sua permissão.

Deus, não o deixe me odiar!

Respiro fundo e abro a porta, encontrando o garoto esparramado na cama com a barriga para baixo. Perco o fôlego ao vê-lo usando somente uma cueca preta. Conseguia ver algumas de suas tatuagens, inclusive uma das minhas favoritas: o anjo nas costas. É tudo ainda melhor do que de longe!

O cacheado mantinha uma respiração pesada e suas feições mostravam que seu sono estava sendo bem tranquilo. Fiquei feliz ao saber disso, especialmente depois que soube sobre seu cronograma desorganizado de sono.

Deixo minha mochila num canto da sala e me aproximo para acordar o garoto. Confesso que estava com dó, mas eu precisava lhe entregar a lista que eu terminei e ontem não consegui fazer isso. Eu teria mandado uma mensagem mas não tenho seu número então estava fora de questão.

— Vinnie. — murmuro baixinho ao tirar alguns cachos que caiam por sua testa. — Vinnie, você precisa levantar. — ele se remexe ainda com os olhos fechados.

— Só mais um pouquinho. — a rouquidão de sua voz me fez tremer na base. Merda de garoto dos sonhos.

— Vinnie por favor, precisamos estudar.

— Não quero levantar mamãe. — arqueio minhas sobrancelhas.

— Não é sua mãe.

De repente ele abre os olhos e os arregala imediatamente, soltando um grito e caindo para o lado oposto da cama de onde eu estava. Até eu me assustei com o estrondo que o impacto causou, por isso me levantei para ajudá-lo.

— Aurora!? Porra, o que você tá fazendo aqui? — ele pergunta se levantando sozinho, coçando os olhos pelo fato de ainda estar acordando.

— Eu, hm, eu vim aqui para estudarmos juntos. Terminei a sua lista de exercícios e...

— E não podia ter esperado qualquer outro dia ao invés de vir atrapalhar meu sono em pleno sábado a tarde!? — ele estava zangado. Muito zangado. — Por que você simplesmente não consegue me deixar em paz, garota? — veste rapidamente uma calça de moletom cinza e se afasta para o outro lado do quarto.

Engulo meu choro e firmo minha voz antes de ajeitar minha postura e chegar mais perto do loiro com fogo nos olhos.

— Não fala assim comigo! Eu não sou saco de pancadas. Sinto muito se vim até aqui em pleno sábado porque quero ver você tendo sucesso acadêmico e nós temos uma prova semana que vem de física, que, dizem ser uma das mais difíceis que nós já tivemos em todos os nossos anos escolares! — grito no mesmo tom que ele. — Eu sei que te fiz sofrer e já falei que sinto muito por isso e sei que mesmo você falando que me perdoou não é verdade porque você precisa ver em ações, mas porra, eu tô dando tudo de mim por você e você continua não valorizando isso como um babaca!

Nunca havia gritado com o garoto na minha frente, mas eu não aguentava mais ser desrespeitada dessa maneira. Não é justo! Eu tento me aproximar e ele me afasta sempre. Já entendi que vou ter que receber o troco por todo o bullying e estou tentando aceitar os julgamentos porque sei que mereço, mas é tudo tão... ah, é tudo tão torturante. Não acredito que ainda continuo me colocando nessa posição.

Será que Vinnie realmente valia pena?

A resposta sempre foi perfeitamente clara na minha cabeça, mas agora... dúvidas começaram a surgir. Tenho coisas demais para cuidar já com toda essa história de popularidade e admito que não achei que Hacker fosse me dar tanto trabalho. Fui tola em acreditar que ele iria me perdoar em um segundo? Fui e admito sem orgulho. Mas será que custa tanto assim me deixar ao menos... tentar?

O suspiro alto do loiro me tira dos pensamentos, fazendo eu notar que uma lágrima havia escorrido pela minha bochecha esquerda. Antes que eu a limpe com a manga do casaco que estava usando, entretanto, uma mão grande passa por ali, executando o trabalho por mim.

Olho meio confusa para o cacheado, que agora mantinha seu rosto perigosamente perto do meu. Engulo um seco quando sua mão não se afasta dali. Ao invés disso, passa a fazer um carinho gostoso com o polegar.

Seu olhar dá uma boa analisada no meu rosto todo — que provavelmente está vermelho devido ao choro — e de repente desce para uma parte específica: minha boca.

Fecho os olhos, não por causa do possível beijo, mas porque aquele momento parecia tão irreal que eu preferia que fosse um sonho do qual ninguém iria me interromper.

Sinto que ficamos naquela posição por mais algum tempo antes de sua rouquidão voltar, me fazendo abrir os olhos novamente e encontrando os seus.

— Me desculpe. De novo. — ele mantém um tom de voz baixo e pacífico. — Por ter gritado com você e por, de novo, não estar dando uma chance para você.

Olho surpresa para o garoto. Não estava esperando por isso, honestamente.

— Você está meio certo em fazer isso também. — murmuro agora encarando o chão. — Fiz muita merda que não deveria com você. Mereço receber isso.

— Sabe, eu também achava isso. — ele confessa segurando meu queixo, o erguendo até uma altura que me faça vê-lo perfeitamente. — Mas conversei com Bryce ontem e...

— Espera, você falou com o Bryce ontem? Bryce? Tipo, Bryce Hall? — interrompo o mesmo com uma expressão confusa e o vejo revirar os olhos.

— Sim Aurora, o próprio. Acabamos nos encontrando na pista de skate por coincidência, daí ele pediu desculpas por tudo também e passamos a tarde toda jogando conversa fora.

Sorrio grande ao saber daquele detalhe. Vinnie Hacker, o famoso solitário, fez um amigo! E o melhor de tudo é que é meu melhor amigo, então sei que está em boas mãos. Bryce é uma das pessoas mais fiéis que conheço quando se trata de amizade.

— Vinnie, isso é muito ótimo! — comento animada. — Estou tão feliz por você. Bryce é uma ótima pessoa, você vai ver.

— Vou ver mesmo. — ele brinca. — Enfim, como eu ia dizendo... Bryce me fez ver um pouco as coisas do seu ponto de vista, inclusive seja imensamente grata a ele porque acho que não teria tirado essa conclusão sozinho, mas enfim... — solta um suspiro. — Todos merecem uma nova chance. Inclusive você.

Achei que quando esse momento chegasse eu começaria a pular sem parar e sem controle algum das minhas emoções. Mas, diferente de tudo que imaginei, fiquei estática naquela posição de choque. Aparentemente meu cérebro ainda estava processando a informação.

— É pra valer mesmo? — consigo dizer com a voz meio entrecortada. Mas o que é isso? Desde quando eu pareço um robô quebrado?

— Dessa vez sim. Não estou falando da boca para fora ou só porque você está triste... é real. Eu estou te dando uma nova chance e vou deixar você se aproximar. — ele deixa um sorrisinho mínimo escapar. — Mas não precisa exagerar tá? Você ainda tem quatro meses para fazer eu me apaixonar por você. Pode fazer as coisas com calma.

Não consigo pensar em fazer mais nada, apenas abraçar seu corpo em um gesto de gratidão. Noto que o peguei de total surpresa — para ser sincera, até eu me surpreendi — mas sinto seus braços logo rodarem ao redor da minha cintura.

— Você não vai ser arrepender, eu prometo. — murmuro em seu ouvido. —

— Só, por favor, não dá mancada de novo ou vou ser obrigado a me mudar de casa. — rimos juntos, apertando ainda mais o abraço.

— Certo, já entendi. — reviro meus olhos ao me afastar novamente de sei corpo, imediatamente sentindo falta do seu calor. — E acho que nunca mais vou te acordar também. Já percebi que você não curte muito ser tirado do seu soninho de beleza.

— Sobre isso, desculpa mesmo, mas fiquei mais irritado pela surpresa mesmo. — sorri amarelo. — Já tive pesadelos com você invadindo meu quarto pela sacada antes de você, sabe, se aproximar de mim como uma pessoa normal.

— Então você já sonhou comigo? — provoco cutucando seu peitoral nu. Tinha até me esquecido desse detalhe durante a discussão.

— Não inventa. — ele responde rindo. — Estava mais para pesadelos mesmo. Experimenta ser vigiado no próprio quarto todos os dias para ver como é. — confesso, me senti mal.

— Certo, eu nunca mais te vigio então, desculpa. — levanto as mãos em rendição.

— Eu te agradeço imensamente por isso. — ele sorri. — Agora que nos resolvemos e você já me acordou... eu vou tomar um banho e depois vamos estudar porque eu não sabia que teríamos prova semana que vem e de fato você é minha única solução no momento. — confessa com as bochechas levemente coradas.

— Falei que você ia precisar de mim! — mostro a língua em sua direção igual uma criança.

— Quem dá a lingua pede beijo! — ele fala alto, correndo para seu banheiro.

— Mas isso não é segredo para ninguém!

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