𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃𝐒 𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐃𝐄...

By sereiaxx-

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Alexandrine Mantovani era uma médica brasileira refugiada no Kansas. A Terra estava poluída, e somente os ri... More

▄▄▄▄ ׂׂૢ༘ ۵ 𝙸𝙽𝚃𝚁𝙾𝙳𝚄𝙲̧𝙰̃𝙾
▄▄▄▄ ׂׂૢ༘ ۵ 𝙲𝙰𝚂𝚃
▄▄▄▄ ׂׂૢ༘ ۵ 𝙿𝙻𝙰𝚈𝙻𝙸𝚂𝚃
[OO2] ▬ Um Sonho Consciente
[OO3] ▬ Operação Noturna Não Permitida
[OO4] ▬ Air Pandora
[OO5] ▬ 3 Meses Se Passam Muito Depressa
[OO6] ▬ O Passado de Alexandrine
[OO7] ▬ A Destruição da Árvore Lar
[OO8] ▬ Orações A Eywa (Toruk Makto)
[OO9] ▬ O Parto de Alexandrine
[O1O] ▬ Eywa Escutou Você!
ཻུ۪۪⸙͎ ▬ 𝗦𝗘𝗚𝗨𝗡𝗗𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 ▋INTRODUÇÃO
⸙͎ ▬ 𝗦𝗘𝗚𝗨𝗡𝗗𝗔 𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 ▋CAST
⸙͎۪۫ ⊰ OO1 ➤ | Pandora
⸙͎۪۫ ⊰ OO2➤ | O Tempo Não Para
⸙͎۪۫ ⊰ OO3➤ | Spider
⸙͎۪۫ ⊰ OO3➤ | Antes do Eclipse
⸙͎۪۫ ⊰ OO4➤ | Coração com Eywa
⸙͎۪۫ ⊰ OO5➤| Metkayina
⸙͎۪۫ ⊰ OO6➤| Pérola
⸙͎۪۫ ⊰ OO7 ➤| Casca de Alna
⸙͎۪۫ ⊰ OO8 ➤| Senhor Payakan
⸙͎۪۫ ⊰ OO9 ➤| Vendaval Quaritch
⸙͎۪۫ ⊰ O1O ➤| Árvore dos Espíritos
⸙͎۪۫ ⊰ O11 ➤| Ale'xi te Manto Mari'ite

[OO1] ▬ Pilotar, Dirigir... (Piloto)

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By sereiaxx-


Minha vó costumava me contar uma história antiga de como não deveríamos confiar em desconhecidos.

Na verdade, está mais para um fato.
Já que minha vó alimentava as galinhas, e depois as matava.

Ela sempre esteve certa.❞

O futuro distante parecia uma ideia bilionária, uma promessa que De Volta pro Futuro alimentava desde os anos 80, dois séculos atrás.

Seria maravilhoso se a Terra ainda fosse respirável como foi prometido, mas a verdade, é que se os nossos ancestrais, bisavós, tataravós esperavam um futuro melhor para nós... para meros pobres, não existia essa ideia.

Mas, se eu pudesse voltar e enviar uma mensagem a eles era: "aproveitem enquanto ainda estão aí❞.

Alex desceu de sua picape estacionada em frente a casa a onde morava no velho Kansas. Corria apressada para dentro de sua casa.

── O que houve mamãe? ── perguntou a brasileira ao encontrar sua mãe em prantos.

── Filha... acabou o O2 do cilindro de sua avó! ── a mãe de Alex olhava desesperada para a avó da mulher que buscava respirar.

A avó de Alexandrine estava ficando acianótica de tanto que buscava inspirar e respirar.

Alex correu para perto da idosa e digitou algumas coisas na tela no monitor que configurava os níveis do oxigiênio, imediatamente procurando a reserva que ainda restava no cilindro.

Regulou o volume e a sua amada avó conseguiu inalar o ar e respirar normalmente, soltando todo o oxigênio pela boca, como se estivesse sufocada.

── Respira vovó, respira... isso... ── instruia a sua avó. ── Pronto, já passou...

A brasileira passou a mão pela cabeça fadigada e ainda assustada com a situação que já estava normalizada.

── Minha filha! Alex! Ainda bem que você chegou. ── a mãe de Alex, Marieta abraçou sua filha com toda força.

Infelizmente o ar natural da Terra havia se tornado poluído demais para os idosos, tão poluído que ao respirar, o ar poderia enviar mais de bilhões de bactérias para seus pulmões. Você poderia morrer em segundos.

A Terra estava evoluida, a cura da paraplegia já existia, inclusive do ar contaminado, então por que não investir?

A resposta é simples, só havia uma única coisa que não mudou no futuro: as divisões de classes, e entre a alta, média e baixa, eu me enquadrava na baixa.❞

── Eu não sei mais o que fazer mãe... ── Alex olhou em lágrimas para Marieta. ── Todo o dinheiro do meu divórcio foi para os cilindros, eu não tenho mais nada.

── A gente vai dar um jeito querida, Deus sempre abre as portas para nós. ── disse confiante acariciando o rosto de sua filha. ── Eu juntei minhas economias e talvez pode dar certo para a compra.

Alex sorriu triste.

Se refugiar nos Estados Unidos em busca de uma vida boa inclui o maior sacrifício: não ficar doente.

Eu consegui, minha vó não. Os seus pulmões estavam fracos, eu sabia que tinha cura para a sua doença, ela iria viver por mais 30 anos pelo menos, mas eu não tinha emprego muito menos aceitavam meu título de médica. Já que não cursei lá, mas sim no Brasil.

A brasileira estava sentada na cadeira de um bar, embora não bebesse, água com gás era o mais próximo de "algo forte", o clima de não ser obrigada a falar com alguém era bom.

── Aí, Alex. ── Phil, o dono do bar chamou a mulher que estava de cabeça baixa prestando atenção na música. ── Alex!

── Ah, foi mal Phil... ── levantou a cabeça prestando atenção no outro.

── Se está precisando de emprego, a oportunidade é essa, e eles aceitam estrangeiros. ── apontou para um cartaz colado na parede.

Ela espremeu os olhos tentando enxergar melhor, então afastou a cadeira para trás e se levantou caminhando em direção ao papel preso a parede marrom do local. Uma foto do Tio Sam apontando para ela entregava uma mensagem:

"RECRUTA-SE PILOTOS PARA EXÉRCITO".

── Desde quando você pilota alguma coisa? ── escutou uma voz familiar.

Se virou para fitar quem era.

Seu ex-marido, Jake Sully.

── Jake! ── ela sorriu ao vê-lo.

O cadeirante sorriu para ela.

Jake e eu nos conhecemos quando ele ainda andava, neste mesmo bar em que estamos conversando.

Eu era uma estrangeira falando um inglês terrível com sotaque quase incompreensível, e ele, um estadunidense tentando me compreender, e no meio disso tudo, casamos.

Jake e eu nos separamos quando ele foi para o exército, o tempo não nos permitia viver como queríamos. E quando ele voltou, eu já estava divorciada e ele, sem as pernas.

── Não sabia que queria entrar para o exército. ── ele conversou com ela. ── Sabe que é uma péssima ideia não é?

Jake e Alex já haviam colocado a conversa em dia, conversavam em frente ao bar.

── E eu não quero, mas eu não tenho emprego e esse projeto do Programa Pandora parece ser uma ótima ideia, 4 anos longe da Terra, da minha mãe, minha vó. ── deu de ombros. ── Com esse salário eu posso pagar o tratamento da minha vó.

── Dona Anna ainda está doente? ── indagou surpreso. ── Nossa...

── Hoje o O2 dela quase acabou, eu ainda tenho uma reserva pelos próximos 2 meses, mas daqui 2 meses eu não sei se estarei empregada Jake. Minha mãe não pode sair porque precisa cuidar dela...

── E o exército foi a melhor escolha pra você? ── completou ele.

Alex respirou fundo.

── Você sabe que...

── É o que eu diga, se na Terra eu já fiquei assim... ── olhou para as próprias pernas. ── Imagina fora dela.

── Eu não tenho outra escolha. ── Alexandrine foi firme.

── Eu sei e quer saber? ── se aproximou mais perto dela. ── Eu acho essa ideia...

A brasileira esperou ansiosa.

── Mais louca do mundo, e com toda certeza, eu faria o mesmo. ── Sully riu.

Alexa gargalhou junto com seu ex-marido e ambos brindaram suas águas com gás e beberam.


Eles consideravam o planeta abençoado com nativos malditos, mas eu considerava como, uma pedra preciosa rara e viva que mais uma vez os humanos queriam destruir.

O treinamento de piloto durava exatamente 1 ano antes de você sair da Terra e embarcar em um planeta longe daqui, claramente destacava isso, o quanto você estaria se arriscando em Pandora.

Mas eu não tinha vontade de pilotar, eu queria estudar a ciência do planeta, estudar seus povos, suas anatomias, seus rituais de cura, não estava feliz.

── Você! ── escutou uma voz patriota.

Ela estava ao lado de outras mulheres que já eram pilotas profissionais de aeronaves de última geração, fardadas do exército estadunidense.

Incluindo Trudy.

Enquanto Alex?

── Quantas aeronaves já pilotou? ── Quaritch questionou a mulher.

── Pilotar eu piloto moto, dirijo carros e vãs. E uma vez dirigi um caminhão. ── respondeu sem querer.

Trudy riu enquanto mascava o seu chiclete.

O Coronel fixou seus olhos claros na brasileira que se envergonhou e olhou para o lado.

── Então, uma soldada do exército brasileiro, que serviu para ser piloto e não sabe pilotar um jato. ── mais confirmou para si mesmo do que perguntou.

── Achei que iria aprender aqui. ── deu de ombros.

Trudy olhou imediatamente pro Coronel, as outras soldadas estavam com os olhos meio arregalados surpresas pela audácia da mulher.

── Muito bem, soldada... ── olhou o nome na farda. ── Mantovani.

Calada ficou.

── Eu irei lhe dar 1 mês para aprender a pilotar qualquer tipo de aeronave que eu ordenar você pilotar. Caso ao contrário, você está fora de qualquer operação e nunca mais será recrutada. ── o Coronel foi firme em suas palavras.

Alex ficou surpresa com o tom do Coronel.

── Entendido, senhor. ── assentiu com a cabeça.

Ele ficou por um bom tempo com seus olhos focados na brasileira, então deu as costas observando as soldadas baterem continência para ele.

── Acho que você não estava muito bem da cabeça quando decidiu entrar pra cá, não é? ── Trudy questionou para a brasileira que jogou todo o ar para fora que segurava quando o Coronel estava ali.

── Engano seu, estava completamente lúcida. ── puxou a foto de dentro de sua farda de sua avó e mãe e olhou para elas.

Trudy percebeu.

── Sua família?

── Sim, mãe e avó. ── respondeu sentindo falra deles.

── Eu sou Trudy. ── estendeu a mão para a colega.

Alex sorriu.

Depois de um ano no exército, eu voltei para me despedir da minha família...

── Se cuida minha filha, toma cuidado, pelo amor de Deus. ── a mãe de Alex tocava o rosto dela enquanto chorava ao ver sua filha com a jaqueta do exército e uma mochila em suas costas.

❝A parte mais difícil era essa, se despedir de alguém que você ama, e saber que irá permanecer pelos próximos quatro anos desacordada, e quando acordasse, talvez recebesse uma notícia ruim.❞

Alexa adentrou no mesmo bar que sempre frequentava para tomar sua água com gás, ela sentou-se no banco e olhou para Phil.

── Então você vai mesmo, não é? ── depositou o copo cheio de água gelada com gás para a pilota.

── Sim. ── confirmou sorrindo fraco.

── Boa sorte, Capitã Mantovani. Não se esqueça de mim, hein. ── Phil apontou para ela.

A pilota gargalhou e abaixou a cabeça.

── Jake! Jake! Jake! ── escutava o nome de seu ex-esposo e observava ele inclinar o copo de tequila em sua cabeça empinando a cadeira de rodas.

Alex gargalhou ao vê-lo gritar comemorando após beber.

── Sério que você não vai beber nada? ── Jake perguntou a ela.

── A água com gás aqui é o que? ── Mantovani apontou para o copo na bancada dela.

──Você entendeu. ── bufou o Sully. ── Qual é, o nosso último momento juntos.

── Eu não quero e eu não posso. Estou indo viajar e eu não posso ter nada alcóolico no meu corpo enquanto estiver desacordada. ── explicou a jovem para ele.

── Essa desculpa não vai colar. ── ele empurrou as rodas para mais perto dela.

── Ô soldado, a médica aqui é quem, hein? ── olhou para o Sully.

── Ah, agora não é piloto mais e sim médica? ── gargalhou Jake se aproximando ainda mais e puxou o banco dela fazendo com que a mesma caísse em seu colo.

── Jake! ── ela gritou levando um susto e gargalhou. ── Para com isso.

As pessoas que estavam em volta gargalharam com a situação e começaram a assoviar e gargalhar batendo palmas.

── Fala aí, eu sou o paraplégico mais bonito que você já viu. ── respondeu segurando o rosto dela. ── E como uma última despedida, um último beijo.

── Nem pensar. ── negou a brasileira ainda no colo dele.

Jake roubou um selinho demorado da Capitã que ficou surpresa, mas beijou sorrindo ainda sim.

Eu sentiria muita falta de Jake, ainda que fossemos um casal divorciado, não havia nenhum tipo de mágoa entre nós dois, uma amizade que duraria para sempre❞.

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