Você ainda não tem certeza, mas eu estou com você, tudo o que eu posso querer, tudo o que eu posso desejar, noites sozinhas que nos fazem tanta falta e dias que guardamos como lembranças, não há tempo, eu quero ganhar mais tempo e te dar toda a minha vida...
Tyler Montenegro
Talvez eu seja a porra de um ingrato mesmo, mas nunca vou perdoar nenhum dos dois.
Jiselle me encheu de falsas esperanças, me vendeu uma imagem de família feliz e prometeu que eu me esqueceria de toda merda que passei. Ela me disse que nunca mais me lembraria daquilo...mas era tudo mentira.
E agora me questiono se realmente valeu apena sair daquela vida para essa.
Talvez eu não tenha sido feito para ter uma família normal. E já não preciso desse caralho. Não faz falta na minha vida.
Apenas fazia falta para a criança que teve uma infância traumática, não para mim.
Ela devia uma família a criança que iludiu
Ouvi batidas na porta e me levantei ansioso da minha cadeira com esperanças que fosse Wizzoly.
- Entre. - Návia entrou dando um soco na minha esperança.
- Senhor, consegui 3 candidatas para o cargo de assessor, mando para o RH ou o senhor vai fazer a entrevista?
- Escolha uma e a mande começar amanhã! - Bufei voltando a me sentar.
- Eu escolher?
- Não estou vendo mais ninguém atrás de você. - Piscou. - Se acha que não consegue esse caralho mande para o RH!
- Eu consigo! - Assenti e ela continuou parada me olhando.
- Quer que eu vá chama-las para você?!
- Eu queria falar sobre o que aconteceu no outro dia... - Peguei minha cabeça quando a senti latejando. - Sobre nós dois...
- Não existe nós dois nesse caralho Návia! - A cortei. - Quer mesmo falar dessa merda agora?
- Eu querida me desculpar e dizer que aquilo nunca mais se repetirá...
- Eu já deixei claro esse caralho! Não está me contando nenhuma novidade! Agora vá cuidar do seu maldito trabalho!
- Mas o senhor...
- Saía! - Me segurei na mesa e ela voltou a assentir se retirando.
Porra Wizzoly, eu preciso de você para me acalmar!
Levantei da minha cadeira pronta para ir atrás dela, mas como se tivesse ouvido as súplicas do meu subconsciente pela sua presença aqui a porta foi aberta e ela entrou na minha sala me olhando.
Parecia mais apreensiva que eu.
- Não vim a sua trás porque Jiselle estava muito mal e não pude deixá-la sozinha naquele estado. - Falou nervosa enquanto eu dava passos largos até ela. - Eu me importo com você e...
Juntei os nossos lábios e como já imaginava o meu corpo automaticamente relaxou nos seus braços.
Que caralho é esse?
- Tyler...
- Está me devendo um beijo por não ter matador Menson, outro por não ter colocado Edward na UTI e outro por eu não ter destruído a minha sala até agora. - Pegou meu rosto. - Estou me segurando muito só por você...
- Obrigada? - Sorriu confusa. - Quer conversar ou...
- E não quero três beijos... - Desci as mãos para a sua bunda a apertando. - Quero de fuder! É pacífico?
Me puxou pelo queixo me beijando. Voltei a envolve-lá nos meus braços e caminhei com a mesma a encostando na minha mesa.
Desci beijando o seu pescoço e o suguei ouvindo o seu gemido mais alto. Desci para o decote dando um beijo demorado e quando ela ia pressionar minha cabeça eu neguei voltando para o seu pescoço onde pressionei os meus lábios, primeiro com calma e depois puxei a sua pele com os dentes.
- Tyler a reunião...
- Só mais um pouco.. - Deu um beijo no meu queixo e me encarou cheio de luxúria. - Eu podia te fuder nessa mesa se tivéssemos mais tempo.
Mordeu o lábio inferior enquanto esfregava uma perna na outra.
- A reunião pode esperar... - Juntou os nossos lábios, a sua língua procurou pela minha com urgência e desci as mãos para sua bunda a carregando para cima da minha mesa.
Abriu as pernas me puxando para mais perto dela. Me encaixei no meio das suas pernas. Circulou minha cintura com suas pernas e me esfreguei nela compulsivamente.
Desfez o nosso beijo gemendo alto enquanto me apertava no seu corpo. Abri a sua camisa social com pressa pouco me fudendo se arrancava os botões ou não.
Baixei o seu sutiã e desci abocanhando o seu seio enquanto ela gemia me pressionando contra o seu peito.
Wizzoly Montenegro
Mordi meu lábio para não gemer alto e o apertei contra mim. Senti sua mão descer até minha calça e quando ia abrir bateram na porta.
- Senhor Montenegro os repórteres estão esperando na sala de reuniões. - Ele ainda tinha o meu seio na boca enquanto escutava as palavras da sua secretária e suspirou frustrado.
- Caralho! - Falou com a boca cheia.
- O senhor me escutou?
- Eu já vou! - Gritou impaciente.
- Que estressadinho.. - Me olhou e mordeu meu mamilo me fazendo gritar pela dor e excitação.
Se afastou e eu me organizei enquanto ele fazia o mesmo mas diferente de mim Tyler se organizava com raiva.
- Empata fodas do caralho!
Sai da mesa indo o ajudar. Sorri encarando a sua ereção bem visível nas calças.
- Me deixe te ajudar. - Passei a mão por cima do seu pau tentando baixá-lo.
- Isso só piora minha situação Wizzoly. Você é a causadora dessa ereção. - Se afastou um pouco. - A sua mão tocando no meu pau só piora tudo...fique longe de mim.
Fui obrigada a rir com as suas palavras.
Depois de alguns minutos com Tyler lutando para baixar a ereção e Návia fazendo pressão na porta, ele finalmente conseguiu. Não por completo, mas só percebia quem olhava para lá.
- É melhor que não faça parte da reunião. - Peguei na sua mão quando o nervosismo tomou conta de mim.
- Eu posso assistir de longe...quero estar lá para você. - Eu que tinha causado aquilo.
Negou com a cabeça várias vezes como se tivesse escutado os meus pensamentos e me fez o encarar. Se baixou um pouco.
- Não foi sua culpa, me diga que sabe disso. - Era inevitável não me sentir culpada. - Wizzoly...
- Se eu não tivesse ido para...
- Não faça isso. Aquele filho da puta não merece. - Pegou minhas bochechas. - Isso nunca mais acontecerá!
Como ele podia me garantir aquilo?
- Eu quero ir assistir a entrevista. - Assentiu. - Nem que de longe.
- Tudo bem. - Aproximou beijando minha testa o que me deixou surpresa e depois pegou na minha mão.
Admirei o quão lindo as nossas mãos ficavam juntas antes dele me puxar para sairmos do seu escritório.
Eu chegava a tremer no salto a cada passo que dava em direção ao elevador. Eu estava tão concentrada tentando não surtar ali mesmo que não percebi Daniella saindo do elevador e quase me bati nela se Tyler não tivesse me parado.
- Já está melhor Wizzoly? - Encarei a mulher a minha frente esperando ironia nas suas palavras. - Eu sinto muito, nenhuma mulher merece passar por isso.
Juro que a encarei por vários segundos estudando desde a sua postura até expressões no rosto rezando junto com o meu subconsciente que ela estivesse sendo irónica.
Mas não havia ironia na sua fala, havia algo muito pior que essa merda.
Daniella me olhava com pena.
E aquilo fez eu me sentir muito pior do que já estava. Me segurar para não chorar ali estava se tornando uma missão impossível.
Apertei a mão de Tyler buscando por um pouco de consolo, mas o que ele disse a seguir me deu um choque de realidade tão grande que senti o meu ataque de pânico voltando.
- Pode ir na frente, eu preciso conversar com Daniella. - Um soco teria sido menos doloroso naquele momento.
Olhei para ele enquanto aquela frase ecoava na minha cabeça varias vezes e o mesmo tinha a sua total atenção a mulher que estava a nossa frente. Em fracção de segundos Tyler deixou a minha mão e me deu as costas voltando para sua sala.
Fechei meus olhos quando me senti tonta e com muita vontade de vomitar. Peguei com força a minha mão tremula buscando conforto em mim mesma enquanto tentava clicar no botão para chamar o elevador.
A minha garganta estava seca, os meus pés pesados e a minha cabeça me torturando com as palavras de Tyler. Entrei cambaleando no elevador, cliquei no botão que me levava ao térreo e quando as portas se fecharam bati minhas costas na parede metálica com uma nota mental na minha cabeça.
" Preciso aguentar mais um pouco"
Eu estava segurando tanto aquilo que a minha visão chegava a ficar turva. O elevador parou e no automático sai do mesmo arrastando as minhas pernas para fora da empresa. Parecia que haviam me drogado, o embrulho no meu estômago aumentou junto com pressão no meu peito.
Sai da grande empresa já com a visão precária, a minha boca cheia de saliva e os pés quase não saindo do chão.
- Wizzoly? - Ouvi uma voz grossa que me parecia familiar e me encostei na pessoa sem nem saber quem era quando as minhas pernas falharam comigo. - Oh merda!
- Me...me tire...me tire daqui...por...por...favor... - Eu não sei se a pessoa havia me escutado apenas me deixei levar pelo cansaço e fechei os olhos não sentindo e nem escutando mais nada.
Tyler Montenegro
- Não pode a proteger tanto. - Daniella fechou a porta do meu escritório.
- Ainda esta tudo muito recente para a envolver nesse assunto. - Me entregou o envelope.
Não sei como ela lidaria com isso tudo. Já não esta sendo muito fácil para ela dormir, como a contaria que estou investigando como o filho da puta do Ex a encontrou e quem pagou para publicarem os vídeos daquela noite mesmo depois de eu ter ordenado para que apagassem tudo?
- Vou contar para ela quando tudo estiver resolvido! - Abri o envelope. - O que descobriu?
- Eu sei que me disse para procurar apenas a pessoa que pagou milhões para que os vídeos da sua esposa fossem publicados, mas acabei descobrindo muito mais. - Deu de ombro.
- Fale o que descobriu!
- Quem contactou Josh e o informou que a sua querida esposa estaria no restaurante aquela noite foi George Michael...
- O que?
- No envelope esta a gravação da chamada, parece que o ex da sua esposa tinha o fetiche de gravar as suas chamadas. - Peguei o telefone que tinha varias gravações. - Os meus investigadores descobriram tudo, como George encontrou Josh, nos sítios que se encontravam ate o plano deles de tentar te manter longe do restaurante aquela noite.
- Parece que eles pagaram alguns "investidores" para que agendassem uma reunião contigo assim te manteriam ocupado toda noite enquanto faziam a festa com a sua esposa. - Filhos da puta. - O Monte de jornalistas naquele banheiro não foi uma coincidência, Josh os contratou.
- E depois de você não ter caído na sua armadilha e ter ido ter com a sua amada no restaurante, George mandou cancelarem o plano, mas já era tarde demais, Josh feito o psicopata que era, quando viu Wizzoly no restaurante prosseguiu com o plano não se importando com as consequências. - Fechei os meus olhos tentando processar aquilo. - E depois de tudo feito e você ter mandado apagar tudo, George não se importou com o dinheiro e entregou os milhões para que tudo continuasse no ar.
Vou mata-lo!
- E isso tudo para que a sua querida esposa cortasse os seus laços com o marido dele. - Juntou as mãos na frente. - Ele tem medo que Wizzoly roube Shawn dele, assim como foi da primeira vez.
- Primeira vez?
- É, parece que Wizzoly teve um caso com o marido dele no passado. Mas é uma historia que prefiro que ela conte para você. - Deixei o envelope na mesa. - Espero que isso tire o meu nome da sua lista de suspeitos. Já fiz todo o trabalho sujo de Bruce.
Wizzoly foi amante do seu melhor amigo?
- Mesmo que não acredite, eu aprendi a minha lição depois de ter me pendurado no sol. - Veio ate mim. - Sabe que sou uma boa submissa.
- E não preciso mais mexer com a sua esposa para te ter de volta comendo na minha mão. - Beijou meu queixo. - Sou muito paciente Tyler, sabe disso melhor que ninguém. - Cruzou os braços no meu pescoço. - Em algum momento vai voltar correndo para os meus braços, como foi por todos esses anos.
A afastei quando queria descer a sua mão e a mesma riu.
- Quando enjoar da buceta da sua esposa, me procure. As minhas pernas estarão sempre abertas para o seu pau. - Insistente como sempre voltou a se aproximar de mim. - E dessa vez para algo casual, ate que a sua esposa se recupere do trauma que passou.
- Não preciso desse caralho Daniella!
- Ela não estará pronta para abrir as pernas tão já. - Abriu um sorriso estranho. - A não ser que esteja a forçando a te satisfazer.
- O quê?
Eu nunca a força... caralho!
Será que ela se sentiu forçada a pouco tempo?
Eu não ha dei outra opção...é claro que ela se sentiu forçada a fazer aquilo.
Porra! Eu estava tão focado em fugir dos meus problemas que não pensei na situação dela.
- Não pensei que fosse esse tipo de homem. - O seu humor melhorou.
- Vai se fuder! - Sai da minha sala apressado.
Preciso me desculpar com ela. Com certeza deve estar pensando que sou um grande infeliz por ter pensado só em mim mais uma vez e não ter me importado com os seus sentimentos.
Cliquei no botão do elevador varias vezes o chamando e dentro do mesmo lembrei que a disse para me esperar...porra, isso também foi uma péssima ideia!
O que merda esta acontecendo comigo hoje?
Depois de torturantes segundos dentro da caixa metalica, finalmente cheguei e sai apressado a procurando entre as pessoas que estavam do lado de fora da sala de reuniões, mas ela não estava lá.
Ela não entraria lá não é?
Passei por aquelas pessoas e entrei na grande sala de reuniões. Procurei por Wizzoly no meio dos jornalistas que tinham todos a sua atenção em mim. Não sabia se ficava aliviado ou não por ela não estar aqui.
- Podemos começar senhor?
- Tenho algo muito mais importante para fazer! Agendem outro dia com a minha secretaria!
- Os Dwayne meteram um processo na justiça contra o senhor. - Parei de andar com as palavras de um dos jornalistas e me virei para eles novamente. - E o senhor Josh Dwayne sumiu do hospício onde se encontrava.
- Quer que eu os ajude a procura-lo? - Olhei para o mesmo.
- Estão falando que o senhor sumiu com o senhor Dwayne. - Ri das suas palavras. - O que o senhor tem a dizer sobre isso?
- Estou pouco me fudendo para o que dizem sobre mim nesse momento! - Fui para mais perto dele. - Diga a familia Dwayne para manterem o seu filho bem longe de mim.
- O senhor se arrepende de quase ter o matado naquela noite?
- O que queria que eu tivesse feito depois dele quase ter abusado da minha esposa? Queria que eu tivesse o aplaudido e o chamado para tomar uma cerveja? - Os fleshes triplicaram na minha cara. - Farei de tudo para que o filho deles nunca mais faça a qualquer outra mulher o que fez com a minha esposa!
- Eu não tenho nada haver com o sumiço do filho da puta, então que a familia dele ajoelhe todas as noites e faça orações bem profundas para que eu não o apanhe primeiro. - Voltei a me afastar. - Não terei tanta piedade como tive da ultima vez!
- O senhor não sente remorso pelo que fez com ele?
- Remorso? - Assentiu. - O que teria feito se fosse a sua esposa no lugar da minha? Você teria sentido remorso e resolveria as coisas com calma? - Calou recuando. - Você sabe quantas mulheres passam por isso e tem medo de ir para polícia porque muita das vezes eles têm a sua mentalidade medíocre e nada é feito com filhos da puta como ele?!
- Espero que a vida nunca te coloque na mesma situação. - Estava me controlando para não soca-lo. - Lembre-se que é por pessoas como você que existe aquele tipo de gente solta por aí.
- Eu sinto muito senhor..
- A entrevista acabou! - Sai da grande sala de reuniões quase deixando cair alguns repórteres que se encontravam na minha frente.
Vou matar o filho da puta do George e depois vou procurar Wizzoly!
"E quando tá pra se afogar no mar da vida, vem alguém, vem alguém...e se torna a ilha."
Nada haver com o capítulo, mas me ajudou a escrever o mesmo.
Eu ainda não estou bem, mas estou tentando voltar para vocês ao invés de apenas chorar.
Até a próxima❤️.
"Desculpa qualquer erro"