Constantly Flowing - (Kuroo x...

By iamhksan

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🥇 1° em Haikyuu • Abril/23, Maio/23 🥇 1° em Kuroo • Março/23 Uma ex-jogadora da seleção italiana de vôlei é... More

Prólogo
País Novo, Escola Nova
Química 3
Ato de Misericórdia
Língua de Gato
Semântica
Rei da Provocação
Salto de Fé
Boa Recepção
País das Maravilhas
Primeiro Dia
Amigos
O Guardião
Time
Me Ame Menos
Cortem suas cabeças!
As Corujas
Doces Confissões
Não Precisa
Projeto de Treinadora
Dia'Calligari
Volta dos que não foram
Boa Cobertura
Dose de Energia
Preliminares do Intercolegial
Primeiro Jogo
Segundo Dia
Conversa de Arquibancada
vs Itachiyama
Homem Dela
Valete de Copas
Surpresas
Próxima Jogada
Novos Acordos
Um Salto
Lobos de Roma
Ciao Esparta
Déjà vu
Voo de Ícaro
Corvos Visitantes
Mudanças para o Futuro
Benvenuti A Roma
Trono Vazio
Capitã
Ponto Final
Realeza
Retorno
Acampamento Pt.1
Acampamento Pt.2
Acampamento Final
Segredos
Interesse
Dedicação
Adiante
Fala Vorpal

Até o Ninho

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By iamhksan

c a p í t u l o   c r o s s o v e r



Era uma manhã de sábado, e novamente me vi obrigada a sair da cama antes do que realmente gostaria. Dessa vez não por Nico e nem por treinos, mas sim porque haveria um festival cultural na Academia Fukurodani e o time queria ir. Pelo que soube a escola não era tão distante, mas ainda levaria algum tempo para chegarmos, por esse motivo aqueles que concordaram em ir se encontraram na estação.

Aoi estava nesse meio e aguardava ansiosamente pela minha chegada junto de Kuroo, ela deu pequenos pulos em minha direção e enganchou no meu braço ostentando na bolsa o chaveiro de waffle que tínhamos igual.

— Animada para ir a Fukurodani? — me perguntou — É realmente uma escola muito grande.

— Nem tanto pela escola, mas quero conhecer a tal capitã — respondi — você a conhece Aoi?

— Sim, nos encontramos algumas vezes — respondeu —, como Kuroo é amigo do Bokuto eles saem juntos algumas vezes. Eu costumava acompanhar, conheço também a Aki-chan, Emi-chan que é a líbero e Misa-chan a levantadora, as outras apenas de longe. As meio de redes são assustadoras.

— E elas são altas?

— Sim! — Aoi quase gritou — Sora-chan é maior que Kuroo.

— Por pouco, não é tanto sim — disse ligeiramente afetado.

Yaku deu risada — É sim, Sora tem mais de 1,90 e Keiko-san não fica tão longe. No geral, todas elas são altas.

As conversas continuaram até chegarmos a escola, também comentamos sobre a Golden Week, a semana de treinamento que o time iria passar na prefeitura de Miyagi depois do convite de um antigo rival. Treinador Nekomata gentilmente pediu para que eu ficasse e ajudasse os outros meninos mais novos, comentando que não havia necessidade da minha presença acompanhando, em retorno teria carta-branca para montar o treino dos garotos junto dos ajudantes que ficariam para trás.

Isso já seria no fim da próxima semana.

— É comum ter festivais tão cedo assim?

— Não — Kai me respondeu —, mas parece que a Fukurodani fez um especial dessa vez.

Realmente dava para perceber isso, a quantidade de pessoas andando por ali era enorme. Dava para ver pais e também alunos, tinham barracas de comida e aparente atrações de todos os tipos. Logo na entrada nos deram folhetos com os locais das turmas e também seus projetos.

— Bokuto está no projeto de química — Kuroo disse —, ele me pediu para explicar a ideia da turma já que ele não entendeu. Batalha Naval, é esse aqui.

Ele apontou no meu folheto o local — Já sabemos onde devemos evitar.

— Parece legal — Yaku disse.

— Eu concordo com eles, é seu amigo deveríamos pelo menos passar — Aoi deu o golpe final, nem fui eu que precisei falar.

O capitão fez uma careta para nós — Vocês estão andando juntas por tempo demais.

Balancei a cabeça buscando com os olhos outro jogador — Kenma, onde você quer ir?

A turma do segundo ano que jogava como titular também nos acompanhou nessa aventura a escola amiga.

— Tem uma turma com projeto de realidade virtual, parece interessante — disse com voz baixa.

— É perto do maid-cafe — Taketora comentou — nós do segundo ano vamos nos manter juntos Calli-chan, não se preocupe!

Ele jogou o braço por cima do ombro de Kenma e o puxou na direção contrária, Fukunaga apenas me deu um aceno de cabeça e saiu junto deles. Me perguntei se o levantador realmente ficaria bem.

Como Kuroo sabia que ir até Bokuto seria obrigatoriedade, acabamos deixando por último, passamos por outros lugares e vimos outros projetos. Entretanto, no caminho para o corredor do terceiro ano vimos passando na distância algumas pessoas fantasiadas.

Elmos dourados, capas vermelhas e peitorais costurados em couro, parei de andar por um momento. As histórias na Itália são constantes, mas ver pessoas caracterizadas de espartanos no meio de uma escola no Japão foi uma surpresa.

— Oh é a capitã — Yaku comentou colocando a mão sobre os olhos — Sora e Washio. Levaram o título ao pé da letra dessa vez.

— O time feminino da Fukurodani tem o título de espartanas por conta do regime de treinamento intenso — Aoi me explicou.

— Eh, a corujinha está bem dedicada.

Kuroo fez a menção de andar até ela, mas segurei seu braço, conhecia aquele sorriso em seu rosto. Ele me olhou confuso assim como o restante.

— Pelo que me disse, são amigos, mas ela está com uma lança na mão — apontei —, se falar alguma coisa torta pode ser que a Nekoma perca seu capitão. Então se mantenha calado rei da provocação, pelo menos enquanto a garota está armada.

— Preocupada comigo Calli-chan? — seu rosto se aproximou do meu

— Com o time querido — coloquei a mão em sua bochecha e dei um leve tapa —, não se iluda.

— Kuroo! Calli-chan! Aqui!

O capitão grunhiu quando viu que inconscientemente acabamos andando em direção a bancada do chapeleiro barulhento e cabeça de vento da Fukurodani, palavras dele não minhas. Então não tivemos outra escolha senão seguir para onde Bokuto estava, a tal barraca da Batalha Naval.

Provavelmente os coletes foram banhados em algum tipo de pigmento que troca de cor conforme a temperatura, por isso ele mantinham bacias cheia de gelo por perto. Era bem inteligente daria esse crédito a eles.

— É uma boa estrutura — Yaku comentou se aproximando.

— Claro que sim, eu ajudei a montar — Bokuto encheu o peito orgulhoso.

Não acho que Yaku estava falando literalmente da barraca, mas deixaria essa passar.

— Vocês querem jogar? — um garoto atrás da mesa perguntou — É bem simples, dois times, quem conseguir pintar mais coletes em trinta minutos ganha.

O líbero da Nekoma contou — Estamos em 5, alguém fica com desvantagem.

— Eu posso jogar! — o chapeleiro levantou a mão — Estou na pausa, não estou?

O colega de classe dele pareceu suspirar antes de confirmar, parecia que a maioria das pessoas tinha alguma dificuldade de lidar com ele. Era muita energia para um único ser, não os culpava, mas de alguma forma o tornava alguém que atraia naturalmente outros por admiração.

— Então que os capitães escolham seus times — falei colocando um colete leve e entregando a minha bolsa para que guardassem.

Um time era Bokuto, Kai e Aoi, e no outro Kuroo, Yaku e eu. Os dois paspalhos não paravam de discutir estratégias, então tinha algumas dúvidas se poderíamos ganhar o jogo. O campo de batalha era o estacionamento, tinha alguns lugares para se esconder e me lembrava um cenário de paintball.

— Será que dá para vocês dois pararem? — bati a ponta da arma de água em seus estômagos — Se não nos acharam até agora, com certeza o fizeram com essa discussão!

Era um grito, mas sussurrado. Olhei por cima da barreira tentando ver alguma movimentação, mas vi apenas Bokuto se escondendo — Eles devem estar tentando nos cercar, Bokuto não parece ser do tipo sorrateiro, então pode ser uma distração. Não confio no Kai e nem na Aoi, ela lê muitos livros de mistério.

— O que isso tem a ver? — Yaku questionou.

— Que eu sei como a mente funciona.

Saltei para o lado enquanto ela acertava o líbero nas costas, tive alguns poucos respingos, mas sem grandes danos. Pela reação rápida dele também conseguiu acertar minha amiga no momento em que se virou, por fim foi um empate. Acabamos por nos separar, eu não os vi em nenhum lugar, apenas quando mudei de esconderijo tive uma visão de Kuroo. Fiz um sinal para nos encontrarmos no meio e quando dei o sinal corremos para a mesma direção.

— Feliz? Eles nos emboscaram por culpa sua.

O moreno balançou a cabeça — É uma brincadeira, sabe disso não é?

— E isso é motivo para aceitar perder? — rebati e espiei para o lado sorrindo ao ver Kai passando para se esconder atrás das cadeiras — Não mesmo.

Abaixada com passos leves me escondi do lado oposto da barreira que ele estava, era baixa, então o acertar por cima foi fácil. Não podia ser tão gananciosa, dois longos esguichos e então corri para me esconder em outro lugar.

Na distância ouvi Bokuto gritando com Kuroo e imaginei que os dois deviam estar se enfrentando. Sacrifícios são necessários em razão de vencer as guerras, o capitão cumpriria bem esse propósito.

Uma visão ampla, o terreno era grande, precisava manter meu campo de visão aberto. Ouvi um barulho as minhas costas e no obstáculo atrás de mim vi para fora apenas o tênis de Aoi. Ela estava dando seu melhor e isso a deixava muitas vezes mais fofa.

Usei a mesma estratégia, recuei para o lado contrário do obstáculo e esperei ela correr para se movimentar e a acertei na lateral. Ela soltou um pequeno grito de susto e eu também ri enquanto corria para outro lugar, foi então que o sinal tocou fazendo acabar o tempo.

— Ah, fala sério [Nome] — minha amiga reclamou mostrando a lateral completamente pintada. Kai também tinha as costas inteira de uma cor do meu ataque anterior, eu tinha o colete praticamente intacto e Yaku tinha uma pequena mancha. Sorri colocando o brinquedo no ombro.

— Acho que está bem claro quem venceu, talvez eu realmente tenha alguém da máfia nas raízes da minha família, deveria conferir a árvore genealógica.

Kuroo e Bokuto ambos tinham água pingando de seus coletes e até mesmo de seus cabelos.

— Ah cale a boca — Aoi acertou minha frente mesmo depois do tempo acabar —, você jogou sujo.

— Você que não conseguiu esconder seu pé — a acertei de volta.

— Crianças por favor — Kuroo tentou falar, mas foi acertado por nós duas ao mesmo tempo, Yaku também aproveitou a chance e devolver o ato pela discussão de mais cedo. No fim todos acabamos muito molhados, chegando a pingar até a volta da barraca. Discutindo sobre a vitória e alguns movimentos do jogo, rindo com ações e acusando outras.

Entregamos os coletes e então veio o verdadeiro problema. As camisas, os meninos não tinham problemas, mas eu e Aoi estávamos com uma questão séria a ser resolvida.

— Achei que gatos fugiam de água não se lançavam nela — era uma voz que eu não conhecia, mas o tom de sarcasmo foi de fácil identificação.

Me virei para encontrar uma garota um pouco mais alta que eu, vestia a camisa de treino da Fukurodani e shorts, tinha os cabelos presos em um rabo de cavalo e um brilho nos olhos. Olhei para Aoi e em seguida Kuroo apenas para confirmar, por sua aura já gritava por si só ser aquela que todos falavam. A tal 'capitã'.

— O que posso fazer se esse cara praticamente implorou — Kuroo respondeu.

Ela sorriu e manteve os olhos em mim antes de estender a mão me cumprimentando, aceitei e imediatamente tomei ciência dos calos em sua na palma, eram do tipo que só se ganha treinando muito.

Tivemos uma breve conversa sobre a expectativa de enfim nos encontrarmos, era um pouco estranho conversar com todos nos olhando. Ela ofereceu camisetas do time para nos trocarmos, o que Aki disse e o que os garotos disseram era tudo verdade e ainda mais, o jeito de andar, os gestos e a liderança, ela por inteira gritava seu título.

Falamos um pouco no caminho, sobre Kuroo não ter a importunado quando chegamos e suas vestes de espartana. Já podia dizer gostar de sua presença, era tranquila, e protetora. Soube imediatamente ser o tipo de jogadora que inspira em quadra, e serve como um porto seguro para quem estava por perto. Ela também estava ajudando duas pessoas desconhecidas a troco de nada, isso já era significante por si só.

A garota se afastou por um momento para pegar a chave do vestiário e Aoi aproveitou para comentar algo comigo.

— Então estava tão ansiosa, o que achou dela?

— Que tudo que disseram é verdade — respondi e olhei pras minhas próprias mãos —, ela me faz querer entrar na quadra novamente. Nem que seja só mais uma vez.

Realmente não demorou para ela voltar, o vestiário do time parecia ter sido reformado recentemente, era grande e organizado. Tinham algumas bolas guardadas, garrafas e toalhas, tudo com aparência de novo, o único objeto antigo pareciam ser os armários. O ferro estava descascado em algumas partes, mas o que me chamou a atenção foram os escritos na porta de cada um, haviam frases, desenhos e também adesivos. Cada um era de um jeito, cada um transbordava uma personalidade exclusiva da jogadora que o usava.

Me trazia lembranças, das pessoas que precisei deixar para trás, um dia também tive um armário como aquele. Segurei a minha vontade de traçar cada um deles com meus dedos e então me virei para a garota novamente.

— Como posso te chamar?

— Como preferir, não sou muito adepta das hierarquias. — respondeu sem realmente dar muita importância.

Ergui minha sobrancelha e resmunguei pensando — Achei que 'capitã" também era um apelido, já que muitos usam para você.

Não precisava de mais provas da sua personalidade, mas parecia divertido, puxar seus botões um pouco.

— É um fato final, sou de verdade a capitã — ela respondeu devolvendo o sorriso para mim —, me chamam assim por se sentirem confortáveis, não porque implico isso como apelido. Se me reconhecem digna do título, não tem porque negar

Existiam muitas maneiras dela responder aquela pergunta, "me chamam assim porque querer" era uma delas. Ainda assim foras as palavras mais humildes que poderiam ser pensadas no momento.

— Desculpe pela confusão causada com Bokuto, Kuroo me contou sobre o que aconteceu. Garanto que não existe interesse, pelo menos não amoroso.

Kuroo me falou sobre a questão entre os times, afinal ele era o conselheiro amoroso ou qualquer coisa desse tipo do Bokuto, logo me vi na obrigação de comentar. Afinal meu nome estava no centro da conversa. Depois das ações do ace na Nekoma e a aparente proximidade, quando ele voltou para a escola animado com a minha presença, parece que houve uma pequena discussão entre os times. Já que ele estava falando de outra menina para sua companheira, isso fez com que algumas delas interferisse e lhe dessem um sermão.

A capitã gargalhou — Esses garotos são as pessoas mais fofoqueiras que conheço, não se preocupe italiana. Não precisa se desculpar, eu o conheço bem o suficiente para saber o que cada ação significa. Admiração não é um problema.

Ela atendeu uma ligação de alguém chamado Sora e me lembrei ser a meio de rede que Aoi comentou. Ela nos guiou pela escola de volta as praças e o cheiro me fez salivar, os três times estavam junto, feminino e masculino da Fukurodani mais os meninos da Nekoma. Ocupavam uma boa parte das mesas, então era fácil de os encontrar.

— [Nome] — Aki me cumprimentou com um aceno — É bom te ver de novo.

— Digo o mesmo — passei rapidamente meus olhos pela mesa e rapidamente pude relacionar os armários da sala do clube as personalidades. — Sou [Nome] D'Calligari é um prazer conhecer vocês.

Sora olhou para a capitã com uma careta, ela tinha os cabelos raspados na lateral, o suficiente para mostrar o piercing na orelha e os resto dos fios que também eram curtos estavam jogados para o lado. Apesar da aparente hostilidade, ela me cumprimentou de volta assim como o restante. Misaki a levantadora tinha os cabelos curtos em ondas e óculos, o que a deixava fofa, Emi era a líbero tinha os cabelos curtos e lisos na altura da orelha e parecia ter uma personalidade animada. Aki eu já conhecia e perto do primo era muito mais fácil perceber as semelhanças, por último quem se apresentou foi Hana a última ponta, essa também não estava com bom olhos para mim.

Podia imaginar que foi por conta do estresse anterior, mas nada fizeram, apenas se mantiveram respeitosamente mais afastadas. A reação por mais que estranha me fez sorrir, tinha pessoas no antigo time que agiriam exatamente da mesma forma, daria tempo para se acostumarem comigo.

Bokuto e sua garota estavam sentados em nossa frente, isso sim era uma cena que eu não esperava ver. Ele se tornava mais calmo e concentrado, ainda falava alto, mas ocasionalmente apoiava o queixo no ombro dela para espiar o que mexia no celular, depois disso ririam e voltariam a conversar com o restante do grupo.

Ela sorria quando nossos olhares se cruzavam, e em certo momento ela disse que iria buscar sobremesa e me chamou para ir junto. Outras pessoas se ofereceram para ir, mas ela recusou, bastou um olhar para eles desistirem.

— Pode me dizer o que tem para falar — comentou assim que nos afastamos —, é difícil conversar com todos eles olhando como se fossemos nos lançar na garganta uma da outra a qualquer instante.

— Isso é verdade, no fim você faz jus a fama de perceptiva — respondi a acompanhando de lado —, fizeram sua propaganda, mas agora que nos encontramos não sei como começar, começar amizades não é exatamente meu ponto forte.

— Não posso dizer ser boa, mas deu certo até agora — paramos na fila esperando nossa vez —. Vi você olhando para os armários. Deve ser um sentimento conflitante, no nosso primeiro ano tive uma lesão em quadra. Achei que podia aguentar e carregar o time a vitória, não foi a melhor decisão. Tive que abandonar o jogo e lidar com as lágrimas depois dele. Não pelo jogo, mas sim por não ter confiado nas minhas garotas.

Havia um tom triste em sua voz — Não chega perto do que você passou, mas é o suficiente para eu poder imaginar.

— Seu time era um time novo, e recém-formado, já que nem havia um clube antes — comentei —, alguns tipos de ações só se aprende depois de algum tempo junto como um time.

— Como capitã sempre existe uma sensação de precisar ser o justiceiro, mas nem sempre precisamos ser — ela esperou eu continuar — Eu poderia ter deixado a bola cair daquela vez, mas acho que ficaria pior se tivesse que viver com o sentimento de 'e se'. Não conseguiria conviver comigo mesma sabendo que não dei meu máximo.

— Talvez sejamos mais parecidas do que imaginamos no fim — ela bateu o ombro com o meu —, é uma pena que os ginásios estão sendo usados. Sinto ser um desperdício te deixar ir sem pisar na quadra.

— O sentimento é mútuo, Yaku me disse que você corta com as duas mãos. Como combina com a levantadora o ataque?

Durante toda a fila conversamos, Aoi é uma ótima amiga, mas não poderia falar com ela sobre vôlei, ao menos não coisas técnicas e sensações de alguém que esteve na quadra competindo. Kuroo poderia entender, mas a competição masculina é diferente da feminina não importa o que se diga. Era reconfortante a identificação e sua presença, no fim estávamos conversando como se nos conhecêssemos a anos.

— Juro que atacantes como você é o pior tipo que existe para se enfrentar. — reclamei.

— Obrigada italiana vou levar como elogio — ela pegou a sacola com sorvetes —, sempre competimos nos mesmos ginásios, espero que possa ver ao vivo e tirar suas conclusões. Sei que meu time é o melhor, mas vai ser bom ouvir de outra pessoa.

— Perceptiva e confiante, realmente o pior tipo — de se enfrentar, não como aliado, mas deixaria essa parte escondida por enquanto.

— Mal posso esperar para ver se na quadra também é tudo que dizem, capitã.











N/A: E veio aí! Algumas explicações IMPORTANTES!

Esse capítulo foi meio como um teste junto de Immortals pra ver se dá certo fazer o crossover assim, a mesma cena com duas visões completamente diferentes.

Coisas que eu gostaria que vocês avaliassem, pra eu arrumar. Porque é a primeira vez que eu to fazendo uma fic assim.

• Se lê as duas fics: Se ficou interessante, se não ficou repetido, se deu pra entender sem mudar o foco da história.

• Se não lê: Deu pra entender ou ficaram informações jogadas sem explicação.

É um desafio, mas começou tem que terminar. Quero deixar agradável pra tods, não só pra quem acompanha as duas juntas, então a opinião é muito importante pra dar certo.

Grata, desde já!

Até a próxima, Xx

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