| My Sexy Playboy | Romance D...

By Livemonte

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|+18 | ⚠️Contém violência, língua de baixo calão, relacionamento Tóxico, traição e sexo explícito.⚠️ "Seja qu... More

1°Capítulo
My Sexy Playboy
2° Capítulo
3°Capítulo
4°Capítulo
5°Capítulo
6°Capítulo
7°Capítulo
8° Capitulo
9° Capítulo
10° Capítulo
Personagens do livro
11° Capítulo
12° Capitulo
13° Capítulo
14° Capítulo
15° Capítulo
16° Capítulo
17° Capítulo
18° Capítulo
19° Capítulo
20° Capítulo
21° Capítulo
22° Capítulo
23° Capítulo
24° Capítulo
25° Capítulo
26° Capítulo
27° Capítulo
28° Capítulo
29° Capítulo
30° Capítulo
31° Capítulo
32° Capítulo
33° Capítulo
34° Capítulo
35° Capítulo
36° Capítulo
37° Capítulo
38° Capítulo
39° Capítulo
40° Capítulo
41° Capítulo
42° Capítulo
43° Capítulo
44° Capítulo
46° Capítulo
47° Capítulo
48° Capítulo
49° Capítulo
50° Capítulo
51°Capítulo
52° Capítulo
53° Capítulo
54° Capítulo
55° Capítulo
56° Capítulo
57° Capítulo
58° Capítulo
59° Capítulo
60° Capítulo
61° Capítulo

45° Capítulo

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By Livemonte

Se eu te dei o meu melhor e você não me deu nada por que, do nada, você reaparece na minha vida? Agindo como se nada tivesse acontecido, você traz o passado de volta e eu sofro tudo de novo, mas aprendi a te esquecer, porque aprendi que o amor não se divide...

Wizzoly Davenport

- Edward e eu tentávamos engravidar já faziam 5 anos, sem sucesso então o ambiente em casa não estava muito bem. Eu achei que ele me traía, fui criando paranóias na minha cabeça, nós discutimos, mas dessa vez foi mais intenso que as outras vezes. Então eu sai de casa, no meio da noite mesmo chovendo eu não me importei em molhar ou ficar doente, andei por uma hora, completamente perdida nos meus pensamentos... Até que ouvi um gemido de dor na estrada. - Aumentei o aperto nas suas mãos. - Me aproximei pensando que fosse talvez um animal ferido...

A entrego um lenço quando ela começa a soluçar novamente.

- Se isso te faz mal pode não me contar.

- Esta tudo bem... Eu só...dói sempre quando me lembro desse dia. - assinto e ela contínua. - Quando cheguei mais perto percebi que era uma pessoa... Ele estava...meu Deus...

Depois daquelas palavras eu sabia que não aguentaria toda história sem chorar.

- O seu corpinho estava encolhido e trémulo, deitado numa possa de água misturado com o seu sangue quase na estrada... Ele chorava fraco e baixinho... - Limpo minhas lágrimas. - Virei seu corpinho já fraco... mesmo sem o conhecer, senti medo de perde-lo, a sua camisa tinha muito sangue, então a puxei para cima e...

Fecha os seus olhos com força e dessa vez choramos as duas.

- Tinha um corte muito grande por quase toda sua barriga.. - Por isso que ele têm aquela cicatriz na sua barriga. - Os seus lábios também estava cortados e o seu rostinho inchado e roxo.. - Levantei da cadeira a deixando. - Saber que um ser humano tinha feito aquilo com ele me deixou com tanta raiva. Quando o peguei no meu colo quis passar toda a sua dor para mim...

Existe pessoas horríveis nesse mundo. Como podem machucar uma criança?

- Graças a Deus Edward estava me procurando então me ajudou a leva-lo para o carro e fomos para o hospital, como ele tinha perdido muito sangue, eu doei o meu para ele. E isso fez com que eu me sentisse...a mãe dele, sabe...

- E de repente eu queria protege-lo de tudo e garantir que ninguém o machuca-se de novo...nunca mais. - Tentei controlar o meu choro. - E no dia seguinte quando ele abriu os seus lindos olhinhos e me encarou assustado, tive a certeza que iria adota-lo.

Abriu um grande sorriso.

- Como tínhamos o apanhado na rua e Edward tinha os seus contatos, em um mês conseguimos adota-lo, só não conseguimos o registar porque ele não falava, para que pudesse nos dizer o seu nome. - Falou baixo. - Tyler...teve um traumatismo craniano.

- Quantos anos ele tinha?

- fui descobrir depois de um ano que ele tinha 9 anos e que o seu nome era Tyler. - Sorriu parecendo se lembrar.

- Acredita que ele começou a falar depois que Zayn e Dayannna nasceram? - Me entregou mais um lenço. - Foi ele que escolheu o nome de Dayanna.. na verdade foi a sua primeira frase depois de muito tempo sem falar.

Esse é o nome que ele repetiu naquele dia.

Não disse essa parte para ela.

- Ele sempre foi assim fechado, desde que criança. Durante o ano que ficou sem falar, ele não deixava ninguém se aproximar dele além de mim. - Abriu um sorriso. - Eu sei que não era bom, mas me deixava feliz saber que ele confiava em mim.

- Depois que os irmãos nasceram, ele falava apenas comigo e com eles mesmo sendo bebés. - Voltei a me sentar. - Ele amava passar o tempo com eles, por isso foi muito difícil para o matricular em uma escola...

- Tyler tinha crises de ansiedade e chegava a desmaiar sempre que pensava que vai deixar os seus irmãos sozinhos em casa.

- Ele era só uma criança.. - Como Deus pode ter deixado ele passar por isso tudo?

- Era desesperador o ver daquele jeito e não saber o que o deixava assim. Ele tinha um medo grande de deixar até Edward se aproximar deles, principalmente de Dayanna, o seu cuidado era maior com ela.

- E ele nunca contou o porquê disso?

- Ele...um pouco mais crescido, quando conseguimos finalmente o fazer ir para escola e o mesmo pareceu se adaptar, Tyler me contou que sentia falta da sua Dayanna. - Então essa menina realmente existe. - De primeira não entendi, mas depois me explicou que tinha uma irmã...que ele matou.

Peguei minha boca em choque.

- Matou...como assim matou?

- Ele nunca me explicou...e eu não quis o pressionar para que não tivesse mais uma crise.

- Não... não investigou sobre o assunto?

- Chegamos a investigar por anos, e não conseguimos nada...nem aonde ele vivia antes, nem quem era os seus pais e se eles haviam morrido ou não. Mesmo contratando os melhores detetives, não conseguimos.

- E... Tyler?

- Ele nunca chegou a me contar se havia realmente matado essa menina ou não. - Falou baixo. - Ele apenas...tinha pesadelos com ela sempre que fechava os olhos. Sempre gritava o seu nome chorando e dizendo que não era sua culpa.

- Um dia em uma das suas crises, ele chegou...chegou... - Voltou a chorar mais forte que antes. - Ele se atirou da varanda e teve que ficar internado no hospital por quase dois meses.

Jesus.

- Por isso o médico receitou os vários remédios que ele toma até hoje. - Assenti. - Falar de Tyler e de tudo que passou na infância é muito difícil. Eu sei que não é justo, mas entendo porquê ele é tão fechado hoje em dia.

Eu não sei se teria aguentado passar por tanto.

Quem foi que o esfaqueou e o deixou na rua? Onde estão os seus país e quem é a menina que ele diz ter matado?

- Não vai desistir dele não é?

- Ele não me deu outra escolha Jiselle.

- Por favor o dê uma chance...o ensine o que eu não consegui. - Fungou. - O ensine a te amar Wizzoly.

Isso é jogo sujo Jiselle.

- Tudo depende do seu filho. - Não vou me humilhar só porque ele teve uma infância triste e difícil.

Eu não tenho culpa disso.

- Pode por favor pensar nisso? - Pensar nisso me faz sofrer, mas apenas concordei com ela e a mesma sorriu.

- Está se sentindo melhor?

- Vou me sentir melhor quando ele voltar a me chamar de mãe. - Olhou para as suas mãos. - Sinto que falhei com ele nesse papel.

- Não Jiselle...

- Eu não devia ter o obrigado a casar. - Nisso eu concordava. - Mas eu...como mãe, estava com medo dele... acabar sozinho.

- Tyler nunca me apresentou nenhuma mulher. Apenas o via em jornais e tabloides de fofoca com mulheres diferentes todos os dias...e com...aquela senhora que parece mais velha que eu. - Acho que estava falando de Daniella. - Pensei que estava fazendo o melhor para ele, mas...me enganei.

- Não me importo se ele nunca mais me perdoar, desde que seja feliz com você, eu também ficarei feliz. - Não sei se um dia serei feliz com Tyler.

A palavra felicidade não existe no dicionário de Tyler.

Bateram na porta e nos viramos quando Lindsey entrou.

- Me desculpem pelo incomodo. - Nos levantamos e limpei o meu rosto me organizando. - Senhora Montenegro...

Olhamos as duas para ela, que piscou várias vezes desnecessárias.

- É... não a senhora... - Apontou para Jiselle. - A outra senhora Montenegro... tem um senhor na sua sala querendo falar com a senhora.

- Um senhor? Ele não se identificou?

- Se identificou como Shawn Márquez. - Fechei os meus olhos com força e meu coração mudou o ritmo.

Shawn está aqui?

Depois de tanto tempo ele finalmente me procurou.

- Eu...claro, estou indo. - Falei ansiosa. - Jiselle...

- Pode ir querida, nos falamos depois. - Fui a abraçar uma última vez. - Vou organizar um jantar para te dar as nossas prendas de casamento.

Apenas assenti. A minha cabeça já não estava mais aqui e ela parece ter percebido porque sorriu e me mandou ir.

Saí aquela sala quase correndo, minhas mãos chegavam a tremer de nervosismo quando cheguei na porta da minha sala.

Pensei na possibilidade de fugir e só voltar quando ele for embora. Mas também estava preocupada, ele não me procuraria sem que tivesse alguma coisa importante para me dizer.

Abri a porta e quando a fechei chamei a sua atenção. Quando encarei o mesmo e ele fez de volta eu senti vontade de chorar e correr para ir o abraçar.

Mas não sabia qual seria a sua reação.

- Wizzoly... - Saiu baixo, quase como um sussurro.

- Eu estava certa. Fica lindo de barba. - Sorri para ele que continuou sério.

Me lembro de discutir com ele por anos e anos tentando o convencer a deixar crescer a sua barba.

- Preciso que... Eu vou organizar um jantar com os meus pais... Eles viram as notícias do seu casamento. - Foi direto ao assunto.

É claro. Porquê mais ele me procuraria depois de eu ter saído da sua vida sem nenhuma explicação?

- Ainda não contou a eles sobre George? - Fui em passos calculados parar do seu lado.

- Não consegui, foi demais para mim. - Apenas assenti.

Ele parecia tão diferente.

O seu olhar estava abatido e não me olhava nos olhos enquanto falava. Mas também estava mais forte, com certeza ele voltou a treinar.

- Mas vou conta-lós no jantar de amanhã. - Quando me encarou o meu coração bateu forte.

Se fez um silêncio desconfortável entre nós.

Finalmente havíamos conseguido criar um clima entre nós.

- Não vai me perguntar o porquê?

- Não precisamos conversar... não há o que conversar, apenas esteja lá uma última vez e depois não me verá mais, não se preocupe. - Aquilo doeu.

- Acha que não quero te ver?

- Porquê mais sumiria?

- Boh...

- Não temos nada o que conversar. - saiu frio. - Você seguiu com a sua vida e eu segui com a minha. - pós as mãos nós bolsos. - Não me diga que o seu noivo já aceita você falar comigo?

- Como assim?

- O seu marido pediu para se afastar de mim. - Eu estava perdida. - Eu já sei essa merda.

- O quê? Porquê diz isso? - Me aproximei e ele se afastou de mim.

- George me contou. - Aquele mal amado do caralho. - Não acredito que foi tão infantil a ponto de se afastar de mim, só porque o seu marido mandou.. - me olhou de cima para baixo. - George tinha razão a cerca de você.

Revirou os olhos.

- É tão infantil e egoísta. - senti os meus olhos lacrimejarem. - Ainda tem que crescer muito Wizzoly.

- Acha que eu me afastei porque Tyler pediu, acha que nossa amizade vale assim tão pouco? - Será que ele não me conhecia mais? - Acha que eu me afastaria de você só porque Tyler mandou?

- Há princípio achei impossível e um absurdo, mas tudo se comprovou quando nem me chamou para o seu casamento. - Deu de ombro. - Você é tão falsa Wizzoly...

Eu até queria chorar, mas ele não merecia nem isso depois do que me disse.

Ele acredita na primeira merda que aquele arrombado fala e eu que sou falsa.

- Se casou? - Olhei para a aliança que brilhava no seu dedo. - Se casou...

- Não é da sua conta! - Voltou a revirar os olhos e andou em direção a porta.

Olhei para as suas costas e de repente parou. Se aproximou de mim e levantou o meu queixo.

- Sorria, você conseguiu o que queria, se casou com um Homem que não conhece e acabou com a nossa amizade. - Ele estava me dando pena.

Está esquecendo que eu que tive que o aturar quando aquele idiota o deixou porque se negava a se assumir.

Ele está esquecendo isso também?

- Se tivesse acontecido ao contrário eu iria querer saber da sua boca o que aconteceu. - Cruzei os braços. - Mas você apenas se baseou nas palavras dele e está aqui me julgando... logo eu Boh...

Disse o seu apelido para que ele sentisse ainda mais.

- Pode ir embora, mas primeiro, quero que reflita uma coisa. - Respirei fundo. - A quantos anos me conhece e a quantos meses conhece George?

- Eu conheço o meu marido... - Saiu seco da sua garganta.

- Tudo bem. - Limpei minhas mãos suadas na calça. - Você nunca se perguntou, o porquê de repente, uma pessoa que disse que não queria te ver nunca mais, voltou dizendo que te perdoa e eu ter me afastado logo de seguida?

- E como ele pode ter te falado de Tyler sendo que nem o conhece? Quem o contou que Tyler me proibiu de falar com você?

- Agora vai caluniar o meu marido? - Aquilo me enojou.

- Apenas se faça essas pergunta. - supliquei. - se depois de obter as respostas, não quiser me ver mais, por mim tudo bem...

Eu pensei que ele me conhecia, mas foi acreditar na primeira mentira que o seu marido contou. Não procurou saber a minha versão, apenas correu para me julgar.

Marido? Ele casou com aquele desgraçado e nem me convidou, mas está preocupado com eu não o convidado para o meu casamento.

- Pode trazer o seu marido também, assim, Será tudo esclarecido.

- Claro... - Me deu as costas saindo da minha sala.

Quando a porta bateu eu me ajoelhei no grande tapete que tinha nessa sala.

Tyler Montenegro

Quem é aquele filho da puta e porquê a deixou assim tão mal?

Depois que ele saiu da sua sala Wizzoly ajoelhou no tapete e baixou a cabeça com certeza chorando.

Caralho!

Devia ter colocado uma câmera com sistema de som. Assim saberia o que ele disse para ela até a mesma chorar tanto.

Preciso saber quem é aquele filho da puta!

Será que é o amante dela?!

Peguei meu telefone apressado.

- Senhor Montenegro...

- Bruce, vou te mandar a foto de um Homem. O investigue, quero saber tudo sobre ele, cada mínimo detalhe!

- Sim senhor!

Desliguei a chamada e recuei um pouco a gravação até a parte que ele aparece. Tirei uma foto e mandei para Bruce.

Uma parte de mim queria muito ir para a sua sala e falar com a mesma... talvez a consolar..

Porra!

Mas não consegui sair do meu lugar, não consegui nem me levantar, apenas fiquei a observando do computador até que minutos depois, Wizzoly pareceu se recompor e entrou no banheiro que ficava na sua sala.

Quando saiu, ela parecia melhor e começou a andar de um lado para o outro, com certeza falando sozinha. Minutos se passavam e ela começou a me deixar tonta de tantas voltas que dava, mas eu não ousava tirar os meus olhos daquele computador até que ela levantou o seu olhar e se focou na câmera.

Como uma criança birrenta ela esticou a sua mão e me mostrou o seu dedo do meio.

Muito adulto da sua parte.

Quando ela caminhou em direção a porta imaginei que estivesse vindo para a minha sala então desliguei o computador das câmeras e fingi me focar no trabalho.

Não quero que ela pense que eu passo o meu dia a controlando através das câmeras, ou fico horas e horas a apreciando.

Não sou obcecado por ela.

Não sei porque merda, mas meu coração bateu forte quando abriu a porta e entrou na minha sala.

Encarei a sua postura completamente abatida. Ela estava tendo um péssimo dia.

- Vim buscar o relatório da reunião, imagino que tenham tem dado para que analise e assine. - Me levantei com o relatório e ela esticou a mão para receber.

- O que tanto conversou com Jiselle?

- Não vim falar sobre isso! - Não me olhava. - Esse assunto não é do meu interesse. Como disse antes, você já é um Homem adulto Tyler, sabe o que faz da sua vida.

- Agora me dê o relatório, preciso analisá-lo! - Ela realmente está putinha.

- Está putinha com o seu amante e está tentando descontar em mim? - Fechou os olhos parecendo respirar fundo.

- Me dê o maldito relatório Tyler! - Voltou a esticar a mão e eu neguei. - Quer realmente fazer essa merda logo hoje?

- O que caralho conversou com Jiselle?

- Quer mesmo saber? - Cruzou os braços. - Eu apenas a disse que você não valia nem uma das lágrimas que derramou naquela sala!

Me arrancou o relatório.

- Eu ainda não acabei de analisar esse caralho.

- Foda-se? - Andou até a porta.

- Pare de agir feito uma criança! - Berrei indo atrás dela e não a deixei abrir a porta. - Me dê esse caralho, porra!

- Olha só, falou o adulto. - Virou me empurrando e quando não conseguiu me tirar do lugar, bateu no meu peito com a pasta do relatório várias vezes até desistir e começar a chorar.

- Wizzoly... - Encostou a cabeça no meu peito ainda chorando.

- Você é um filho da puta Tyler... - Não consegui a afastar. - Um grande infeliz. Você e Shawn são peritos em me machucar...eu devia apresenta-los um ao outro.

Então ele se chamava Shawn.

- Não me toque idiota. - Baixei minhas mãos, mas ela não saiu de perto de mim.

Continuou encostada no meu peito enquanto chorava. Até pensei na possibilidade de a perguntar se ela podia me tocar e eu não, ou até a lembrar quem estava tocando quem agora, mas temia pela minha vida.

E não queria que ela se afastasse de mim. Estava finalmente me tocando depois de muito tempo...não queria acabar com isso também.

- Nós temos um novo investidor na empresa, mas ele preferiu permanecer anónimo até acertarmos tudo no jantar que ainda será organizado para essa semana. - Não consegui ficar em silêncio.

- Ele tem mais interesse em investir na sua empresa que na minha. - Continuou calada. - Vai...vai ajudar muito a sua empresa a...a sair da falência.

Caralho!

- Quer dizer... não que a situação atual esteja assim tão mal, mas...

- Pode me abraçar? - E não esperei mais nenhum segundo. Peguei o seu corpo a trazendo para os meus braços e ela chorou mais alto.

Era estranho como eu me sentia confortável demais quando a tocava.

Mas eu não estava apaixonada por Wizzoly.

No máximo sentia um tesão muito, muito grande por ela, mas era apenas isso. Sei que nunca me apaixonei por ninguém até hoje,mas... não acho que esse seja o sentimento de estar apaixonado por alguém.

O meu coração bate sim quando a vejo, e por mais que ela seja a porra de um papagaio, eu prefiro a ver falando por torturantes horas e me obrigando a abraça-lá, que triste por um caralho que não consigo nem a perguntar.

Eu falei que transei com Daniella esperando que ela fizesse um escândalo, mas não fez nada, ela... Wizzoly agiu indiferente.

É como se isso não há importasse, e é essa merda que não me deixa em paz, porque eu não esperava a sua reação tão calma e me dizendo que eu sou o caralho de um adulto.

Quer dizer... é muito melhor assim, afinal, eu não podia sentir nada por ela.O nosso casamento tinha uma data de validade, que nos obrigava a seguirmos os nossos caminhos separados depois de tudo.

É melhor não criarmos nenhum tipo de vínculo um com um outro.

Wizzoly Davenport

Metade da minha dor era ele o causador e por um momento de fraqueza o deixei se aproximar de mim novamente.

Porquê o meu coração não entendia que Tyler não era o cara certo para se envolver demais ou sentir alguma coisa?

Me afastei do seu corpo limpando o meu rosto. Franziu a testa me olhando e quando queria falar alguma coisa, eu me adiantei.

- Isso não voltará a acontecer!

O empurrei para longe de mim e saí da sua sala quase levando Candice comigo para o chão.

Olhei para a loira que parou se sorrir depois se olhar para o meu rosto. Eu realmente deve estar horrível.

Mas não conseguia parar de chorar. Estava tudo acontecendo ao mesmo tempo.

- Quer tomar um café comigo? - Passou a mão no meu ombro e eu assenti varias vezes. - Ótimo, conheço uma cafeteria incrível.

- Ainda estou no meu horário de trabalho...

- Não tem nem 5 minutos para mim? - Fez beicinho. - Já não me ama não é?

- Podemos tomar o café, mas na minha sala. - Assentiu várias vezes e se pendurou no meu ombro enquanto eu a guiava para a mesma.

- Não vai me cumprimentar? - Tyler perguntou atrás de nós.

- Vou te cumprimentar no dia que parar de ser um babaca com Wizzoly. - Não paramos. - E até lá, vai se fuder!

Eu começava a amar essa mulher.

Queria muito me virar para ver a expressão de Tyler nesse momento.

Entramos na minha sala depois de pedir dois cafés para Lindsey. De canto de olho vi Návia correndo para sala de Tyler, sem nem ele ter a chamado.

Até queria reclamar, mas apenas me concentrei na mulher a minha frente que parecia ansiosa.

- Aconteceu alguma coisa? - Fez biquinho parecendo pensar nas minhas palavras.

- Não vai querer saber disso. - Se sentou no sofá ao meu lado. - Minha... situação é complicada demais, vamos falar de você.

- Tente... - A incentivei.

- Não quero te deixar perturbada.

- Vai precisar de muito mais que isso para me deixar perturbada. - Acho que nada mais me deixa perturbada depois de tudo que passei. - Me conte Candice...

- Eu sou apaixonada pelo meu irmão.

A porta foi aberta e entrou Lindsey com dois cafés e nós duas continuamos nos entre olhando.

A ruiva deixou os cafés na mesinha a nossa frente e a agradecemos antes de se retirar.

- O quê?- Eu ouvi certo?

Ela é apaixonada pelo irmão?

- Irmão? Tipo de sangue? - Eu nunca rezei tanto para que uma pessoa negasse uma coisa como nesse momento. - Candy...

- Eu amo quando ele me chama assim... - Estava atordoada com a calmaria dela. - E não, não é meu irmão de sangue, relaxa...

Só depois de soltar, percebi o quanto estava apertando a sua mão.

- Mas ele não entende isso. - Sorriu triste. - Vamos falar de você... prefiro aumentar a minha raiva por Tyler, que ter que chorar mais uma vez por Christian.

- Como ele pode rejeitar uma mulher tão bonita como você? - Me lançou um sorriso sincero.

- Assim como Tyler não vê a mulher linda e maravilhosa que está perdendo. - Bebeu o seu café. - Homens são burros demais para certas coisas.

Homens não, Tyler era burro demais para entender certas coisas.

Ele conseguia ser o Homem mais inteligente e mais burro que conheço. Tudo em frações de segundos.

- Mas na sua situação, eu sei que ele vai acabar por deixar a teimosia de lado e serão muito felizes. - Brincou com as suas unhas. -Tyler está começando a sentir alguma coisa por você, se não, não se importaria por você não ter ido atrás dele festa.

- Não me iluda Candice. - Já não tenho esperanças quanto a isso.

- Eu não estou. E ele me disse que não esperava que terminasse o vosso acordo.

- Te contou sobre o nosso acordo? - Assentiu.

- Há mais de 15 anos que o conheço Wizzoly, e nunca o vi ficar tão perturbado por causa de uma mulher. - Me encarou. - Tyler chegou a ter crises de ansiedade enquanto conversávamos..

Ok, aquilo me deixou um pouco feliz. Não a parte das crises, isso é horrível.

Eu queria ter estado lá para ele.

- Tyler achou que você não se importava com ele... - Como se ele já não soubesse que eu estava gostando do mesmo.

Porque caralho mais eu sugeriria ser a sua submissa? Porque merda eu me submeteria a fazer uma coisa que não gosto se não fosse por eu me importar com ele?

- Porquê... você não vai lá e sugere voltar com o vosso acordo? - Neguei várias vezes. - E se...e se ele recusar, vocês podem continuar não se falando até o vosso acordo acabar.

- Contou isso também?

- É só por isso que ainda não o matei. - Levantou um dedo. - Tyler está realmente se apaixonando por você, e não tem noção do quanto isso me deixava feliz.

- Quem diria que ele precisava de um casamento arranjado, com uma mulher incrível como você para se apaixonar pela primeira vez. - Falou animada. - Se eu soubesse disso mais cedo, teria te procurado faz tempo.

Ela não tem noção do quanto estava me iludindo.

- O seu amigo é um grande buceta. - Me levantei. - está esperando que eu dê o primeiro passo quando ele que é o Homem aqui.

Será que Tyler tinha noção que ele é que carregava um pau dentro das calças, e não eu?

- Isso quer dizer que vai falar com ele?

- Não!

- Porquê? - Quase chorou. - Ele te ama Wizzoly.

Era difícil acreditar que Tyler amava alguém além do seu grande pau.

- Estou cansada dele e do seu comportamento. - Suspirei. - Tyler é cansativo demais, não aguento mais.

- Só mais uma vez...

- Não...

- Wizzoly por favor. - Juntou as mãos na cabeça como se isso fosse me convencer. - Não desista do meu melhor amigo... não desista do seu Homem.

Meu Homem ou de todas bucetas do mundo?

- Não posso dar sempre o primeiro passo.

- Então se ele vier, você vai o aceitar?

- Não!

- Porquê?

- Ele transou com Daniella ontem e esfregou essa merda na minha cara. - Ficou séria. - É essa pessoa que está sugerindo que eu corra atrás?

- Aquele desgraçado infeliz! - Se levantou também. - Não acredito que fez isso com você.

- Ele fez, e ainda disse que se eu não acreditava, podia te perguntar que você confirmaria.

- E ainda envolveu meu nome, filho da puta! - Exclamou nervosa.

- Me entende agora? - Escorreu na minha mesa cabisbaixa.- Não posso o obrigar a crescer... O seu amigo já é um Homem crescido demais para isso.

Eu imagino. Não sei quantos anos ele tem, mas é um Homem adulto, agindo feito um adolescente no cio.

- Tenho apenas que aceitar que nunca conseguirei o mudar... - Não sei se ela chegou a me escutar de tão baixo que falei.

Por vezes só tenho que entender, que tem certas coisas que nunca mudam e aceitar a derrota.

Tyler Montenegro era um caso perdido.

Farei com que o meu coração entenda isso!

Boa sorte Wizzoly!

Mais um capítulo para animar o vosso sábado, queria ter postado mais cedo, mas só consegui tempo agora.

Deixa um voto e a sua opinião sobre o capítulo, e talvez, eu volte com mais um capítulo amanhã para vocês.

Capítulo não revisado, desculpa qualquer erro❤️.

Beijos e até a próxima 😘❤️.

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