Minhas memórias de você

By BegoniaInfestante

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[CONCLUÍDA] É o oitavo ano em Hogwarts e Draco Malfoy sofre um infeliz incidente que o faz esquecer important... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 - Epílogo

Capítulo 21

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By BegoniaInfestante

O jantar acabou aos poucos. Dois ou três terminaram de comer, logo três ou quatro haviam se levantando para demonstrar algo ou tomar um ar e a mesa agora continha meia dúzia de pessoas absortas em seus próprios assuntos. Ainda nem eram 23h, então eles ainda tinham tempo para desperdiçar.

Harry havia optado por se sentar no sofá, próximo à lareira, com Draco e seus amigos, ouvindo histórias de infância que não incluíam Harry ou Theo, para garantir. Draco já havia lhe servido da segunda parcela da poção polissuco após o jantar, então seu disfarce estava seguro, mas seria difícil explicar se Theo estivesse ouvindo sobre histórias que ele vivenciou.

Harry riu alto quando ouviu sobre o verdadeiro primeiro voo de vassoura de Draco, com Blaise, quando ele decapitou a pobre estátua na fonte do jardim com sua falta de jeito. Aparentemente a mãe de Draco não havia mandado consertar, pois adicionava um toque pessoal à figura da uma tocadora de lira.

Astória contou sobre como ela conheceu Draco, um menino tão empolado em suas vestes formais que ela quase caiu na gargalhada no local. Aparentemente a primeira impressão não durou, pois Draco ainda não era habilidoso com as mãos e acabou derramando uma bebida com leite em suas vestes escuras. Aparentemente foi então que ela o aceitou como amigo, aquela pose de boneco de porcelana não a atraía.

Harry brincou e brindou. Ele não admitiria estar se divertindo, no fundo ele sabia que estaria mais confortável nos Weasley, mas ele não trocaria esse momento com Draco por nada, e isso o assustou. Talvez tomar algum ar antes de eles partirem fosse bom, deviam ser toda aquela água de Gilly. Harry se levantou e foi à pequena varanda lateral da casa.

Talvez não contasse como uma varanda, pois ficava no térreo, mas era um pequeno espaço atrás de uma janela onde caberiam duas ou três pessoas, então Harry chamaria assim. Um toldo impedia o olhar para o céu acima, mas não havia nada impedindo o olhar adiante. Era natal e inverno, no entanto, não nevava e mesmo o clima nublado da semana havia se tornado tão fino que era possível distinguir a luz da lua através de alguns pontos. O ar estava frio, mas o frio podia ser bom nos primeiros momentos, então Harry apenas se recostou um pouco com as mãos na grade baixa e respirou fundo.

- Está tudo bem? - A voz de Draco soou atrás dele e ele apenas virou o rosto para olhar.

- Está tudo bem. - Ele repetiu. - Só precisava de ar. Acho que a magia do Natal subiu à minha cabeça. - Harry sorriu com sua própria piada fraca.

- Mn. Eu entendo. - Draco sorriu de volta. - O que acha? É um bom momento para eu te entregar seu presente? - Draco ergueu uma sobrancelha travessa.

- Oh. Então não era apenas um truque para me trazer aqui e me jogar na lareira? - Harry provocou de volta.

- Como ousa? - Draco levou uma mão ofendida ao peito. - Eu jamais... - Ele pensou bem e baixou a mão, o que fez Harry rir. Soava um pouco estranho na voz de Theo, mas ainda fez o chão de Draco se mover.

- Tudo bem. Qual o meu presente? - Harry estendeu a mão fingindo não estar curioso.

Draco hesitou por um momento, se arrependendo um pouco da escolha de pacote ostensiva. Ele se moveu em silêncio enquanto enfiava a mão em seu bolso superior para retirar o pequeno objeto. Harry não comentou nada sobre a embalagem. Ele apenas recebeu o ítem em sua mão aberta e o segurou quieto por mais um momento.

- Não vai abrir? - Draco bufou quando Harry não pareceu sair do lugar. - Essa é apenas a embalagem, você sabe?

- Eu sei. - Harry enviou um olhar impertinente a Draco e se moveu para abrir o pacote. Ele não sabia o que esperar, era ao mesmo tempo leve e um pouco pesado em sua palma e a curiosidade o estava matando. - É...? - Harry franziu as sobrancelhas. Ele olhou para o pequeno ítem. Era um pouco mais longo que um dedo, os detalhes esculpidos impressionavam, mas fora isso ele não sabia o que estava segurando. - O-obrigado. - Ele sorriu para não ser rude. Era o primeiro presente que ele ganhara de Draco, então ele iria apenas zelar dele até descobrir para que servia.

- Você sequer sabe para que serve? - Draco ergueu uma sobrancelha com conhecimento de causa. Ele próprio não havia reconhecido o objeto quando o viu, então talvez Harry estivesse na mesma.

- Eu... não. - Harry conseguiu fazer o rosto de Theo se expressar como se as orelhas de um cãozinho baixassem de vergonha.

- Aqui. - Draco abriu o tampo da lente e entregou na mão de Harry. - Lumus. - Ele invocou uma luz decente com sua varinha na mão, pois velas e uma lua suave não serviriam. - Olhe através da lente, para a luz.

- Oh. Ok. - Harry se apressou em obedecer. Ele segurou o ítem com as duas mãos e levou a extremidade menor ao olho, apontando a outra para a luz. - Isso... É muito bonito, na verdade. - Ele sorriu ao ver as cores e formas formando uma flor simétrica através da lente.

- Mn. - Draco concordou satisfeito com a resposta. - Agora gire o mecanismo no meio. - Draco apontou com sua própria mão e Harry obedeceu.

- Ah. Céus... - Harry sorria amplamente. - Onde você encontrou algo assim? Isso é mágico? É tão legal.

Draco apagou a luz de sua varinha e Harry teve de se afastar de seu mundo colorido desapontado.

- Não é mágico. - Draco deu de ombros. - Eu só pensei que, talvez, os trouxas também podem criar coisas boas... De vez em quando. - Draco complementou limpando a garganta.

- Eu concordo. - Harry não parava de sorrir. - Eu pensei que o dia em que Malfoy me daria um presente jamais chegaria. - Ele refletiu. - Mas isso empalidece em comparação com ouvir você dizer isso.

- Pare com isso. - Draco fez uma expressão de desagrado.

- O-o quê? - Harry se preocupou. - Eu não quis ofender.

- Isso não. - Draco suspirou. - Vou te cobrar um presente de Natal. - Ele anunciou.

- Eu pensei que eu estar aqui hoje fosse o seu presente. - Harry provocou mais relaxado.

- Mais um então. - Draco revirou os olhos. - Eu quero que você me chame de Draco. - Ele anunciou olhando Harry nos olhos.

- Eh. - O sorriso de Harry caiu com a surpresa. - C-como... P-por quê? - Ele gaguejou, não importava se aquele não era seu rosto. Ele sabia que estava ficando vermelho.

- Mn. Eu te chamo de Harry. E meus amigos em chamam de Draco. E você é meu amigo, não é? - Draco perguntou em tom leve, mas isso era realmente importante para ele.

- Malfoy, você nem se lembra de mim... - Harry começou confuso. - Você vai ficar chateado quando se lembrar, eu sei...

- Eu não vou. - Draco não piscou.

- Como você sabe? - Harry se desesperou.

- Eu vou prometer isso. - Draco estava perto assim o tempo todo? Harry não sabia para onde correr.

- Você tem certeza? - Harry quis se assegurar, mas sua resposta foi em linguagem de sobrancelhas irritadas. - C-certo. - Ele fez uma pausa para se preparar emocionalmente. - Draco.

Um sorriso campeão tomou conta do rosto de Draco e Harry só queria enfiar seu próprio rosto na neve para resfriar.

- Não foi tão difícil, foi? - Draco brincou e ajudou a quebrar a espiral de vergonha em que Harry estava se enterrando.

- Foi bastante difícil. - Harry corrigiu. - E nós deveríamos ir agora... Já devem ser 23h30.

Harry deu um passo e travou. Seu corpo como se estivesse sendo segurando por uma rede invisível.

- Uh. Mal... Draco? - Acho que tem algo errado? - Ele anunciou com uma pitada de alarme na voz. - Eu não consigo me mover.

Harry retornou para onde estava com facilidade, mas quando tentava sair, a forca estranha o segurava.

- Não se preocupe. - Draco tocou seu cotovelo com calma e apontou para cima. - É apenas uma das brincadeiras natalinas da minha mãe. É bem fácil de quebrar.

- Oh. - Harry relaxou. E desviou o olhar do visco preso no centro do toldo da sacada para Draco. - E como se quebr... - Antes que ele pudesse entender o que aconteceu, haviam lábios nos seus. Suaves e gentis. Harry, surpreso, abriu a boca para dizer algo, mas isso apenas serviu para o beijo ganhar um arrastar molhado e causar um arrepio em sua espinha antes de ser quebrado com um som suave que devia ter sido ouvido até em Hogwarts, ou ao menos foi o que ele sentiu.

- Viu só? - Draco engoliu em seco olhando para ele de muito perto. - Fácil.

Harry abriu a boca novamente para dizer algo. Talvez argumentar ou dar uma resposta mordaz ou qualquer coisa que não o fizesse parecer um peixe morto, mas Draco logo estava saindo da sacada e deixando-o lá, atônito. "Puta merda!" Ele pensou tão alto que temeu ter dito em voz alta. "Draco me beijou". Ele continuou parado lá com cara de idiota. "E o que eu deveria fazer agora?!"

Notas: AAEEEEEEEE!KARAI! Finalmente esses meninos se beijaram. Eu já estava começando a pensar que eles só segurariam as mãos até o final. Foi escrevendo essa história que eu descobri que escritores não têm qualquer poder, mas são servos de seus personagens.

Mais uma vez, obrigada por estarem acompanhando e interagindo todo o meu esforço é por vocês.❤️

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