Bailar •Jjk + Pjm

By ameth7rm

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[EM ANDAMENTO] Depois da morte de seu pai, Park Jimin precisou trancar o curso de dança em uma das melhores f... More

Aviso/Personagens
01 |Erro de percurso|
02 |More e Arson|
03 |Folha três da sorte|
04 |Você foi feito para dançar|
05 |A regra é clara, seja gentil a menos...|
06 |Alerta vermelho, tem um coração palpitante|
07 |Salve o anel|
08 | I love leite de Banana |
09 |Pagando para ver |
11 |Tenha um péssimo almoço|
12 |No fundo ninguém sabe o quer|
13 | Milhões de desculpas|
14 |A fada madrinha tirou férias|
15|Entre os fios dourados| (Capítulo especial).
16|Pedido de namoro|
17| Efeito morango com pimenta|
18|Escolhi ser feliz |
19 |Um passo de você|
20|Um erro de cada vez|
21|Sua luz atrai minha escuridão|
22|Uma relação de chefe e assistente|
23|O céu noturno está em seus olhos|
24|Tenho um coelho chefe|
25| Um convite em sua mesa|
26| Escolha sem volta|
27| Café, flores e um encontro|
28| Viagem de Outono|
29|Luz vermelha, pele cálida|
30| Cada gota de água que inunda nós dois|
31| Pássaro sem notas musicais|
32|Estranha felicidade|
33| Seu sapato não é de cristal|

10 |Reunião sem aviso prévio |

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By ameth7rm


— Já imagino o que aconteceu. — Jeon começou a dizer enquanto estávamos no caminho. — Tae foi ao meu escritório de manhã, talvez ele tenha visto e levado.

Lembrei-me que ele havia dito anteriormente sobre seu irmão deixar as balas lá, mas não entendi por que ele pegaria o papel.

— Faz sentido, mas por quê? — Perguntei confuso.

— Ele não queria que você se demitisse por causa do ocorrido. — Concentrado na estrada continuou falando. — Quando chegamos ontem, mesmo bêbado ele murmurava que eu não o demitisse.

Se Tae realmente fez isso, só mostrava que era seguro confiar nele, ele poderia ter simplesmente deixado pra lá.

— Eu não pretendia fazer isso. — Jeon disse já estacionando o carro. — Você só precisa parar de se meter em confusão.

Era muito bom ouvir aquelas palavras vinda dele, de alguma forma me fazia sentir seguro para continuar trabalhando.

Eu não me metia em confusão, a confusão que vinha ao meu encontro, no entanto o que me deixava mais confuso era o fato da paciência de Jeon, no fundo ele estava sempre mostrando o contrário do que eu pensava ser, compreensivo e honesto com as palavras.

E no fim, o caminho entre o restaurante e o prédio era bem pequeno.

— Por quê? – perguntei em um ímpeto de coragem.

Meu chefe tirou o cinto, mas não saiu do carro, seu pescoço virou em minha direção e seus olhos estavam fixos nos meus.

— O que? — Questionou.

— Me manter como assistente. — Soltei o ar desviando o olhar para minhas mãos sobre as pernas.

Não sei por que fiz essa pergunta, mas senti que precisava saber, muitas coisas aconteceram em pouco tempo na empresa.

— Você é um ótimo assistente Jimin. — Expôs ainda me encarando — Faz seus relatórios com muitos detalhes, lembra-se de coisas que nem eu mesmo conseguiria, organiza as planilhas de uma forma única, deu um jeito nos arquivos melhor que qualquer um.

Precisei morder o canto dos lábios para conter o sorriso, Jeon derramou suas palavras e eu não estava preparado, mas que me deixou feliz, eu havia feio algo certo.

— Você pode pensar que eu não vejo, mas eu vejo. — Finalizou desviando os olhos.

Jungkook olhava para dentro do prédio que tinha a maioria das luzes apagadas agora, não por completo a fachada ainda era iluminada, depois de tudo que eu ouvi, senti minha respiração ficar mais leve e a tensão que estava em meus músculos se esvaindo, era alívio, me sentia feliz por não ser só um desastrado.

— Então, quando você não está soltando os cachorros por aí. — Pausou segurando o volante. — Faz um ótimo trabalho.

Acredito que sua fala foi uma tentativa de quebrar o clima tenso, mas nem um pouco constrangedor, então resolvi entrar na brincadeira.

— É... — Levei os dedos ao queixo em um falso pensar. — Eu preciso literalmente segurar os cachorros!

[...]

Pude conhecer finalmente o diretor de marketing, Yoongi, que parecia ser bem próximo do meu chefe já que assim que ele chegou, jogou na cara dele que queria um aumento por ter que virar a noite trabalhando e depois se direcionou a mim dizendo, "ah, então você é o famoso Park Jimin" a parte do famoso me pegou de surpresa, por razão de, eu não fazia ideia da minha má fama na empresa, porém antes que eu pudesse perguntar ele ressaltou que não era uma fama ruim, eu fingi que acreditei, acrescentou depois que Jeon queria chutar minha canela várias vezes nessa semana, mas por alguma razão tudo dava certo no final.

Min Yoongi tinha liberdade de zoar seu chefe e deixá-lo sem graça, mas antes que eu pudesse me defender de qualquer coisa que Jungkook tenha dito ao seu amigo, que insiste em ajustar os óculos em um curto espaço de tempo, foi interrompido por Jeon dizendo para ele parar de me assustar o mandando focar, parecia querer fugir do assunto.

Eu havia imprimido o esboço dos projetos, colocando-os em pastas, conectado o transmissor no telão para as apresentações, eles precisavam fechar os últimos detalhes. Yoongi, Jungkook e alguns estagiários ficaram na sala e eu desci para preparar um café na cozinha.

Já era quase meia noite e só agora eu percebi o quanto esse dia foi longo e seus acontecimentos, uma montanha russa, lembrei-me do homem de mais cedo no jantar, Eric, e uma questão veio a mim, o que realmente eles tinham não me parecia uma amizade comum sua aproximação ríspida comigo e o jeito manhoso que falava com Jeon era no mínimo diferente, se eles tivessem algo a mais não me surpreenderia.

Pelo horário o quiosque de café estava fechado, logo eu me arrisquei a vir na cozinha, que Namjoon era dono, fazer o líquido milagroso. Passei alguns minutos procurando a chaleira elétrica, porém não a encontrei e depois de muito procurar achei a cafeteira e todo o resto para prepará-lo, algum tempo depois enquanto o mesmo pingava no vidro eu já fui posicionando as xícaras na bandeja.

Quando enfim tinha uma quantidade suficiente de café, peguei a jarra servindo os recipientes, e com um descuido esbarrei o objeto que estava na minha mão em um dos copos espalhando café para todos os lados indo cima dos meus dedos que se apoiava no balcão, rapidamente retirei a mesma sobrando os quatros já avermelhados, agora xingando até da quarta geração dos displicentes, lavei minhas mãos em água gelada, as vezes eu me irritava com minha falta de atenção, por fim só pensava que excelente final de noite, dedos ferrados.

Sem ser muito notado, entrei na sala apenas ouvindo os mesmos trocavam palavras entre si sobre estatísticas de outros projetos de marketing, observei a mesa cheia de fotos e vários potes de kimchi com modelos diferentes, comecei servindo o café para Jungkook e assim que eu posicionei a xícara ao seu lado ele segurou meu punho e levantou seus olhos me encarando.

— O que foi isso? — Perguntou sério olhando meus dedos.

Assustei-me com a atitude fazendo meu coração acelerar no mesmo segundo, mas a vergonha me fez apenas observar a mesa e todos nos encaravam.

— Não foi nada. — Respondi sentindo meu rosto queimar, logo puxando delicadamente meu braço.

Jungkook percebendo sua ação, coçou a garganta voltando a olhar seus papéis, todos fizeram o mesmo, menos Yoongi que afinou seus olhos encarando seu amigo por um tempo maior, eu apenas terminei de servir os outros e corri para fora de lá.

Essa sala de reunião era no andar do marketing, que era amplo e bem claro, tinham cabines e não salas fechadas, até mesmo a sala de reunião era de vidro o que me vazia enxergá-los lá dentro agora, me sentei em um pequeno espaço com poltrona e revistas aconchegante e permaneci um bom tempo esperando.

— Jimin... — Ouvi muito longe.

— Park... — Novamente.

Abri meus olhos devagar vendo uma sombra na minha frente e assim que ela foi fazendo sentido, me sentei rapidamente sentindo meu corpo inteiro tremer com o surto, eu acabei pegando no sono e agora Jeon estava agachado na minha frente me chamando.

— Calma sou só eu... — Jeon disse se levantando — A reunião acabou.

Olhei ao redor e vi que ninguém mais estava lá, éramos só nós dois.

— Que horas são? — Questionei.

— Três e meia. — Jungkook falou já em pé me olhando de cima.

O silêncio do ambiente me fez engolir a seco.

— Desculpa! Eu acabei pegando no sono. — Confessei me levantando.

— Vamos passar na minha sala antes de eu te levar. — Proclamou ríspido.

Sem nem mesmo notar minha fala saiu andando e talvez pelo sono fosse a primeira vez que eu não ousei questionar, apenas o segui, não sei o que aconteceu, mas pelo menos eu tinha mostrando trabalho até a hora que eu dormi.

— Vocês não precisaram mais de mim? — Perguntei curioso.

Meu chefe apenas negou com a cabeça, pressionei meus lábios juntando minhas mãos na frente do corpo e quando meus dedos se encontraram senti arder e soltei de imediato olhando a mão ferida e um vermelhidão que eu tinha esquecido, guardei a mão no bolso da minha calça fingindo não doer.

Assim que a porta do elevador abriu, acompanhei novamente o homem à minha frente andar rápido, suas costas largas se destacavam no terno que até agora ele não tinha tirado.

Jeon entrou na sala indo direto a última gaveta do seu armário, parei ainda perto da porta esperando seu comando para fazer algo, ainda não sabia por que estávamos ali, no entanto eu o vi tirar um kit de primeiros socorros do móvel o que fez meus olhos se abriram despertando, Jungkook colocou a caixa sobre a mesa e começou a tirar seu terno me fazendo engolir saliva e virar meu rosto para não observar seus movimentos.

Desde quando ele me acordou o mesmo estava sério, me respondendo por meias palavras, o que me fez deduzir ser cansaço e no final seu pai vindo de surpresa o que não parecia ser nada agradável para ele. Jeon também desabotoou a manga de sua camisa subindo a mesma até o cotovelo, eu voltei a encarar a visão daquele homem com o rosto sombrio que agora vinha em minha direção.

— Me dê sua mão. — Disse em um tom de ordem.

Essa brincadeira de Jeon de não pedir e sim mandar estava começando e me deixar intrigado e um cachorro pau mandado, porque no segundo em que ele chegou perto, e encheu minhas narinas com seu cheiro cítrico, já pegando a minha mão nem mesmo abri a boca para me opor, deixei que ele a levasse e começasse o processo de passar uma pomada devagar.

Estávamos próximos demais e eu podia sentir meu coração palpitar e o ar no meu pulmão desregular, mas tinha uma sensação nova no meu estômago, era um bloco de gelo. Assim que Jungkook terminou o processo, ele não saltou a minha mão apenas mudou a posição, parecia que ia beijá-la como um príncipe cordial.

Tudo acontecia tão rápido que meus pensamentos estavam a mil, não conseguia encará-lo e muito menos entender o que ele estava fazendo, se algo que eu não gosto é não ter controle, e nesse ponto eu já não estava tendo controle de nada, mas não me importava.

— Jimin. — Murmurou entre meus dedos que já estavam próximos aos seus lábios — Precisa cuidar melhor das suas mãos... — Fez uma pausa — Eu preciso delas.

Só nessa hora levantei meus olhos, meu chefe não hesitou nem por um segundo nas palavras, lentamente começou a soprar meus dedos me fitando com suas orbes escuras, o bico que seus lábios formavam me fazia admirar ainda mais aquela parte e instintivamente molhar os meus.

Continuamos por alguns segundos observando as reações um do outro. Aquilo me parecia um jogo, um que eu venho tentando evitar pesando só existir na minha cabeça, contudo eu posso até estar ficando louco, mas aqui me olhando agora, estava o Jeon Jungkook sedutor que parecia gostar de me ver estremecer, talvez ele gostasse de brincar.

Eu sou recém-solteiro, e nunca neguei nem por um segundo, que esse homem alto na minha frente é incrivelmente lindo e ainda que eu saiba disso, sempre estive ciente que esse é nosso ambiente de trabalho e ele é a porra do meu chefe, mas ele não está levando esse fato tão a sério quanto eu, me fazendo questionar a mim mesmo se devo me deixar levar, quero me deixar levar.

— Terei mais cuidado na próxima... — Disse buscando a coragem perdida — Eu também preciso delas.

Tirei minha mão devagar, mas não saí de perto dele, continuamos ali tão próximos encarando nossos rostos, rolando nossas visões por todos os detalhes, no momento seguinte vi Jeon colocar suas duas mãos nos bolsos, tão calmo, percebi que precisava fazê-lo se sentir como eu, vê-lo estremecer como eu, em um ato de coragem levei uma de minhas mãos até sua gravata segurando-a delicadamente, remexi como alguém que arrumava a peça, então devagar comecei a puxá-la.

Onde estava com a cabeça eu não fazia ideia, apenas só continuei, porque queria ir, mantido pelo comando do meu lado mais insensato e intenso, assim que quando Jeon começou a obedecer meu comando silencioso de aproximação, pude confirmar que ele estava sim gostando da ideia, eu tenha muitas ideias e queria muito saber as suas, mas eu precisava ver até onde ele iria jogar, pendi meu pescoço para o lado, precisava me aproximar da sua orelha e quando lá estava vi a mandíbula de Jeon travar.

— Quando quiser algo, Jeon. — Sussurrei pausadamente. — Seja claro.

Arrastei-me rapidamente soltando sua gravata indo em direção à porta, parei só quando estava em uma distância segura, aqui pude observar suas feições, maxilar endurecido que ainda assim levava sorriso ladino na boca.

— Vou pedir um táxi. — Finalizei passando pela porta e fechando-a.

[...]

O pai de Jungkook iria chegar perto do horário de almoço, isso fez com que eu pudesse dormir até um pouco mais tarde, mas antes das dez eu já estava de volta e como no dia anterior tinham apenas as pessoas necessárias para a reunião, e Bo-ra que provavelmente foi solicitada.

— Amo trabalhar no sábado. — Ouvi-la dizer embolado enquanto mastigava um cupcake — É 100% de horas extras e eu estou precisando.

Enquanto a mesma me falava só conseguia encarar o canto da sua boca que carregava um pouco do recheio rosa e já incomodado fiz um pequeno sinal avisando. O café expresso que eu estava tomando não tinha começado a fazer efeito, então havia ouvido apenas metade do que ela disse durante esses quinze minutos que estávamos aqui, sou um péssimo colega de trabalho.

— Park! — disse mais alto que o normal — Estou impressionado com você!

Voltei meu olhar para seus olhos, desconfiado.

— Por que estaria? — A dúvida era real, até mesmo porque a mudança repentina de assunto é estranha.

— Anda bem grudadinho no carrancudo lá em cima. — Bo-ra fez um enorme bico com intenção de indicar o andar de cima.

— Talvez porque eu sou o assistente dele!? — Respondi incrédulo. — Se ele precisar que eu lustre os sapatos dele, eu tenho que estar lá.

— Mas você foi à casa da tia Won. — Bo começou a ingerir o líquido pelo canudo também rosa. — E ele sempre ia sozinho.

Franzi o cenho repetindo o gesto bebendo meu café, eu não estava entendendo onde ela estava querendo chegar se é que queria chegar a algum lugar.

— Bo-ra! Você está querendo especular alguma coisa? — Perguntei. — Porque se for, já pode parar e sair do mundo de Nárnia.

Bo-ra apertou os olhos em minha direção.

— Sei... Você está muito privilegiado por aqui. — Deu de ombros. — E que história é essa de Bo?

Acho que minha colega está com muito tempo livre durante a semana, dizer que eu estou sendo privilegiado soa até como piada.

— Seu apelido novo pode ir se acostumando. — Respondi — Privilegiado? — Repeti a palavra deixando-a que realmente fizesse sentido em minha mente. — Corri atrás de galinha, cuidei de cachorros dez vezes maiores que eu. — Comecei a pontuar com os dedos — Já recebi mais sermão do que posso contar, então me mostra esse privilégio que eu não estou vendo.

Bo cruzou os braços soltando um riso anasalado.

— Você ainda é assistente dele. — Expôs, dando uma piscadela.

Fiquei em silêncio procurando, continuar empregado era um privilégio? Pelos visto nessa empresa era.

— Falando no diabo. — Bo-ra disse enquanto se levantava.

Observei à distância Jeon andar em direção às catracas, porém passando pela passagem direta que foi aberta pelo guarda, a lembrança da noite passada preencheu minha memória e meu coração palpitou mais forte.

Só quando eu deitei a cabeça no travesseiro que entendi a besteira que fiz, Jungkook estava sendo gentil tratando meus dedos e eu levei tudo para outro lado, era óbvio que agora eu estava envergonhado, mas o que estava feito, estava feito.

Levantei-me apertando os passos para alcançá-lo, assim que chego à porta apertei o botão, achando que o elevador tinha subido o que para minha surpresa não, logo quando a porta se abriu a imagem de Jeon surgiu impecável como sempre, hoje muito mais, ele reluzia em sua camisa e terno preto, como eu sabia da presença do pai dele também busquei me arrumar o mais formal possível.

— Bom dia, senhor Jeon. — Soltei um murmúrio me colocando um pouco atrás.

— Bom dia, Park. — Senti seus olhos caírem sobre mim. — Você já percebeu que só usa os honoríficos quando faz algo de errado?

Jeon cuspiu suas palavras, prendi a respiração no instante em que as ouvi, meus olhos nunca acharam uma porta de ferro tão interessante, já que eu ainda podia sentir seu olhar, ele estava falando da noite anterior e sem esperar um segundo, resolveu iniciar sendo direto.

— A- acredito que não. — Cocei minha garganta me repreendendo por ter gaguejado.

Só então eu o olhei de volta e pude ver um pequeno sorriso, sorri de volta.

— Devo ter entendido errado. — Finalizou, saindo assim que a porta abriu.

O acompanhei mais calado do que nunca, ainda era tão cedo para tantas emoções que minha respiração descompassada permanecia, cheguei à minha mesa e coloquei meu casaco na cadeira só então vi Jeon parado.

— Preciso de você na reunião, meu pai pode precisar que pegue algo, sendo assim é melhor ter você por perto.

Assenti o vendo entrar em seguida.

[...]

Quinze minutos depois eu estava com os estagiários na sala de reunião organizando os últimos detalhes, Yoongi e Jeon ficaram de vir junto depois, o que não demorou muito e assim que coloquei a última pasta no lugar, logo comecei a ouvir murmurinhos, um estagiário me vendo curioso falou que senhor Sang havia chegado e eles estavam subindo.

Depois de um tempo pude ver Yoongi e Jeon ao lado de um homem mais velho caminhando em nossa direção, assim que chegaram à sala todos se curvaram, a mesa ficava ao centro e logo mais ao fundo encostado na parede ficava algumas cadeiras era onde eu estava, distante, porém atrás de onde Jungkook ia se sentar

Por alguma razão assim que o homem me viu ali varreu seus olhos por todo meu corpo, fixando por um segundo em meus cabelos, me curvei novamente e ele manteve o rosto sem expressão em seguida olhou para Jeon.

— Esse é meu novo assistente, Park Jimin. — Explicou puxando a cadeira na ponta da mesa.

E pela terceira vez eu me curvei, era óbvio que eu estava nervoso, o fato é que eu me destoava do resto do pessoal apenas pela cor do meu cabelo, mesmo eu colocando um suéter cinza em um claro esforçando pra não me destacar, mas quem trabalha no corporativo não descolore o cabelo, todos aqui têm um corte e cor padrão, quem criou a regra? A sociedade, entendo ele me encarar desconfiado, pensando quem é esse perdido aqui.

Jeon me deu um sorriso de apoio e se sentou, em seguida todos fizeram o mesmo, só então pedi licença e fui buscar alguns cafés, pude respirar melhor só do lado de fora, mas antes de sair do andar olhei para trás vi que Jungkook me olhava o que não durou muito, segundos depois começou a dizer algo dando início a reunião.

Havia outros departamentos trabalhando naquele dia além do marketing, por isso o quiosque estava aberto, quando cheguei pedi a quantidade de café necessária.

Com o tempo de preparar o café a reunião tinha mais de vinte minutos rolando e pelo que pude observar das pastas eles tinham em mente três projetos, todos sobre renovar o produto, era como se eles pegassem algo deles que já está há muito tempo no mercado e fosse repagina-los.

O pai de Jungkook observava tudo em completo silêncio, e depois de entregar os cafés volto a me sentar, quando uma apresentação acabava eu retirava os papéis e colocava o próximo.

As indústrias Seven são conhecidas por uma empresa que contrata muitos estagiários e investe em suas carreiras, por esse motivo todos os projetos apresentados aqui eram de três grupos, escolhidos pelo diretor Min.

Eu não entendia nada de marketing e o tempo que eu estou aqui vi ideias mirabolantes e criativas, complexas e cheias de referências, mas eu sou mero consumidor e não entendo os detalhes por trás.

Agora já estávamos no último projeto e depois de assistir todas as apresentações sentia que faltava alguma coisa, as ideias eram ótimas, mas me parecia exageradas e fugia um pouco a essência da comida que era vendida, o fato era que eu não tinha nada ver e as pessoas que estavam aqui eram extremamente qualificadas e sabiam o que estavam fazendo.

Isso era o que meu cérebro deveria pensar, ainda assim ele tinha suas próprias ideias e meu maior erro é não saber me ponderar só para mim e enquanto fazia minhas anotações para os relatórios, não percebi que estava rindo e balançando a cabeça.

— Garoto. — Ouvi alguém me chamar ao longe.

Só quando levantei meus olhos percebi o que tinha feito, eu estava murmurando meus comentários em voz alta e agora todos na reunião me olhavam, porém o senhor Sang Jeon que havia me chamado e agora com seus cotovelos na mesa e mãos apoiando o queixo, me encarava.

— Oh! Perdão, eu estava falando alto... — Levantei, me curvando rapidamente. — Não percebi, vou tomar...

— Você tem algo a acrescentar nessa reunião, Park? — O presidente disse sem rodeios.

Senti meus olhos se abrirem mais, encarei Jungkook que me olhava sem expressão.

— Estou falando com você. — O mais velho reivindicou minha atenção.

Olhei ao redor, o final do slide do último projeto, realmente pensei sobre algo, mas é tão amador, eram coisas que eu gostava em propagandas, nada que eu devesse opinar para profissionais, baixei minha cabeça.

— Tudo bem Jimin, nós somos abertos a ideias, se você tem algo a acrescentar pode dizer. — Foi a vez de Jungkook falar.

E nesse segundo senti o ar mais leve, Jeon me ofereceu um sorriso assentindo em seguida, eu deveria negar novamente e me desculpar depois, mas eu também queria falar, talvez pudessem ajudá-los.

— Pessoas reais. — Falei prendendo o ar. — Vocês estão querendo repaginar um alimento que existe a gerações e suas produções eram feitas por famílias, podem sim mudar a imagem do produto, mas seria legal manter a essência.

Nem todos os olhares da sala eram bons, alguns me comiam com os olhos e eu não tirava a razão, eu estava palpitando onde não deveria.

— Mesclar a fabricação moderna com a produção em família. — Fiz uma pausa, segurando minhas folhas em frente ao corpo com mais força. — Todos os tipos de família.

Comecei a respirar devagar, todos me olhavam atentamente.

— O jovem universitário que come na conveniência de esquina se lembrando da comida de casa. — Continuei. — Mas essa é uma visão romantizada minha, eu não entendo de estratégia, eu só disse o que eu acho bonito aos olhos.

Ousei olhar para Jungkook enquanto terminava essa última frase, todos na sala ainda me ouviam.

— Como aquelas propagandas de natal que nos fazem chorar... — novamente pausei respirando fundo. — Pelo menos eu choro.

A quietude tomou conta do lugar, e eu tentava controlar a reação do meu corpo.

— É muito óbvio. — Um dos estagiários falou.

Afirmei quase insonoro diante da fala e voltando a me sentar, eu tinha finalizado jogando a última pá terra na minha reputação ali dentro, e agora pra piorar com o presidente, a expressão de Jeon era mais de preocupação que de raiva já a do seu pai eu não sabia dizer muito, e no segundo seguinte, ele se virou para Yoongi e eu quis enfiar meu rosto em um buraco por ter sido friamente ignorado.

— Yoongi, amadureça a ideia do rapaz. — Pendeu a cabeça para meu lado rapidamente me indicando enquanto dizia — E se organizem para a apresentação no próximo final de semana, faremos uma chamada de vídeo.

Senhor Sang derramou suas palavras e eu paralisei, meus orbes se escancararam aquilo era loucura e eu seria linchado mais tarde com toda certeza, mas não tive coragem de questionar.

— Estão dispensados – o presidente falou virando para seu filho — E nós dois vamos almoçar.

Finalizou olhando o relógio e em seguida Jungkook, continuei sentado surpreso, eu só não queria que fosse assim, existiam pessoas que se dedicaram e eu apenas disse o que veio a minha cabeça, um tempo depois todos foram saindo recolhendo seus pertences e eu me direcionei a mesa principal para começar a organizar.

— Você vem com a gente. — Meu chefe ordenou.

Seu pai, que estava verificando algo no celular, parou para encará-lo.

— Precisamos ter uma conversa particular — Exprimiu.

— Jimin está organizando tudo desde ontem, não deve ter comido nada. — começou a dizer. — E nada que ele não vá saber trabalhando pra mim.

Seu pai piscou longo e logo os dois estavam em pé, os encarei com os copos de café descartáveis na mão, sem entender como agir.

— Por mim tudo bem. — Aceitou, colocando a mão no bolso.

Eu não queria ir, só queria ir para casa e tomar solvente enquanto ouvia alguma música triste da Whitney Houston, eu passei tanto tempo prendendo a respiração e sentindo nervoso que poderia ter um colapso a qualquer momento, mas eu fiz o que eu fiz essa manhã inteira, me calei acompanhando os dois.


[...]

Oiii minhas pedrinhas preciosas, como vocês estão? bebendo muita água? como passaram da notícia do alistamento? espero que bem, eu senti o impacto, mas já sabia e busquei entender da melhor forma, apoia-los sempre 💜 coloquei a pulseirinha roxa e vou escrever uma carta para 2025.

Voltanto a Bailar!!!

A historia começa a ganhar forma agora então proximo caps muitas tretas hihihi

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