Minhas memórias de você

By BegoniaInfestante

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[CONCLUÍDA] É o oitavo ano em Hogwarts e Draco Malfoy sofre um infeliz incidente que o faz esquecer important... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 - Epílogo

Capítulo 19

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By BegoniaInfestante

Havia um feitiço no portão, ligado aos convites distribuídos. No entanto, Draco tinha uma forma ainda mais confiável de entrar. Ele apenas tocou o metal frio com sua mão e sentiu a pontada familiar de seu sangue sendo testado antes de o portal ranger e se abrir. Agora havia um ponto pequeno e vermelho em sua mão onde ele foi testado, mas não doía e logo haveria desaparecido.

- Isso é...? - Harry se impressionou.

- Magia de sangue. - Draco complementou.

No caminho de pedra ladeado pela cerca viva do jardim, Harry seguiu cada vez mais apreensivo. Ele segurou a mão de Draco com firmeza e Draco não teve o espírito necessário para rejeitá-lo, mesmo que Harry devesse se concentrar em personificar Theodore agora.

A mansão estava tão sombria e imponente como sempre, mas agora havia luz vindo de suas janelas do andar de baixo e música, embora ainda soasse muito baixa do lado de fora para ser ouvida com clareza.

- Me diz de novo porquê eu concordei em fazer isso? - Harry pronunciou conforme eles se aproximavam da porta de entrada principal.

- Sinceramente, eu não sei. - Draco sorriu para tranquilizar. - Pensei que você simplesmente me rejeitaria até o fim. Acho que foi o argumento do presente de Natal. -

Harry apertou a mão de Draco quando eles pararam diante da porta escura de madeira fechada.

- Não fique assim. - Draco pronunciou baixo, tentando ser suave. - Não vai acontecer nada de ruim, eu prometo. Vamos comer com gente esnobe, não é uma execução.

- Certo. Eu sei... - Harry inspirou fundo duas vezes. - É só um pouco opressor para mim.

- Mas você não é você, certo? - Draco deu um sorriso cúmplice. - Hoje você é Theodore Nott. Então... - Draco corrigiu sua postura, Harry o copiou. - E por mais que eu não me importe, é melhor soltarmos as mãos ou vamos criar alguns rumores sobre mim e Theo por aí.

Harry soltou a mão de Draco como se tivesse sido queimado, mas na realidade ele simplesmente não percebeu o que estava fazendo. Estar ali com Draco era tão emocionante quanto enervante ele estava tentando se ancorar como podia.

- D-desculpe. - Harry pronunciou com um sorriso tímido. - Vamos apenas entrar. Sim?

Draco bateu a aldrava e a porta se abriu.

O interior revelou um hall de entrada de paredes e chão em madeira e pedra escuras. Um imponente candelabro central brilhava com a luz quase branca de suas velas, sendo absorvida pelas paredes e chão e refletida de maneira marcante por toda a decoração e por suas vestes. Joias e peças claras pareciam se destacar na sala, mesmo o mosaico do chão de pedra estava reflexivo devido ao polimento.

Harry e Draco entraram lado a lado e dois dos elfos domésticos da família Malfoy se apressaram em recolher seus casacos. Harry sorriu e foi educado ao entregar sua capa e luvas para o pequeno de cara enrugada, mas Draco não olhou para as coisinhas, tendo sua atenção perpetuamente roubada por Harry.

- Draco, querido. - A mãe de Draco veio da da sala de estar à direita para abraçar seu filho. - Seus amigos chegaram sem você, temi que você não viesse.

- Estou aqui. - Draco respondeu sua mãe e lhe deu um beijo no rosto.

- E senhor Nott. - Narcisa sorriu para Harry com seus lábios circulados por um batom vermelho marcante. - Olhe só você. Está cada dia mais bonito. - Ela elogiou. - Obrigada por acompanhar meu filho até aqui. - Harry não respondeu até receber uma cotovelada em suas costelas.

- Ah. Não há de quê. - O garoto finalmente sorriu em resposta.

- Venham. Estamos nos passando o tempo até o jantar. - Se Narcisa percebeu o lapso de Harry, ela não comentou, apenas seguindo de volta para a sala.

A sala de estar poderia envergonhar qualquer outra sala que ousasse se considerar "de estar". Aqui as paredes o chão iam para um cinza mais pálido enquanto a decoração seguia tons de azul e prata, além de preto e do verde proveniente das folhas nos arranjos de flores e do pinheirinho decorado em tons prateados. Era imponente, mas também agradável. Se não lhe dissessem que esta era a mansão Malfoy, Harry poderia ser enganado em pensar que pertencia a um grupo menos sinistro. Narcisa se afastou quando outro se aproximou.

- Graças a Merlin. - Blaise apareceu diante deles quase imediatamente. - Vocês chegaram. - Ele parecia tão aliviado que devia ser apenas exagero. - Senhora Feather não para de tentar me arranjar com a filha dela, aquele pedaço de tofu sem personalidade e Astória está apenas dando corda nela.

- Deixe-me ter um pouco de diversão. - A garota surgiu para se defender. - E eu já joguei outro osso pra aquela velha roer.

- Céus. - Draco sibilou com humor. - Eu me atraso 30 minutos e vocês jogam Greg na fogueira? - Ele acompanhou os amigos até um local próximo à árvore de Natal, por outro um outro elfo doméstico passou com taças de água de Gilly numa bandeja prateada.

Draco pegou duas e ofereceu uma à Harry e seus amigos copiaram o gesto. A lareira era a única fonte alaranjada de luz na sala. Todo o resto parecia ter sido encantado para brilhar em um amarelo pálido, quase branco. Haviam cerca de vinte pessoas na sala agora, mas o ambiente não parecia lotado. Era amplo e cheio de espaços e recantos com rodas de conversa de três ou quatro, alguns casais e Lucius Malfoy, que Harry reconheceu concordando em silêncio com um senhor grisalho que gesticulava muito, parecendo quase inocente demais.

- Por que está tão quieto, Theo? - Blaise cobrou. A atenção de Harry foi chamada. Ele não sabia o que havia perdido de conversa enquanto olhava ao redor absorto.

- D-desculpe. - Harry gaguejou. - Eu estava destraído.

- Você parece até animado por estar aqui. - Astória comentou bebendo de sua taça com curiosidade no olhar. - Esperava que ficasse decepcionado por não ir àquela festa sobre a qual você não parava de comentar.

- Eu... Gosto daqui. - Harry tentou encerrar a desconfiança, mas recebeu dois pares de sobrancelhas incrédulas. - Quer dizer... Não é tão ruim. Passar tempo com... todos vocês. - Ele queria que isso ajudasse, mas não sabia o que esperar.

- Puta merda! - Blaise praticamente berrou e usou sua própria mão para se silenciar, atraindo alguns olhares de julgamento ou de curiosidade. - Santo Merlin. Você fez mesmo isso? - Blaise sussurrou dessa vez e riu um pouco alto demais.

- Eu não entendi. - Astória franziu as sobrancelhas. - Por que Theo está agindo como um cãozinho adorável? - Draco e Blaise apenas olhara para ela em resposta até que ela clicasse.

- Haha! - Ela riu alto de surpresa e também regulou o próprio volume em seguida, quase engasgando com sua bebida. - Você não presta Draco. - Ela riu em sua mão enquanto encarava o rosto emprestado de Theo ao lado de Draco. Harry tinha os olhos arregalados de surpresa por ser reconhecido e principalmente medo de ser exposto.

- Calem a boca. - Draco clicou a língua num tom autoritário característico, mas em volume baixo. - Vocês vão acabar chamando atenção para ele.

- Eu não pensei que fosse acatar nossa sugestão. - Blaise comentou de passagem e também bebeu de sua taça. - Como ele te convenceu a isso? - Ele se virou para Harry.

- Uh... Oh. - Harry olhou para Draco desapontado. - Foram eles quem sugeriram que você me convidasse? - Ele perguntou para Draco com uma sensação desagradável ameaçando seu estômago.

- Bem... - Draco desviou o olhar para o tapete enquanto pensava numa resposta que não magoasse Harry nem o colocasse sob uma luz muito ruim. - Eles apenas sugeriram que seria uma boa ideia com toda a coisa do...

- Tsk. - Astória clicou a língua irritada. - Não ouça esse cara. - Ela se intrometeu. - Nós apenas sugerimos que ele gostaria de passar o Natal com você e ele foi correndo te convidar.

- Tory! - Draco sibilou irritado, seu rosto se tornando vermelho, esperançosamente seria associado à raiva.

- Isso é verdade? - Harry sentiu a esperança substituir qualquer mal estar e olhou para Draco, vermelho nas orelhas como ele nunca o havia visto.

- Não. - Draco respondeu diretamente e não elaborou, o que era praticamente uma confirmação. Blaise acenou com a cabeça para Harry como uma forma de assegurar a verdade e enterrar ainda mais seu amigo em um caixão de humilhação.

- Crianças. - Narcisa e uma mulher negra de cabelos bem armados se aproximaram deles. - Sobre o que estão conversando? - Harry ficou tenso.

- Quadribol. - Blaise respondeu.

- Nossas roupas. - Astória respondeu quase instantaneamente.

- Sobre como nossa vestes atuais... Seriam muito desconfortáveis num jogo de quadribol. - Draco sorriu ao explicar a resposta. As mulheres não pareciam convencidas, mas deixaram para lá e Harry relaxou um pouco.

- Eu estava falando com Narcisa sobre seus planos de se tornar parte do Escritório Internacional de Direito em Magia. - A mulher falou orgulhosamente para Blaise. Aquela deveria ser a senhora Zabini, que lembrava o filho apenas perifericamente. Blaise apenas acenou com um sorriso medido nos lábios para Narcisa Malfoy. - Theodore, você também tem objetivos ambiciosos, não é? - A senhora mais baixa se voltou para Harry, que congelou como um esquilo.

- É... Eu... - Ele tentou pensar em qualquer coisa que sabia sobre Theodore Nott, o garoto que ele menos conhecia do grupo de Malfoy. - Quero ser parte do... Uh... Grupo...

- Gabinete. - Draco corrigiu com um sussurro, dando um tapa na parte baixa de suas costas que desconcentrou Harry.

- Gabinete. - Harry repetiu. - De magia...

- Do ministro. - Draco corrigiu. - Sibilando um pouco alto.

- Do gabinete do ministro da magia, é isso. - Harry sorriu satisfeito ao terminar.

- Certo... - A senhora Zabini o olhou de cima a baixo com desconfiança.

- Perdoem-no. - Astória interrompeu. - Uh. Theo bebeu um pouco demais e já está um pouco confuso. - Ela inventou e Harry sorriu cúmplice, sem saber se isso contribuiria ou atrapalharia seu caso.

- Se vai beber tanto. - A mãe de Blaise mexeu o nariz com desdém. - Talvez devesse ter objetivos mais realistas. A roda de amigos pareceu aliviada com a reação dela, mas Draco não se deteve.

- Tenho certeza de que todos nós trabalharemos uns com os outros em bons cargos no futuro. - Ele começou. - Theo tira notas impressionantes, tudo bem se ele aproveitar um pouco hoje.

- É claro. - A mãe de Draco concordou ao compreender o gesto de diplomacia.

- Mn. - A senhora Zabini não se impressionou, mas não adicionou mais observações mordazes. - Narcisa. Eu estou faminta, isso não deveria ser um jantar de Natal?

- Oh. Sim. - A senhora Malfoy sorriu e olhou para a porta. - Talvez devêssemos prosseguir com a noite? - Ela sugeriu, gesticulando para as crianças e para um elfo doméstico no canto da sala. - Vamos? - Logo todos a seguiam para a sala de jantar do outro lado do hall.

***

- Você é maluco por enfrentar minha mãe assim, Draco. - Blaise sussurrou no caminho.

- Ela não deveria ser tão cruel com Theo. - Draco bufou. - Não é como se ele quisesse seu emprego. Ou como se você quisesse... - Blaise o beliscou nas costelas pelo comentário.

Harry estava aprendendo muito sobre a dinâmica deste grupo. Ele aos poucos aprendia a gostar do jeito travesso de Blaise, que o lembrava dos gêmeos Weasley e da personalidade manipuladora, mas atenciosa de Astória, que estava linda em seu vestido preto cromado e o lembrava de Gina, surpreendentemente. Eles o acobertaram e isso falava em pról do seu caráter, então Harry se sentia um pouquinho mais relaxado.

Quando Draco defendeu Theodore contra as indiretas bastante diretas da senhora Zabini, ele colocou uma mão em suas costas, e Harry não pôde evitar pensar que era para ele. Que Draco o estava defendendo. Mesmo que isso não fizesse sentido.

Eles chegaram à extensa mesa de jantar, quase como a do salão comunal de Hogwarts, mas com cadeiras individuais e decoração muito mais luxuosa ao redor da sala. Harry se sentou ao lado de Draco e esperou que os outros se juntassem ao redor. Lucius se sentou na cabeceira, com Narcisa ao seu lado e com um estalar de dedos seu, o jantar começou.

Notas: Quase morri pra escrever esse capítulo a tempo e hoje quase esqueci de postar😅.

E também: Direitos aos elfos domésticos!✊

Na minha mente, quando Hermione se tornar ministra da magia, ela vai colocar ordem na casa e tornar o mundo mágico menos desigual socialmente.

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