| My Sexy Playboy | Romance D...

By Livemonte

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|+18 | ⚠️Contém violência, língua de baixo calão, relacionamento Tóxico, traição e sexo explícito.⚠️ "Seja qu... More

1°Capítulo
My Sexy Playboy
2° Capítulo
3°Capítulo
4°Capítulo
5°Capítulo
6°Capítulo
7°Capítulo
8° Capitulo
9° Capítulo
10° Capítulo
Personagens do livro
11° Capítulo
12° Capitulo
13° Capítulo
14° Capítulo
15° Capítulo
16° Capítulo
17° Capítulo
18° Capítulo
19° Capítulo
20° Capítulo
21° Capítulo
22° Capítulo
23° Capítulo
24° Capítulo
25° Capítulo
26° Capítulo
27° Capítulo
28° Capítulo
29° Capítulo
30° Capítulo
31° Capítulo
32° Capítulo
33° Capítulo
34° Capítulo
35° Capítulo
36° Capítulo
37° Capítulo
38° Capítulo
39° Capítulo
40° Capítulo
41° Capítulo
42° Capítulo
43° Capítulo
45° Capítulo
46° Capítulo
47° Capítulo
48° Capítulo
49° Capítulo
50° Capítulo
51°Capítulo
52° Capítulo
53° Capítulo
54° Capítulo
55° Capítulo
56° Capítulo
57° Capítulo
58° Capítulo
59° Capítulo
60° Capítulo
61° Capítulo

44° Capítulo

722 83 132
By Livemonte

Estou dando tudo o que posso, mas tudo o que você faz é estragar as coisas, sim, estou bem aqui, estou tentando deixar claro que ter metade de você simplesmente não é o suficiente, eu não vou esperar até que você termine de fingir que não precisa de ninguém, eu estou aqui, vulnerável...

Wizzoly Davenport

- Pergunte ao senhor Montenegro se ele resolveu a questão da reunião com o conselho da empresa...

- Sim senhora..

- Muito Obrigada. - Sorriu doce como sempre saindo da minha sala.

Me encostei na cadeira me arrependendo de seguida quando elas doeram. As marcas de chicote ainda eram muito aparentemente e eu sentia que meu corpo não estava pronto para voltar a trabalhar mas eu precisa de me distrair.

Ficar naquela casa, era o mesmo que pensar em Tyler e no que ele me disse, e isso quer dizer eu passar horas e horas me xingando por ter sido tão idiota.

Não sei porque caralho achei que aquele acordo daria certo. Estava explícito no rosto de Tyler que acabaria mal e eu resolvi o ignorar e agora estou aqui toda fudida e com marcas que não sei se um dia sumirão da minha pele.

Estava cansada física e mentalmente, mas não podia me dar ao luxo de descansar nem mais um dia. Por isso acordei bem cedo, vesti choramingando pela dor nas costas e saí antes de todo mundo.

Foi impressionante ter encontrado a ruiva já trabalha mesmo sem saber se eu viria para a empresa hoje ou não, o que mostra que ela é uma grande profissional.

- Senhora Montenegro.. - entrou com a agenda nas mãos. - O senhor Montenegro mandou informar que... é... se a senhora precisa de alguma coisa, tem que ir falar com ele pessoalmente.

Por que caralho eu pensei que ele seria profissional?

É claro que Tyler não me daria esse prazer.

Primeiro ele me fala aquele monte de merda e agora quando penso que não quer olhar mais para minha cara, ele diz que tenho que ir lá pessoalmente.

- E...o senhor Montenegro é... disse que está esperando o seu café...

- Filho da puta do caralho! - Mordi a língua e ela me olhou em choque. - Me desculpe, é que ele me irrita.

- Aquele infeliz consegue acabar com toda minha paciência com o caralho da sua bipolaridade de merda. - Estava com vontade de ir bater nele.

Ela piscou várias vezes me olhando confusa.

- Nós...podemos zangar com os nossos maridos não é? - Juntei as mãos em súplica e ela sorriu simples.

- Se não zangássemos o mundo, assim como o casamento não teriam graça. - Falou calma.

Olhei para a câmera que ele havia instalado aqui na minha sala. Com certeza a essa hora ele deve estar rindo da minha cara.

- Eu vou falar com ele. - Assentiu e se retirou.

Ele ainda me cobra o maldito café.

Mesmo não querendo, me lembrei o que aconteceu da última vez que não o obedeci, então fui para a cozinha que haviam disponibilizado apenas para nós dois nesse andar e fui fazer o seu maldito café.

O mais incrível é que a cozinha era bem equipada e cheia de opções mesmo sendo para duas pessoas.

Será que aquele merdinha não tem medo que eu cuspa no café dele?

Fiz biquinho pensando nessa possibilidade. Quer dizer, eu adoraria o vendo beber a minha saliva para que ele aprenda a não ser tão presunçoso.

Mas o meu plano teve que ser adiado quando vi a câmera nos cantos do teto.

É claro que ele instalou uma câmera aqui também, se não, não seria Tyler.

Fiz o seu café e depois de segundos enrolando para ir o entregar eu decidi ser uma mulher adulta e ir olhar para a cara dele.

A cada passo que eu dava para a sua sala, os meus pés tremiam e o meu coração batia descontrolado apenas com a possibilidade de vê-lo e sentir o seu cheiro.

Sim, eu odiava saber que começava a sentir alguma coisa por aquele lixo mesmo depois de tudo que ele me fez e disse.

Sim, eu sei que não tenho nem um pingo de amor próprio, mas o meu coração parece que adora sofrer.

Na mínima oportunidade que ele entende que o Homem não presta, é ali onde ele bate mais forte e se agarra.

Tenho certeza que se Tyler me tratasse bem, meu coração nunca bateria por ele.

Esse porra gosta de sofrer mesmo!

Depois de contar até dez, fui até a sala dele que estava com as portas fechadas. Abri a porta com dificuldades pela bandeja nas mãos.

Mas é claro que ele não percebeu já que estava entretido demais. Tyler estava sentado na sua cadeira com o computador aberto e a morena da recepção estava completamente deitada no seu pescoço, se ele virasse a sua cabeça para o lado podia beija-lá.

Se eu soubesse que ele estava ocupado demais para olhar as câmeras teria cuspido no seu café!

Eu tenho que aturar isso também?

- É muito fácil... - Tyler falou apontando o computador.

- Interrompo? - Finalmente me notaram. - Não devia estar trabalhando?

Não sei o que estava acontecendo, apenas sentia uma vontade enorme de despejar o café quente em cima dela para que saísse de perto de Tyler.

Não sei qual dos dois queria matar primeiro.

- Apenas pedi para que o Senhor Montenegro me mostrasse como aceder ao sistema da empresa. - Só faltava esfregar os peitos enormes dela na cara de Tyler de tanto que estavam próximos.

- Se não sabe aceder a um simples sistema, não está qualificada para trabalhar nessa empresa. - Ela ainda estava encostada nele. - Acha que consegue fazer o seu trabalho?

É claro que essa vadia sabia aceder ao sistema, até eu que sou nova nesse caralho sei aceder ao sistema da empresa.

Aquilo era apenas uma desculpa para seduzir aquele playboy safado.

Não sei quem havia dito as mulheres que os Homens gostavam de mulheres burras.

Afinal esse era o jogo dela, se fazer se burra, e então para tudo precisar de Tyler até o dia que vou entrar aqui e vou a encontrar de pernas abertas em cima da mesa, dando horrores para ele.

- Estou fazendo o meu trabalho senhora. - cínica. - Quero apenas agradar ao senhor Montenegro.

Aquilo saiu com malícia.

Se o seu trabalho é se esfregar no meu marido, devo admitir que está o executando lindamente.

- Como se chama? - Deixei o café na mesa de Tyler e ela o deu um pequeno espaço, mas, ainda perto demais dele.

- Návia...

- Nadia querida. - Falhei o seu nome de propósito. - Primeiro, nunca mais na sua miserável vida fale comigo como se estivesse falando com suas amigas, não temos intimidade para isso. -  Coloquei as mãos na mesa indo um pouco para frente. - Segundo, quando trabalha com o meu marido... - Eu fiz questão de frisar a última parte. - Não precisa virar um bicho preguiça e ficar escorada em cima dele.

- Isso não voltará a se repetir senhora. - Ainda dava para sentir o seu deboche.

E aquilo me irritou muito que a ver quase fazer Tyler mamar os seus seios.

Começava a odiar aquela mulher.

- Claro que não, agora mesmo falarei com Lindsey para que arranje outra secretaria para Tyler já que você não está apta para isso. - O seu falso sorriso murchou. - Se não consegue aceder a um simples sistema, não pode cogitar na possibilidade de trabalhar com um CEO de uma empresa tão grande como essa.

- E depois falarei com o diretor de Recursos humanos, eu soube que foi ele quem te recomendou e vejo que cometeu um erro grande na sua seleção. - Saiu de perto de Tyler. - Foi infeliz na sua escolha, acredito que na empresa tem mulheres muito mais qualificadas que você!

- Senhora Montenegro isso nunca mais se repetirá. - Chegou mais perto de mim. - Juro para a senhora que essa foi a primeira e última vez que uma coisa dessas acontece, eu...eu faço com excelência o meu trabalho e peço que me dê só mais uma chance.

Agora ela parecia preocupada.

- Saía, preciso falar uma coisa importante com Tyler! - fingi que não escutei nada que ela falou apenas porque podia.

- Senhora por favor...

- Saía! - Apontei para a porta e ela baixou a cabeça saindo em passos largos.

Ok, ciúmes me deixavam uma pessoa triste. E ainda mais sentir ciúmes de um lixo como Tyler.

Encarei aquele idiota que tinha um sorriso grande nos lábios.

Sinto que acabei de cair na sua armadilha. Era como se Tyler tivesse armado aquilo tudo apenas para ver a minha reação.

- Fez essa merda de propósito não é? - Sorriu ainda mais se levantando da sua cadeira.

- Acha que eu mandei Návia vir para minha sala, a fiz pensar que tem intimidade comigo para me seduzir, e mandei a sua secretária te dizer para vir falar comigo pessoalmente, apenas para que você visse a cena e eu pudesse estudar a sua reação? - Filho da puta!

- Eu não faria uma coisa dessas, mas você... - Parou do meu lado. - Você me surpreendeu, eu esperava tudo menos aquilo.

Eu sou muito idiota por não ter cugitado na possibilidade de Tyler estar me testando.

- Temos uma Reunião, imagino que tenha a marcado para hoje e a sua secretária não te lembrou, já que estava ocupada demais agregando mais conteúdo ao seu curso de secretária. - Porra, eu tinha que me controlar.

- É só isso que vai me dizer? - A minha garganta estava doendo de tantos insultos que tive que engolir.

- Bom.. você já é adulto e sabe o que faz da sua vida. Se acha que essa é a vida que quer levar então força. - dei de ombro. - Se me dá licença...

- Sei o quão está se remoendo nesse momento. Mesmo que por fora pareça plena por dentro está fervendo de ciúmes. - Filho da mãe. - Confirmou as minhas suspeitas.

- Que suspeitas? - Me virou para ele.

- Realmente está apaixonada por mim! - Meu coração bateu errado me fazendo quase cair.

- O quê? Claro que não Tyler...eu... que porra é essa? - Riu ainda mais com a minha reação.

- Caralho! - Deu uma gargalhada. - Quando vi a sua reação ontem eu não acreditei, mas agora, depois de tudo que fez com aquela pobre mulher, tenho certeza.

- Não sou apaixonado por você! - Tentei me manter firme mesmo meu coração não colaborando.

- Então porquê esta com ciúmes?!

- Eu não tenho ciúmes de você. Não se engane... - Parou na minha frente dando um passo na minha direção e eu dei dois para trás.

- Ah não? - Fingiu choque.

- Não.. - Mais um passo e eu voltei a dar outro para trás. - Os seus joguinhos infantis não me causam ciúmes Tyler, cresça...

- Nem um pouco?

- Não senti nada...

- Então porquê agiu daquele jeito? Porquê ainda parece bem zangada com aquilo? Porquê entrou quase batendo Návia? - Ele chama ela pelo seu nome?

Desde quando eles têm...porra.

Tyler sorriu mais ainda acho que percebendo a minha reação. Eu tenho que parar com isso.

- Até a chamar pelo nome te incomoda... - Juro que odeio Tyler.

- Pode comer as suas putas foram da empresa Tyler. Apenas estou tentando preservar a minha imagem e a sua... - Senti minha bunda tocar na mesa gelada e ele pôs as suas mãos em cada lado do meu corpo me prendendo ali.

Senti o seu polegar passar no meu lábio inferior. Se aproximou de mim e baixou até estar a centímetros do meu rosto.

Meu coração naquele momento havia inventado um novo ritmo de batimentos.

- Isso não é um jogo... - E lá estava aquele sorriso cafajeste.. - Talvez um pouco, porque sei que gosta deles tanto como eu.. - quando ia pegar a sua cabeça para o afastar, ele a desceu para o meu pescoço onde pressionou os lábios, primeiro com calma e depois puxou minha pele me fazendo ofegar.

- O nosso acordo acabou e não...pode mais...me tocar desse jeito. - Continuou olhando para os meus lábios com luxúria. - Não esqueça tudo o que me disse!

- Você estar apaixonada por mim muda tudo. - Franzi a testa com as suas palavra. - Agora, a minha vontade de me aproximar de você para te fazer sofrer ainda mais aumentou!

Ele conseguiu me iludir por um segundo.

- Não estou apaixonada por você.

- Caiu no seu próprio jogo Wizzoly. - Fechei os olhos quando passou a mão na minha bochecha. - Incrível...

- Ao invés de eu me apaixonar, você que se apaixonou...por tão pouco. - Aquilo era doloroso.

- Eu vou te esquecer. - Deu uma gargalhada com as minhas palavras. - Darei a minha vida para que isso aconteça.

- Então está admitindo que está apaixonada por mim? - Bati na sua mão quando tocou no meu decote. - Gosto quando é agressiva.

- Vai se fuder Tyler. - Tentei sair de perto dele, mas é claro que o mesmo não deixou.

Ao invés de se afastar, Tyler aproximou ainda mais ficando a muito poucos centímetros do meu rosto. Senti o seu perfume que me enlouquecia e de repente, eu quis ficar muito mais próximo dele para que pudesse absorver melhor o seu aroma.

Ele nunca vai descobrir o quanto eu gosto do seu perfume. Com certeza isso viraria um dos meus castigos caso descobrisse.

- Farei mudanças drásticas no meu jogo para que você não consiga me esquecer. - A minha atenção foi roubada pelos seus olhos.

Tyler era terrivelmente um Homem apaixonante. Ele não precisava fazer muita coisa para chamar a atenção de uma mulher.

Bastava apenas a sua aparência e a forma como me olhava faminto. Aquele caralho era suficiente para eu abrir as pernas para ele e perder a dignidade que eu não tinha mais faz tempo.

Ou talvez eu seja fraca demais, por me apaixonar por um louco musculado e tóxico como Tyler.

Eu tinha que descobrir aonde ele treinava.

Quando me focava nos seus lábios dava para perceber que ele estava me dizendo alguma coisa, provavelmente me contando o seu plano, mas eu não conseguia prestar muita atenção.

O meu coração apenas batia mais forte com a possibilidade dele me beijar a qualquer momento.

Eu realmente sou um caso perdido, porque cogitava a ideia de ainda o ensinar a me amar.

O queria desesperadamente para mim, queria saber como é ter Tyler correspondendo os meus sentimentos.

- É agora que me tranca em um porrão e me faz o seu escravo sexual? - Talvez eu o faça quando ele me rejeitar.

- Sei que você gostaria muito disso, mas não te darei esse prazer... - Caralho, eu amava o seu sorriso.

- É uma ótima ideia Wizzoly. - Pegou o meu lábio inferior com os seus dentes e o soltou depois de puxar para ele. - Me teria só para você.

Realmente era uma ótima ideia.

- Eu ainda te terei só para mim..

- Não sou um Homem de uma mulher só. - Se afastou quando quis o beijar. - Vai se decepcionar de novo...

Era doloroso concordar com as suas palavras.

- Pensei que estava zangada comigo e nunca mais queria me ver. - Mordi o interior da minha bochecha. - Acho que as coisas ainda são muito recentes.

- E você voltou a frisar que o nosso acordo acabou Tyler, e me lembro de o ouvir dizer que só vai falar comigo quando se tratar da empresa e de Sophie. - Eu também sabia brincar. - E ainda disse que o meu perfume te enoja, e olha o quão próximo está de mim agora. Hoje também estou usando o mesmo perfume que usei ontem.

E lembrar que quase o deitei depois dele me dizer aquilo.

- Talvez você também esteja gostando de mim. - Se afastou. - Se não, não se importaria com o fato de eu não ter te dado atenção na festa.

Franziu a testa se afastando ainda mais de mim. E a sua reação me deixou feliz.

- Se eu vou sofrer com isso no fim de tudo, você também vai, mesmo que não admita para mim...

- Eu comi Daniella ontem.. - As suas palavras me atingiram e eu tive que me segurar na mesa.

Ele não fez isso.

- Está dizendo isso apenas para me machucar...

- Ligue para ela e pergunte. - Deu de ombro. - Ou melhor não, pergunte para Candice.

Aquilo me matou.

Ele foi transar com aquela mulher depois de tudo que ela me fez?

- Saber que ela quase te matou, me deixou ainda mais animado para filmar a fudendo. - Tirou o telefone do bolso. - Me deixe te mostrar o quanto ela gemia no meu pau...

Fechei os olhos negando.

- Devia aprender a me satisfazer como ela. - Saiu frio. - Vou perguntar para ela se pode te ensinar, assim aprende um pouco como fuder de verdade, não aquela merda que faz.

Acho que foi o balde de água fria que eu precisava.

Quando abri os meus olhos, eu esperava, estar chorando muito, mas não. Quando olhei para Tyler a única coisa que me veio na mente foram flashbacks das coisas ruins que ele já me disse.

A minha mente estava me punindo e me mostrando o tipo de pessoa que ele era, e a única pergunta que ecoava dentro de mim, era se ainda valia a pena ama-ló.

Ainda valia a pena tentar o salvar depois de tudo que me fez passar?

- Isso ainda te faz pensar que eu sinto alguma coisa por você? - Sorri para ele que franziu a testa depois de ver a minha reação.

Fui para bem perto dele porque queria que me ouvisse muito bem.

Mesmo por dentro aquilo ter me corroído, por fora eu permaneci plena, e com um sorriso no rosto para o irritar ainda mais.

Não quero que ele pense que é importante para mim, nunca mais.

- É um Homem triste, nasceu sozinho e vai morrer sozinho. - Pegou no meu braço o apertando. - continue afastando as pessoas da sua vida, é a melhor coisa que faz Tyler.

Quero ficar bem longe do seu humor tóxico.

- Tem razão, você não têm salvação.. - Deixou meu braço recuando. - Não sei porquê achei que existia um lado humano perdido dentro do seu peito.

O seu rosto já não tinha mais expressão, mas nem isso me fez recuar. Eu queria que ele sofresse tanto como eu, então continuei.

- Não vou mais tentar nenhuma merda. - Afastei a sua mão. - Eu desisto de você!

Arranjei o meu terno e saí da sua sala. Quando fechei a porta, eu até queria chorar ali mesmo, mas Návia e Lindsey estavam paradas me olhando, então me segurei.

- Senhora Montenegro, sobre o que aconteceu...

- Não aconteceu nada, volte ao seu trabalho. - Pareceu não entender as minhas palavras. - O seu chefe está te esperando. Pode se esfregar o quanto quiser nele.

Saí dali direto para a sala de reuniões. Sabia que se entrasse na minha sala, eu choraria e não faria mais nada hoje.

Não darei esse prazer para ele.

A partir de hoje, eu quero que ele me veja sempre no meu melhor. Vou mostrar para ele que eu também consigo ser fria e sem coração quando quero.

Eu ainda vou te esquecer Tyler!

- Está tudo pronto para a reunião? - Perguntei para Lindsey que vinha atrás de mim.

- Está. Estão esperando apenas a senhora e o senhor Montenegro. - Assenti e continuamos em direção a grande sala de reuniões que tinha nesse andar.

As portas foram abertas e entrei encarando primeiro Jiselle que estava sentada um pouco distante do seu marido. Quando me viu se levantou e veio até me me abraçando.

Como eu precisava daquilo a apertei nos meus braços me segurando para não chorar ali mesmo.

- Esta tudo bem? - Perguntou quando a soltei. - Aconteceu alguma coisa?

- Não...eu apenas estava com saudades. Fazia tempo que não nos cruzávamos.

- Oh querida... - Voltou a me abraçar e quando me deixou, fui me sentar na cadeira ao lado dela.

Jiselle quando chegou no seu lugar não se sentou.

- Como sabem, nós fizemos uma fusão com as indústrias Davenport e já havíamos apresentado Wizzoly para vocês na reunião de boas vindas que foi organizada por Edward. - Falou. - Mas, mais uma vez, essa é Wizzoly Montenegro, a nova CEO das indústrias Davenport e minha nora querida.

Apertei a sua mão quando a esticou para mim.

- É um prazer, obrigada mais uma vez por me receberem. - Me levantei e fui cumprimentar os 6 Homens que tinham nessa sala incluindo Edward.

- Me desculpem pelo atraso. - Virei para a voz grossa que vinha da porta e meu coração bateu forte depois de ver quem era.

Não pode ser.

Deus porquê está fazendo isso comigo, justo hoje?

Porquê sempre que penso que não verei mais um Homem, ele volta para me assombrar?

O seu sorriso aumentou quando me olhou e eu como uma covarde não sustentei o olhar.

- Chegou mesmo a tempo Senhor Derek. - Jiselle falou o cumprimentando. - Essa é Wizzoly Montenegro, CEO das indústrias Davenport.

- Nós já nos conhecemos. - Falou e mesmo assim apertou a minha mão. - É bom ver a senhora novamente.

Deixei a sua mão e me afastei nervosa.

- Digo o mesmo. - Quase me perdi depois de olhar para os seus lindos olhos azuis.

- Ainda bem que se conheceram. - Jiselle falou contente. - Wizzoly, o senhor Derek vai trabalhar com você.

Oh não!

- Ele vai?

- Sim, ele é o nosso consultor interno e um dos membros do conselho Administrativo. - Assenti várias vezes ainda o olhando e ele fazia o mesmo.

Parei de olhar para ele apenas quando as portas foram abertas novamente e Tyler entrou na grande sala que parece que de repente se tornou pequena e sem oxigénio.

Ele olhou para mim e depois analisou Senhor Derek de cima para baixo. A sua cara se fechou ainda mais e veio em passos largos parando do meu lado.

Como sabia que ele começaria com o seu drama, saí de perto do mesmo e fui me sentar no meu lugar.

Pena que o lugar dele era ao meu lado. Por pouco não mudei de lugar, só para não ter que ficar perto do mesmo.

- Meu filho, você já conhece Senhor Derek. - Tyler ainda o olhou de cima para baixo antes de concordar com sua mãe e vir sentar do meu lado.

Juro que foi sem querer quando o meu olhar acompanhou Derek até o seu lugar que era na cadeira a minha frente.

Não sabia se o destino estava comigo ou contra mim.

Me olhou uma última vez antes de se sentar. Senti a minha pele arrepiada e depois a mão de Tyler na minha perna a apertando.

Caralho!

- Vamos começar a reunião ou não?! - Perguntou impaciente como sempre.

Afastei a sua mão da minha perna, e bem devagar, fui afastando a minha cadeira ficando colada a Jiselle.

Sentia o seu olhar queimar em mim, e não ousei olhar, nem para ele e nem para Derek, apenas me foquei nos papéis na minha frente.

- Você que nos chamou aqui. Imagino que tenha algo muito importante para dizer. - Edward finalmente abriu a boca.

- Na verdade, eu que pedi para que ele marcasse a reunião. - Me pronunciei. - Como compraram as Indústrias Davenport e foi logo feita uma fusão para evitar uma falência, queria saber o que aconteceu com os funcionários da mesma.

- Eram muitos custos e a empresa não estava rendendo tanto naquele tempo, então foram todos demitidos e tivemos que tornar as duas empresas uma só. - Edward me respondeu.

- Foi uma decisão unânime do conselho ou foi apenas mais uma das suas ideias? - Tyler perguntou o encarando.

- Não foi unânime...

- Então como poderam o deixar prosseguir com uma loucura dessas se não concordavam todos?

- Não foi uma decisão unânime, mas entendemos que era necessário, caso contrário a Montenegro Company teria afundado junto. - Respondeu um senhor um pouco mais velho.

- Então o senhor, como um dos melhores Administradores financeiros no quadro dos empresários, achou necessário deixar mais de quinhentas famílias desamparadas e sem nenhum tipo de suporte por causa de uma suposta falência, que não foi nem investigada para ver se realmente aconteceria ou não? - Se encolheu na sua cadeira.

- Como a senhora deixou isso acontecer? - Olhou para a mãe. - Desde quando a senhora promove esse tipo de ideias?

- Tudo foi feito para o melhor da nossa empresa, caso contrário não estaria aqui dirigindo essa empresa nesse momento. - Edward se prontificou.

- A sua gerência é mesmo uma merda Edward, e a senhora, e todos vocês promoviam as ideias desumanas dele. - Acusou. - O CFO não pode tomar uma decisão dessas sem o consentimento do diretor executivo.

- Tentamos reduzir os danos...

- Aumentando a fome no mundo? - Ele já estava se alterando.

- O que teria feito no nosso lugar para estar me julgando tanto?

- Não teria mandado embora ninguém, a culpa não foi deles, foi da má gerência do dono da empresa, e vocês como futuros donos deviam ter considerando isso. - Bateu na mesa se levantando. - Acha que aumentar a fome no mundo te torna um bom empresário?

- Tyler... - Jiselle chamou a sua atenção. - Se controle!

- Sabem muito bem que a empresa não iria a falência por isso. Essa empresa faz milhões por hora! - Realmente. - Já imaginaram o que pode acontecer se aquelas pessoas decidirem nos processar?

- Isso não vai acontecer! - Ganhei a atenção de todos, inclusive de Tyler. -Todos os funcionários das Indústrias Davenport serão pagos pelos anos que dedicaram a mesma!

- Estamos falando de milhões senhora... - Protestou o velhinho das finanças.

- Que são dele por direito! - Claro que eles não concordariam com aquilo. - A Montenegro Companhy não precisa se responsabilizar com isso. Todo dinheiro sairá das Indústrias Davenport. Eu vou me responsabilizar por isso!

- A sua empresa acabou de passar por uma quase falência, ainda não tem fundos suficientes para isso. - Protestou um outro velho.

Que porra de conselho Administrativo é esse?

- Estamos falando de uma quantia grande de dinheiro. É impossível, em algum momento terão que tocar nos fundos da Montenegro Company...

- Senhor Derek já estudou o caso das Indústrias Davenport? - Me olhou dessa vez sério assentindo. - Acha que conseguimos pagar a todos funcionários nem que seja pouco a pouco?

- É possível, e da forma como a empresa esta se recuperando, se continuar no mesmo ritmo, não precisaremos tocar nos fundos da Montenegro Company. - Aquilo me deixou muito mais aliviada.

- Quero uma lista de todos os funcionários que sofreram o prejuízo, e quando forem pagos eu também quero ser informada. - Encarei o administrador.

- Sim senhora Montenegro!

- Muito Obrigada. - Agora tinha que trabalhar mais do que nunca para que a empresa continue se recuperando cada dia mais.

- A reunião está encerrada! - Me levantei assim como todos.

Peguei a água que tinha na mesa e Tyler quase me deixou cair quando bateu no meu ombro andando em direção a porta.

- Nós podemos conversar? - Jiselle perguntou para o mesmo que continuou andando como se não tivesse escutado. - Tyler..

- Estou ocupado! - Saiu seco.

- Filho por favor..

- Jiselle eu realmente tenho que ir. - falou quando a mesma o parou.

- Jiselle? - ela fez a pergunta que eu me fiz na cabeça.

- É o seu nome. - Deu de ombro.

- Eu sou a sua mãe. - Saiu baixo. - Nunca mais me chame assim!

- Esta com problema de memória?! - Tyler de virou para ela, logo sabia que as suas próximas palavras machucariam a pobre mulher. - Você não me nasceu Jiselle! Não sou o seu filho!

Jiselle a deixou parecendo tão em choque como eu.

Ainda bem que já haviam saído todos e restado apenas nós três.

- A minha mãe morreu quando eu tinha 5 anos! - Peguei minha boca. - Não se esqueça desse caralho nunca mais!

O quê?

Eu não sabia se ia atrás dele, ou ficava aqui com Jiselle depois que ele saiu pisando duro e Jiselle desabou.

Tyler quando é magoado sempre procura te fazer sentir a dor dele dizendo coisas que ele têm a certeza que vão te machucar.

Eu sou o exemplo disso.

Peguei na mão de Jiselle a ajudando a se sentar e abri uma água a entregando. Ela parecia em choque, apenas caíam lágrimas dos seus olhos enquanto olhava pela porta onde o seu filho havia saído.

- Desde o casamento que ele não fala comigo. - Peguei as suas mãos. - Sempre que tento me aproximar ele me afasta... Estou perdendo o meu filho...

- Ele te ama Jiselle. Apenas está estressado. Sabe melhor que ninguém como Tyler é difícil de lidar. - Limpou suas lágrimas mesmo elas não parando de cair.

- E como vocês estão? Como ele têm se comportado?

Apenas suspirei e ela chorou ainda mais.

- Ele está tomando os remédios?

- Eu não sei... não dormimos no mesmo quarto, e...eu juro que tentei, mas não consegui. - Tyler é um osso duro de roer. - O seu filho é complicado demais.

- Não desista dele...- Apertou minha mão. - Juro que ele é um bom Homem, apenas passou por situações muito difíceis.

Mesmo depois dele ter a tratado mal, ela está aqui dizendo que ele é um bom Homem.

- Isso não justifica...

- Eu sei que não, mas a situação de Tyler é muito diferente. Não tem noção das coisas que ele teve que suportar quando criança.

- O cartão de crédito não passou na hora de pagar o lanche? - Quando percebi eu já havia dito aquilo para ela e a mesma apenas sorriu ainda chorando.

- Tyler é adotado. - Deixei a sua mão.

- O quê?

- Ele não é meu filho biológico Wizzoly...

Capítulo não revisado, desculpa qualquer erro.❤️

Quero dedicar esse capítulo em especial a kittyppupp que sempre comenta e me lembra que ainda tenho um livro por terminar. ( E também porque estou me sentindo mal, depois de você me perguntar na sexta passada se eu postaria o capítulo e eu ainda não tinha ele pronto, deu um aperto no meu coração e eu senti como se estivesse te decepcionando.)

Inspiração eu tenho de sobra, graças a Deus. O meu problema é o fator "tempo". Até eu aprender a gerir, vou sempre prometer muitos capítulos e não cumprir.

Então, voltarei a primeira proposta, de capítulo novo na segunda e na sexta-feira. (É muito mais acessível para mim.)

Espero que esteja gostando do livro.

Até a próxima💛.

Lindsey McDaniel

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