Five se desespera ao ouvir a porta sendo destrancada.
Ele ouve Clarke mandar ele se esconder, mas esconder onde!??
O homem começa a tentar abrir a porta, mas Five joga toda a força de seu corpo contra a porta.
-Five: Merda, merda, merda... EU NÃO CONSIGO TELEPORTAR!!!!!
-Clarke: Teleportar!?! Tá ficando louco!?!
Clarke começa a ver umas "purpurinas azuis saindo do garoto".
-Clarke: QUE MERDA É ESSA!?!?
-Five: AAAAAAAARG... NÃO VAI!!!!
Clarke nunca havia visto algo daquele jeito, ela estava surpresa.
Five não conseguia se teleportar, devido ao seus machucados.
O homem do lado de fora fazia cada vez mais força contra a porta.
Five já não estava aguentando mais. Ele sentia seus pontos abrirem e os cortes sangrarem cada vez mais.
Ele começava a ficar fraco.
-Clarke: Hargreeves, sua blusa... Ai meu Deus...
-Five: Eu não vou aguentar... Tá abrindo... AAAAAAAAAAAAAARG!!!!!! - o garoto gritava com a dor das feridas se abrindo.
Five olha por todo o quarto de relance.
A porta se abriria e sua única opção era se jogar e deslizar para debaixo da cama da garota.
E foi o que ele fez.
Ele se joga para lá de baixo, e não podia emitir nenhum som.
A dor era insuportável.
Clarke estava encima da cama, em desespero completo.
O homem entra no quarto.
-???: O que tá acontecendo aqui!?
-Clarke: Você não é meu médico, não tem direito de entrar aqui.
-???: Eu entro se eu quiser, garotinha insuportável!
-Clarke: É melhor tomar cuidado com como me chama...
Clarke, propositalmente, derruba um bisturi no chão, ao lado de onde Five estava.
O próprio entende e pega a ferramenta.
Five sai vagarosamente de debaixo da cama e vai rastejando até as costas do homem, enquanto ele discutia com Clarke.
-Clarke: OLHA AQUI SEU MERDA!!!!
-???: A--
O homem cai duro no chão.
Five havia fincado o bisturi em seu pescoço, atingindo a veia.
-Five: Deve estar morto nos próximos instantes... - fala rouco com a mão na barriga.
-Clarke: Ah... Eu acho que quem vai estar morto daqui a pouco, é você...
Five olha para a própria barriga, por cima da blusa.
-Clarke: Vem cá- ai, (ela sente dor pela agulha que estava na sua veia) deixa eu ver.
-Five: Sua estranha... - Five chega perto com receio.
-Clarke: Obrigada, gatinho.
Clarke se senta na cama novamente e levanta a blusa do rapaz, procurando ver o machucado.
-Clarke: Put@ merda...
-Five: Ai... O que?!
-Clarke: Isso aqui tá feio pra caralho...
-Five: Ah, jura!?!
-Clarke: Juro! O corte tá abrindo e... Tem alguma coisa lá... Lá dentro...
-Five: COMO ASSIM ALGUMA COISA LÁ DENTRO!?! - eu me desespero e começo a tentar ver a ferida.
-Clarke: PARA DE MEXER, VAI PIORAR!!!
-Five: AAAI!!! - eu sinto uma pontada dentro de mim.
-Clarke: PORRA, ABRE O OLHO, ESSE HOSPITAL NÃO TÁ CUIDANDO DE VOCÊ! ESTÃO DOPANDO A GENTE!
-Five: TIRA ESSA COISA DA SUA VEIAAAA!!! - eu gritava pela dor e um pouco por estresse também.
-Clarke: Mas eu tenho medo de agulha... Eu odeio... Agulhas..
-Five: Arg, tá bom...
Eu ando, capenga e manco, até o outro lado da cama dela, onde estava o soro e o braço dela com a agulha.
Eu pego um algodão, tiro a fita e tiro a agulha devagarinho, com cuidado.
Eu olho para e vejo que ela estava olhando para a agulha em sua veia. Ela estava com medo e sentindo dor.
-Five: Perdão... Doeu...
-Clarke: Hm... Tá tudo bem...
-Five: Segura o algodão aí pra não sangrar.
-Clarke: Tá..
Aquele silêncio horrível toma o lugar de novo e eu procuro não fazer contato visual com ela.
-Clarke: Tá querendo fugir de mim também, gatinho?
-Five: Engraçada você né... Eu tô... Tá doendo!
Eu caio para frente, apoiando meu antebraço na cama e escoro a cabeça no braço.
-Clarke: Five, eu posso tentar ajudar...?
Levanto a cabeça olhando pra ela.
-Five: E porque quer me ajudar?
-Clarke: Eu sinto que preciso retribuir o favor... Anda, senta aqui...
Eu já iria sentar na cama quando a chavinha gira dentro da minha cabeça.
-Five: E-espera...
Eu vou mancando até o homem caído no chão.
Com um certo esforço, eu consigo agachar ao lado dele e começo a procurar algum crachá.
-Clarke: Five, o que você tá fazendo!?!
-Five: Calma...
-Five: Achei! - eu pego o crachá e jogo na cama dela.
-Clarke: O que...?
-Five: Olha aí, era óbvio! Espião da comissão, infiltrado no hospital como médico da ala cirúrgica.
-Clarke: .... O dono daqui... E se o dono daqui for de lá!? Ele vai saber que eu tô aqui e-
-Five: Eu vou dar um jeito de saber quem é o dono... Relax- aai - eu começo a gemer e encolher de dor.
-Clarke: Tá bom, agora ANDA LOGO! Deixa eu te ajudar!
-Five: Não... Eu não-
-Clarke: PORRA, A HEATHER TAVA CERTA! VOCÊ NÃO ACEITA SER AJUDADO! SÓ PARA OK!?
Eu fico calado, olhando para ela.
-Five: Eu...
-Clarke: Me deixa ajudar Five! E eu não tô pedindo... Eu tô mandando!
Eu fico a olhando por um tempo, tentando raciocinar tudo aquilo.
Logo eu me aproximo dela e sento na cama, com muito custo...
-Clarke: Isso... Calma.. eita, pronto. Vai, me deixar ver.
Eu desabotoei a camisa para ela.
-Clarke: Não vai me ganhar com seu belo tanquinho, Hargreeves!
-Five: Para de ser idiota - falo rindo de leve.
Ela ri e eu olho para ela.
Sinceramente? Ela não parece ser "uma assassina sanguinária da comissão".
O silêncio volta.
Cooper o quebra instantes depois.
-Clarke: Tá bom... Err... Deixa eu...
Vejo que ela fica em dúvida se encosta na minha barriga ou não.
-Five: Pode encostar, eu não mordo...
Ela me olha.
-Clarke: Você faz pior né...?
-Five: Hurum rs... Mas pode encostar, eu não mordo garotas bonitas... Só as vezes. - eu pisco para ela.
-Clarke: Eu deveria ter entendido o duplo sentindo...?
-Five: Talvez... - eu riu mostrando as covinhas.
-Clarke: Que fofo, o bebê tem covinha!!!
Eu fico sério.
-Five: BEBÊ!? EU NÃO SOU UM BEBÊ E- AAAI!!!!!!
Ela encosta na minha ferida para me fazer calar a boca.
-Clarke: Que bom que entendeu ^^
-Five: I-idiota...
Ela não responde e agora sim, começa a olhar a ferida...
-Clarke: Isso daqui tá horrível... Eu acho que vou precisar...
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Obrigada por ler 🤍
Me perdoem por qualquer erro ortográfico ☂️🤍
Ass.: Nat (AidanLxve)