Ops, Lacei o Amor! • JJK+PJM

By wooyjk

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「 EM ANDAMENTO 」 Após ser despedido do emprego, Kim Namjoon encontra uma maneira de recomeçar, ou melhor dize... More

⚠️AVISOS⚠️
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By wooyjk

Aôbaa!! 🤠

Era pra ter saído ontem, mas eu ando bem azarada. Mas o bem sempre vence no final então tamo aqui de novo!

Antes de prosseguir com sua leitura, peço que deixe a estrelinha aqui já, pra não correr o risco de você esquecer depois, por favorzinho. 💕

Boa leitura, comentem muito porque eu leio tudo e é sempre bom estar por dentro do que vocês estão achando, vius?

#LacemOClementino

― Deixa a vida me levar! Vida leva eu! Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu!

Jimin gostava de pensar que o despertador era para os fracos, quando ele tinha sua avó, que todo dia as 06:00 da manhã acordava todo mundo da casa com uma música diferente. Uma hora samba, outra vez sertanejo e quando não arriscava cantar ópera no idioma que ela inventava.

O mais engraçado, era que a velhinha nem morava ali, e sim na casa ao lado, onde Taehyung morava com a mãe e o irmão. Mas de acordo com ela, o fogão caipira de Rosélia era muito superior ao fogão a gás de Ana Lourdes, por isso gostava de preparar suas refeições na casa de Rosélia.

O moreno abriu os olhos, bocejou e se aconchegou na cama, mas antes que voltasse a dormir, a porta de seu quarto foi aberta e alguém entrou junto com um cheiro suave de perfume.

― Jico, acorda, eu estou saindo para a minha reunião, vai ajudar sua avó a colocar os pacotes de arroz no armário.

― Já vou… ― sentou-se na cama e coçou os olhos para conseguir olhar sua mãe com mais clareza. ― Reunião com rabugenta que acha que é secretária de saúde?

― Isso.

― Lembrou de tomar um calmante antes de sair de casa?

― Aqui ‘pro 'cê ― ela apontou o dedo do meio. ― Mas você acha o quê? Se vierem pra cima de mim e vou pra cima também!

― ‘Tá certo, vai lá.

A mulher deixou um beijo no topo da cabeça do filho antes de sair do quarto apressada e ajeitando o jaleco azul que ela usava.

Rosélia era uma Agente Comunitária de Saúde. Seu trabalho é realizar promoção da saúde, prevenção de doenças, promover visitas às residências de famílias, entre outros pontos com o objetivo de melhorar a saúde da população. Rosélia ama o que faz, ama os pacientes da sua área, pela qual ela é responsável, mas como nem tudo são flores, claro que tem os pontos negativos, isso inclui algumas pessoas de seu trabalho, com as quais ela não se dá bem, resultando em Rosélia mostrando seu temperamento forte e sua pouca paciência.

Jimin se levantou da cama com muito esforço, pegou suas roupas penduradas na porta do armário e seguiu indo para o banheiro fazer suas higienes e trocar suas vestimentas.

Depois de escovar os dentes, lavar o rosto para acordar definitivamente e vestir suas roupas, o moreno saiu do banheiro e retornou para o quarto para calçar suas botas. Assim que passou pelo corredor, olhou para a porta do quarto ao lado do seu. O quarto de Nayeon. A falta que Jimin sentia da irmã era quase palpável de tão intensa, e olhar para as poucas coisas que Nayeon tinha deixado no quarto antigo, fazia Jimin suspirar com saudades diariamente.

Ainda se falavam por telefone, mas Jimin sentia falta de poder ver o sorriso de Nayeon ao vivo, poder tocar violão com ela, do humor único da garota e até das brigas bobas que tinham. Por outro lado, tentava sempre lembrar que ela estava correndo atrás dos próprios sonhos, cursando algo que amava e sendo feliz morando na cidade, então isso bastava para que aquela sensação dolorosa no peito perdesse um pouco a força.

Já devidamente vestido, Jimin adentrou a cozinha, observando sua avó próxima da pia e seu pai sentado à mesa, comendo um pão-de-queijo acompanhado por um copo de café.

― Bom dia, bença pai, bença vó! ― cumprimentou na medida que se aproximava do armário.

― Deus te abençoe. Meu filho, guarda esses pacotes de arroz pra mim aí, hoje acordei com as costelas doendo, parecendo que um caminhão passou em cima de mim. ― a velhinha resmungava enquanto desligava a torneira da pia.

― Depois que você fizer o que sua avó pediu, você e o Teco vão puxar uns sacos de ração. ― o homem disse assim que se levantou e colocou o chapéu na cabeça.

― Sim, senhor.

Não passou nem dez segundos para Taehyung aparecer pela porta dos fundos da cozinha. Tae tinha os olhos inchados por conta do sono, os cabelos desalinhados e o boné preso no cós da calça.

― Taehyung, meu filho, você penteou esse cabelo? Lavou o rosto? Escovou os dentes? ― Ediluzia se aproximou do neto mais novo e passou as mãos geladas e úmidas no rosto do moreno.

― Escovei os dentes e vesti a roupa na força do ódio ― respondeu com um timbre rouco. ― Bença.

― Deus te abençoe, agora sentem para comer antes de irem pegar a ração que o Roberto pediu. ― ela apontou para a mesa e voltou para perto da pia. ― Jimin, não deixe ele sair daqui sem pentear esse cabelo. Tem um cabelo tão bonito, não pode ficar assim não.

― Um dia ou outro não mata ninguém ― Taehyung deu de ombros e serviu um copo de leite para si e outro para Jimin.

― Deixa de ser descanchelado, garoto ― a velha ralhou. ― Como vai arrumar uma namorada assim? Elas não vão querer você.

― Não é pra tanto vó, eu só esqueci hoje na pressa, um dia não vai matar ninguém. E outra, eu não sou descanchelado! E mais outra, eu não quero arrumar uma namorada.

― Quer arrumar alguém sim. ― Jimin alfinetou assim que retornou para mesa com um pote de achocolatado nas mãos.

― Vai dar o cu!

― Vai você.

― Opa, vamos para de falar de cu e começar a tomar esse café logo. Jimin, seu pai está esperando, agiliza. Vocês ainda têm aula hoje, precisam voltar para o almoço e se aprontarem.

― Cara.. café com leite, para com isso ― Taehyung fez uma careta ao ver o primo misturar os dois líquidos no copo.

― Aceita? ― Jimin ofereceu risonho e Tae virou o rosto.

Assim que os dois terminaram de tomar café, saíram de casa para fazer o serviço que Roberto tinha lhes deixado, mas claro, isso só depois que Jimin e Ediluzia pentearam o cabelo de Taehyung.

Agora os dois caminhavam pelo gramado lado a lado, ambos puxando por trás um enorme carrinho de mão na cor amarela. Taehyung girava o pescoço, estalando a região em meio de resmungos. Jimin já estava acostumado com as reclamações do primo pela manhã, que duravam em torno de uma hora até que todo o sono e preguiça saíssem 99% do corpo de Tae.

Havia um lugar amplo atrás do curral, onde os caminhões descarregavam milho, soja misturado com outros elementos que usavam para produzir ração para certos animais da fazenda. O trabalho de Taehyung e Jimin, era colocar todo aquele concentrado em sacos e transportar para o galpão onde produziam o alimento dos animais.

― Puts… lembrei de que não fiz a tarefa de matemática… ― Taehyung recordou-se nem um pouco assustado e pegou uma das pás ali ao lado.

― Eu não vou te emprestar caderno nenhum, avisando desde já. ― Jimin pegou a outra pá para começar a colocar a ração dentro dos sacos.

― Deixa de ser ruim, Jico!

― Teco… você está ciente sobre sua situação, você tem que se esforçar mais, se dedicar mais, procurar fazer pelo menos as tarefas já que não se garante muito nas provas. Você precisa de nota criatura! Essa nota tem que vir de algum lugar. Nota de comportamento você não tem.

― Inimigos pra quê se eu tenho você? ― o mais novo fez uma careta e começou a fazer seu serviço também. ― Eu juro que eu estou tentando…

― Você sabe o que escolhe e o que faz da vida, Teco. Mas espero que sejam escolhas decentes.

― Um dia o pai chega lá, por enquanto, sigo na luta. ― ambos riram. ― Hm, mudando de assunto, o que acha do Jungkook fazendo amizade com a Soraya?

Jimin parou brevemente o que fazia e encarou Taehyung com a sobrancelha franzida, mas logo deu de ombros e voltou e juntar a ração com a pá.

― Eu deveria achar algo? Ele faz amizade com quem ele quiser, o mesmo vale para ela. E outra, eles trocarem algumas palavras não significa que vão ser amigos inseparáveis.

― Eu só estava pensando aqui…

― Lá vem! ― Jimin bateu a pá no chão e apoiou um dos braços sobre a ferramenta. ― Você quer dizer; e se eles se aproximarem, ficarem, namorarem? ‘Tá, e daí?

― Não, não tinha pensado nisso, mas não podemos descartar as possibilidades. Mas voltando, eu estava pensando aqui, e se eles virarem amigos próximos, e ela começar a vir aqui com frequência, você vai ver ela diariamente, sabe…

― Taehyung, eu não tenho nada contra ela, pelo contrário, tenho muito carinho-...

― Carinho até demais…

― Vai se foder, é sério! Eu não tenho nada com isso, eu estou bem! Ela pode ser amiga de quem ela quiser, principalmente do Jungkook, eu não ligo.

― Por que principalmente o Jungkook?

― Porque… ― Jimin deu outra pausa em seu trabalho e inclinou levemente a cabeça para trás ― o Jungkook é alguém incrível, é uma pessoa que a gente gosta de ter por perto, sabe? E a Soraya também é uma garota com quem você pode falar de tudo abertamente, é gente boa. Então não seria surpresa se os dois virassem amigos, seria uma combinação legal.

― Não me leve a mal, Jico, mas todo mundo vê que tem algo de errado entre vocês dois, e quando eu digo “todo mundo” é todo mundo mesmo! Tenho certeza que o Jungkook também já sabe de vocês dois. Você fala que está tudo bem, que sente um carinho enorme por ela, mas também olha pra ela de um jeito tão… eu não sei explicar, e ela te olha do mesmo jeito, existe algo entre vocês dois ainda que… sei lá!

― Não existe, Tae ― afirmou convicto e focado no que fazia. ― Ela terminou comigo já faz um bom tempo e o motivo era por justamente não existir algo entre a gente.

― Você ainda gosta dela.

― Eu não gosto, não desse jeito.

― Seus olhos não mentem.

― Você que não está sabendo interpretar meu olhar então, Teco. ― Jimin ergueu a ração já guardada e colocou no carrinho.

― Então assume que tem algo no olhar?

― Sei lá.

― ‘Cê disse que vocês terminaram de boa, todo mundo fala disso também, mas ninguém entende o porquê vocês ficam assim quando estão próximos.

― Eu não ligo para o que os outros pensam. Mas enfim, se as coisas estão assim, talvez seja porque é pra ser assim. ― sorriu sem mostrar os dentes e colocou o outro saco no carrinho. ― Chega desse assunto, eu vou levar essa ração pro galpão e já volto.

― Beleza… Ah, Jico? ― chamou mais uma vez, recebendo a atenção do primo. ― Não quis ser inconveniente, como normalmente sou, é só que… me preocupo contigo.

― Está tudo bem, Zé. E obrigado pela preocupação, mas eu garanto que vai ficar tudo bem. ― sorriu.

Jimin saiu dali com o carrinho carregado de ração, imerso aos pensamentos que Taehyung tinha lhe provocado. Tocar no assunto Soraya sempre lhe deixava meio aéreo, e a verdade, era que ele mesmo não tinha respostas para as perguntas de Tae, ele mesmo não sabia o que sentia em relação a toda aquela situação com a sua ex. Era verdade que ainda mantinha um certo carinho pela garota, já que a citada em questão foi alguém com uma importância enorme e teve um impacto forte em sua vida, mas ele não sabia se as sensações que sentia eram as mesmas sensações de tempos atrás.

O caminho até o galpão foi baseado em pensamentos conturbados, tanto que Jimin quase cometeu um deslize enquanto descia os sacos de ração do carrinho. Na trajetória de volta, o moreno foi tirado de seus devaneios quando escutou uma voz familiar.

― Dá a patinha… Isso! Que menino bonito!

Era Jungkook brincando com o cachorro.

Jimin riu da expressão assustada de Jungkook, assim que o cachorro ficou em pé e apoiou as duas patas da frente no peitoral do avermelhado. O moreno iria seguir seu caminho, se sua presença não tivesse sido notada, mas felizmente, ou não, ela foi.

― Jico?

O moreno largou o carrinho e virou para trás, notando o avermelhado se aproximar ao lado de Faraó.

― Bom dia! ― Jungkook cumprimentou bem humorado.

― Bom dia, Goo, dormiu bem?

― Bem sim, e você?

― Também ― sorriu e olhou para o cachorro ali ao lado. ― Acordou cedo para brincar com o Faraó?

― Oh, não, não! ― riu. ― Tava tomando vitamina D e ele apareceu para me fazer companhia. Acabei descobrindo que ele sabe dar a patinha, não é fofo? Eu sei que chamar um cachorro desse porte de fofo é meio nhem, mas é fofo! E outra, Faraó é o verdadeiro significado de que atrás de uma carinha carrancuda pode existir alguém bem doce. Olha só como ele sorri! ― apontou para o cachorro e Jimin riu.

― Eu já disse que amo sua personalidade, Goo?

― Já, e eu fico sem graça em todas as vezes que diz isso ― admitiu com um riso. ― Mas enfim, o que estava fazendo?

― Carregando a ração que foi despejada ali atrás, antes que chova ou que algum animal faça bagunça com ela. E quando eu digo isso, me refiro ao bode terrorista.

― Entendi ― Jungkook deu uma leve pausa e encarou Jimin. ― Desculpa, estou te atrasando aqui? Pode ir, eu falo demais.

― Não, não! Relaxa, se quiser pode vir junto, o Teco está lá também.

― Posso mesmo? ― perguntou incerto e Jimin afirmou. ― Tudo bem, mas só vou pra cumprimentar o Teco e ficar só um pouquinho, eu preciso voltar porque tenho treino com meu pai.

― Treino? ― o moreno perguntou assim que voltou a andar, puxando o carrinho.

― Esse corpinho não veio de graça não, Jico, eu preciso manter ele, né ― ambos riram.

― Animado para seu segundo dia na escola?

― Hoje já estou normal, já me sinto familiarizado com tudo, com a fazenda, a casa, o ambiente escolar… é muito bom, sabe? Eu achei que iria demorar mais para me acostumar, mas como alguém diz por aí; quando é pra ser, é!

― 'Cê chegou no momento certo, sabia?

― Cheguei? Por quê?

― Estamos começando a decidir como vai ser nosso uniforme de formando, sobre as viagens, nossa formatura, entre outros.

― Uniforme de formando? Tem outro uniforme?

― Bom, os terceiros anos sempre fazem uniforme, na verdade muitos esperam por isso desde que entraram no ensino médio, o Hoseok principalmente, ele fala sobre isso desde o ensino fundamental. Por isso acho que vai dar briga, porque ele não vai aceitar qualquer coisa.

― Na minha antiga escola não tinha isso. Tinha algumas viagens, mas nada muito grandioso.

― Jura? Bom, mas agora na sua nova escola tem, então vai se acostumando. Sabe de uma coisa? 'Cê deveria bater o pé junto com o Hoseok sobre os uniformes e não aceitar que alguns da sala coloque aquelas frases ridículas ou cores bregas. Dá pra ver que 'cê entende dessas coisas e tem bom gosto.

Jungkook sorriu largo e desviou os olhos para seus pés.

― Como são as frases que eles colocam nos uniformes? ― perguntou curioso.

― Os do ano passado colocaram “só sei que nada sei, nem sei como passei”.

― Ah… é… diferente, né? ― soltou um riso frouxo.

― Que fofo, até não gostando de algo você consegue ser fofo ― ambos riram. ― Ou seja, nada de frases, Hoseok está lutando por isso. Alguns colocam números nos uniformes também, mas eu acho que fica parecendo camisa de time. Coloquem os nomes mas não coloquem números.

― Você também parece bem exigente, Jico, por que não bate o pé também?

― Que nada, eu reclamo, mas vou usar o que eles decidirem.

― Até com uma frase brega?

― Não fode, tudo tem limite! Juro que se vierem com frase brega 'pro meu lado, eu surto.

O som contagiante da risada de Jungkook atingiu os ouvidos de Jimin, este que passou a analisar o avermelhado rindo ali ao seu lado. Era tão satisfatório ver alguém rindo tão verdadeiramente, ainda mais com um sorriso tão radiante.

― Depois eu quero perguntar para o Hoseok sobre os planos dele, fiquei interessado ― disse após se recuperar das gargalhadas.

― Faça isso, acho que o nosso uniforme vai ficar lindo nas mãos de vocês dois, e outra, muito superior ao do outro terceiro.

― Não gosta do outro terceiro?

― Não é que eu não goste, eu só… ah, não gosto mesmo não, mas prefiro guardar tudo pra mim, então não espalhe isso, ok?

― Pode deixar ― riu nasal.

Quando os dois retornaram para o local onde estava a ração, notaram a maioria dos sacos de ração cheios e em enfileirados em pé. Taehyung saiu de trás do monte de ração que ainda tinha ali e sorriu ao ver o avermelhado se aproximando ao lado de Jimin.

― Goo! Bom dia! Veio nos agraciar com sua beleza logo cedo, que honra! ― Taehyung proferiu alegre.

O avermelhado abriu a boca, procurou uma resposta por longos segundos e quando não encontrou, sorriu abertamente com as bochechas rosadas.

― Teco, ‘tá bem? ― perguntou no fim.

― Bem, graças a Deus, uai. Te daria um abraço, mas já estou sujo de pó.

― Que isso, Taehyung? Tirou toda essa intimidade de onde, homem? ― Jimin riu e acertou o primo com uma cutucada na costela, fazendo Taehyung dar um sobressalto.

Ignorando a última fala de Jimin, Jungkook se aproximou de Taehyung e abriu os braços um pouco sem jeito e o moreno não tardou em abraçar o avermelhado, apertando o corpo do mais novo, o movendo de um lado para o outro.

― Gosto de abraços ― Jungkook comentou assim que se afastou.

― Até de abraços cheios de poeira de ração? ― Jimin perguntou risonho, observando Jungkook apenas dar leves batidinhas no moletom que usava.

― Com certeza, esse entra para a lista de abraços mais sinceros que recebi.

Taehyung sorriu convencido e apontou a língua para Jimin.

― Teco consegue ser alguém bem chiclete, se acostume ― o moreno mais baixo informou antes de voltar ao serviço.

― E o Jico costuma ser alguém bem estraga prazeres, se acostume ― Taehyung rebateu.

― Não parece, acho que o Jico é igual ao Faraó.

― Um cachorro?

Jungkook riu alto e Jimin apontou o dedo do meio para o primo.

― Não, ele pode tentar manter esse jeito mais bravo ou durão, mas, no fim das contas, tem um coração mais mole que gelatina.

― É verdade! ― Taehyung concordou.

― Você está destruindo a minha imagem de garoto mau, cherry, que coisa feia ― Jimin brincou.

Os olhos curiosos de Jungkook correram pela quantidade de ração guardada nos sacos. Era muita coisa para uma pessoa ter feito sozinha em tão pouco tempo.

― Fez tudo sozinho, Teco? ― apontou para os sacos.

― Uhum! ― afirmou e deu de ombros.

― Rápido… ― comentou surpreso.

― O Teco consegue se destacar em alguns serviços, eu não consigo acompanhar, principalmente quando é envolvendo peso. ― Jimin explicou.

― Por quê? ― Jungkook perguntou.

Não fazia sentido na cabeça do avermelhado. Tanto Taehyung como Jimin, tinham a estrutura física parecida, mesmo que Jimin fosse um pouco mais baixo, mas essa questão não influenciava em muita coisa. Então por quê?

― Jico já quebrou um dos braços, ou seja, um tem menos força do que o outro. ― respondeu Taehyung.

― Caí de uma árvore quando era mais novo, foi feio. ― relatou com uma careta.

― Ah, entendi.

O assunto logo mudou para o uniforme da sala novamente, o que rendeu boas risadas de Jungkook e Jimin com os comentários e opiniões de Taehyung. Aquilo durou apenas por poucos minutos, já que os dois primos terminaram de guardar toda a ração em sacos e tinham que transportar aquilo para o galpão. Jungkook se despediu e saiu dali com Faraó, alegando que seu pai já estava lhe esperando

― 'Cê é muito soltinho, indo pra cima do menino. Achei que seu foco fosse outro ― Jimin andava ao lado de Taehyung, ambos empurrando os carrinhos com os últimos sacos de ração.

― ‘Cê sabe que eu sou grudento. E se eu sou amigo dele, ele vai ter que aguentar, e outra, meu foco ainda é outro ― rebateu risonho. ― Deixa de ser ciumento.

― Ih… ala, deixa de nóia rapaz.

― Uai, se ‘cê 'tá tão incomodado, o que quer que eu pense?

― Você de manhã fala muito asneira, vamos descarregar essa última remessa que ainda dá tempo de colocar a comida dos cavalos, anda! ― apressou os passos, saindo na frente do primo.

― Ou, me espera!

A primeira tarefa do dia tinha levado quase todo o pouco tempo dos dois primos, porém eles conseguiram guardar toda a ração, o que já deixaria Roberto feliz e aliviado. O horário passava rápido, então tinham pouco tempo para concluir as duas últimas tarefas daquela manhã.

― Cinza ou verde? ― Taehyung perguntou enquanto levava um balde de ração para as últimas baias no estábulo.

― Verde, é mais alegre.

― Verde água, eu quis dizer.

― Verde, ele ainda é mais alegre, sei lá. Por quê? Pintura nova? ― Jimin acariciava a face de Rocambole e tirava alguns ciscos da crina do animal.

― Sim e a pintura não é tão alegre assim não.

― Uai, ‘tá triste, Teco? ― encarou o outro com preocupação.

Taehyung deu de ombros e despejou a ração do balde no cocho de um dos cavalos, assistindo o animal começar a comer com calma.

― Desesperançoso, eu diria.

― Ah… ― suspirou. ― Sinceramente, Teco, acho que você não deveria ficar assim sem nem ao menos ter tentado algo, tipo, sei lá, chegar nele? 'Cê tá tirando conclusões precipitadas.

― Yoongi ou é hétero ou não liga para essas coisas, nunca vimos ele com ninguém. Mas entre as duas opções, eu acredito mais na primeira. Imagina que vergonha? Eu não sei se aguentaria o vexame de levar um fora e ainda escutar dele: desculpa, mas eu não curto isso, cara.

― Se caso você falasse com ele, e levasse um fora, pelo menos você teria tentado, mas não, fica sofrendo sem ao menos ter falado com ele. E outra, se está tão desesperançoso assim, por que não segue em frente?

― Porque eu só tenho olhos para aquele Simon. Inferno, queria eu que só fosse uma atração de momento ou um simples crush. Aí, Jico, sinceramente, eu queria ser aqueles caras que saía pegando geral sem envolver o coração nos rolos, seria mais simples.

Taehyung gostava de fazer a comparação entre Yoongi e o Simon do “Alvin e os Esquilos”. O garoto de cabelos castanhos usava óculos e moletons com frequência, aos olhos de Taehyung, ele parecia o Simon, era fofo.

― Normalmente, pessoas assim são irresponsáveis e terminam sendo papais, Teco.

― As chances disso acontecer comigo são poucas.

― Se são poucas, quer dizer que ainda existe uma porcentagem, então correria o risco de pegar, sei lá, alguma doença?

― Eu iria me cuidar e usar camisinha, para de cortar o barato do Taehyung pegador!

― Sonhou muito.

― Sonhei mesmo ― choramingou.

― Aí, Teco, você tem sorte que eu te amo demais e que entendo parcialmente sua dor, do contrário, eu já teria mandado você ir se foder por reclamar tanto de um fora inexistente.

― Ele só é inexistente porque eu não fui buscar ele ainda.

― Ah, vai se foder. Você é muito negativo, a negatividade em pessoa, o clima até pesa, ‘cê ‘loco. Chega de ladainha, vamos ajudar meu pai a carregar os baldes de leite. ― Jimin se afastou, deixando um último carinho em Rocambole.

― 'Cê não tem moral para me julgar, Jico, eu escutei por muito tempo suas lamúrias após seu término, e vou dizer; 'cê era insuportável. ― expressou sincero e saiu do estábulo ao lado do mais velho.

― Mas eu superei já, você é insuportável assim desde o sétimo ano.

― Você me acha insuportável? ― encarou o outro com falsa tristeza.

― Acho demais ― riu e passou um dos braços para o pescoço de Taehyung, o puxando para mais perto.

Quando o relógio apontou exatamente nove e meia, Taehyung e Jimin voltaram correndo para suas casas, para tomarem banho e começarem a se arrumarem para a escola.

Jimin chegou na área dos fundos de sua casa, notando sua avó próxima do fogão caipira que ficava ali de fora. Ediluzia se concentrava em tirar os bolinhos fritos do óleo quente enquanto murmurava mais uma de suas músicas.

― Voltei, vó ― avisou antes de tirar as botas para deixá-las lado de fora e entrar para dentro de casa.

― Oh, Jico, que bom! Vai tomar banho, deixei sua roupa arrumadinha em cima da sua cama, não amarrota ela!

― Muito obrigado! ― gritou para que a mais velha pudesse escutar e entrou no banheiro.

Jimin calçou seus chinelos, pegou a toalha e entrou no banheiro. Metade do tempo que tinha para estar pronto para ir pra escola ia só banho, pois o moreno era vaidoso, cuidava bem de sua pele e de seus cabelos. Os produtos que tinha, eram todos que ele havia pegado de sua irmã antes dela ir.

Quando terminou o banho, secou o cabelo com o secador até estar satisfeito com o resultado. Assim que voltou para o quarto, vestiu suas roupas, calçou um par de botas que ele usava normalmente para sair ou ir pra escola. Por último, ajeitou novamente seus fios e passou um de seus perfumes.

― Ai que menino cheiroso! ― Ediluzia discorreu sorridente, se aproximou do neto e apertou as bochechas fartas do moreno lhe dando um beijo na testa.

― Vó… vai bagunçar meu cabelo, poxa! ― riu e sentou-se na mesa que ficava ali na área, para poder comer.

― Engraçado que ele não falou isso quando alguém na escola estava mexendo no cabelo dele. Pelo contrário, ele não fez nadinha! ― a voz de Taehyung ecoou na área assim que o garoto apareceu, já devidamente pronto também.

Taehyung não saía de seu estilo. Usava o uniforme, uma calça jeans, botas e um dos seus amados bonés virados para trás. 

O moreno jogou a mochila em cima do pilar de concreto e sentou-se ao lado de Jimin.

― É mesmo? ― a velha sorriu interessada no assunto. ― Quem é a menina, Jico? Não me diga que você e a Soraya voltaram!

Ediluzia amava Soraya, e com certeza foi uma das pessoas que mais sentiu quando o casal terminou.

― Não voltamos, vó, e o Taehyung está inventando coisa.

― Que nada, era o Jungkook.

― Jungkook? O filho do Namjoon?

― Isso mesmo. ― Taehyung afirmou.

― Quero conhecer o menino, Jico e Ana Lourdes estão enchendo esse menino de elogios, eu fico curiosa ― ela se aproximou da mesa e colocou a última panela ali no centro. ― Tragam ele qualquer dia desses para vir almoçar aqui com a gente ou tomar um café. Ele é amigo de vocês, não é?

 ― Já somos besties, vó ― o garoto de boné respondeu enquanto se servia com várias colheres de arroz.

― Bestas? ― ela perguntou confusa.

― Besties, vó! Melhores amigos. ― Tae explicou risonho.

― Eu lá ia saber que bestas agora significava melhores amigos? ― ela entrou para dentro de casa para lavar algumas vasilhas na pia. ― Mas tragam ele aqui, quero conhecer o tão famoso Jungkook.

― Vamos fazer o convite. ― Jimin assegurou.

― Eu vou pegar um suquinho ― Taehyung levantou-se e correu para dentro da casa, atrás de uma jarra de suco na geladeira.

Após um almoço proveitoso e baseado em várias risadas por parte de Taehyung, os dois primos esperaram um período de poucos minutos para escovarem os dentes, seguindo as orientações que Ana Lourdes viu na internet, porque de acordo com ela, seria bom evitar possíveis problemas dentários. Com isso feito, Taehyung e Jimin saíram de casa, indo em direção a mansão dos Kim, na intenção de encontrar Jungkook e Seungmin. 

E por incrível que pareça, apenas Jungkook estava na calçada da mansão, mexendo no celular. Provavelmente esperando por Seungmin.

Jimin não deixou de soltar um riso ao reparar as expressões confusas e às vezes surpresas que Jungkook esboçava enquanto olhava algo no celular. O moreno também reparou no visual do dia de Jungkook: uma blusa preta estampada com alguns desenhos brancos, a calça cheia de bolsos e os tênis, que diferente do dia anterior, agora era um par de Vans.

― Oie de novo! ― Taehyung disse, atraindo a atenção do avermelhado.

― Oie, meninos! ― sorriu bem humorado, como sempre.

― O que tanto você vê no celular pra ficar com esses olhos arregalados assim? ― Jimin perguntou.

― Ah, vendo uns vídeos no tik tok, aí de vez em quando aparece aqueles fatos curiosos, tipo, vocês sabiam que as vacas não descem escadas? Quer dizer, se você forçar elas, elas vão descer, mas elas sozinhas não, por causa do peso e da estrutura óssea.

― Vamos fazer o teste com a Tamires.

― Quem é Tamires? ― Jungkook perguntou para Taehyung.

― Uma vaca teimosa que fica ‘pros pastos de lá. ― o garoto de boné explicou.

― Por que o nome dela é Tamires?

― Nos inspiramos na nossa professora do oitavo ano, o nome dela era Tamires e ela era uma chata. ― Jimin foi quem explicou.

― Ah… ― Jungkook murmurou pensativo.

― E onde a gente iria arrumar uma escada pra Tamires descer? ― Jimin olhou novamente para Taehyung.

― A escada da mansão. É grande, daria certo para o teste.

― Tadinha, a Tamires é teimosa mas não merece tamanho sufoco ― Jimin riu. ― Ah, onde está o Seungmin, Goo?

― Estou esperando ele, o bonito acordou bem cedo para terminar um trabalho de química e só foi concluir agorinha, agora está feito um doido para conseguir se arrumar.

― Ah, eu não disse ainda, mas você está gatinho. ― Taehyung elogiou o avermelhado e assobiou.

― Para, Taehyung ― Jungkook pediu em meio de uma risada tímida. ― Mas obrigado, não parece, mas minha autoestima agradece muitão.

― Você tem problemas com autoestima, Goo?

Quem perguntou foi Jimin, um pouco confuso, afinal, achava o mais novo muito bonito, tanto que, em seu ponto de vista, seria quase impossível o próprio Jungkook duvidar da própria beleza.

― Não é sempre que a gente acorda se sentindo bem com a própria aparência, mas posso dizer que minha autoestima é boa.

― Me manda uma mensagem quando não estiver se sentindo bonito o suficiente, eu te mando um áudio para te lembrar que você é o ser humano mais lindo que já pisou nesta terra! ― Taehyung ratificou sorridente.

― Teco é narcisista.

― Teu cu, Jico! Eu só reconheço a enorme beleza que carrego e não preciso ser um pau no cu pra reconhecer isso. Não faz bem ficar se diminuindo, sabe?

― Você está certo, e pode deixar, vou mandar mensagem sim, mas você precisa me passar seu número ― Jungkook disse risonho e Taehyung tirou rapidamente o celular do bolso e entregou para o avermelhado.

― Viu, Jico? Ele sabe valoriza meus elogios anti-baixa autoestima, ‘cê deveria me valorizar mais nesta questão. ― resmungou.

― Eu também quero seu número, cherry… ― o mais baixo emitiu de maneira grave, analisando Jungkook devolver o celular de Taehyung.

― Claro, mas já aviso que sou muito repentino com minhas mensagens e elas normalmente têm pouca lógica. ― Jungkook expressou divertido.

― Não é problema, é uma característica sua que eu já estou me acostumando. ― Jimin assegurou com uma piscadela.

Piscadelas definitivamente pareciam ser uma mania de Jimin, mania esta que sempre conseguia deixar Jungkook desconcertado, mas não de maneira negativa.

Jimin e Taehyung salvaram o número de Jungkook, enquanto discutiam algo fútil entre si. Seungmin saiu da mansão segundos depois, carregando uma expressão cansada e um pouco mau humorada.

― Vamos indo. ― o mais novo proferiu seco e saiu na frente.

― E o seu irmão, Teco? Não vai hoje? ― Jungkook perguntou ao dar falta de Yeonjun.

― Aquele lá passa de ano por um milagre, ele mais falta do que vai, hoje mesmo a desculpa da vez, foi que ele não terminou uma pesquisa que era pra hoje.

― E sua mãe deixa ele faltar de boa?

― Ela até briga com ele, mas também avisa que ele tem que ter responsabilidade das decisões que toma. Ela disse: você falta, pega as atividades depois se você quiser, mas se no final do ano você reprovar, a gente conversa. ― Tae explicou. ― Fora que quando ele falta, ela coloca ele pra estudar também, pra ele não passar o dia à toa.

― Entendi.

O ônibus chegou mais cedo do que no dia anterior, o que de certa forma foi bom para Seungmin, que só faltava explodir de tanto mau humor, e a ideia de chegar cedo na escola já lhe trazia um pouco mais de calma. Jungkook tentou conversar com Seungmin, mas o último citado deu respostas vagas e apenas disse que nada estava dando certo, com isso, o avermelhado não insistiu mais.

― Cara, nem parece que o Seungmin é seu…. tio?! ― Jimin comentou surpreso com a própria fala, após se sentar ao lado de Jungkook nos assentos do ônibus.

― É um pouco estranho, talvez pelo fato dele ser mais novo. Acho que estamos mais para primos. ― devolveu pensativo.

― Ah, você mostrou a foto que a gente tirou, para seus amigos? ― Jimin perguntou repentinamente, como quem não queria nada.

― Sim, mostrei e reforcei que você era o cara que me confundiu com um bode ― os dois riram. ― E o Jisung disse que você é gatinho, o Hyunjin falou que você tem cara de hétero top e o Felix disse que você tem bochechas fofas.

Era muita informação de uma vez só. Jimin precisou piscar algumas vezes e de alguns segundos para processar a explanação que Jungkook fez dos amigos.

― Agradeço pelos elogios, e diga ao seu amigo que me chamou de hétero top, que vejo isso como um ataque! ― expressou brincalhão.

― Você não se considera hétero top, então? ― riu.

― Claro que não! Você viu o Higor da nossa sala? Ele é um hétero top completo e babaca: tem pensamentos machistas, a boca parece mais um cu porque só sai bosta, fora que ele fica fazendo piadinhas sem graça com o Hoseok e a Soraya….

― Que tipo de piadinhas? ― Jungkook perguntou sério.

― Ela fica fazendo piadinhas com o jeito que o Hoseok se veste, sobre a maquiagem, sabe? Em relação a Soso… um dia ela foi com o cabelo bem volumoso, ela estava a coisa mais linda do mundo, mas claro, o palhaço lá fez comentários desnecessários sobre, sabe?

― Ele não foi punido? A Soraya fez algo em relação a isso?

― Ela soube, mas não fez nada, de acordo com ela, fazer reclamações não iria adiantar nada, porque no máximo ele levaria ou bronca ou advertência, mas não deixaria de ser um otário. Então ela só ignorou e disse que a opinião de bosta dele não iria fazer ela ficar menos gostosa. ― um riso escapou dos lábios fartos.

― Ele tinha que ser castigado, Jico, não foi certo, racismo é crime!

― Sim, Goo, ele merecia ser castigado ― concordou com um sorrisinho sem força. ― A Soraya disse que não foi a primeira vez que ela passou por algo do tipo, e quando se queixou sobre isso anos atrás, a pessoa não foi punida como deveria, então quando aconteceu com o Higor, ela simplesmente não quis passar pela mesma situação.

― E o Hoseok, como ele lida com isso?

― Ele diz que não vale a pena bater boca com gente de cérebro pequeno.

― Isso é tão injusto… ― Jungkook sussurrou frustrado.

― Realmente, mas o que é dele ainda está guardado, é como dizem: Tudo que se planta, colhe! Então acredito que ele vai se foder muito nesta vida ainda.

Jungkook não disse mais nada, apenas virou o rosto para a janela. Ele ficou o resto do caminho imerso em seus pensamentos e Jimin não quis atrapalhar.

Quando chegaram na escola, Taehyung passou rápido próximo de Jimin e Jungkook, alegando novamente que iria resolver algo na sala de música.

― O que ele tanto faz na sala de música mesmo? ― Jungkook perguntou, observando Tae sumir em um dos corredores.

― Ele gosta de ver alguns alunos tocarem os instrumentos de lá ― o moreno respondeu simples. ― Eu vou deixar a mochila lá sala e ir lá na quadra atrás do San e o do Woo, você vem?

― Eu já vou indo, pode ir na frente, pretendo ver o Hoseok antes.

Jimin afirmou e saiu dali com pressa.

Jungkook ainda estava meio aéreo com algumas suspeitas que vinham em sua mente, mas todas pareciam um pouco precipitadas ou impossíveis. Uma das coisas que o avermelhado odiava em si mesmo, era quando colocava algo na cabeça e dificilmente conseguia tirar.

Ele se assustou quando sentiu seu corpo ser envolvido em um abraço por trás, e ao virar um pouco o rosto, notou Hoseok com um sorriso bonito.

― Oieoie, Goo! O que faz aqui parado? Não vai pra sala?

― Já estava indo, só parei para pensar um pouco.

― Vamos então. Ah, o que você achou desse estilo de delineado? Estou testando técnicas novas, foi a primeira vez que fiz esse, o que achou? ― apontou para os risquinhos delicados em vermelho em torno de seus olhos.

― Estão lindos e fofos, combinou muito com você.

― Ai que bom! Achei que estava muito exagerado, se bem que… eu não costumo ser muito simples normalmente, né? ― os dois riram. ― Vamos deixar a mochila na sala e ir na biblioteca comigo? Quero devolver um livro.

― Pode ser ― os dois começaram a andar lado a lado pelo corredor até Jungkook raspar a garganta e dizer: ― Posso perguntar uma coisa?

― Uma, duas, três, quantas você quiser, vida. ― sorriu.

― Quem fica na sala de música agora, nesse exato momento?

― O Yoongi, você viu que ele gosta de tocar piano lá, né? Então.

― Mas é sempre só ele mesmo?

― Sim, ele é o único que tem algum interesse naqueles instrumentos fora de eventos da escola.

― E é só ele na sala? Ninguém fica assistindo ele?

― Dificilmente, porque o Yoon é mais na dele, né? Você viu que ele saiu às pressas quando a gente entrou lá. Então acho que ele não curte plateia muito não.

― Verdade… mas ele é assim com todo mundo? Não fala com ninguém?

― Fala comigo às vezes porque eu insisto muito e ele é legal, garanto! ― riu nasal e entrou na sala com Jungkook.

― E com o Taehyung? ― perguntou curioso e colocou sua mochila em sua cadeira.

― Vida… a última vez que vi esses dois conversando, foi quando a professora colocou eles para fazerem um trabalho juntos ano passado, e se eles se falaram depois, eu não vi e nem fiquei sabendo. ― explicou pensativo, indo em direção a porta novamente.

― Trabalho de quê?

― Por que esse tanto de perguntas? ― Hoseok acabou rindo com curiosidade em excesso do outro.

― Não é nada demais, eu só estou ligando alguns pontos. ― sorriu fraco.

― Ah… ― cerrou os olhos para o avermelhado, mas sorriu no fim. ― Se me lembro bem, foi um trabalho de biologia.

― Biologia…? ― Jungkook parou de andar e encarou o nada, boquiaberto. ― Ai meu Deus.

― O quê? É alguma fofoca?! ― Hoseok perguntou interessado.

― Ah, não, não! É só eu criando umas fics doidas na minha cabeça ― riu nasal e voltou a andar. ― Vamos à biblioteca devolver seu livro, chega de perguntas!

Jungkook cogitava estar muito doido, mas também tinha quase a certeza que a pessoa que Taehyung gostava era Yoongi. Aquilo era uma informação e tanto, fora que parecia se encaixar bem nos detalhes que havia reparado em toda a história de Taehyung. Fazia sentido, mas Jungkook não iria se precipitar muito.

🍒🐐🍒🐐🍒🐐🍒
#LacemOClementino

😈🥂

Nhai? Lembrando que qualquer erro ou troca de palavras podem me corrigir se necessário ou fazer críticas construtivas. Eu não sou perfeita e na hora de revisar sempre passa uma coisa ou outra.

Usem a hashtag da fic no twitter, ela tá pegando teia de aranha lá, coitada. E antes que eu esqueça a tag é "lacem", não "lançem". Não é pra ninguém lançar o bode plmds, só laçar está bom KKKKKKKKK às vezes até eu erro, mas é isso ai.

Ah, quero ressaltar algo: o Jungkook é um garoto tímido, ele não sabe reagir a elogios, sente vergonha muito fácil, esse é ele, é uma característica dele! Não é que ele esteja forçando algo assim, nãoo!! Ele é assim mesmo, se eu ver alguém pegando no pé do meu filho por causa disso, eu vou mandar o Clementino ir dar uma chifrada no indivíduo!👺

Hoje não tem desenhos porque os que eu tenho guardado aqui contém spoiler, então não posso postar agora. 🗣

É isso, até a próxima atualização! Beijinhos. 💋

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