Minhas memórias de você

By BegoniaInfestante

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[CONCLUÍDA] É o oitavo ano em Hogwarts e Draco Malfoy sofre um infeliz incidente que o faz esquecer important... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 - Epílogo

Capítulo 11

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By BegoniaInfestante

Draco havia conseguido um lembrol para Greg, um onióculo para Blaise, tinta invisível para Theo e uma caixa de música que tocava sempre a música que a pessoa mais desejava ouvir para Astória, mas não conseguia se decidir sobre o que dar a Harry.

Harry estava se ocupando com alguns globos de neve encantados numa das ilhas da loja, mas Draco não achava que aqueles seriam o presente ideal. Ele andou por uma prateleira com livros, arrastou sua mão ao longo de um dos balcões e girou suavemente um pequeno carrossel de madeira sobre ele. Quando ele baixou a mão, seus dedos roçaram uma peça fria de metal e ele o alcançou com cautela.

Tratava-se de um cone do tamanho de um cannoli, com detalhes delicados e intrincados desenhados no metal. O tipo de peça que só um artesão talentoso poderia esculpir. Era quase pesado, mas ainda leve em sua mão, Draco olhou com atenção para entender do que se tratava. Era como uma luneta, mas não parecia ampliar a visão, na verdade, Draco só podia ver escuridão pela pequena entrada. Ele levou o objeto ao balcão para questionar o senhor magro e enrugado atrás dele.

- Desculpe-me. - Ele interrompeu o que quer que o velho estivesse fazendo com uma caixa de brinquedo. - Pode me dizer o que é isto? - Ele estendeu o objeto em sua mão.

- Oh! Isso. - O velho clicou os lábios. - É um caleidoscópio. - Ele tomou a peça das mãos de Draco e removeu a tampa da lente na parte mais larga, que ficava presa por uma pequena dobradiça. - Você deve apontar para a luz para ver. - Ele entregou de volta.

Draco virou-se para as janelas na entrada da loja e levou o objeto novamente ao olho. Uma imagem logo se formou, de uma enfeitada mandala, colorida em verdes brilhantes e azuis profundos. Verdadeiramente bonita.

- Gire o eixo da ponta para ver funcionando. - O velho instruiu e Draco afastou o caleidoscópio do olho para encontrar a peça giratória. Quando ele reposicionou o objeto, ele tinha a peça na ponta dos dedos, e ao girá-la a imagem mudou. A linda mandala azul e verde se tornou dourada, e então rosa e escarlate, brilhando nas mais variadas e belas formas.

- Que tipo de magia é essa? - Ele se animou ao baixar a peça.

- Hm. Não é magia, é apenas um artefato trouxa que encontrei em minhas viagens. - O velho fungou desinteressado.

- Os trouxas fizeram isso? - Draco sabia que devia soar mais surpreso do que deveria estar. Este objeto dificilmente era mais complicado que um celular moderno, mas ainda parecia infinitamente mais encantador. - Para que serve? - Ele girou o objeto nos dedos.

- Para o que isso poderia servir? - O velho resmungou, já sem humor para as perguntas de Draco. - É apenas bonito. Já está na prateleira há muito tempo, uma pena, mas ninguém quer levá-lo quando ouve que é arte trouxa.

Draco não conseguiu entender em seu coração. Mas talvez um objeto sem função, criado por algum trouxa fosse um pouco demais para que um bruxo decidisse que valia parte de seus galeões. Draco o colocou no balcão junto com os outros presentes que pegou para seus amigos.

- Vou levar estes, senhor. - Ele anunciou com confiança. O velho bufou e deu uma risadinha silenciosa, como se Draco tivesse sido derrotado em um jogo que sequer sabia que estava jogando. Não importava, Draco estava feliz com sua escolha. Ele pagou o valor obsceno dos ítens sem reclamar, pois jamais veriam o dia em que Draco Malfoy pechincharia por um desconto e também para não chamar a atenção de Harry no fundo da loja. Ele guardou os ítens junto com seu dinheiro, a bolsa com extensão podia lidar com estes objetos pequenos.

- Já terminou? - Harry perguntou atrás dele e Draco quase saiu de sua pele de susto, mas ficou feliz por não demonstrar.

- Eu... Sim. - Ele pronunciou se acalmando.

- Encontrei este. Veja só. - Harry mostrou o globo de neve, um tanto grande, com uma versão em miniatura de Hogwarts em seu interior. Ao agitá-lo, a neve começou a se espalhar. O globo se tornou um tanto mais escuro, mas pequenas luzes calorosas surgiram nas janelas do castelo e parecia que o globo estava cheio de vida, mesmo o soprar do vento era percebido na mini floresta no interior e no que deveria ser a superfície do lago negro. - Ele volta ao normal se agitamos de novo. - Harry demonstrou ao fazer exatamente isso.

- Você vai levá-lo? - Draco questionou tocando os detalhes na base do globo.

- Mn. Eu acho que poderia dar algo diferente de penas e livros para Hermione neste Natal. - Harry sugou o ar entre os dentes como uma medida de culpa e ansiedade.

Draco achou que era uma boa ideia. A garota parecia do tipo que apreciaria e cuidaria do presente, não só abandonando-o numa caixa no canto.

Harry agradeceu ao velho senhor atrás do balcão com um sorriso após pagar seu próprio ítem um tanto inflacionado pela época do Natal e eles se dirigiram de volta à porta.

Os casacos haviam se tornado úmidos e frios ao toque e Harry estremeceu quando vestiu o seu e Draco clicou a língua.

- Venha deixe-me resolver isso. - Eles deram apenas alguns passos para fora da loja e pararam na rua, agora menos movimentada, à frente.

Harry ainda estava com o casaco aberto e carregava seu cachecol e gorro na mão quando Draco se afastou três ou quatro passos dele e se virou com determinação.

- Quenteralopus. - Draco pronunciou e de sua varinha veio um vento persistente e quente como o bafo de um dragão.

Harry apenas pôde colocar as mãos à frente do rosto e corpo com pouca eficiência enquanto era soprado como as folhas no jardim de seus tios.

- É o bastante... - Harry falou bem alto, mas foi apenas suficiente para ser ouvido perifericamente. Draco parou e olhou para sua figura desgrenhada. Cabelos em todas as direções.

- O que disse? - Ele levou a mão ao queixo. - Mais um pouco?

- Não. Eu disse que era...

- Quenteralopus! - Harry estava sendo soprado novamente antes que pudesse reagir e teve de se segurar aos seus óculos e cachecol como se por sua própria vida. - Bem, bem... Agora você parece bastante seco.

Harry estava atônito. Seus cabelos haviam voado tanto para trás que estavam presos na posição e ele devia se parecer com um gato desgrenhado. Ele resistiu à vontade de sorrir. Draco não lhe daria descanso se ele parecesse aprovar este tipo de brincadeira.

- O quê? Você está seco e aquecido. De nada. - Draco deu de ombros com um sorriso convencido no canto dos lábios.

- Certo. - Harry praticamente rosnou. Ele não estava tão irritado quanto queria parecer estar, e logo cedeu em seu sorriso, mas transformou em um sorriso malicioso. - Tem razão, Malfoy. Como posso agradecer? - Ele fingiu refletir. - Acho que o mais justo é retribuir o favor. - Ele sorriu agora e puxou sua própria varinha.

- Não. Harry. Não ouse. - Draco começou, mas suas repreensões não surtiram efeito e logo ele também estava sendo soprado para longe, seu casaco longo estava aberto e mesmo sua gravata queria deixar seu ninho sob o colete. Quando Harry terminou, A gravata de Draco estava praticamente do lado contrário de sua cabeça e seu cabelo não estava muito melhor. Seu rosto estava completamente vermelho, fosse pelo calor, a indignação ou a mortificação.

- Prontinho. Você também me parece bem seco. - Harry falou inocentemente e guardou de volta sua varinha com um sorriso leve nos lábios.

Draco não respondeu. Ele apenas usou seu olhar mais mortal enquanto trazia sua gravata para a posição original e abotoava tempestuosamente seu sobretudo. Harry fazia o mesmo. Ele enfiou a touca de volta na cabeça. Enrolou o cachecol no pescoço duas vezes e fechou seu casaco mais curto, mas de tecido mais grosso.

Quando Draco terminou de alinhar suas roupas, Harry se aproximou dele com o olhar de merda de um homem que se esforçava para não gargalhar. Ele estendeu a mão com cautela e penteou com os dedos os cabelos loiros de Draco, recuperando qualquer aparência de elegância que conseguisse. Os fios eram finos e obedientes, então não demorou para terminar, embora, quando o fez, ele se deu conta do que estava fazendo de uma vez e saltou para trás como se tivesse sido queimado.

- Oh. Hm... - Harry pigarreou. - Você parece menos... uh... soprado pelo vento, agora.

- Mn. Obrigado. - Draco olhou para um lugar qualquer para quebrar a estranheza do momento. - Vou reembolsá-lo por esta ajuda logo, então lembre-se de dormir com um olho aberto. - Draco ameaçou sem qualquer veneno e só conseguiu recuperar o sorriso leve de Harry.

Ele seguiu pela calçada e Harry se apressou para acompanhar seu passo.

- Você fez primeiro. Isso não nos torna quites? - Harry argumentou sem esperança.

- Minha reputação é muito mais difícil de recuperar do que a sua, São Potter. - Draco revirou os olhos. - Tenho direito a uma retribuição.

Harry franziu o nariz. Ele parecia genuinamente preocupado com pegadinhas desagradáveis ou algo do tipo, mas não argumentou mais. Draco caminhava com a satisfação de ter Harry seguindo-o. Era assim que se sentia ter um cãozinho? Ele se perguntava. Ele queria provocar mais, apertar todos os botões e ver o que acontecia, mas também queria preservar os sorrisos de Harry pelo máximo possível de tempo.

- Está com fome? - Ele ofereceu. - Já são 13h. Deveríamos comer alguma coisa.

- Huhum. - Os olhos de Harry brilharam novamente, e se Draco estava tentando evitar qualquer comparação com um um cãozinho, ele estava fracassando. Seu peito simplesmente não estava equipado para lidar com isso.

- Vamos. Eu conheço um lugar ótimo. - Ele ofereceu um sorriso e eles seguiram lado a lado.

Notas: Eu confesso que pensei em cortar a cena da "batalha de vento", ela é tão boba, mas eu não consegui☺️. Como sempre, obrigada por ler, comentar e votar. Adoro todas vocês!

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