algumas horas depois...
Jean estava no balcão de um bar, sentando no canto com um copo de uísque na mão.
Garota: ei, Joseph, a de sempre
Barman: é pra já Pieck
Ela olha na direção de Jean, ele já parece estar bêbado mas ela percebe sua mão enrolada com um pano branco e manchado de sangue
Pieck: a briga parece que foi feia hein
Jean olha na sua direção
Jean: não foi bem isso
Pieck: acho que te conheço... você é o garoto daquela vez, Jean, não é?
Jean: é, acho que lembro de você também.
Pieck: lembra meu nome?
Jean: Pieck, não é?
Pieck: ah! Só porque ele disse o meu nome!
Jean: me pegou
Ele fala isso com um sorriso fechado de lado enquanto da um gole da sua bebida
Pieck: a sua mão... socou o espelho tão forte assim? Espero que ele tenha ficado pior que a sua mão.
Jean: como sabe?
Pieck: ah, eu sou enfermeira. Sei diferenciar um corte de vidro de uma briga.
Jean: é... acho que você tem razão.
Pieck: Bom, isso aí não vai parar de sangrar tão fácil, deve precisar de alguns pontos. Minha casa fica do outro lado, se você quiser ir
Jean: ta convidando um estranho pra sua casa?
Pieck: estranho não, já te conheço, além de que, você não deve ter opção, não é?
Ele se levanta da cadeira quase caindo e a Pieck o ajuda colocando seu braço apoiado ao redor de seu ombro.
Pieck: ei, Joseph, desculpa, fica pra próxima.
Barman: tudo bem!
Jean: acho que estraguei sua noite
Pieck: tudo bem, já não estava tão boa assim. Consegue atravessar a rua sem cair?
Jean: consigo sim.
Do outro lado da rua havia um prédio, quando eles entram, pegam o elevador para o que parecia ser o terceiro andar.
Depois que o elevador abre, ela para em uma porta próxima dele e abre.
Pieck: vem, pode entrar
Jean: ok
Ele entra e fica parado na porta meio sem jeito
Pieck: pode sentar, eu só vou pegar o kit, vai tirando esse pano da sua mão.
Jean senta no sofá enquanto e começa a a tirar o pano ensopado de sangue da sua mão
Pieck: isso foi realmente feio. Vou ter que dar uns 3 pontos, pode ser?
Jean: sem anestesia?
Pieck: ta com medo? Sou conhecida como mão leve no hospital. Pode confiar
Ele olha pra ela com um rosto meio relutante, mas sabia que não tinha opção nenhuma, e como estava bêbado, talvez não doesse tanto assim.
Pieck: então... qual o motivo dessa briga violenta?
Ela fala enquanto esteriliza sua mão e a agulha
Jean: é uma longa história
Pieck: gosto de longas histórias. Tenho o tempo do mundo
ele olha pra ela meio sem jeito
Pieck: são aqueles dois que estavam com você naquele dia?
Ela começa a passar a agulha em sua pele e ele se assusta com a dor
Pieck: fica quieto!
Jean: falar é fácil, você tá enfiando a porra de uma agulha em mim!
Pieck: as ações tem consequências. Agora aguenta
Ela continua dando os pontos e ele de segurando pra não acabar chorando.
Pieck: e então... é isso mesmo?
Ele permanece calado e concentrando pra espantar a dor
Pieck: conversar ajuda distrair, É o que eu faço com os meus pacientes.
Jean: é, tipo isso
Pieck: entendi... não estão mais juntos?
Jean: é
Pieck: é recente?
Jean: sim, pouco tempo
Pieck: quando te conheci, vi nos seus olhos que era um cara doce e gentil, hoje eu vi um cara totalmente diferente
Jean: viu isso com 2 minutos de conversa?
Pieck: eu sou boa em lê as pessoas. Deve ser um dom
Jean: talvez eu tenha passado um pouco dos limites
Pieck: o importante é reconhecer e não deixar se perder mais
Ela pega uma tesoura pra cortar a linha
Pieck: viu, acabou! Vai ser bem relativo quando você pode tirar, é de 5 a 20 dias.
Jean: posso tirar sozinho?
Pieck: claro que não! Você pode voltar aqui daqui uma semana e eu posso vê pra você
Ela dá um sorriso amigável enquanto arruma os equipamentos espalhados
Jean: acho melhor eu ir embora
Pieck: que? Não! Está bem tarde, além de que, você não está em condições de sair. Como sua enfermeira, não permito!
Jean: você tem certeza? Eu posso ser um serial killer
Pieck: sendo assim, eu também posso ser.
Jean: serial killer não faz ponto na mão das pessoas
Pieck: eu sou uma serial killer boazinha
Eles dois começam a rir
Pieck: bom, pode dormir no sofá. Eu vou pegar um travesseiro e um cobertor pra você.
Ela vai até um cômodo da casa e volta com o travesseiro e cobertor jogando em cima dele
Pieck: recomendo agora descanso pra você! Qualquer coisa, estou no meu quarto só bater
Ela está indo até seu quarto quando para no meio do caminho escutando a voz do Jean a chamando.
Jean: ei, Pieck!
Pieck: pelo visto ainda lembra meu nome
Jean: obrigado...
Pieck: nada! Ser legal é o meu forte.
Jean: boa noite.
Pieck: boa noite.
Ela desliga a luz da sala e vai até seu quarto fechando a porta.
1 hora depois...
Jean está deitado no sofá olhando pro teto, sem conseguir de jeito algum dormir, além da dor está o incomodando, a cena do rosto assustado do Marco e aquele beijo de repente está atormentando sua mente
Jean: merda!
Ele escuta uma porta sendo aberta, ele olha de cantinho e vê Pieck saindo do seu quarto de pijama curto indo em direção da cozinha.
Ela está abrindo a geladeira pra pegar água quando sente algo gelado em seu ombro e se assusta.
Pieck: Jean! Que susto!
Ele fica parado na sua frente, chegando cada vez mais perto em um ritmo lento, como se estivesse decidido fazer algo mas ao mesmo mesmo não sabia se aquilo seria o certo.
Pieck: você tá bem? Sua mão tá doendo?
Jean: não...eu só... posso te beijar?
Ela o encara com os olhos meio arregalados e sem reação. Ela fica alguns segundos paralisada olhado em seus olhos enquanto sentia sua respiração ofegante cada vez mais perto.
Ela não diz nada, só coloca a mão atrás da sua cabeça puxando forte seus cabelos enquanto dão um beijo apressado.
Ele pega ela pela cintura, colocando ela sentada no balcão que tinha na cozinha e coloca sua mão na alça da blusa do seu pijama o descendo devagar, mas ela segura sua mão.
Pieck: você tem certeza disso?
Jean: eu quero você.
Ele a pega no colo e vai em direção ao quarto e Jean a joga na cama cuidadosamente e fica em cima dela, seus rostos estavam perto. Ele dá um sorriso de canto, quebrando o contato visual dos dois e indo diretamente pra sua boca. E de repente, o simples ato de respirar se torna difícil.
Um desejo intenso é sincronizado com seus corpos, que tremem diante dessa percepção. Ele inclina a cabeça até o seu rosto, para aprofundar o beijo, explorando cada canto. A intensidade naquele quarto era tão grande que ele sente seus joelhos enfraquecerem.
Ela morde o lábio dele, que toma como um convite para colocar sua mão por baixo da roupa. Ele aperta o seu peito suavemente enquanto usa seu polegar pra fazer movimentos circulares em seu mamilo.
Sem interromper o beijo, ele ajuda Pieck a tirar a roupa, peça por peça, até que seu corpo esteja completamente sem roupa. Depois, Jean se afasta um pouco cessando os beijos para poder olhar em seus olhos.
Jean: me diz... é isso que você quer?
Ela não entedia o por que ainda da pergunta, já que ela estava completamente nua em sua cama.
Pieck: eu quero isso
Jean: me diz exatamente o que você quer.
Pieck: Jean, Que droga!
Jean: eu quero ouvir de você.
Depois dele largar um sorriso no seu rosto, ela percebe o joguinho que ele estava criando. Ela resolve participar, aquilo estava deixando ela com mais vontade ainda.
Pieck: eu quero você dentro de mim, Jean. Por favor...
As palavras saem da sua boca de forma ofegante, mas logo depois, Jean cumpre com o pedido feito dela.
Ela segura sua nuca gemendo com a sua respiração fraca, enquanto ele continua se movimentando conforme o prazer vai se intensificando até que, finalmente, o prazer arrasta os dois ao mesmo tempo.
Ele sai de dentro dela e deita ao seu lado com seus rostos colados um no outro.
Pieck: isso foi bom pra caralho
Jean: pra mim também.
Pieck: você... quer dormir aqui mesmo?
Jean: claro.
Pieck: sabe, desde que eu te vi... eu soube que a gente estaria aqui.
Jean: fudendo?
Pieck: não, que a gente iria se conhecer melhor.
Ela fecha seus olhos e descansa sua cabeça sob o peito do Jean.