-Não.
-Não?
-Sinto muito Nathalie Blair você chegou muito tarde - disse abrindo a porta do meu carro - Eu não consigo apagar tudo que sofri nestes últimos meses. É juro fui magoado pela Kyara, mas era algo de ensino médio já sabia que não iria durar. Mas eu e você?! OH JESUS. Eu queria fingir que eu poderia ter algo, eu queria acreditar que poderíamos dar nos bem com um casal. Mas... - suspirei - Esquece. Eu ia te pedir em casamento para que saiba quando eu saísse daquele campeonato. - tire a pequena caixa aveludada no bolso esquerdo, abrindo-a - Eu queria ter uma família com você a qual nos fins de tarde estivéssemos sentados na praia, os nossos filhos correndo na areia, você sentada na toalha linda com a barriga inchada porque esperava mais um filho. Marshall correndo feliz. Todos felizes. Mas afinal contos de fadas não existem. - disse irritado - Bom eu vou ficar um tempo fora. Espero não te ver tão cedo na minha frente. É nem com a minha família. Volte para NY. Não te quero mais próxima das pessoas que eu amo. Você machuca as pessoas que você gosta. É não tem a mínima noção disto. Mas olha pode ficar com o anel - disse jogando a pequenina caixa para ela - Isto te pertence. Talvez você possa vender para paga o apartamento antigo que morávamos a que agora é meu. Não gosto de atrasos no pagamento. É se me dar a licença eu tenho algumas coisas para resolver. Adeus - beijei a sua testa, entrei no carro -
As lágrimas desciam conforme o seu reflexo ia diminuindo no retrovisor. Ela só ficou lá parada enquanto eu corria atrás de conserta os meus erros do passado.
Talvez eu tenha passados alguns sinais vermelhos. Mas assim que cheguei na pequena casa amarela, não tive dúvidas.
Com uma camisa minha, a cara amassada e a voz de sono a tomei no meu colo fechando a porta atrás de nós e invadindo a sua boca, emaranhado os meus dedos em seus cachos volumoso.
A noite foi longa e tão boa. Eu sentia que agora as coisas estavam entrando nos eixos. Agora eu estava com a pessoa certa. E eu não a deixaria tão cedo.
Nathalie.
Fiquei parada na areia, olhando o seu carro se distanciar. Eu sabia que ele estava furioso comigo. Dessa vez eu realmente fui uma grande filha de uma puta.
Sentei na areia. Olhei para o céu estrelado é pedi para que me guiassem para um bom caminho.
Agora eu tinha dois ex's bravos comigo. Eu consegui foder tudo em uma única noite. Eu devo ter quebrado algum recorde por ser a mulher mais filha da puta da face da terra. Pelo menos Mark não me odeia. Por completo.
Abri o Instagram é vi logo uma foto sua e de sua esposa no hospital, junto com o seu terceiro filho que acabou de nascer.
Acabei olhando o meu, varias fotos com Colin, mas varias aquivadas com Nash e Mark. Joguei o meu telefone no mar com raiva.
Dirigir até em casa onde peguei a minhas coisas e o gato é comprei a primeira passagem para Londres. Deixei uma carta para Colin.
Querido ex noivo, isso soa tão mal me desculpe.
Querido Colin, eu peço desculpas as maiores que eu possa dar, porque não se cancela algo do tipo um casamento antes de um semana. Mas você não me mererecia é eu nem a você. Espero que você encontre alguém que realmente saiba o seu valor e que cuide de você assim como você cuidou de mim todo este tempo.
Achei melhor ir embora antes de você chegar, assim seria menos doloroso para ambos. Espero que um dia ainda possa me perdoar e sejamos bons amigos.
Estou indo para os meus pais, talvez deva voltar para os EUA. Mas por favor viva a sua vida.
Com amor e carinho Blair.
Sai em direção ao aeroporto porque meu voo sairia em alguma horas. Tom me olhava assustado porque ele nunca tinha me visto tão frustrada.
Quando já tinha despachado Tom, estava sentada no saguão mandando mensagem para os meus pais avisando que estava indo para Londres.
De início eles ficaram preocupados com a minha ida repentina já que eles viriam em menos de uma semana para o casamento. Mas logo disse que tinha rompido com Colin.
No voo tentei dormir, mas sempre odiei. Agora sem o Nash ou o Colin me sentia em pânico. Ainda mais pelo o facto que eu poderia sei lá morrer sem o perdão deles, isso me deixava em pânico. Então quando os meus pais me buscaram no aeroporto eu parecia mais um zumbi do que a filhinha deles.
-Oh minha querida - minha mãe me abraçou -
-Deixe a menina respirar Elizabeth. - meu pai disse -
-Estou bem papai - disse segurando as lágrimas -
-Vem vamos logo para casa - minha mãe disse -
Entrei no carro e logo dormir. Só acordei quando paramos na pequena casa com um mine jardim da minha avó.
Minha mãe nasceu em NY mas o meu pai era inglês. Meu avô com medo da sua familia sofrer as consequências da guerra enviou sua mulher e filhos para as Américas. Lá minha avó ficou muito amiga da minha outra avó e meus pais cresceram como bons amigos.
-Pelas fotos parecia maior - disse olhando para a casinha-
-Deixa de ser mal agradecida.
-Não estou sendo papai. Só fiz um comentário.
Meu pai olhou para mim sorriu como uma criança.
Levei as malas para o segundo andar onde seria o meu quarto temporário e soltei Tom. Logo Lotte pulou em cima do mesmo. Lotte era a gata siamesa dos meus pais. Ela era uma filhote de um ano então tinha mais energia que Tom com os seus já agora cinco anos.
-Venha comer querida. - minha mãe me chamou -
Desci as escadas, minha mãe já tinha a mesa posta com tudo que eu gosto. Voltei a salivar. Não tinha comido muito durante o voo.
- Minha querida precisamos falar do que aconteceu. -minha mãe tirava uma fatia de bolo é chá para mim -
-Temos mesmo? - disse puxando uma cadeia para me sentar. Massageando as têmporas - Não estou muito afim de falar sobre isto.
-Temos sim mocinha - meu pai se juntou a conversa - Como que uma semana antes do seu casamento você simplesmente desiste?
-Jhon! - minha mãe o repreende -
-Temos de falar sobre isto, foi bastante dinheiro investido.
-Pai eu amo outro.
- Como outro?
-O sobrinho do tio Daniels.
-Ah bom uau - minha mãe só conseguiu dizer isto -
-Sabia que não da para amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo?
- Eu sei pai - olhei feio para ele - Enfim acabei com o Colin e cheguei muito tarde para o Nash. E sinceramente não sei o que quero fazer agora. Queria ficar um tempo aqui se não se importarem.
-Claro que não querida - minha mãe respondeu -
-Obrigada mãe - sorri fraco -se me deem licença vou voltar para o meu quarto. Não tenho muita fome.
Minha vida passou a viver no meu quarto, já não tinha vontade de mais nada a não ser me deprimir enquanto via Nash com a sua nova namorada, Colin estava lidando bem.
A minha rotina era acorda comer com os meus pais, ver programas de TV com ambos pela manhã, depois voltar para o quarto. Só sair quando fosse o horário do almoço, dormir a tarde, acorda para o jantar e passar a noite lendo romances.
Até que um dia o meu pai literalmente me obrigou sair de casa é procurar algo para fazer. Acabei achando alguns cursos profissionalizantes que me interessavam é acabei por me dedicar a algo.
Tinha um grupo de amigos legais, saia mais. Estava tudo voltandoaos eixos. Com o tempo é bem devagar eu estava voltando a ser eu mesma. Já tinha até beijado alguém.
Focada nos cursos entrei para uma empresa inglesa de advocacia. Continuei morando com os meus pais até achar um pequeno apartamento que vivia sozinha nos arredores de Londres.
Quando os primeiros flocos de neve começaram a cair senti falta do calor do ano passado. Mas estava feliz de novo por sentir o frio. As memórias vageavam para a jacuzzi. Tentei ignora aquilo é repetir a mim mesma que estava bem melhor sem ninguém. Afinal ele agora já estava noivo. Até parecia que tínhamos tocado de papéis.
Uma noite enquanto eu estava deitada usando a minha conta fake para stalkear ele e a Margarida, acabei entrando no Instagram de Luiz. Eu sabia que ele e Nádia tinha pintado um clima mas não sabia que iam se casar. Muito menos que Daniela também iria se casar. ERA UM CASAMENTO DUPLO. Nada mais nada menos com o nosso ex chefe Luke. Dava para ver que pedir muitas coisas nestes ultimos anos.
Eu ia reclamar com elas, mas me lembrei de que não dei satisfação nenhuma a elas quando cancelei o meu. Deve ser por isso que não fui convidada.
Entediada comecei a olhar a minha caixa de e-mail e tinha um convite eletrônico do casamento das duas enviado a dois meses.
- Eu deveria olhar isso com mais regularidade -ri -
Já que você nos abandonou por um clima frio e chuvoso, não deveríamos ter você como nossa madrinha (risos) brincadeiras a parte. Eu e a Daniela queríamos muito que você viesse ao nosso casamento afinal temos muitas coisas para botar em dia depois de todo este tempo fora. Espero que esteja bem onde quer que esteja amiga.
Respondi o e-mail confirmando que irá para o casamento. Nádia muito feliz me mandou seu número de telefone.
Naquela noite ficamos horas falando sobre várias coisas nada haver. Ela me disse que deveria estar em NY uma semana antes para a despedida de solteira dela é de Luiz.
Como trabalhava em home office era fácil falar com o meu chefe que iria literalmente viajar pela manhã. Não queria deixar Tom sozinho e nem com os meus pais, então trouxe o comigo.
No aeroporto as duas já estavam a minha espera. Nádia é Daniela se jogaram para cima de mim fazendo com que eu perdesse o equilíbrio deixando o transporte de Tom balançar. Ele miou em reclamação.
Quando estávamos no carro nada parecia ter mudado. A música alta a vozes altas. Pareciamos as mesmas garotas de quatro anos atrás.
-Meninas vocês não sabem como eu estou feliz por estar aqui com vocês - disse gritado por cima da musica da Luisa Sonza que tocava -
-NOS ESTAMOS MAIS FELIZES QUE VOCÊ - elas gritaram -
Passamos o dia no shopping gastando com coisas futeis para a despedida de solteira. Como arco com pequenos paus, chupeta em forma de pênis, encomendamos alguns doces. Para buscar depois. Almoçamos juntas, por fim curtimos uma tarde no spa.
Quando Nádia deixou Daniela em sua casa, pulei para o banco da frente. Animada por conhecer a sua casa é rever Luiz.
-Então amiga, estou tão animada por vocês. Deve ser porque não tive o meu casamento.
-Você realmente errou feio.
- Eu sei - suspirei olhando para a paisagem já escura do lado de fora - Mas estou bem, ele está bem. Esta indo tudo bem. E isto que importa.
Ela me olhou pelo o canto do olho.
-Nadia tem algo que queira me falar?
- Não.
-Nadia...
- Não é nada amiga confia em mim.
-Ta bem se você diz.
A casa que ambos moravam era a mesma de quatro anos atrás. Então assim que entrei soltei Tom, que começou a andar pela casa cheirando a mesma é miando desesperado. Como se tivesse achado algo muito bom e quisesse me mostrar também.
Ele andou até o segundo andar ao qual ficava o quarto de hóspedes, arranhou a porta até que eu abrisse. Tinha uma pessoa dormindo de bruços. Tom se esgueirou pelo o escuro, pulando sobre a pessoa. Eu nervosa entrei no quarto para puxar Tom dali, mas ele ficou ali com a garras cravadas no grosso edredom.
-Vamos Tom, ajude a mamãe.
Miau.
Estava entrando em pânico porque ele não soltava. Até que a pessoa começou a se mexer, despertando do sono. Virou para cima e me olhou como se tivesse vendo um fantasma.
-Supresa! - Nádia disse, enquanto estava parada na soleira da porta -