Poderia facilmente comemorar por conseguir fazer a Elle ceder aos meus beijos um dia antes de precisar de um favor seu. Mas eu só consigo comemorar por ela estar de volta aos meus braços, porque eu estava morrendo de saudade da sua boca e seu corpo junto ao meu.
A cada novo toque, meu corpo aumenta a temperatura e também amplia a vontade de explorar cada local do seu corpo à minha frente. De tomá-lo por inteiro. De chamá-lo de meu... De falar com vontade e convicção que Electra Rivera é minha.
Não sei bem explicar o que eu sinto ao tê-la na minha frente, com os seus lábios grudados nos meus e minhas mãos grudadas firmementes em sua cintura, com medo e pavor dela se afastar e ir embora a qualquer momento. Não sei, não entendo e não quero me preocupar com isso agora, porque quero aproveitar essa chance.
- Vinn... - ela ofega o meu nome durante o beijo, enquanto o encerra aos poucos.
Abro os meus olhos na medida em que sua boca se separa da minha, encarando suas íris castanhas e em seguida os seus lábios desenhados. Mordi o meu, me atentando e com medo do que sairia de sua garganta em sequência.
- Eu passei a tarde toda limpando três apartamentos, um deles me deu um trabalho do cacete. - explica e eu suspiro, dando um sorrisinho compreensivo. - Eu não me sinto apenas suja, eu estou. E por mais que eu queira estar aqui com você, eu preciso de um banho. - concluí e eu só me atento em uma frase, dando um sorriso idiota e bobo.
Ela quer estar comigo. Ela acabou de dizer isso, sem nenhum medo.
- Tudo bem. - digo, assentindo e suspiro. Aperto meus dedos ainda mais em sua cintura e a puxo contra o meu corpo, lhe fazendo olhar-me confusa.
Nenhuma palavra a mais sai de meus lábios, eu apenas os grudo de volta nos seus e tentando iniciar novamente outro beijo. Ela deixa. E então, a puxo para cima do meu colo, Elle entrelaçou suas pernas em minha cintura e me movi pela casa.
- O que você está fazendo? - ela pergunta, afastando o seu rosto do meu. Eu apenas ri e entrei no cômodo.
- Eu disse que tenho um banheiro. - asseguro e ela ri, negando com a cabeça.
- Doido! - ela saiu do meu colo e eu a beijei novamente. - Eu não tenho roupas limpas.
- Você não vai precisar. - afirmo, com a respiração desregulada. Minhas mãos passeiam por todo o seu corpo, na tentativa de remover suas vestimentas.
Ando com o meu corpo para frente e consequentemente, empurro o dela também. Quando chegamos próximo ao box, ela entrou, ainda de roupa, e eu fiz o mesmo.
- Não vou conseguir tomar banho se você estiver aqui. - ela diz, tentando conter a risada. Faço o mesmo e separo minha boca da sua, a olhando nos olhos.
- Certo. - suspirei e mordi o lábio. - Enquanto isso, irei ver como a nossa gatinha está. - deixei um selinho em seus lábios e a mesma me olhou com o cenho franzido.
- Nossa? - perguntou confusa enquanto prende o riso.
- Vai tomar banho, Electra. - ligo o registro, a molhando com roupa e tudo.
Antes de sair, ela conseguiu me acertar um tapa.
- A chave está na minha bolsa. - gritou, avisando e eu me direcionei para a sala, onde a mesma a deixou.
Peguei a chave do seu apartamento e saí do meu.
No momento em que abro a sua porta, a Hera já surge em meus pés e me rodeia, se esfregando e miando. Me abaixo, a pegando no colo e deixo o beijo no topo da sua cabeça, enquanto acaricio os seus pêlos.
Fecho a porta atrás de mim e, com ela ainda em meu colo, vou até onde estão os seus potes. Troco a sua água e adiciono mais ração, retirando os vestígios da antiga que a felina não comeu e muito menos irá.
- Sinto muito, mas hoje você dormirá sozinha. - digo rindo e ela mia.
Limpo também a sua areia e arrumo a sua caminha, colocando os seus brinquedinhos para mais perto.
Jogando meus cabelos para trás com as mãos, ando até o quarto da morena e vejo que sua cama está desarrumada, junto com a uma peça de roupa e um tênis espalhado pelo quarto.
Organizo o quarto. E sorrio, pela minha ação.
Fico mais uns três minutos em sua casa e depois finalmente volto para o meu apartamento, trancando-o e indo atrás da Elle.
Ela está penteando os seus cabelos com uma toalha enrolada no corpo. Mordi o lábio, me desencostando do batente da porta depois de alguns segundos e me aproximando da morena.
Seguro firme a sua cintura e deixo um beijo demorado na curvatura do seu pescoço, deixando vários outros pelo seu ombro. Olho para o espelho e a mesma deixa um sorriso escapar, olhando firmemente para os meus.
- Sabia que você é muito linda? - questiono, encarando-a pelo reflexo do espelho. Ela negou. - Você é. Muito. - tento conter o sorriso bobo, mas falho.
Desvio o meu olhar por alguns segundos e a viro de frente para mim. Aproxima o meu rosto do seu e colo a minha testa na sua, fechando os meus olhos assim como ela.
Respiramos fundos. Quando os abro novamente, os delas já estão me olhando.
Mordo o meu lábio e aprecio, agora, os seus lábios rosados, que são como um mar raso e que me afogaria sem pensar duas vezes.
Os tomei para mim, dando início a um novo beijo repleto de desejo. A beijo como se fosse a primeira vez ou então como a última.
A cada movimento de nossas cabeças, virando de uma lado para o outro com lentidão, aperto mais e mais a sua cintura, a puxando para mim e grudando no meu corpo.
Subo as minhas mãos com cuidado, parando no nó imaginário da sua toalha branca cobrindo o seu corpo deslumbrante.
- Posso? - peço, olha-a nos olhos.
Ela assentiu e então, o desatei e deixo-a cair, parando em nossos pés.
Capturo, guardando em minha memória, cada pedaço do seu corpo, enaltecendo-a mentalmente e agradecendo por ter o privilégio de poder tocá-la.
Porra! Ela é tão... eu não sou capaz de conseguir descrever.
Juro, que mesmo se eu quisesse ou tentasse, não conseguiria descrever como eu a vejo. Ela é toda perfeita, da cabeça aos pés. Sorrindo, chorando e principalmente quando está irritada com algo que eu fiz.
E eu sei que é impossível dizer essas coisas sem soar como uma declaração, mas eu não me importo que saia como uma... talvez eu não queira aceitar tal coisa.
Deixo um sorriso escapar dos meus lábios e Elle me olha confusa. Nego com a cabeça e passo os meus dedos em seus cabelos úmidos, tirando alguns fios de seus ombros, fitando suas íris castanhas e brilhantes.
- Como está a Hera? - ela pergunta, quebrando o silêncio que se instalou.
- Ótima. Ela disse pra você aproveitar... - rio curto e aproximo os meus lábios da lateral do seu pescoço, deixando beijos aleatórios. - a noite e... - continuo depositando beijos molhados por sua pele. - o meu corpinho.
- Ela disse... é? - indaga com dificuldade, bastante ofegante, enquanto tomba a sua cabeça para o lado, deixando a região mais exposta.
Assenti, murmurando positivamente.
- Ok.
- Ok? - indago, parando e olhando-na.
Sorriu de lado. Fiz o mesmo e voltei a capturar os seus lábios pra mim.
Iria dizer que levantei a bandeira branca e dei um fim na guerra que rolava internamente, mas a realidade é que eu escolhi um lado. Eu escolhi parar de me enganar e lutar contra o que eu queria.
Foda-se o meu cérebro e a sua razão. Eu quero estar com o Vinnie.
Eu já aceitei tantas coisas que me machucaram de formas absurdas. Já fiquei em relações merdas só por amar a pessoa. O que é ter uma gata "roubada" por um cara que eu estava saindo? Sim, isso me machucou, mas o Vinnie já me ajudou em alguns momentos que esse erro eu posso facilmente deixar para trás.
Mas isso não quer dizer que irei ter um relacionamento com ele. Não quero e não me vejo nisso. Porém, não irei mais privar o meu desejo de retomar de onde paramos.
Curtição... uma ótima palavra para definir o que queremos. Eu quero curtir esse momento com ele, e provavelmente, ele queira o mesmo.
Uma respiração ofegante escapa de minha garganta quando Vinnie mordisca o meu pescoço, descendo seus lábios molhados para o meu busto. Sua língua passeia pelos meus seios e logo suga o meu mamilo - um de cada vez - olhando-me nos olhos. E quando finalmente ele abocanhou um deles, eu fecho minhas pálpebras e solto um gemido baixinho.
Mordo o meu lábio inferior e seguro forte os fios de seus cabelos, afundando o seu rosto contra os meus seios. Jogando a minha cabeça para trás, gemi um pouco mais alto quando os seus dedos tocaram a minha intimidade, espalhando toda a lubrificação que o próprio causou.
Ainda com a sua mão no mesmo lugar, Vinnie subiu o seu corpo e voltou a juntar os nossos lábios. Enquanto beijamos, seu dedo estimula o meu ponto sensível, me fazendo contorcer e interromper a continuidade do beijo.
Hacker, retirou sua mão e me olhou com um sorriso malicioso após mordiscar o meu lábio, e, dei apenas um sorriso tímido. Ele negou com a cabeça e me pegou em seu colo, se locomovendo para fora do banheiro.
Chegando ao quarto, o loiro me colocou sobre a cama e veio para cima do meu corpo, juntando uma outra vez, nossas bocas.
Suas mãos se movem pela minha pele, apertando cada pedaço do meu corpo. Cada toque é um arrepio diferente. Cada toque é uma corrente de eletricidade mais forte que percorre pelo o meu sangue. A cada toque, eu tenho a certeza que esse é o único lugar que eu quero estar.
O loiro desceu novamente os seus lábios, parando exclusivamente em minha barriga. Ele passa a língua pela extensão e move a sua boca para a minha cintura, mordendo-a e me deixando cada vez mais úmida.
Caralho! Pensei bastante alto, quando a sua língua toca a minha intimidade, sem um mínimo aviso prévio.
Agarro os seus cabelos, afundando cada vez mais a sua boca contra mim e sentindo o calor me tomar por completo.
Todos os palavrões existentes vagam pela minha cabeça e tentam escapar quando seus olhos se encontram com os meus, sua boca continua grudada em mim e agora, dois dedos estão dentro da minha intimidade, atingindo o ponto, totalmente específico, interno.
Me contorço sobre a cama, tento tirá-lo do meio de minhas pernas e o xingo de tudo quanto é palavrão, quando seus toques intencionais começam a surtir efeito. Mas ele não deixa, apenas continua. E como se não bastante, se aproxima do meu ouvido e começa a despejar palavras, elogios e também xingamentos totalmente prazerosos.
Agarro a sua mão e mesmo sem forças, consigo tirá-la do lugar. Respiro fundo e tento regular a respiração, mas não demora muito para Vinnie capturar novamente os meus lábios.
Vincent, saiu de cima de mim e tirou a sua bermuda, junto com a sua cueca. E depois, voltou para o mesmo lugar: o meio de minhas pernas.
- Eu estava com tanta saudade. - ele sussurrou rouco, enquanto forçava a minha intimidade com o seu membro.
Não digo nada, apenas dou um sorriso mordendo o lábio, que logo se desfaz quando a penetração se concretiza e um gemido abafado escapa da minha garganta.
Ainda olhando fixamente para mim, Vinnie começa a mover o seu quadril devagar, que logo ganha velocidade na medida em que a excitação se amplia.
Envolvo uma de minhas pernas no seu corpo e seguro o seu ombro. O seu membro me acerta firme internamente, me levando ao delírio. Mordo o meu lábio, impedindo que qualquer gemido alto escape, mesmo tendo a permissão de fazer qualquer barulho.
Vinnie junta novamente seus lábios com os meus, dando um beijo mais rápido do que o normal, já que é quase impossível se concentrar em várias coisas ao mesmo tempo.
Seu rosto pousa sobre a curvatura do meu pescoço e minha boca fica mais perto do seu ouvido, e consequentemente, os meus gemidos ficam mais altos para ele. Mas não demora muito para o seu tronco levantar e o seu olhar se fixar com o meu.
Admiro atentamente o seu corpo malhado e esculpido, suas belas tatuagens me enfeitiçam e as gotas de suor escorrem por sua pele, realça as curvas do abdômen.
Ele é fudidamente perfeito.
Voltando a colar o seu corpo no meu, passo os meus dedos em seus cabelos, os puxando para trás e deixando apenas alguns fios grudados em sua testa. Isso o deixa mais sexy ainda.
A mão do loiro se encontra com o meu pescoço apertando-o com leveza, porém, fazendo com que eu sinta tudo em triplo. Porra!
Fogo. Picante. Quente. Nossos corpos se encontram dessa maneira. Uma explosão de sentimento e excitação.
Vinnie me deixa louca. E o meu corpo já começa a dar respostas.
O seu polegar passa pelos meus lábios rosados e levemente inchados, e não perco a oportunidade de abri-los e abocanhar o seu dedo, o chupando com vontade enquanto dou um sorriso malicioso. Ele sorrir sacana, mordendo o lábio.
Gostoso do caralho.
Sua face volta a curva do meu pescoço, minhas unhas cravaram em suas costas e as suas estocadas começam a ficar mais violentas, rápidas e precisas.
- Puta que pariu. - ele murmurou, parando de se mover aos poucos.
Meu coração está disparado. Minha respiração desregulada. Meu corpo quente e suado. Aos poucos, tudo vai voltando ao normal.
Hacker me deixou um beijo antes de sair do meio das minhas pernas. Ficamos em silêncio, um ao lado do outro, mas depois de alguns minutos eu me levantei indo atrás da minha toalha.
- Vou levar sua toalha. - falo, voltando pro quarto.
Ele levantou da cama confuso, pegando a sua bermuda do chão e vestindo.
- Você vai dormir comigo. - avisou e eu levanto as sobrancelhas, sem acreditar no que saiu de seus lábios.
Prendi o riso.
- Quem disse?
- Eu, Vinnie Hacker. - piscou e veio até mim, segurando a minha cintura. - A Hera disse pra aproveitar a noite... toda! - deixou um selinho na minha boca.
- Você está querendo demais.
- Mas ainda nem disse o que eu quero. - me soltou e coçou a nuca. Franzi o cenho. - Aí, Elle! - passou os dedos pelos cabelos e me olhou preocupado. - Posso te pedir um favor?
- Não vou arrumar a sua casa. Só se me pagar. - digo rindo. Ele deu um riso curto e suspirou, colocando a mão na cintura.
- Preciso da sua ajuda... pra amanhã! - continuo o olhando confusa. - Diz que sim?
- O que é, Vinnie? - cruzo os braços.
Estou com medo do que pode sair da sua boca.
- Preciso que você me acompanhe num jantar de família... - começa e eu semicerrei os olhos. - como a minha namorada.
- Não. - me viro, mas ele segura em meu braço e me puxa de volta para olhá-lo. - Não gosto desses negócios, isso nunca sai coisa boa.
- Por favor! - pediu com a voz suave.
- Vinnie...
- Eu faço o que você quiser, até te pagar. Quanto você quer?
- Não sou prostituta, Hacker.
- Então, faz de graça. - sorriu largo e eu rolo os olhos. - Poxa, Elle. É urgente! É só um dia, uma noite...
- Pode me emprestar uma roupa? - o olho, apontando para a toalha enrolada no meu corpo. Ele continua me olhando, com os braços cruzados. - Tá bom, Vinnie. Eu faço esse esforço.
Ele sorriu largo, dando-me um abraço apertado enquanto me segurava e girava nossos corpos grudados. Ok, isso foi fofo!
- VOCÊ É A MELHOR, ELECTRA! - beijou os meus lábios, empolgado.
- Uma roupa, Vinnie. - o lembro e ele rir, me soltando e indo até o seu guarda-roupa.
Ele me jogou uma cueca e uma camisa.
- Ai meu Deus, que gracinha! - digo sorridente, notando a cueca branca com pequenos dinossauros verdes. - Eu lembro dela.
- Quê? Lembra? Nunca a usei com você.
- Quando eu vim arrumar a sua casa pela primeira vez, eu a vi na gaveta. - repondo, ainda admirando a cueca em minhas mãos. - Achei muito fofinha.
Ele riu negando com a cabeça. Ri também e me direcionei novamente para o banheiro, avisando ao loiro que tomarei outro banho.
- Posso também? - pergunta, entrando já no box, totalmente nú.
Assenti, rindo e jogando água no mesmo.
- A casa é sua.
- Mi casa, tu casa. - piscou.
NÃO É MIRAGEM. é atualização
e hot de vielle 😭🥳🗑️🐷