Um acaso do destino

By karolinaana__

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3° LIVRO DA SÉRIE UM GRUPO EM NOVA YORK Laura Ada acreditava no amor e era feliz ao lado de seu namorado Rena... More

AVISOS
Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 3
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
PERSONAGENS.1
PERSONAGENS.2
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capitulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Epílogo
Nota
DEGUSTAÇÃO ESPELHOS
Melissa

Nicolas

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By karolinaana__

> Capitulos podendo haver erros <

Conhecer todo o hospital me deixava mais ansioso para começar a trabalhar. Tive a oportunidade de conhecer até mesmo a equipe da maternidade, e são todos muitos gentis. A garota que quase atropelei por estar no meio da estrada trabalha aqui. Ela tinha um sotaque diferente que tenho certeza que é do nordeste. Eu só não sabia da onde. Giovana, é como a chefe daqui se apresentou, me guiou por todo o prédio. Conheci até o consultório onde eu iria atender.

Assim que entrei na sala de medicação me deparo com três mulheres de plantão.

— Essas são Rafaela, Verônica e você já conheceu a Melissa — As duas me cumprimentaram mas Melissa não moveu um dedo sequer, ficou encostada na bancada sem ao menos parecer interessada em minha presença.

— Boa noite — Falei para elas e para os pacientes presentes. Eu só tinha esse horário disponível para conhecer o hospital. Já que eu trabalho em uma UBS o dia todo.

— Seja bem vindo — Rafaela foi quem falou. Uma mulher entrou com sua ficha e Melissa foi atender. Ela sorriu para a paciente, era nítido mesmo que estivesse de máscara. Pegou a ficha, conversou com ela e foi direto para a bancada preparar o medicamento. Eu como não sou bobo nem nada, fui ver o que ela estava fazendo.

— Não vai errar o medicamento — Brinquei. Ela riu com escárnio.

— Adoraria errar o seu — Ai. Fingi estar magoado colocando a mão em meu peito.

— Me lembre de nunca ser atendido por você — Falei atraindo sua atenção, ela me encarou com seus olhos claros parecendo levemente irritada.

— Eu é que não quero atender você — Observei ela preparando toda a medicação mas me afastei quando ela me olhou irritada depois de cortar o dedo na ampola.

Segui Giovana para fora daquele setor. Se não Melissa ia acabar cortando minha garganta com o vidro. Giovana me mostrou todo o hospital e quando, finalmente, tinha acabado. Tudo o que eu queria era a minha casa.

Quando finalmente cheguei em meu apartamento, meu corpo implorava pela minha cama. Trabalhei o dia todo, sem parar, almocei às pressas por conta de uma emergência. Não comi a tarde todinha. Assim que entrei em meu apartamento, avistei a loira sentada no sofá chateada. Merda.

— São nove horas Nicolas — Foi tudo o que ela falou enquanto se levantava e caminhava em minha direção, seus saltos vermelhos fazendo um leve barulho no chão.

— Eu sei amor — Me aproximei beijando seus lábios devagar — Eu trabalhei o dia todo, estou super cansado — Ela cruzou os braços e decepção passou pelo seus olhos.

— Não me diga que vai cancelar comigo de novo?

— Eu sinto muito, mas eu estou cansado, acabei de sair do novo hospital onde vou trabalhar no final… — Parei quando percebi o meu erro. Gabriela não sabia que eu iria trabalhar em um novo hospital, ainda mais nos finais de semana.

— Novo hospital? Final de semana? É sério Nicolas?! — Cocei minha cabeça meio sem jeito. Como explicar para uma mulher brava que não tenho tempo? Nem para discutir.

— Nicolas essa semana já é a terceira vez que cancela comigo! Sempre está cansado e vive trabalhando, nem ao menos tem tempo para ficar comigo, agora para o seu trabalho! Você tem de sobra! — Dessa vez eu estava começando a me irritar.

— Eu sou médico Gabriela.

— A medicina não te impede de viver Nicolas! — Eu sabia disso. Mas eu adorava trabalhar, eu amo o que faço. Era isso que ela não entendia.

— As vezes acho que nem quer estar comigo — As vezes eu também acho isso. Me deparo com o que acabei de pensar.

— Não sou como os seus ex-namorados — Falei para ela. E quando ela começou a chorar, quis confortar ela. Só que ela desviou do meu alcance.

— Eu quero terminar — Espera aí o que? Fiquei confuso. Ela limpou a lágrima de seu rosto e ergueu o queixo decidida.

— É isso mesmo que você quer? — Perguntei. Ela assentiu.

— Eu quero estar com um homem que queira estar comigo, que esteja do meu lado — Enfiei minhas mãos em meus bolsos da calça e assenti para ela.

— Tá bom. Obrigada por tudo, te desejo tudo o de melhor — Ela voltou a chorar com as minhas palavras e colocou a cópia da chave em cima da mesa. Merda! Não devia ter falado assim!

— Tá vendo? Digo que quero terminar e você nem ao menos quer lutar por mim. Já não somos um para o outro. Só espero que um dia você encontre alguém que o faça deixar de preferir o trabalho. Adeus Nicolas — Ela sai pela a porta da frente, me deixando aéreo diante do que tinha acabado de acontecer aqui. Joguei minhas chaves na mesa e fui tomar um banho. Eu acabei de virar um solteiro. Observei a lista de coisas para fazer que costumo anotar no vidro do box. Eu sou um cara que anotou que ia cortar o cabelo, mas esqueceu e nem notou diferença. Ótimo.

Quando acordei de manhã com meu despertador tocando sem parar. E já estava me dando dor de cabeça, tive vontade de jogar meu celular na parede. Hoje era meu dia de folga. Eu iria aproveitar para me organizar para o plantão do final de semana, e isso contava encontrar uma bolsa grande. Que eu não lembrava onde estava. Pensei em ligar para a diarista que costuma limpar toda semana, mas hoje não era seu dia, e não queria incomodá-la. Por isso resolvi ir em busca da bolsa em meu guarda roupa.

Quando abri eu tive uma grande surpresa, havia muitas roupas espalhadas ali dentro. Eu tenho a leve impressão de que essas roupas estavam arrumadas, eu sei, porque eu as arrumei faz dois dias. E eu gosto de organização, sempre deixo minhas coisas arrumadas, pelo menos em meu quarto. Detesto que esteja todo bagunçado.

Retirei toda a roupa jogando em cima da cama, acabei encontrando um pijama vermelho que há muito tempo não via por estar guardado embaixo. Meu celular acendeu com notificações e vi que me colocaram nos grupos do hospital, havia um só com a equipe do final de semana e outros só com os médicos. Dobrei mais roupas quando a campainha tocou. Assim que abri, quase fechei a porta na cara do meu amigo.

— Ei cara como vai? — André abriu um sorriso e entrou no meu apartamento sem pedir lincenca.

— Eu não deixei você entrar — Falei enquanto eu seguia para meu quarto. Ele veio atrás é claro.

— Não precisa. Eu sabia que estava de folga hoje, e vim te chamar para almoçarmos — Apontei para as roupas espalhadas. Ele fez careta diante do que mostrei.

— Cara você precisa mesmo organizar sua vida.

— Cara, estou tentando.

— Se quiser podemos chamar a Gabriela — Ele cita minha ex-namorada. Neguei com a cabeça.

— Terminaram? — Assenti. Ele começou a rir enquanto começou a me ajudar dobrando algumas camisas. Pelo menos isso.

— Sabia que não ia durar — Parei de dobrar a camisa observando ele rir.

— O que quer dizer?

— Você não dura com mulher nenhuma! E tudo porque você trabalha demais — Bem, o trabalho era a minha terapia, e isso ninguém entedia.

— Vou começar em outro hospital no sábado — Novamente ele me olhou enrugando o nariz. André é advogado, nos conhecemos na faculdade, desde então ele não larga do meu pé. Eu adoro esse cara.

— Como você aguenta? — Perguntou. Dei de ombros rindo. Meu celular começou a apitar novamente e ele pegou o celular para mim tentando desbloquear. Irritado, peguei o celular e abri para ele. André começou a vasculhar meu celular pelas mensagens que estavam chegando. Até que escutamos uma voz.

"Não posso trocar de plantão com ninguém. Deixe meu sábado quieto"

— Eu conheço essa voz — Falei pensativo.

— O nome dela é Melissa — Ele falou lendo o nome ao lado do número dela. Guardei mais camisas no guarda roupa.

— Ela é uma gata — Ele assobiou. Fui até ele e observei a foto de perfil, seu cabelo é castanho cacheado longo, acho que ele esteja mais para ondulado do que cacheado, sei que a forma com os cachos estão bem soltos na foto só a deixava mais linda, seus olhos claros  eram fascinantes. Pena que a mulher por trás dessa beleza toda é uma víbora.

— E chata. Nos conhecemos na entrada do hospital, discutimos porque quase atropelei ela, definitivamente não nos damos bem — Falei. Ele riu colocando a mão em sua barriga.

— A primeira mulher que não é atingida por seus encantos! — Deixei meus ombros caírem entediado esperando meu amigo parar de rir.

— Vai rindo da minha desgraça, ninguém merece trabalhar com pessoas que não gostam do restante da equipe — Era chato e cansativo. Foi isso que me fez sair do outro emprego. Para a minha total chateação ele tocou outro áudio.

"Estou com preguiça de escrever, então aturem meus áudios. Mas enfim, sinceramente não tem o que fazer diante daquela mulher chata. Da última vez ela deixou toda a bancada suja e a culpa caiu para mim. Doida para levar uns 'tabefe' "

André sorriu animado.

— Ela é brava e tem um sotaque diferente — Falou ouvindo o áudio novamente.

— Acho que é do nordeste — Falou, assenti falando que eu também achava isso — Eu diria que é baiana e você?

— Cearense — Algo me dizia que ela era do Ceará, até o jeito dela de agir comprova isso.

— A mulher tem um gênio muito forte — E ele só tinha ouvido alguns áudios, eu só em um dia já sabia disso com certeza.

— Você não viu nada — Argumentei. Ele se levantou e foi até o espelho.

— Você só a conheceu ontem. Acalmasse, talvez as coisas melhorem — Eu queria realmente acreditar nisso, quando guardei uma pilha de calças o celular dele apitou e ele sorriu para a tela.

— Vamos na USP comigo? — Neguei com a cabeça. Nós dois tínhamos nos formado lá, é uma das melhores universidades do país. E às vezes eu sentia muita saudades de lá. Mas eu não quero sair de casa hoje.

— Qual é?! Vamos comigo! — Estreitei meus olhos para um André todo sorridente.

— Como é o nome dela? — Perguntei.

— Mariane.

Joguei na cama a camisa que eu estava dobrando e assenti para ele dizendo que eu iria. Precisava sair, me distrair. Peguei uma roupa qualquer e me troquei. Peguei minha carteira e meu celular, que acendeu novamente com mensagens, o plantão do final de semana vai ser divertido. Pensei.

Fomos em meu carro, porque de acordo com André, dá mais impressão. Eu não sou extremamente rico, mas ganho o suficiente para me sustentar e o carro e o apartamento foram meus pais que me deram de presente de formatura. E ainda havia a herança que eu havia ganhado da minha avó.

Estacionei meu carro e cumprimentei algumas pessoas que nos reconheceram assim que chegamos. André ajustou sua camisa e seu cabelo no espelho e seguiu andando. Eu abaixei minha cabeça rindo e pus minhas mãos nos bolsos da minha calça.

Quando André parou para conversar com alguém, aproveitei para olhar ao redor. Os estudantes passavam apressados, havia jovens estudando na grama. Casais sentados juntos. Pessoas que definitivamente não sabiam o que fazer da vida e uma Melissa andando pelo o campus…. Melissa?

Tentando ver se meus olhos não estão me pregando uma peça olhei novamente, e confirmei que era ela.

— Não sabia que estudava aqui — Comentei. Ela parou no lugar me encarando de cima a baixo e bocejou. Ela realmente bocejou, ela ainda estava de pijama e me perguntei qual período do curso estava.

— E eu não sabia que você estaria aqui. Se eu soubesse teria ido pelo o outro lado — Ela bocejou novamente — Se bem que aquele lado deveria ser mais rápido… — Ela falou sozinha. Estreitei meus olhos desconfiados.

— Você veio direto do hospital para cá? — Quanta coragem. Eu não funcionaria direito se fosse assim.

— Eu não vou aprender se estiver em casa — Eu poderia ter ficado sem essa, ela estava de óculos o que me intrigou já que ontem a noite ela não os usava. Ela percebeu que eu estava a encarando, e notou que ainda estava de óculos, ela o tirou e o guardou dentro de uma caixinha logo em seguida colocando em sua bolsa.

— Eu tenho que ir.

— Espera, você mora aonde? Não quer uma carona? — Ela enrugou o nariz me encarando como se esperasse que eu estivesse brincando.

— Não obrigada, prefiro o ônibus lotado do que pegar carona com você — Dizem que a primeira impressão é a que fica, é a nossa primeira impressão não tinha sido uma das melhores.

— Que seja — Dei de ombros e coloquei meus óculos escuros.

— Melissa! — Alguém a chamou, fazendo-a virar e sorrir para a tal pessoa que a chamou. Observei André vindo em nossa direção com uma loira ao seu lado. Não, não, será possível?

— Mari! Eu tava indo para casa agora — Espera ainda? Essa é a tal Mariane?

— Nicolas, essa é a Mariane — E com as palavras do meu amigo eu tive a certeza e quando a loira apresentou André para Melissa eu soube que eu não teria que aguentar Melissa somente no hospital.

— Vocês já se conhecem? — Andre perguntou para mim alternando entre mim e Melissa.

— Sim, vamos trabalhar juntos — Ela falou meio a contra gosto.

— Espera? Você é a Melissa? — Ele falou animado fazendo com que um vínculo em suas sobrancelhas se criassem.

— Eu ouvi seus áudios no grupo dele — Ele explicou apontando para mim, Melissa nos encarou e deu de ombros.

— Que seja. Estou indo para casa, a gente se ver lá Mari? — Elas moravam juntas, mas que beleza. Mari assentiu.

— Não quer vim com a gente almoçar? — Almoçar com ela? Não, eu só posso ter jogado pedra na cruz, só pode. Para a minha sorte Melissa negou.

— Eu preciso mesmo de um banho e da minha cama — Mari entendeu sua amiga e sorriu para ela, Melissa estava quase virando as costas quando a chamei.

— O que?

— Devo esperar alguma coisa do plantão do final de semana? — Ela me encarou como se eu fosse o mais idiota possível. Eu estava começando a concordar com ela nesse quesito.

— Estresse. Somente estresse doutor Bittencourt, a equipe de sábado não é uma das melhores — Ela foi sincera, então apenas assenti e a agradeci. Eu já tinha lidado com equipes chatas antes, não vai ser agora que vou ter problema.

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