Ops, Lacei o Amor! โ€ข JJK+PJM

By wooyjk

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ใ€Œ EM ANDAMENTO ใ€ Apรณs ser despedido do emprego, Kim Namjoon encontra uma maneira de recomeรงar, ou melhor dize... More

โš ๏ธAVISOSโš ๏ธ
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By wooyjk

Aôba!🤠

Minhas sinceras desculpas pelo atraso, vius? Mas a escola tá me matando e eu ando muito ocupada com outras questões que estão tomando MUITO o meu tempo, então não posso assegurar que atrasos assim não voltem a se repetir. Não desistam de mimmm!! :'D

Usem a hashtag da fic no twitter para fofocarmos sobre os acontecimentos lá tbm!☕

Comentem muitooo!!🍷

Boa leitura!💌

#LacemOClementino

O céu escureceu rápido e nesse meio tempo, Jungkook, Jimin e Taehyung não saíram mais do curral, se distraíram cuidando e brincando com Meeko. Só foram de fato embora quando Yeonjun apareceu no local carregando uma expressão enfurecida, dizendo que Ana e Rosélia estavam procurando por Taehyung e Jimin.

Rosélia era a mãe de Jimin. Ficou claro de imediato para Jungkook.

― Vou roubar seu gatinho ‘pra mim, sério! ― Taehyung estava sentado na calçada da mansão, brincando com o gato que estava no chão.

― Não faça isso, senão, quem vai ouvir meus desabafos? ― Jungkook riu e esticou as pernas na calçada, tombando a cabeça para trás.

― Você desabafa com ele? ― Jimin perguntou ao se sentar próximo do avermelhado.

― Ele é um bom ouvinte e não me julga quando eu admito alguma cagada que fiz. E ele já me ajudou muito em momentos difíceis. ― sorriu ao olhar para o garoto ao lado.

― E você lá já fez alguma cagada? Parece ser todo perfeitinho, uai. ― o comentário de Jimin fez Jungkook rir fraco.

― Eu não sou perfeitinho. Existem pontos… complicados, sabe?

― Sei bem. ― emitiu grave ― Mas me diz alguma cagada que você possa ter feito, se não se importar, claro. É que eu não imagino você fazendo bagunça.

― Eu sou paranóico demais, e isso influencia muito, tipo: eu já deixei de fazer várias coisas que eu queria porque pensei demais, inventei paranóias e me arrependi muito depois por ter dado ouvidos para pensamentos bobos, depois fico me culpando e pensando nas outras possibilidades, caso eu tivesse agido diferente.

― Nesse ponto eu me identifico. ― foi Taehyung quem disse. ― Sabe a pessoa que eu gosto? ― perguntou e Jungkook afirmou. ― Eu já pensei em tantas possibilidades do que poderia acontecer se eu chegasse nela. A maioria são negativas porque, a pessoa mal olha na cara quando eu olho, então já me dá motivos para pensar que eu levaria o maior fora se tentasse. Ao mesmo tempo, eu queria muito falar, porque porra, estou nessa faz o quê? Vai fazer uns cinco anos. Eu queria poder colocar isso para fora, mas eu sou paranóico demais. Como você disse, isso influencia muito.

Jungkook piscou, atônito. Taehyung parecia mesmo apaixonado pela tal pessoa, os olhos do agroboy brilhavam ao tocar no assunto e ao mesmo tempo carregavam um sentimento aflitivo. Nunca viu muitas pessoas apaixonadas, mas com certeza, Taehyung era um apaixonado lascado.

― Vocês já conversaram alguma vez? ― Jungkook perguntou.

― Pouquíssimas vezes e foram os segundos mais preciosos da minha vida, mesmo que estivéssemos falando de fungos para a aula de biologia. ― riu fraco e acariciou Bibble. ― E você? Já gostou de alguém?

Jungkook desviou os olhos para as árvores mais distantes, sentindo o olhar de Jimin, que antes focava em Taehyung, agora caía em si. O avermelhado deu de ombros e respondeu:

― Não nessa intensidade, foram paixonites passageiras, e quase todos os meus crush não sabem que tive um crush neles. Eu só consegui dizer para um deles porque ele disse primeiro que gostava de mim, mas não deu em nada, ficamos e não passou disso. Eu nunca cheguei em ninguém. Sou a pessoa que espera as atitudes, já que não consigo tomar uma sem quase morrer de nervoso ou com paranóias.

― “Ele”? ― Taehyung não deixou de perguntar.

Por um momento, Jungkook engoliu seco. Ainda não tinha citado que era pansexual, agora pensava se isso seria um problema ali. De qualquer forma, ele não iria ocultar quem ele era para agradar alguém, então resolveu responder com sinceridade.

― Sou pan. ― revelou com mansidão, mesmo que por dentro estivesse surtando. ― Não é um problema, não é?

― Claro que não! ― foi Jimin quem respondeu com um sorrisinho.

Taehyung também mantinha um sorriso no rosto, mas diferente de Jimin, o garoto de boné parecia orgulhoso do avermelhado por revelar aquilo com tanta confiança e coragem.

― Só ficou com esse garoto? ― Tae perguntou em seguida.

― Não, fiquei com uma menina também… depois dela insistir muito e conseguir espantar minha timidez.

― Pegador, ‘tá vendo, Jico? Você deveria seguir o exemplo dele. ― alfinetou o primo e riu.

― Olha quem fala. ― Jimin também apoiou os cotovelos no degrau de cima e tombou o corpo um pouco para trás, olhando para as árvores. ― Eu estou bem assim…

― Eu não diria que sou um pegador, foram só duas pessoas! ― Jungkook disse para Taehyung e este riu.

― Foi mais do que o Jico! Ele ficou com uma e parou nela para nunca mais. A paixão né.

Mais uma vez, Jimin se mexeu inquieto e Jungkook teve a certeza de que aquele assunto incomodava o moreno.

― Vocês não tem que ir embora, não? ― Jungkook mudou de assunto.

― Temos, mas está tão bom aqui, papeando. ― Taehyung retirou o boné e bagunçou o cabelo.

― Vão matar a gente. ― Jimin disse, voltando a sorrir novamente. ― E aí, Jungkook? Você vai com a gente amanhã ou seu pai vai te levar?

― Cara! Vem com a gente! ‘Cê não deve estar acostumado a andar de ônibus, na verdade acho que nem deve saber o que é um, mas, vem com a gente! Vai ser massa demais, moleque! Você precisa conhecer meus crias de lá. ― Taehyung quase pulava em cima de Jungkook de tanta afobação.

― Eu vou falar com o meu pai então. Talvez ele fique meio assim, já que ele sempre me levou nos primeiros dias. Ele deve pensar que não sei me virar e eu não tiro a razão dele, eu realmente não sou ninguém se me sentir deslocado e sozinho em um lugar que não conheço.

― Você vai ter a gente lá, então não vai estar sozinho. ― Jimin deu uma piscadela para o avermelhado e este sorriu sem graça. ― Fala com ele, queremos muito você indo com a gente.

― Cara… vou dizer, você é um riquinho legal, eu gostei de você. ― Taehyung disse sincero.

Antes que Jungkook pudesse responder, uma quarta voz se fez presente, um pouco mais distante.

― TAEHYUNG, ARROMBADO! A MÃE DISSE QUE SE VOCÊ NÃO VOLTAR AGORA, VOCÊS VÃO SE ACERTAR DEPOIS! ― Yeonjun gritou de longe.

― Vai se ferrar, Zé! ― Taehyung se levantou de cara fechada. ― Eu já estou indo.

― É agora, Taehyung! Depois eu levo bronca também!

― Eu já vou, mas que caralho!

― Não vem nada, vai ficar aí conversando. Eu não vou levar bronca por sua causa, ‘trem atentado! Quer saber? Vou dizer pra mãe que você disse que não vai. ― Yeonjun se virou e passou a correr.

― Fodeu! Tchau, Jico e Goo! ― disse antes de sair correndo atrás do irmão.

Jungkook e Jimin gargalhavam da situação dos dois irmãos. As risadas cessaram e os dois se encararam puxando a respiração. Jimin iria dizer algo, mas sua fala foi cortada quando sentiu algo subir em seu colo. Bibble.

― Meu Deus! Ele está muito soltinho para quem acabou de te conhecer! Meus amigos demoraram para conseguir a confiança dele, ao ponto dele subir no colo deles. ― Jungkook expôs e riu confuso.

― Acho que ele gostou de mim então. ― sorriu e acariciou o bichano. ― Eu também gostei muito de você, Bibble.

― Você tem que ir para casa também, né? ― perguntou mesmo ciente da resposta.

― Tenho. ― deu uma pausa e soltou um riso antes de dizer: ― Mas minha mãe é mais de boa do que minha tia Ana, garanto. Ela só não gosta que eu fique andando pela fazenda à noite, por achar perigoso, sabe? Mas eu quero ficar mais um pouco aqui contigo… a não ser que você queira entrar. ― apontou para a porta aberta da mansão.

― Não, eu estou de boa aqui com você também. ― sorriu satisfeito.

― Hm… ― Jimin murmurou, fechando levemente os olhos em busca das palavras. ― Que tal fazermos perguntas? Assim eu conheço mais sobre você e você sobre mim.

― ‘Tá bo!

― ‘Tá bo? ― sorriu pela forma que a pronúncia do avermelhado saiu.

― Meu amigo Felix falava muito assim, acabei pegando. Mas pode mandar as perguntas, estou pronto!

― Beleza, ãh… vamos começar com uma mais simples. Cor favorita?

― Todas conta? Tipo, eu não consigo decidir porque uma hora eu me identifico mais com amarelo e outra hora com verde e assim segue o ciclo.

― Achei que diria vermelho.

― Por causa do meu cabelo? ― perguntou e Jimin afirmou. ― Ah não, eu amo vermelho, mas eu tenho uma coisa que é tipo, cores para cada coisa, sabe? Por exemplo: Para cortinas, eu prefiro cores escuras, para lençóis de cama, eu prefiro cores pastéis, para roupas varia muito as combinações, e no momento, para o meu cabelo eu prefiro esse tom de vermelho.

― Você realmente é surpreendente. ― o moreno soltou simplista, conseguindo deixar o avermelhado sem graça mais uma vez.

― E a sua cor favorita? Calma, você vai dizer preto ou azul!

― Errado, cherry! ― o apelido pegou Jungkook de surpresa. ― Eu gosto de vermelho e verde.

Cherry? ― sorriu sem ao menos notar.

― Eu já disse que você me lembra uma cereja? Não? Você me lembra uma cereja, mas com um cheiro de melancia. É uma cerejinha diferenciada.

― Certo então… ― sorriu e suspirou. ― 'Ta! Filme favorito?

― "Shrek", e o seu?

― Calma... Shrek um, dois, Shrek Terceiro ou…?

― Todos os filmes.

― Oh, entendi. Ok, meu filme favorito… "Para Todos os Garotos que Já Amei" e os filmes da Barbie.

― Qual o seu filme favorito da Barbie, cherry?

― Pow, você me complica assim! ― ambos riram. ― Na verdade está bem óbvio, "Barbie Fairytopia" e "Barbie em Vida de Sereia".

― Nem sei porque perguntei. ― riu nasal. ― Hm, estilo musical?

― Escuto de tudo, porém depende também. E você?

― O mesmo, se é música então eu estou escutando!

― Essa é braba! ― Jungkook esfregou as mãos e Jimin riu. ― Cantor favorito!

― Michael Jackson, Marília Mendonça, Kamaitachi.. tem outros, mas estes estão sempre na frente.

― Kamaitachi? Jura? Não esperava. Ok, eu gosto de muitos cantores, mas nada e nem ninguém está acima dela… Taylor Swift!

― Já ouvi falar, mas não me recordo de muito…

― Que absurdo, agroboy! Como vamos ter uma amizade se você não conhece a causadora dos meus surtos? Você precisa estar por dentro para saber lidar com a situação. ― expressou com falsa indignação e Jimin soltou mais uma risada gostosa.

― ‘Tá bom, eu vou escutar as músicas dela, por você.

Mais uma vez… mais uma vez Jungkook tinha sido pego totalmente de surpresa. Nunca, uma pessoa que não conhecia as músicas da Taylor Swift se dispôs a escutar as músicas da cantora por sua causa. Jungkook estava sorrindo igual um idiota.

Certo que Jimin poderia ter dito aquilo da boca para fora, o que era comum e depois esquecia em questão de segundos. Mas Jungkook ficou feliz de qualquer jeito, sendo verdade ou não.

― Que perfeito…

― O quê? ― Jimin perguntou confuso.

― Você. ― não saiu propositalmente, mas quando Jungkook se deu conta, já era tarde.

Jimin sorriu largo e desviou os olhos para o gato em seus braços, enquanto Jungkook cogitava a ideia de sair correndo e enfiar a cabeça em um buraco de tanta vergonha.

― Desculpa, sou muito emocionado quando o assunto é a Taylor. ― riu sem graça.

― Nãoo, não se desculpe, cherry! ― riu e empurrou levemente o avermelhado. ― Sua personalidade é uma graça!

― Valeu… mas voltando para as perguntas, comida favorita?

― Essa é fácil, cachorro quente e requeijão!

― Requeijão? ― Jungkook arqueou a sobrancelha.

― Não aqueles tipo pasta que você compra no mercado, eu me refiro aqueles que quando faz, parece uma goma e quando esfria, é tipo um queijo. E é ótimo com açúcar! Minha avó faz sempre.

― Nunca nem vi…

― Está vivendo errado. Quando minha avó fizer, eu te chamo, beleza?

― ‘Tá bo. ― sorriu animado.

― E você? Qual sua comida favorita?

― Comida japonesa e lasanha.

― Comida japonesa é horrível… ― a careta do moreno fez Jungkook abrir a boca em indignação.

― Eu não vou nem te responder! ― resmungou, escutando o outro rir. ― Sobremesa favorita?

― Pudim!

― Açaí.

― Açaí é ruim.

― Jico, a nossa amizade não vai pra frente pelo que estou vendo…

Outra gargalhada de Jimin atingiu os ouvidos de Jungkook. O avermelhado acabou deixando um sorriso escapar.

― Eu juro que tentei gostar, provei aquele treco de várias maneiras diferentes e tudo é muito ruim.

― Vai me dizer que tem gosto de terra? ― cruzou os braços novamente. ― Já comeu terra, Jico?

― Já, e pela sua cara de riquinho, vejo que você nunca comeu terra.

― Engano seu, uma vez caí com tudo no quintal de casa e engoli terra. Por isso afirmo, açaí não tem gosto de terra não.

― Vamos mudar de pergunta, porque senão vira barraco. O que você gosta de fazer além de andar de skate?

― Ler meus livros, dançar, comer, ouvir músicas, assistir meus animes, tirar fotos de coisas aleatórias, e outras coisas aí. Sua vez.

― Eu amo tocar violão, cantar, andar de cavalo pelo pasto com o Tae, assistir o Taehyung pintando quadros-...

― Calma lá, é muita informação! Primeiro: Você toca violão e canta?! E segundo, o Taehyung pinta quadros?!

― Sim, eu toco violão e gosto de cantar, mas é só para pessoas mais chegadas, sabe? ― sorriu. ― E o Tae ama pintar, as paredes do quarto dele é a coisa mais linda, até a parede do meu quarto! Ele insistiu tanto em rabiscar lá que eu deixei. Mas ele só pinta quando está inspirado ou sentindo alguma coisa, seja tristeza, felicidade…

― Que foda… será que ele me mostra os quadros dele? Quero tanto ver agora…

― Mostra, se você pedir, ele vai te mostrar com a maior empolgação do mundo! Ele paga de bruto, mas é uma criança de cinco anos. ― proferiu com um sorriso bonito.

― E você? Se eu pedir para tocar violão, você toca?

― Depende, se eu pedir para ver você dançando, você dança?

― Vamos deixar isso para resolver no futuro, eu tenho vergonha de dançar com os outros olhando. ― riu junto com o moreno.

Seungmin apareceu na porta de repente, assustando os dois sentados na calçada.

― Goo, o Nam está te chamando para jantar, vem. Se quiser, traz o Jico também. ― disse, antes de sair novamente.

― Você quer entrar? ― fez o convite.

― Hoje não, cherry. Minha mãe está me esperando, eu preciso ir. ― se levantou. ― A gente termina as perguntas depois.

― Tudo bem.

Jimin esticou o braço, devolvendo o gato para Jungkook, que pegou de imediato com um sorrisinho.

― Fala com o seu pai, ‘cê tem que ir com a gente amanhã.

― Eu vou falar, prometo.

― Então até amanhã, tchau!

― Tchau!

Jimin sorriu, colocou as mãos nos bolsos da calça e saiu dali, sendo acompanhado pelo olhar de Jungkook.

O avermelhado se virou e entrou em casa com um sorriso quase rasgando os lábios. Antes de ir para a mesa de jantar, correu para seu quarto, deu comida e água para Bibble e o gatinho aceitou de bom grado.

O jantar foi resumido no assunto Meeko; o bezerrinho fofo. Jungkook também disse sobre tudo que viu naquela tarde com os dois outros garotos, sobre a represa, os patos, e várias outras coisas não muito importantes, mas que Jungkook fez questão de contar, já que era ouvido com tanta atenção pelo pai e pelos tios.

No fim do jantar, Jungkook ajudou a tirar a mesa, a lavar os pratos com Namjoon na intenção de facilitar o serviço de Ana no outro dia. Depois disso, o avermelhado subiu para o quarto novamente para tomar um banho e arrumar seus materiais para seu primeiro dia de aula no dia seguinte.

Entre tantas coisas que Jungkook amava ― que não eram poucas ― estava seus pijaminhas estampados com animais fofos. O da vez era um de gatinho, na cor branca. Poderia até ser brega em algumas vezes, mas era confortável e poxa, também era fofo ao seus olhos, ninguém é obrigado a vestir grife para dormir.

― Amanhã temos… ― pegou o celular para conferir o horário de aulas que tinha pegado com a coordenadora ― biologia, Sociologia, duas de Língua Portuguesa e duas de inglês. Olha só, começamos bem, Bibble! Não temos matemática e temos Português e inglês.

O gato encarou Jungkook por cinco segundos e depois voltou a lamber sua pata.

Jungkook pegou os cadernos das matérias citadas e organizou todos em sua mochila, a deixando praticamente pronta para o outro dia. Com isso feito, a deixou em cima da cadeira perto de sua escrivaninha.

― Eu também devo ver a roupa que vou amanhã ou deixo isso para amanhã? ― perguntou para o gato. ― Acho que estou muito ansioso, né?

― Está.

Não tinha sido Bibble que respondeu, óbvio. Se tratava de Namjoon que estava na porta do quarto, sustentando um sorrisinho no rosto.

― Oh, papai! Entra, entra! ― sorriu ao ver o mais velho.

― Problemas com o nervosismo para o primeiro dia? ― perguntou ao se aproximar e sentar na cama ao lado do filho.

― Um pouquinho… ― riu. ― Aliás, pai, eu queria conversar com você sobre algo, na verdade pedir algo.

― Claro, meu bem. O que seria?

― Hoje eu passei o dia com os meninos, você sabe. Eles tão legais, pai… ― sorriu. ― Eles me sugeriram ir amanhã com eles e com o Seungmin no ônibus. Eu posso, por favor?

Namjoon não respondeu de imediato. O acastanhado tombou a cabeça levemente para o lado, encarando o filho e sorriu confuso.

― Você tem certeza?

― Uhum! Eles disseram que vão ficar do meu lado para eu não me sentir sozinho, então você não precisa se preocupar com isso! Eu vou ficar bem, eu prometo!

― Eu sei que você vai ficar bem, o que me deixou assim é perceber que… ‘tá eu sei que você está com quase dezoitão nas costas, mas às vezes eu vejo meu menino de cinco aninhos, sabe? Você cresceu tão rápido…

Jungkook riu nasal, se arrastou para mais perto de Namjoon e o abraçou, sentindo um beijo ser depositado no topo de sua cabeça.

― Então está tudo bem eu ir com eles?

― Claro que sim, se é isso que você quer, por mim tudo bem.

― Oh, sério?! Obrigado, obrigado! ― apertou Namjoon no abraço e escutou o mais velho rir.

― Você ‘tá forte moleque, credo! ― riu e apoiou levemente seu queixo sobre a cabeça do mais novo.

― Que nada. Você quer me ajudar a escolher a roupa? Eu não posso ir de qualquer jeito!

― O dia que você vestir algo simples e sem preparo para sair de casa, eu posso ter a plena certeza de que você está doente. ― Namjoon disse ao ver o filho se levantar e ir até o guarda-roupa.

― Não é para tanto também.

― Pior que é. Mas me mostra aí as opções que você está pensando em usar amanhã. ― se ajeitou na cama.

― Ok! A calça é simples, não tem discussão, será essa aqui com correntinhas. Agora na parte de cima, eu estou em dúvida entre essa blusa branca mais larguinha com essa estampa mais básica, nada muito exagerado. Segundo opção: Essa preta mais casual, com mangas mais longas, essa gola branca redonda bonitinha, mais séria que a primeira opção, eu diria. E por último, a terceira opção, é essa azul acinzentada, colarinho alto, mais larguinha e mais simples também. E aí?

― Acho que a terceira opção. Você fica ótimo em todas, mas essa é uma das minhas favoritas.

― Ok, será essa! ― se virou e separou a vestimenta em um canto do armário junto com a calça. ― Agora sapato.

O avermelhado abriu a outra porta do armário, exibindo todos os calçados. O que mais tinha ali eram All Star de variadas cores, já que Jungkook gostava de colecionar.

― Eu iria no All Star tradicional preto e branco mesmo, mais simples. Mas também amo essas botinhas pretas. ― Namjoon comentou pensativo.

― Deixamos as botinhas para outro dia e ficamos no All Star então. Pronto.

― Acabou?

― Quer me ajudar na escolha de acessórios também? ― a pergunta do avermelhado fez Namjoon rir e afirmar. ― É mais rápido, juro.

― Você pode passar a noite inteira falando que eu escutaria de boa.

― Então, eu escolhi duas opções, ambas tem dois tipos correntinhas que eu acho que combinam juntas. Então, para a primeira opção… temos essa mais simples, com essa correntinha mais fina e essa mais grossinha, eu amo usar essas duas juntas. Agora a segunda opção, é essa com o pingente de cobrinha com essa outra simples mais justinha no pescoço.

― A segunda opção.

― E a cobrinha leva a melhor! ― se virou para guardar os acessórios, escutando Namjoon rir. ― É isso então. Mais pra frente meu uniforme chega e eu não vou precisar me preocupar com isso… quer dizer, não vou precisar me preocupar com a blusa.

― Já pensou em seguir na área de Moda, Goo? Você gosta de falar sobre essas coisas.

― Já pensei, mas ao mesmo tempo acho que não é exatamente isso o que eu quero. Eu ainda tenho mais um tempinho para pensar nisso e decidir de vez o que quero.

― Tenho certeza que você vai se sair muito bem no que escolher. ― sorriu, deixando os dois furinhos nas bochechas expostos.

Jungkook sorriu agradecido e se virou para arrumar a pequena bagunça que tinha feito com as roupas no armário.

Namjoon ficou ali durante mais alguns minutos conversando com o avermelhado até chegar o momento em que ele se levantou alegando que iria dormir. Claro, não saiu do quarto sem dar boa noite a Jungkook e Bibble, deixando um beijo no topo da cabeça de Jungkook e um carinho no gato.

Diferente da noite anterior, Jungkook conseguiu dormir mais cedo, devido a conversa que teve com Namjoon, o mais velho tinha acalmado o garoto e espantado o nervosismo, resultando em uma boa noite de sono. Bibble também teve sua participação quando subiu em cima da cama e se deitou ao lado de Jungkook, deixando o último citado feliz antes apagar e entrar em um sonho com pouca lógica.

No quesito acordar cedo, Jungkook iria manter o hábito, mesmo que agora fosse estudar em outro turno que não precisasse que ele já estivesse de pé às cinco ou seis da manhã. Era questão de criar uma nova rotina, agora que não tinha mais a tarde livre.

Começou colocando isso em prática quando acordou cedo, dando bom dia ao seu amado gato dorminhoco ao seu lado, logo depois, arrumou sua cama e correu para o banheiro, no intuito de lavar o rosto e fazer suas higienes matinais. Em relação ao banho que ele costumava tomar na rotina antiga para ir para a escola, foi reprogramado para mais tarde, já que não viu necessidade de o fazer ali se pretendia realizar outras atividades antes, e uma delas, era o treino com Namjoon.

Antes de sair do quarto, trocou a água de Bibble e colocou a ração. O gato já esperava sentado perto da sacada.

O bichano tinha se acostumado rápido com o local. Era incrível aos olhos de Jungkook.

O café já estava na mesa e como esperado, Jackson e Namjoon já estavam ali.

― Goo, bom dia! ― Jackson cumprimentou e exibiu um de seus sorrisos mais bonitos.

― Bom dia, tio Jack, bom dia pai. ― devolveu na mesma simpatia e sentou-se do outro lado de Jackson, este que ficava na ponta da mesa. ― Está animado, tio?

― Eu quem deveria te perguntar, mas já que você fez isso antes: Sim, estou animado com o seu primeiro dia na escola. Sei que não tem nada haver comigo, mas é mais forte do que eu!

Jungkook se permitiu rir alegre ao descobrir o motivo da afobação de Jackson.

― Jack tem só idade é tamanho, mas continua sendo assim… ― Namjoon fez um sinal com os dois dedos, representando um pequeno tamanho, que resultou em risadas dos outros dois ali.

― Mas e aí? Animado também? ― perguntou ao sobrinho.

― Sim, mesmo que não pareça muito. ― respondeu com um sorriso na medida que pegava um copo na mesa. ― É muita coisa para raciocinar ao mesmo tempo, eu fico sem saber como reagir a cada uma.

― Nam disse que você vai com o Mine no ônibus. Já te aviso, não se deixe levar muito nas ideias do Seungmin, o moleque às vezes não bate bem das ideias não. ― contou como se fosse um segredo e Jungkook riu. ― Brincadeiras à parte, você vai adorar o pessoal do ônibus… ou se assustar, das duas opções, uma.

― Vai deixar ele mais ansioso! ― Namjoon deu um tapinha no braço do irmão.

― O que vai fazer hoje, tio? ― Jungkook perguntou antes de beber seu achocolatado.

― Ih, Goo… ― riu nasal e prosseguiu: ― meu dia hoje é cheio, mas dizendo resumidamente, vou resolver algumas questões envolvendo as plantações e uns probleminhas que deu pelas terras de lá, receber um homem interessado por alguns cavalos e quem sabe fechar negócio, fora outras coisinhas que te dariam sono.

― Não vão vender o Rocambole, não é? ― perguntou quase aflito.

― Claro que não! Não sou nem louco. Temos muito amor e carinho por ele, não se preocupe. ― riu, tranquilizando o avermelhado. ― Aliás, por falar nele, teu pai quer te dizer algo.

Namjoon que mastigava um pedaço de pão, parou no mesmo segundo com as bochechas estufadas e cerrou os olhos para Jackson. Demorou alguns segundos para conseguir engolir o alimento e se preparar para resolver a situação que seu irmão tinha iniciado.

― Eu iria falar pra ele depois, seu boca aberta. ― claro que primeiro insultou o irmão, escutando uma risadinha deste.

― Contar pra mim é praticamente pedir pra mim adiantar o assunto, uai.

― Vai se lascar. ― riu e se virou para Jungkook. ― Eu iria te falar depois, Goo, mas o boca aberta do seu tio não sabe esperar. Mas enfim, eu estava falando com ele sobre a minha decisão de te presentear com mais um bichinho, o Rocambole no caso.

― Vai me dar um cavalo?! Tipo… Um cavalo que deve valer mais do que… sei lá?! ― Jungkook quase pulou da cadeira. ― Eu não sei cuidar de um cavalo!

― Sem desespero, Goo. ― Jackson riu. ― Não é como se ele fosse dormir no seu quarto. Ele vai continuar lá no cantinho dele, os funcionários ainda vão dar banho, comida, mas ele é seu!

― Por que está me dando ele, pai? Ele é seu desde que nasceu, por que não quer mais ele? ― não deixou de perguntar.

― Não é que eu não quero mais ele, Goo. Amo aquele cavalo e vi que você também amou ele, a diferença é que você agora vai ser mais capacitado para dar mais amor e atenção para ele. Eu confio em você e sei que você não vai se desgrudar dele quando pegar o jeito da coisa. O Rocambole é um animal dócil, tenho certeza que sua companhia vai fazer um bem danado para ele.

― Espera só o Bibble saber que tem um irmão! ― sua fala fez os dois mais velhos gargalharem alegres. ― Eu juro que vou dar o meu melhor para cuidar dele!

― Sei que vai! ― Namjoon sorriu. ― Depois, quando tivermos mais tempo, quero te ensinar a montar, para você passear com ele depois, beleza?

― Beleza!

Seria mentira se dissesse que não estava um pouco receoso com a ideia de ter que subir em um cavalo com o dobro de seu tamanho, mas ao mesmo tempo, seria uma experiência nova e uma maneira de se aproximar mais do seu novo “filho”.

Jungkook se perguntava: como tudo tinha virado de ponta cabeça tão rápido? Semanas atrás, ele estava na cidade grande levando sua vida normal como ele pensou que levaria pelo resto da vida. Agora morava em uma fazenda e tinha um cavalo.

Que loucura, às vezes parecia que a ficha não tinha caído.

Depois do café e de um pequeno intervalo, Namjoon e Jungkook foram para a sala de academia da casa, para se exercitarem, o que durou duas horas e meia. Com o fim do treino, Jungkook optou pelo banho já que o horário do almoço se aproximava e ele não queria de forma alguma se atrasar arrumando-se ou almoçando depois.

Quando retornou para a sala, notou algo que ele imaginou que iria ver muito naquela casa: Seungmin ignorando o horário.

― Menino! Seus irmãos não vão te levar hoje não, criatura! ― Ana quase arrancava os cabelos enquanto puxava Seungmin do sofá. ― Levanta já desse sofá, pelo amor de Deus! Você vai se atrasar!

― Calma, Aninha! Sempre dá tempo, poxa! ― ele argumentou com tranquilidade.

― Eu vou infartar… é isso. ― ela suspirou e caiu sentada no sofá com as mãos na testa. ― Você quer me matar, não tem outra explicação mais lógica.

― Problemas? ― Jungkook perguntou ao descer as escadas, já devidamente vestido e com a mochila nas costas.

Seungmin analisou o avermelhado de cima a baixo e piscou lentamente. Já uma parte de Ana Lourdes, aparentemente tinha se acalmado, julgando pela expressão relaxada que tomou seu rosto.

― Deus é maravilhoso! Eu sabia que o senhor não iria deixar que mais uma cria me fizesse ter uns dez AVC em menos de cinco segundos. Obrigada senhor! ― ela ergueu as mãos para o céu. ― Siga o exemplo do seu… sobrinho? ― ela franziu o cenho com a própria fala. ― Nem parece… mas bem, siga o exemplo do Jungkook, e pare de me enlouquecer!

― A senhora que é exagerada, Aninha… ― devolveu antes de correr para as escadas, assim que Ana se levantou e pegou a chinela do pé.

Jungkook riu e deixou a mochila no sofá. Ana respirou fundo, colocando a chinela no pé de novo e sorriu para o avermelhado ali próximo.

― O almoço está servido, Jungkook, você pode vir comer. O Mine já encheu o bucho e já me passou raiva, agora posso descansar um pouco.

― Parece que a senhora tem três filhos, afinal. ― comentou risonho na medida que se direcionava para a mesa. ― Vou comer primeiro para depois escovar os dentes.

― Mas espere um pouquinho, viu? Vi na internet que não é bom escovar os dentes logo depois de comer, então espere só um tiquinho. Só precaução. ― ela riu. ― Em relação ao Seungmin, bem, eu vi esse pivete crescer, estive presente e cuidava dele quando a mãe dele não podia. Criamos um vínculo bacana, mas que faz minha pressão subir e descer.

― Entendi… ― deu uma pausa e encarou o prato vazio antes de voltar a dar atenção para a mais velha. ― Ana? Minha… avó, era uma mulher bem ocupada, não? Digo, já que você cuidava do Mine quando ela não podia. Imagino que era constante, talvez?

― É… ― Ana soltou o ar preso. ― Dona Margarida era uma mulher… complicada, as coisas pioraram depois da morte do marido.

― Meu pai não fala muito sobre isso comigo, e… eu não pergunto muito sobre porque já percebi o quão difícil é pra ele tocar nesse assunto dos meus avós.

― Foi algo que machucou muito o seu pai, né? ― sorriu amargo. ― Mas tudo bem, o importante é que hoje, está tudo bem! Agora come! Vocês vão sair daqui a pouco e eu vou apressar o Seungmin, porque se não ficar na cola, ele se atrasa.

― Tudo bem.

Ana sorriu e saiu dali, deixando Jungkook sozinho para almoçar. Jackson chegaria depois, Jisoo e Namjoon desceram minutos depois, um ao lado do outro enquanto conversavam. Otávio estava nos braços de Namjoon, puxando a gola da camisa de seu tio.

― Temos que colocar mais limites com o Seungmin, ele é despreocupado demais, hein. ― Namjoon comentou e sentou-se com Otávio em seu colo.

― Acredite, eu e o Jack sempre falamos isso para ele, para ele tomar jeito, mas você conhece nosso pequeno carrapato. ― a mulher riu. ― Mas no final ele sempre se vira e eu já disse para a Ana não esquentar a cabeça com ele. Quando o Seungmin não tiver alguém para ficar alertando ele, ele vai tropeçar na própria folga e tomar um jeito, porque não é falta de aviso.

― As notas dele são boas mesmo ou é papinho dele? ― perguntou para a irmã, escutando ela rir.

― Mine pode ser uma preguicinha, mas as notas são boas e nunca deu problema na escola, por incrível que pareça.

― Goo! Como está se sentindo? ― Namjoon finalmente desviou atenção para o filho ali ao lado, que enchia a boca com macarrão.

― Ansioso. ― respondeu após engolir o alimento.

― Tem certeza que não quer que eu te leve hoje mesmo? ― perguntou, apenas para ter a pura certeza.

― Relaxa, Namu! Ele não tem mais dez anos, dá conta de se virar, e outra, os meninos vão ajudar ele lá. ― Jisoo respondeu no lugar de Jungkook.

― A tia tem razão pai, eu dou conta de me virar lá, mas obrigado. ― soltou um sorriso doce antes de voltar a comer.

Namjoon afirmou sustentando um sorriso miúdo no rosto e começou a se servir para almoçar.

Após a refeição, Jungkook levou seu prato e o copo para cozinha e seguiu de volta para o quarto. Esperou um curto intervalo para escovar os dentes, como foi sugerido por Ana, e foi o tempo certo, porque assim que terminou de limpar a boca com a toalhinha, escutou Seungmin gritando da sala, avisando que já estava saindo.

Era incrível como Seungmin uma hora parecia tão despreocupado e na outra só faltava agredir alguém por causa do horário.

― Tomem cuidado vocês dois, e Seungmin, juízo! ― Jisoo acompanhou os dois até a porta.

― Tenha um bom primeiro dia, filho. ― Namjoon beijou brevemente a bochecha de Jungkook, sentindo o avermelhado repetir o ato com si. ― Seungmin, juízo.

― Que vida injusta, por que não pedem para ele ter juízo também? ― apontou para Jungkook.

O silêncio e expressões risonhas foram a resposta de Seungmin, e este bufou antes de ir abraçar os dois irmãos ali.

― Boa aula, carrapatinho. ― Namjoon beijou a testa do irmão, escutando este reclamar.

― ‘Tá, chega de melação, ninguém está saindo do país. Vamos Jungkook! ― pegou na mão do avermelhado, o puxando para fora da casa.

Os dois começaram a caminhar em passos ligeiros pela calçada, Seungmin voltava a exibir uma expressão despreocupada e Jungkook listava todas as coisas que colocou na mochila, tentando lembrar-se de algo que supostamente poderia ter esquecido, mas como não teve resultados, acreditou que estava tudo ali por fim.

― Por que precisamos ir até… aonde estamos indo? ― Jungkook perguntou, quebrando o silêncio.

― Até a porteira. É mais fácil para o motorista, saca?

― Saquei. ― afirmou pensativo.

Ao chegarem na porteira, encontraram Jimin, Taehyung e Yeonjun ali também. Todos uniformizados e com as mochilas nas costas. Taehyung estava sentado em cima de um dos palanques ao lado da porteira, carregando um semblante cansado, mas quando notou os dois recém chegados, Tae soltou um sorriso genuíno.

― Olha como ele está gatinho. ― elogiou o avermelhado.

Jungkook, surpreso com o elogio inesperado, sorriu sem graça, desviando sua atenção para Jimin que estava escorado em outro palanque. O moreno mais baixo também estava sorrindo e quando recebeu a atenção do avermelhado, apertou os lábios para diminuir a intensidade do sorriso e acenou brevemente.

― Ele é muito certinho, quem que estuda de tarde e acorda cedo? ― Seungmin perguntou retoricamente.

― Eu? ― Jimin e Taehyung responderam juntos.

― Eu acordo para comer e volto a dormir. ― Yeonjun disse.

― Você não serve de base, Zé ― Taehyung disse ao irmão e voltou a olhar para Seungmin ― e você também não. Jico e eu acordamos cedo para trabalhar, e o Goo, ele é produtivo.

― A produção dele está gerando resultados que estão caindo em cima de mim, minha irmã está na minha cola, agora que temos um exemplo a ser seguido em casa. ― disse Seungmin, arrancando uma risada de Jungkook.

― Deixa de drama, sô! ― Taehyung riu. ― Goo, não liga pra ele e nem mude seu jeito por causa das reclamações desse Zé.

― Não é reclamação! ― Seungmin cruzou os braços e olhou para Jungkook. ― Não me leve tão a sério, você é um anjo, eu nunca iria reclamar de você.

Jungkook afirmou com um simples aceno e um sorrisinho. Agora seus olhos voltavam para Jimin escorado ali bem próximo e depois de protestar um pouco internamente, Jungkook se aproximou para ficar ao lado do moreno.

― Você vai sentar do meu lado. ― Jimin se pronunciou primeiro.

― Hm?

― No ônibus, você vai sentar do meu lado. ― repetiu com mais clareza. ― A não ser que não queira, você pode sentar com o Tae e-...

― Não, eu vou sentar do seu lado, está ótimo. ― emitiu decidido e Jimin sorriu.

― Por que eu vim hoje, meu Deus? ― o resmungo veio de Yeonjun.

A reclamação arrancou risadas fracas dos demais ali presentes, que se divertiam com a expressão de infelicidade que reinava na face de Yeonjun. 

Não levou mais nem cinco minutos para o barulho do ônibus ecoar na estrada, fazendo os garotos ali se ajeitarem. Taehyung desceu do palanque em um pulo, enquanto Jimin abria a porteira e empurrava para Yeonjun fechar depois.

A barriga de Jungkook gelou quando o transporte escolar parou ali próximo e as portas se abriram. Por um momento, ficou receoso, mas a sensação de desconforto passou rápido quando sentiu uma mão repousar em seu ombro, lhe guiando para entrar no ônibus. Ao sair de seu pequeno transe e olhar para o lado, se deparou com Jimin sorrindo fraco.

― Motô, Jungkook é novato, olha bem a cara dele para não esquecer do moleque. ― Taehyung disse ao motorista antes de ir para o fundão.

― Tudo bem, Jungkook? ― o homem perguntou simpático e Jungkook afirmou meio aéreo. ― Eu vou precisar que faça um favor pra mim.

― Sim? ― perguntou um pouco nervoso.

― Pega uma folha do seu caderno e anota pra mim seu nome, nome do responsável, nome da fazenda e número de telefone, aí depois você me entrega, tudo bem?

― Uhum! ― sorriu fraco.

― Ótimo! E meu nome é Emilton, pode ir entrando e ficando à vontade.

― Vem, Goo. ― Jimin chamou e pegou cautelosamente em um dos braços do avermelhado para puxá-lo.

Jungkook seguiu o moreno sem protestar e começou a reparar nas pessoas que estavam nos assentos, lhe encarando. O avermelhado quase travou por ser alvo de tantos olhares, porém, novamente, a voz de Jimin o arrancou daquele sufoco:

― Patrícia, pode ir se sentar ali pra trás? O Jungkook vai sentar comigo. ― Jimin disse para uma menina loira que estava sentada perto da janela.

― Ah, ´tá bom. ― ela se levantou e pegou sua mochila para sair dali.

Após isso, Jimin apontou para os dois assentos vagos, Jungkook sentou-se perto da janela ainda observando o moreno seguir seus movimentos e se sentar do outro lado perto de si.

― Por que pediu para ela sair? Eu não queria pegar o lugar de ninguém, Jico. ― Jungkook sussurrou e arrumou a mochila sobre seu colo.

― A Patrícia é uma chata, Goo. ― confessou o moreno no mesmo timbre. ― A guria fica mudando de lugar toda hora, então não foi problema pra ela, garanto.

― Mesmo assim, tinha outros lugares vazios.

― Você é muito bom, quero ver se sua bondade vai continuar quando conhecer a peça rara que é a Patrícia. Tenho certeza que vai rever os seus conceitos.

― Falando assim, parece que a menina é o cão.

― Ela é.

O mais novo não retrucou, apenas desviou os olhos para a janela quando o ônibus começou a andar. A primeira coisa que veio na mente de Jungkook, era que precisava registrar o momento para mostrar para seus amigos. Então pegou o celular do bolso, abriu na câmera e tirou uma foto da estrada pela janela.

― Você é do tipo de pessoas que tira foto até do vento, não é? ― Jimin perguntou, ainda analisando o garoto ao lado.

― Talvez… ― riu ao voltar os olhos para o moreno. ― Isso é ruim?

― Não, de maneira alguma. Eu acho uma característica legal.

Incerto, Jungkook encarou o celular em suas mãos e depois olhou novamente para Jimin. Juntando toda sua coragem ― que não era muita ― o avermelhado virou a câmera do celular e ergueu o celular para cima para tirar uma selfie com o moreno ali ao lado e surpreendentemente, foi bem aceito, pois Jimin se aproximou até quase colar a lateral do rosto com o rosto de Jungkook e sorrir.

O avermelhado acabou sorrindo espontaneamente e tirou a foto. E não poderia ter ficado mais perfeita.

― Meus amigos vão amar conhecer o cara que me confundiu com um bode. ― proferiu assim que abaixou o celular e começou a digitar na tela do aparelho.

― Poxa, ‘cê contou pra eles? ― gargalhou colocando uma das mãos na frente da boca.

― Claro que contei, como que não conta algo inédito desse nível?

― Eles devem me achar maluco.

― Um pouco. ― expressou brincalhão.

Segundos depois, Jungkook e Jimin levaram um susto quando alguém caiu no fundão do ônibus.

― Wooyoung e San! ― o motorista ralhou. ― Eu vou falar com o pai de vocês, já avisei vocês para se comportarem! Não é difícil sentar e ficar quieto!

― Foi mal aí motorista, Woo caiu sem querer! ― um dos garotos explicou.

― O San quem derrubou. ― o outro acrescentou.

― Teu cu!

― Quem são? ― Jungkook perguntou para Jimin.

― A duplinha da bagunça: San e Wooyoung. Eles rendem entretenimento! ― o moreno respondeu e riu com a própria fala. ― E o melhor, estudam na nossa sala, então já viu.

― Eles parecem legais mesmo.

― Depois te apresento eles com mais calma.

― Beleza.

Jimin voltou a assistir a pequena discussão entre os dois garotos do fundão enquanto Jungkook examinava a foto recém tirada com um pequeno sorrisinho satisfeito.

🍒🐐🍒🐐🍒🐐
#LacemOClementino

Daqui pra frente, é só bagunça, anotem!

Nhai? Gostaro? Aceito opiniões! Qualquer erro ou troca de palavras podem me corrigir se necessário ou fazer críticas construtivas.

Agora, as fanarts que opsla ganhou nos últimos tempos!😭💕

Priminhos😭😭

Goo com as bochechinhas vermelhas☹💕 Já é uma característica dele, né?

Os irmãos Kim nessa vibe KKKKKKKKK, ri demais do Jack com o Carrapatinho lá atrás.

Tem outras, mas elas contêm spoiler, então só posso mostrar nos próximos caps!👀

Meus agradecimentos, novamente para a Mendy, minha best artista que vive mimando a fic com essas artes lindas. ☹💌

Então é isso, até a próxima atualização, não sei quando, mas até lá!💕

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