Network of Secrets

By Lin-huan

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Wang Yibo, nascido à sombra da criminalidade, possuía um futuro brilhante traçado por seu tio: o comando da m... More

prólogo
Cap1
cap 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 6
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
cap 15
Cap 16
Cap17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Ca 21
Cap 22
cap 23
Cap 24
cap 25
cap 26
Cap 27
Cap 28
cap 29
Cap 30
cap 31
Cap 32
Cap 33
Cap 34
Cap 35
Cap 37
Cap 38
Cap 39
Cap 40

Cap 36

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By Lin-huan

Boa leitura ❤️

Xiao deu a permissão para que ele subisse, Vitor constatou, entrando no elevador. Então Daniel estava certo.. Ele realmente queria entender o que acontecera com o Yibo e o sexto sentindo de Vitor dizia que isso era apenas o começo.

Sorriu abertamente, mas, no entanto, não poderia confiar apenas nas informações de Daniel e em suas próprias prospecções. Ele tinha que se assegurar que tudo correria bem.

Olhou para o espelho do elevador, dando de ombros para a câmera e para qualquer um que estivesse possivelmente assistindo aquilo. Ele sabia que não era Xiao e isso era o que importava.

Desferiu várias e várias batidas nas bochechas e prendeu seu nariz fino entre os dedos,atritando-o. Ele precisava ficar vermelho. Pessoas desesperadas que choram são vermelhas. Deu tapas mais fortes nas bochechas e aquele fato o fez quase desisti daquela "autodestruição."

Achando-se vermelha o suficiente, focou os olhos castanhos no espelho, sem piscar. Quinze, trinta, quarenta, sessenta segundos. Era bom que Xiao morasse no vigésimo sétimo andar, ou ele não teria tempo para isso. Piscou os olhos que ardiam várias e várias vezes para as lágrimas transbordarem deles.

A porta do elevador se abriu e ele bateu a porta localizada logo a frente: 2701. Vitor nem sequer pensou duas vezes, quando a porta foi aberta, jogou-se nos braços do homem no outro lado, soluçando.

– Você tem que impedir... Você tem que impedir… Ricardo quer que Yibo se case com Vanda!

Xiao piscou os olhos várias vezes, aturdido com a figura descontrolada de Vitor. Mas aquilo ficou para segundo plano no momento em que a sinapse permitiu que ele compreendesse a fala dele.  Pegou Vitor pelos braços, para que ele o olhasse.

– Como é que é? – perguntou, com os dentes
trincados.

Aquele desgraçado estava tentando
casar Yibo com Evan Carter?

Vitor fungou.

– Ele... ele ofereceu alguma coisa importante em troca... Não sei, Xiao. Ele falou de um jeito que eu não me espantaria se fosse a liderança da máfia.

O federal arregalou os olhos brevemente, e então deu as costas para Vitor. Levou as mãos para o seu cabelo, passando-as nervosamente por ele.

– Ele aceitou... – declarou, andando para frente, os olhos fechados – Ele aceitou, não aceitou Vitor?

Vitor sorriu com a reação dele. Oh tão apaixonado… definitivamente ele se importava.

– Sim... – pigarreou, tentando espantar vestígios de felicidade da voz – Ele aceitou.

O peito de Xiao encheu-se de raiva. Era ódio puro e visceral, e ele socou a primeira coisa que viu pela frente, a parede da sala.

– INFERNO! – Bradou – Por que ele fez isso?
Por que ele não pode enxergar que o que Ricardo faz com ele é a pura manipulação? Por que, Vitor? Por quế?

Vitor mordeu os lábios, ele deveria ser forte, mas não aguentava ver o federal daquela maneira.

– Ele disse sim.. – o homem sorriu – mas depois ela disse não.

Xiao virou-se instantaneamente para ele.

– Yibo…– Ele testou – disse não para a proposta de Ricardo?

– Bom.. não foi bem assim – Vitor fez uma careta – Ele disse não para Vanda.

– Mas já era alguma coisa. – Xiao sorriu.

–  E é por isso que eu preciso de você. Eu não sei o que pode vir daqui para frente, não sei porque Ricardo fez isso... Eu tenho medo... e se aparecer uma nova proposta, e se Yibo aceitar? Ele não pode viver nas garras de Ricardo para o resto da vida! – Vitor agarrou os braços de Xiao – Ele não pode! Ele merece ser feliz… E so você pode impedir uma tragédia... Só você!

Xiao fechou os olhos brevemente, ele queria que aquelas palavras fossem verdade. Que ele tivesse alguma influência sobre Yibo

– Talvez você não saiba. – Ele começou a falar soltando uma risada de deboche – Mas Yibo deixou claro da última vez que não quer me ver.

– Talvez você não saiba, Federal – Ele retrucou, arqueando uma sobrancelha e levantando o queixo, demonstrando seu convencimento – Mas Yibo fez com que você se afastasse dele para a sua segurança.

Xiao balançou a cabeça, incrédulo.

– Minha segurança? – repetiu, o tom de dúvida – Isso é ridículo. Você não faz ideia do que ele…

Vitor levantou uma mão para ele.

– Pode lidar? – perguntou, incrédulo – Você não entendeu o que eu te disse, Xiao. Você "poderia" lidar se algo acontecesse com Charlotte de novo, por exemplo? Eu não estou falando dos inimigos que Yibo fez pela vida, eu estou falando do Ricardo.

Xiao franziu as grossas sobrancelhas.

– Não estou entendendo.

Vitor bufou.

– Yibo fez um acordo com Ricardo. Um acordo para que ele nunca mais tentasse algo contra a sua família, como ele tentou com Charlotte. Um acordo em que a sua segurança fosse garantida. – Vitor olhou profundamente dentro dos olhos do
federal  – E ele aceitou, mas Yibo tinha que dar algo em troca, e… você é inteligente o suficiente pra enteder o resto.

Xiao arregalou os olhos, surpreso, quando ligou os pontos. Abriu um sorriso que logo morreu, pensando no porquê daquilo tudo.

– Eu deveria ter matado aquele desgraçado.

Vitor sorriu

– Quando teve a chance, han? – Ele apontou para o lábio machucado do federal, que
bufou.

– Você deve ter visto a cara dele….

Vitor balançou a cabeça em concordância. Ricardo tava acabado.

– Vanda tentou proclamar os direitos de noiva sobre ele – declarou em um dado momento. Xiao cerrou os olhos para a figura de Vitor.

– Ela tentou toca... – Ele engasgou – No Yibo?

Vitor fez uma careta, e deu de ombros como se dissesse: "É isso mesmo". Xiao fechou os olhos inspirando ruidosamente. Tentou a todo custo não imaginar outras mãos em cima da pele branquinha de Yibo, mas não conseguia.

– Algum motivo especial para você me dizer isso ou…

– Foi ai que ele disse não – Vitor explicitou. – Quando ela o tocou ele disse não... e sabe por quệ? Porque ele lembrou-se de você, cara. – Vitor fez aspas com os dedos, dando um sorriso feliz e presunçoso – Ele lembrou-se de você.

O Agente tentou conter um sorriso que nascia em seu rosto, mas não conseguiu. Ele lembrou-se dele. Do mesmo modo que ele lembrou-se de Yibo quando cometeu o erro de beijar Fred na sala de tiros do FBI. Seu coração assumiu uma batida descompassada.

– Vitor... eu…

Mas o telefone do homem interrompeu qualquer coisa que o agente pudesse falar.

Ele franziu a tez da testa lendo o nome do mafioso no visor.

– Yibo? – atendeu, o tom levemente desconfiado.

Xiao tentou ouvir o que Yibo falava do outro lado, sem sucesso.

– Eu não estou entendo nada… se acalme! – Vitor deu as costas para Xiao. – Como é? – Ele murmurou incrédulo – Ainda tá na casa do Tio.

– O que aconteceu? – Xiao perguntou preocupado. Vitor virou-se para ele fazendo sinal de silêncio apontando para o telefone.

– Para onde você está indo? – Uma ideia se passou pela mente de Vitor e ele sorriu – Tudo bem cuidado até lá, Concentre-se no trânsito!

- O que foi? O que aconteceu! – Xiao proferiu.

– Calma! – Vitor levantou as mãos para o alto – Yibo descobriu que Ricardo mentiu para ele... sobre a sua segurança. Parece que ele estava planejando o seu assassinato, alguma coisa assim…

Vitor deu de ombros, como se aquilo se tratasse de umn fato usual e Xiao travou o maxilar.

– Amaria vệ-lo tentar... – disse. –  Como ele estava? Você tem que ir até ele!

– Você é burro? O que tá fazendo aqui ainda?

Xiao levantou uma sobrancelha, incredulamente. Aquilo não pioraria as coisas? Tudo bem que ele tinha feito aquilo, o afastado dele, visando a segurança dele, mas…

– Vitor…

– Não! Não me venha com incertezas, Xiao Zhan. Você quer ele ou não?

Xiao sorriu. A única coisa que ele queria era estar ao lado de Yibo agora, protegê-lo, livrá-lo das amarras que o prendiam a Ricardo... Não importava que demorasse.

– Ok. Onde ele está?

Vitor sorriu, e sem se preocupar em evitar mostrar sua felicidade.

– Ele foi para o nosso predinho de dois andares, o apartamento em que você me conheceu.

Xiao deu um abraço em Vitor, com uma forma de agradecimento. Pegou as chaves do carro logo em seguida, calçando os sapatos jogados na sala apressadamente.

– Encoste a porta quando sair. – sorriu, correndo em direção ao elevador que por sorte ainda se encontrava em seu andar. Um sinal, Xiao pensou. Um bom sinal.

– TOME CUIDADO! – Vitor gritou, chegando a porta do apartamento, a tempo de ver a porta do elevador fechando-se.

Tem alguém querendo mata você agora

Refletiu, balançando a cabeça, puxou a porta do apartamento de Xiao e apertou o botão do elevador. Não era cristão, mas inconscientemente se viu fazendoo sinal da cruz. Tudo daria certo. Agora era só uma questão de tempo ate Ricardo cair.

_____

Yibo chegou ao apartamento e ligou a televisão, mais por instinto do que qualquer outra coisa. Fato totalmente atípico para ele já que sempre preferira o silêncio a qualquer coisa. Porém, diante da atual conjectura, escutar apenas seus próprios passos, Suspiros e pensamentos, mostrava-se uma tarefa impossível.

E ele estava cansada de lutar. O fato de que Ricardo havia mentido sobre o futuro do Agente ficava martelando em sua cabeça, turvando seus pensamentos e ele já nem sabia mais descrever detalhes da discussão que protagonizaram. Tudo parecia um borrão, algo ireal, fruto da sua imaginação fértil. Mas não era, e ele não sabia lidar com aquilo. 

Precisava ligar para Xiao.

O mafioso fechou os olhos, sentando-se no sofá. Sim, ele precisava alertá-lo de que corria perigo, mas ouvir a voz dele depois de tanto tempo... Talvez ele nem atendesse. Se a situação fosse inversa ele atenderia? Como o agente conseguiria trocar palavras com ele depois de tudo o que foi capaz de dizer para ele?

Mas ele corria perigo…

–Inferno. – Praguejou alto, a mão direita infiltrando-se nos fios negros, maltratando-os.

Yibo tombou sua cabeça para trás, encostando-a no espaldar do sofá. Os olhos se abriram e passaram a encararo teto. Pensar. Ele tinha que pensar, e costumava ser bom nisso.

Não conseguiria ligar para Xiao. O mafioso engoliu em seco com a percepção, mas era a absoluta verdade. Ele não conseguiria, não em primeiro caso. Apenas ligaria se fosse extremamente necessário, vital... Mas não deixaria que chegasse àquele ponto.

Com um suspiro pesaroso, Yibo decidiu: Cuidaria disso. Ele cuidaria da segurança do federal. Felizmente, a programação do assassinato dele apontava para daqui a semanas, o que Ihe daria tempo de sobra para resolver o assunto. Se tivesse sorte, poderia assegurar a segurança de Xiao com apenas um telefonema.

Ponderou se aquela era mesmo a abordagem certa a se fazer, mas deu de ombros. De qualquer forma, ele precisava encontrar um determinado arquivo. Um arquivo sobre Diogo. E precisaria de uma faca pra isso...

A cabeça do criminoso sempre soube organizar bem as prioridades, qual deveria ser o próximo passo, e mesmo completamente desestabilizado como agora, ele ainda sim conseguia fazer
aquilo.

Yibo rumou para a cozinha determinado, mesmo que seu interior estivesse a ponto de implodir. Ele tinha que fazer aquilo, tinha que cuidar da segurança de Xiao. Não poderia simplesmente ficar na sua banheira pra sempre. Ele tinha uma prioridade: A segurança do federal. Qualquer coisa relacionada a ele próprio estava em segundo plano no momento.

Agarrou o cabo de uma faca afiada, retirando-a do faqueiro. A lâmina reluziu pela luz da cozinha, e Yibo viu rapidamente o seu reflexo nela... Mas não teve tempo para analisar-se já que seu cérebro se deu ao trabalho de prestar a atenção quando a programação da televisão foi interrompida para uma notícia urgente.

Yibo retornou até a sala, com a faca em
suas mãos, chegando a tempo de ver o rosto
sério do ancora do principal jornal da rede
televisiva aparecer.

Um carro dirigido por um agente do FBI acaba de explodir no subúrbio de Boston. A força policial e a equipe de resgate já estão presentes no local. – O jornalista consultou o tablet em suas mãos e Yibo sentiu o sangue congelar em suas veias – Segundo as últimas informações o agente saiu do carro com vida, mas seu estado de saúde é extremamente crítico. Vamos ao local com
nosso correspondente.

A imagem foi transferida para uma rua que poderia se assimilar como cenário de um filme. Ao longe ainda se via o fogo, e os bombeiros que já o mantinham sobre controle, vários populares contidos ao fundo por policiais, homens falando em seus celulares com feições sisudas e perturbadas, peritos... Tudo muito bem iluminado pelas luzes das sirenes de policia, que piscavam incessantemente, confirmando a premissa de que algo sério acontecera.

Infelizmente não tenho boas notícias... – O repórter começou a falar, tentando manter o profissionalismo – O agente federal que saiu com vida do carro acaba de falecer dentro da ambulância, ainda no local.

– Não.. – Yibo murmurou, os olhos presos à televisão. Sentiu seu estômago abrindo-se, criando um buraco que lhe trazia náuseas.

O agente estava severamente queimado e teve uma série de paradas cardíacas. Os policiais já asseguraram, mesmo sem a devida perícia, que o carro foi sabotado.

– Não pode ser…– Yibo Murmurou. Uma voz em sua cabeça gritando que aquilo só poderia se tratar de uma brincadeira de extremo mau gosto. Uma alucinação.

Vários agentes do FBI já se encontram no local e falaremos diretamente com o Agente
Scott Turner.

Os olhos do mafioso arregalaram-se ainda mais e, assim que o rosto de Scott foi focalizado pela câmera, ele teve sua confirmação. O homem estava com os olhos castanhos profundamente entristecidos, a voz embargada e, por mais que tentasse manter a compostura, estava visivelmente emocionado.

A cabeça de Yibo só conseguia discernir uma única coisa depois daquilo: Era ele. Era Xiao.

As pernas do mafioso pareciam incapazes
de sustentar seu próprio peso e seus joelhos
penderam para frente, encontrando o chão num baque surdo. Talvez aquele ato representasse a desistência do homem, ou talvez fosse uma tentativa vã, como uma última prece que se faz de joelhos dobrados.

Agente Turner. O ocorrido trata-se de um acidente ou foi um ato premeditado?

A perícia ainda não possui detalhes conclusivos – Scott roçou a garganta, deixando a voz firme e perfeitamente audível – Mas o departamento não tem dúvidas. – Os olhos castanhos olharam diretamente para a câmera, e Yibo teve a sensação de que Scott poderia enxergá-lo ali por um momento. – Nós vamos encontrar o responsável por isso e ele vai sentir o peso da justiça americana. O homem que morreu hoje, além de um dos melhores agentes que eu conheci, era meu amigo. Amigo de praticamente todos nós. O FBI vai achar o responsável por trás disso, eu garanto.

Yibo absorveu as palavras. Ele falava isso para ele, não era? Ele era responsável por aquilo, se sentia responsável. Poderia ter feito alguma coisa, não poderia?

O mafioso sentiu o buraco que começou em seu estômago ocupar também o seu peito. Aquilo doía tanto. Doía demais. A dor era tanta que Yibo podia sentir em seus ossos, pensou que iria chorar, mas seus olhos estavam secos como um deserto, ardendo como o inferno e ásperos como se abrigassem dezenas de grãos de areia.

Era demais para ele. Era demais.

O Wang sentiu seus músculos moles e o corpo extenuado pendeu para frente uma vez. Ele iria desmaiar e não tentou lutar contra a tontura que envolvia seu corpo e mente. A inconsciência agora lhe faria bem.

Em seu estado de total perturbação, Yibo não se deu conta de que ainda portava a faca firmemente em suas mãos para a cárdia, o espaço entre o esôfago e o estômago dele.

E então, o corpo do mafioso pendeu para frente, para encontrar o seu destino.

Por que eu tenho a impressão de que tenho que correr para as colinas outra vez?👀

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