A Tentação Do Mafioso Alemão...

By GBarbozaa

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DISPONÍVEL NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED!!! × SINOPSE × Um AGE GAP de tirar o fôlego. "O ciúme e a posse que Pe... More

AVISOS
DEDICATÓRIA
SINOPSE
PARTE 1
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20 (Parte 1)
CAPÍTULO 20 (Parte 2)
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
LIBEROUU!
RECADOS FINAIS

CAPÍTULO 22

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By GBarbozaa

Encarei o copo vazio e me perguntei o que eu tinha na cabeça para concordar com algo que meu irmão falou. A noite de Natal era uma comemoração bem comum para mim e eu não sentia falta de nada das festividades que vinham junto com a data.

— Pode ser ali — a mulher do meu irmão indicou o lugar para deixarem a comida para a ceia.

Pelo que indicava, no Brasil, as garotas levavam essa data a sério e não desistiriam dela, mesmo estando longe do seu país.

Minha família e a família Campos estavam reunidas para passar juntos o Natal como uma só. Os pais de Esther e sua irmã caçula animavam o lugar, enquanto meu pai só sabia beber e observar os hóspedes. Kimberly se limitava a ficar com a minha avó e a acalmar em sua histeria de trazê-la de volta para casa. Era um saco.

Saí dali e procurei a mulher que me enlouquecia. Seu ataque de ciúme só me deixou mais louco por ela. Nossos encontros haviam duplicado e nossas noites ficaram mais interessantes. Vê-la brava era excitante.

— Já vou. — Ouvi sua voz quando bati na porta do seu quarto.

Entrei sem esperar e fechei a porta atrás de mim. Eu não estava querendo sexo naquele momento, apenas senti a necessidade de vê-la.

— Estou encantado com sua demora.

Ela riu, ainda de costas.

— Tinha que ser você.

— Esperava quem? — Eu virei seu corpo para mim e ela colocou o brinco na orelha.

— Não sei. Minha mãe?

— Claro. — Inclinei-me sobre ela e senti seu cheiro.

Doce, feminino e agradável.

Eu passei a boca na sua bochecha e ela fechou os olhos.

— Não é o momento para pegação, temos uma ceia.

— Eu sei, baby. Só fique quieta.

Ela obedeceu e eu pude capturar sua boca com calma. Chupava seu lábio e tocava em seu rosto no processo. Minha mente parou por um momento, deixando tudo que estava acontecendo no seu devido lugar.

Somente a beijei, como desejava fazer.

Quando parei, ela riu lindamente e me levou para fora.

De volta a tudo outra vez.

A ceia foi tranquila. Todos conversavam e interagiam bem. Senti que a presença de uma família normal acalmou o clima entre todos. Kim se divertia com as mulheres e os homens dialogavam entre si.

Pensei que continuaria assim, mas estava errado.

— Quando vai voltar? — minha avó perguntou alto e todos pararam de falar, com o seu tom de voz.

Kimberly se encolheu. Ela se sentia mal por mentir, e eu mais ainda por corroborar com sua mentira. Estava cansado de ouvir as mesmas coisas todos os dias.

— Não vai voltar logo? — Raika persistiu.

— Não, ela não vai voltar — falei alto. — Já chega disso.

— O que disse, garoto? — ela perguntou, irritada.

— Kimberly não vai voltar — repeti. — Meu pai não vai voltar. Aceite essa merda!

Kim abaixou a cabeça, confirmando minha afirmativa, e para o azar da minha avó, ninguém queria mais esconder nada.

— Meu pai já teve sua cota de lamúrias na vida — continuei —, merece aproveitar o resto dela.

— O que está dizendo, moleque?

Apertei a mandíbula, mas me contive, para o bem dos visitantes.

— Meu pai tem outra mulher e Kim tem seu namorado. Cada um tem sua vida. E seus choros e pedidos não vão mudar a decisão deles.

Ela odiava ser contrariada, e isso podia ser algo genético, já que eu também odiava. Mas sua mágoa não era recente, era antiga e triste. Eu a entendia e a tolerava, no entanto aquela insistência tinha que acabar.

— Eles a esqueceram — sussurrou a primeira parte e gritou a segunda. — Por causa de você!

— Não importa. Ela não está mais aqui, e ninguém vai parar sua vida por causa disso.

Até então eu não havia olhado para nossos convidados, mas quando fiz isso, notei que eles não sabiam como ficar. Esther me encarou, falou algo em português para a sua família e todos entenderam. Eles saíram da mesa e nos deixaram a sós. O que não era mais preciso, porque o assunto já havia cessado.

Esther saiu da sala de jantar, e mesmo com todo o estresse dentro de mim, só foquei nela. Estava calma e tranquila, como eu queria estar.

Sentei-me na beira da piscina, colocando meus pés na água, e agradeci pelo clima não estar absurdamente frio. A neve já tinha se esvaído e eu pude sair da montanha de casacos com a qual estava acostumada.

As famílias são difíceis, então eu podia entender a atitude de Peter em dar um basta na sua avó. Isso me fez lembrar das diversas brigas que presenciei em casa por motivos totalmente distintos, mas que, ainda assim, prejudicavam nossa paz.

Viajei com minha mente por alguns minutos e apenas voltei a mim quando ouvi a voz autoritária do homem que estava nos meus pensamentos.

— Para dentro, Esther. Não é hora de reflexão barata ao ar livre.

Direcionei meus olhos a ele, que parecia cansado.

— Medo de algum inimigo seu atirar em mim? — tentei brincar. Ninguém merecia remoer discussões sem sentido. — Não se preocupe comigo.

Ele apertou o maxilar, caminhou até mim e se sentou ao meu lado. O que me surpreendeu.

— Você está bem? — perguntei, cautelosa. — Mais calmo?

— Estou bem, Esther. Já estou acostumado.

— Estar acostumado não significa não ficar afetado.

Ele tirou os sapatos e pôs seus pés na água, igual a mim. Esse simples ato o fez fechar os olhos e apreciar a sensação. Essa era a prova de que Peter não tentava relaxar com coisas simples há muito tempo.

— Não importa, já foi resolvido.

— Sua avó só queria a família unida.

— Não — negou. — Ela quer a filha de volta, e ninguém pode trazê-la. Causar esse tipo de confusão é apenas uma forma de mostrar seu desejo.

— Sua mãe?

— Sim. — Eu abri a boca para falar e ele se adiantou. — Está morta. Não pode voltar.

— Oh! Eu não...

— Entendo. Não se desculpe.

Calei-me diante da sua revelação. Não tinha o que ser dito ali.

Olhei para o céu, para as estrelas, naveguei naquela vibe e me distanciei do sentimento ruim que sua revelação trouxe. Sorri de lado quando minha mente foi para um fato curioso.

Eles. Mafiosos. As coisas que eu sabia me faziam comparar a vida dos Hoffmann com a dos mafiosos que eu adorava ler sobre. E uma coisa me deixava curiosa.

Ronan se casou com a minha irmã, e ela não fazia parte de nada disso.

— Peter, preciso saber de uma coisa urgentemente — eu chamei sua atenção e ele me deu ela, concentrado. — Um mafioso não tem que se casar com quem o líder decide? — Ele me fitou interrogativamente e esperou. — Sabe, tradições.

— Onde pesquisou isso? Wikipedia?

Fiz uma careta. Como eu nunca tinha pensado nisso?

— Livros de romance.

Não esperava a sua gargalhada alta. Essa ação deixou o clima mais leve. Eu acabei o acompanhando e ele colocou a mão na minha coxa, apertando-a de leve e zombando de mim.

— Grande fonte de informação.

— Ei! — protestei. — Não é todo mundo que se interessa por esses assuntos. Conheci o básico que sei nos livros de máfia. E todos, ou pelo menos a maioria, eram nesse estilo.

— Gosta dos malvados. — Ele sorriu de lado, sacana.

Ignorei suas palavras, sentindo-me vermelha, e continuei a falar.

— Os livros de romance fazem você ir do amor ao ódio por um personagem. Não importa se é vilão ou mocinho. Se a história for boa, todos passam pano para as suas atitudes e se jogam na aventura.

— Está tentando me convencer a ler livros de romance, criança?

— Longe de mim. — Levantei as mãos. — Só explicando como funciona o mundo literário.

— Compreendo. — Acenou e olhou para o céu novamente. — Não é mentira o seu ponto de vista. Existem máfias que seguem esse modo de viver e comandar. Máfias italianas, russas, japonesas... Máfias que acreditam em seguir um código. Somos alemães e independentes. Fazemos o que queremos da nossa vida pessoal. Posso me casar com quem quiser, assim como meu irmão e qualquer um envolvido.

— E matar quem quiser — falei num sussurro.

— Não se metendo no meu caminho, ninguém tem nada a temer.

— Esse é o problema, Peter. — Suspirei. — Pessoas se "metem" no caminho dos outros o tempo inteiro. Por que acha que pode decidir o destino de alguém?

— Não acho nada. Acredito que cada um toma a sua decisão de estar em determinada situação de perigo, mas poucos fazem o que precisam para diminuir esse resultado. A morte é apenas a consequência das suas próprias ações.

Não comentei sobre isso. Peter parecia convicto do que dizia e algo nos seus olhos me mostrava que ele aprendeu a pensar assim de um modo difícil. Eu queria saber mais, porém me segurei.

Deixei o vento bater no meu rosto e apreciei aquele momento leve ao seu lado. O loiro também ficou em silêncio, mas deixou sua mão na minha coxa, mantendo contato comigo. Ele parecia um príncipe, decidido e firme no que acreditava. Um exemplo para muitos.

Independentemente de tudo, eu o admirava.

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