Acordo com Alice se mexendo. Suspiro e sinto um alívio em meu peito, faz dias que não durmo tão bem assim, na verdade, não tanto quanto hoje. Me sento na cama e pego o celular que Christoffer deixou no quarto, o relógio marca as 15;27, ele disse que chegaria às 17:00.
Ando até a janela ee deparo com o jardim e a grama bem verde, de repente, é como se um cheiro estranho invadisse o quarto, um cheiro de... Estábulo, cavalo, queijo e leite, como se eu estivesse dentro de uma fazenda, fecho os olhos e parece que não estou aqui mais, é estranho... Parece que estou presa dentro do meu próprio corpo e minha mente está... Em outro lugar, do nada me veio uma imensa vontade de... Montar em cavalos?
— Teresa? - diz a voz de Alice e eu me viro pra ela - está tudo bem?
— Sabe se eu sabia montar em cavalos? - falei indo até ela - quer dizer... Eu morava em uma fazenda então... Com certeza eu sabia mas... Eu não sei...
— Christoffer... Digo, meu pai disse uma vez que tinha um cavalo chamado pirata. - se sentou na cama enquanto coça os olhos
Alice não parece que tem 5 anos, ela fala uma ou outra palavra errado mas muito pouco, e mesmo sendo cega parece que ela enxerga tudo ao seu redor.
— Se lembra de alguma coisa? - pergunto a ela
— Pra mim é mais difícil, eu não sei o rosto da minha mãe, nem do meu pai, nem o seu, as coisas são mais difíceis pra mim. - falou um pouco triste - não consigo lembrar da voz da minha mãe... Qual o nome mesmo? Am...
— Lorena - falo e ela assente - e seu tio Pedro.
— Estou faminta e quero assistir desenho. - falou - mal posso brincar aqui...
— Qual desenho gosta de assistir? Posso preparar algo para comermos, não quero sair do quarto enquanto seu pai não chegar.
— Bem, eu gosto...
Tomamos um susto quando a porta se abre. Escondo o telefone debaixo do travesseiro e vou para frente de Alice. Francis entra e eu engulo um seco, como ele conseguiu entrar?!
Ele encara o quarto e parece que toda tecnologia do quarto sumiu, o que houve? O que aconteceu? Meu coração dispara e provavelmente o de Alice também.
— O que estavam fazendo? - Francis pergunta vindo até eu e Alice
— Acabamos de acordar. - falei tentando não esbanjar medo
— Por que se trancaram aqui? - Francis fiz num tom ameaçador - tem algo que eu não sei?
Francis da dois passos a frente, seu tapão no olho dessa vez é uma cor de vinho, ele usa um jeans e uma blusa polo preto, sem terno ele fica menos... Apavorante.
— Queriamos ficar sozinhas. Você não tem dado esse espaço para nós. - fui até um cabide e vesti meu roupão, do lado de fora percebo dois seguranças. Não sei se é dele ou de Christoffer.
— E por que isso agora?
— Porque perdemos nossa memória. - cruzo os braços - estamos tentando assimilar...
— Esrou ficando sem paciência - veio até mim e agarrou meu braço - vamos tomar o café da manhã, juntos.
— Solte-me. - tentei tirar suas mãos de mim - irei me trocar.
— Se troquem. - ele diz - tem dez minutos.
— O que é isso? Um cativeiro? - fixo meus olhos nos dele
— Ainsa não. - falou, soltou meu braço e saiu do quarto deixando eu e Alice a sós
— E agora? O que faremos? - Alice pergunta preocupada
— Vamos descer. - falei e ela assentiu
Coloco um vestido branco até os joelhos e enquanto Alice se veste envio uma mensagem para Christoffer avisando o que aconteceu e pra ele não demorar, não estou mais conseguindo segurar Francis.
Depois de prontas, fomos para o jardim e lá está Francis, ao seu lado está uma criança, um garoto de aparentemente 11 anos de idade, ele se é incrivelmente parecido com Francis, sei cabelo está muito bem alinhado e ele se senta corretamente na mesa.
— Tem uma criança junto com ele - falo a Alice - um garoto de aparentemente 11 anos.
— É o filho dele? - Alice pergunta
Assim que chegamos a mesa ela solta minha mão e se senta na mesa
— Oi, me chamo Alice. - ela diz na direção errada do garoto e viro ela um pouco a direita e ela deixa um riso escapar
— É, eu sei. - o garoto fala e toma do seu leite puro
— Olivia, esse é meu filho, Derick.
— Oi Derick. - falo e me sento na mesa
— Oi. - ele fala meio antipático - o esconderijo não deu certo foi?
Engulo um seco e Francis me encara esperando a resposta
— Não estava...
— Estava. - Francis diz - me diz, do que se lembrou? - começou a passar geleia em sua torrada - qual parte?
— Não me lembro de quase nada, só que...
— Olívia, não vamos começar por mentiras. - falou - tem alguma coisa errada com você
— Comigo? Ou com esse lugar, esse seu comportamento? - fixei meus olhos nos dele - você me enviou dentro de uma ilha e não tenho acesso a nada, telefone, tv, internet... Estou assustada, você pode dizer que sou qualquer coisa que irei acreditar. - falei - e quem é ele? - falei ao garoto que está ao lado de Alice
— Isso importa? - o garoto retruca
— Você é meu irmão? - Alice pergunta. Ela mente melhor do que eu
— Jamais seria irmã de uma cega. - falou
— Uma cega que sabe socar muito bem a cara de alguém. - retrucou de volta
— Isso se conseguir saber onde está o meu rosto.
— Na verdade quem tem rosto é gente, no máximo você tem uma cara de animal.
— Isso foi... Completamente sem noção.
— Chega. - Francis bateu na mesa - será que não dá pra ter um minuto de paz?
— Pergunte ao seu primogênito. - Alice o responde
Nesse exato momento, um cavalo preto entra no jardim, o filho de francis esbranja um barulho de susto assim como o próprio Francis, ele se aproxima até a mesa onde estamos
— O que diabos é isso?! - Francis diz - que merda... - se levantou e eu fui atrás - de onde saiu essa merda de cavalo? - procurou olhando para os lados
Fui até o cavalo e na verdade ele aparenta ser de alguém, pois está gordo e tosado, passo a mão no seu rosto o acariciando e tenho um flashback, como se eu já tivesse vivido isso aqui.
— Olívia, se afaste! - Francis pediu mas eu o ignorei
Passo a mão no corpo do cavalo e com facilidade subo encima dele, como se eu já soubesse fazer isso
— Vou dar um passeio. - avisei a ele
— Você não vai sair daqui! - Fracis disse já nervoso - desce agora!
— O que está acontecendo? - Alice pergunta já que não enxerga
— Agora terei que ficar narrando a você? - o filho de Francis retruca
— Não irei demorar. - apertei o corpo do cavalo e ele começou a correr
Ouço Francis me chamando lá atrás na ignoro. Deixo um riso escapar quando meus cabelos começam a voar com o vento. Vários flashback passa na minha cabeça agora, como se eu estivesse em uma fazenda, com um garoto mais novo, com minha família, sinto cheiro de queijo e leite fresco, eu poderia ficar horas aqui.
— Maia rápido! - apertei mais o cavalo que corre ainda mais, quando mais forte mais sinto a adrenalina no meu corpo, estamos fora da mansão, as pessoas da ilha começam a me encarar mas eu ignoro, parece que só existe eu aqui, parece que estou me lembrando até ser i terromoida com o barulho de um tiro, o cavalo se assusta, se levanta e sou arremecada de cara no chão
Começo a gente de dor, sinto meu nariz sangrar e meu rosto doer. Francis sai do carro e vem até mim, ele me pega pelo braço com força
— O que diabos estava pensando? - ele me pergunta e passa a mão no meu nariz que sangra - droga... Parece que quebrou o nariz.
Procuro o cavalo mas não o vejo, pirata... Eu o chamaria de pirata.
— Cadê o meu cavalo! - gritei com Francis que me dá um tapa na cara me deixando mais desnorteada
Caio no chão e ele se aproxima de mim. Francis mira sua arma na minha cabeça
— Ouça, agora, só vou lhe perguntar uma vez... Você...
— Abaixe a arma. - diz a voz de Christoffer atrás de mim.
Tento conter minha felicidade de ir abraça-lo, sinto uma felicidade imensa. Me viro pra ele e seus olhos se encontram com os meus, seu cabelo parece mais escuro e ele segura uma arma
— O que diabos está acontecendo? - Christoffer vem até mim e me ajuda a levantar, ele virá segura meu rosto e eu encaro sua boca, como eu o quero, quero senti-lo, abraçar ele.
— Olívia estava fugindo. - ele diz
— Cometeu um crime, na frente de todos. - Christoffer diz e só agora consigo ver as pessoas ao redor - ela teve uma contusão, precisa ir ao médico, me pegou no colo com facilidade.
— Estou bem. - sussurro
— Largue ela! - Francis fiz - ou se não atiro em você.
Christoffer se aproxima de Francis, o encara e deixa um riso escapar.
— Prendam ele. - ele diz e os policiais vão pra cima de Francis que começa a esmurrar a cara de todos
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