Network of Secrets

By Lin-huan

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Wang Yibo, nascido à sombra da criminalidade, possuía um futuro brilhante traçado por seu tio: o comando da m... More

prólogo
Cap1
cap 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 6
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
cap 15
Cap 16
Cap17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Ca 21
Cap 22
cap 23
Cap 24
cap 25
cap 26
Cap 27
Cap 28
cap 29
Cap 30
Cap 32
Cap 33
Cap 34
Cap 35
Cap 36
Cap 37
Cap 38
Cap 39
Cap 40

cap 31

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By Lin-huan

Boa leitura ❤️

O federal invadiu a boca do loiro de um modo faminto que fez o homem perder o controle sobre todos os seus sentidos. As duas línguas travaram uma batalha, mas essa não era sem vencedores, os movimentos não se completavam um com o outro, os dois não se encaixavam completamente.

A mágica que acontecia quando o federal e o mafioso se beijavam, como se houvesse uma espécie de compartilhamento de pensamentos... Simplesmente não estava ali.

As mãos de Fred desbravaram o caminho até a nuca do federal, os dedos embrenhando-se no cabelo do Federal. Mas aquela mão não puxava os fios como Xiao ansiava. Não continha a precisão, a junção da força com a delicadeza formando uma mistura que, por ser paradoxal, era deliciosa e inesquecível.

Irritado com a situação, o homem desceu uma das mãos até a coxa do homem, trazendo-o mais junto a ele e fazendo com que Fred sentisse o membro que começava a ganhar vida. O homem resfolegou, cessando temporariamente o beijo, dando espaço para que o federal atacasse seu lábio inferior, mordendo-o de uma forma quase animalesca.

O gesto foi percebido pelo homem como desejo, mas, na verdade, era um gesto de fúria, de puro ódio por aquela boca ter um gosto tão diferente e inferior ao gosto dos lábios macios e delicioso. Lábios que pertenciam somente ao Yibo.

O federal levou o rosto até o pescoço de Fred dando a ele espaço para respirar e para ele tempo para organizar os pensamentos. Com o nariz na base do pescoço do homem, Xiao pode sentir o perfume que vinha do cabelo loiro. Para sua surpresa e infelicidade, Fred cheirava a Sândalo.

Porém, aquela essência que ele tanto gostava em Yibo, não parecia a mesma em Fred. Xiao não sentiu a calma que sempre o aplacava, a sensação de conforto, a vontade que o impelia  absorver do cheiro… Várias e ininterruptas vezes.

As essências dos dois não poderiam ser mais distintas mesmo que, por ventura, adviessem do mesmo produto. O cheiro de Sandalo só tinha o poder de afetar Xiao Zhan quando misturado a outra essência. Uma única e peculiar que ele só encontraria em um homem.

O cheiro natural de Wang Yibo

Estafado graças a todas suas considerações,
e atormentado por só pensar cada vez mais
no  mafioso, o federal finalmente afastou seu corpo do de Fred. Ele poderia prosseguir com o que começou, o homem era seu antigo namorado, e de certo modo eles se entendiam bem... Mas ele não queria.

Não era bom o bastante.

Olhou para a face do loiro, os olhos ainda fechados, o lábio inferior entre os dentes, um suspiro de contentamento escapando pela boca. Fred sorriu, finalmente abrindo os olhos, deixando com que Xiao encarasse os verde-azeitonas que brilhavam em excitação.

O federal crispou os lábios, condenando-se.
Ele ansiava por duas pedras marrons. Os olhos frios que se tornavam quentes depois de seus toques, os olhos que escondiam uma profundeza de mistérios, de segredos e de traumas. Os olhos inconfundíveis do seu Yibo.

O que ele estava fazendo?

– Xiao... nossa – Fred engoliu em seco, tentando inutilmente conter o sorriso abobalhado que dançava por seus lábios – Eu me lembro muito bem dos seus beijos, mas esse... Acho que estava com mais saudades de mim do que eu esperava.

A risada escarninha do federal irrompeu por sua mente. E claro que ele tinha que beijar melhor quando pensava naquele diabo de homem!

Perdido em seus pensamentos, o federal
só percebeu que o loiro se esgueirava novamente para ele, quando ela já estava em seus braços, as mãos dançando pelo peitoral grande e bem trabalhado.

– Eu quero uma segunda dose.

Xiao girou o rosto para o lado, impedindo o acesso do homem a sua boca. Segurou Fred pelos ombros, imprimindo uma distância de um braço entre eles.

– Não era para isso ter acontecido. Desculpe-me. – Xiao começou, lançando seu olhar para ele, Fred percebeu imediatamente que ele estava
confuso e nervoso, sempre fora bom em medir as expressões do homem a sua frente – Eu não posso.

O loiro fechou os olhos momentaneamente,
absorvendo a informação. Não poderia ser rejeitado. Eles se davam tão bem no passado tanto nas conversas, tanto na cama.

Rapidamente, sua mente buscou por um motivo para o que estava acontecendo, e com a mesma agilidade o encontrou.

– Tudo bem, Xiao. – ela começou. O tom doce espantando levemente o federal – Eu sei porque está assim.

Zhan congelou levemente. Ele sabia? Sabia sobre Yibo?

– Sabe? – testou, relutante em se entregar.

– Sim, sei. – Fred afirmou com um sorriso, e levou a mão até o rosto masculino fazendo
uma leve carícia no local – Sei que o senhor
ainda está muito confuso com essa história de sequestro.

Xiao quase suspirou aliviado, mais disfarçou o gesto inclinando-se mais para a mão do loiro como se estivesse gostando do modo como o hom brincava com seus cabelos, coisa que fez Fred sorrir.

– Sei que não ficou muito explícito para você, e nem para o FBI, o porquê do seu sequestro,ou porque o soltaram.. Você precisa de um tempo para se recuperar dessa experiência e eu entendo isso. E eu sou muito paciente. – os olhos verdes brilharam – Sei esperar, e vou esperar, Xiao.  De qualquermodo, estou te devendo cem dólares, e pretendo reembolsá-lo com um jantar, qualquer dia desses…

Xiao sorriu, criando tempo para que pensasse no assunto. Deveria desmentir? Deveria dizer que se tratava de outro homem? Não. Claro que não. Onde arrumaria outro homem estando sequestrado por mais de dois meses? Onde essa outro homem estaria que não foi o visitar no hospital quando ele foi "encontrado" pelo FBI, jogado em uma encosta de estrada?

Porém, no fundo, seu subconsciente o avisava que deixar Fred com uma luz no fim do túnel não era sábio. E que ainda lhe traria dor de cabeça. Mas ele não estava com muitas opções por hora. Eo que tinha de mal no final das contas? Ele não viveria sozinho para o resto de sua vida.

Aquele homem por quem ele estava sofrendo miseravelmente, deixara bem claro que não queria nunca mais vê-lo. Então.. Talvez um dia…

– Qualquer dia desses. – O federal sussurrou, não se dando conta do quanto o modo;como disse aquelas palavras soava sexy e galanteador aos ouvidos de Fred.

O loiro se inclinou para ele, dando um beijo rápido no canto dos lábios masculinos.

– Até mais, Xiao.

Vendo o homem se afastar, Xiao se deu conta de que ele em Boston não era uma coisa boa para seu plano de manter Yibo escondido do FBI. E nunca, em hipótese alguma, o governo poderia descobrir o envolvimento do mafioso em seu
questro, ou as provas que ele um dia tinha levantado sobre ele. Porque, se as autoridades descobrissem isso. Yibo seria presso, e o federal preferiria morrer a assistir a isso.

_________

– O senhor é muito engraçado, agente Turner! Emma pontuou com um riso contido, sabia que já deveria ter se recolhido aos aposentos de empregada, mas o homem a sua frente era simplesmente divertidíssimo para ser ignorado.

– Pare de me chamar de senhor ou agente Turner. Eu não sou um velho e nem estou em serviço agora. Meu nome é Scott, eu já lhe disse isso.

A empregada desviou seus olhos para algum ponto da cozinha grande dos Zhan envergonhada.

– Tudo... Tudo bem, eu acho, Scott.

O agente abriu um sorriso, mostrando todos os dentes e as covinhas protuberantes.

– Assim é bem melhor! – Então deu um soco
de leve no ombro da jovem.

– Oh... – uma voz pairou a entrada da cozinha, eo coração de Scott parou por alguns instantes no peito, antes de adquirir um ritmo frenético... O sorriso nasceu sem que ele pudesse conter. – Me desculpe – ela disse incerta, mordendo os lábios e evitando encontrar o olhar de Scott – Não queria... atrapalhar.

E saiu da cozinha em disparada, um nó formando-se em sua garganta. Mais seu braço foi contido antes que pudesse alcançar as escadas. Charlotte gritou, pega de surpresa, e virou-se deparando com um Scott que exibia uma feição triste.

O Turner soltou rapidamente o braço da adolescente, interpretando o grito de forma errada, pensando que Charly tinha nojo e medo dele por causa do que quase acontecera a ela no beco.

– Desculpe... – murmurou, abaixando a cabeça.

Charlotte suspirou profundamente.

– Não sei porque está pedindo desculpas, agente Turner... Eu que deveria, e já me desculpei, por ter interrompido você e Emma... Eu... eu só peço que você deixe para… – Charlotte parou um pouco incerta sobre a escolha de palavras – Flertar... Em um horário que não seja o de trabalho e…

– Charly... Pare. – Scott sorriu – Eu não sei do que você está falando, sinceramente, eu não tenho interesse em Emma…

Ela olhou para o homem desconfiada e esperançosa.

– Não?

– Não – Scott assegurou, sorrindo de lado e se aproximando um pouco mais de Charlotte... – O que você iria fazer na cozinha agora? Você jantou, não jantou?

O estômago de Charlotte roncou em resposta, deixando as bochechas da menina em um tom escarlate.

– Acho que isso definitivamente foi um não... Quer dizer que ia atacar a geladeira, baixinha?

– Eu... eu não sou mais uma criança, Scott. – A expressão de Charlotte endureceu, e ela o
informou do fato, inamistosa.

O agente uniu as sobrancelhas.

– Eu sei. Nunca disse que era.

Charlotte passou por ele, voltando para a cozinha, dessa vez vazia. Abriu a geladeira
e pegouo leite, sentindo a presença dele no
mesmo cômodo.

– Eu não entendo porque está aqui. O que está fazendo? Xiao já não contratou novos seguranças?

Scott coçou a cabeça. Ele continuava indo até a casa, todas as suas noites de folga, por ela. Não era evidente?

– Seu irmão pediu que eu fizesse as escolhas
dos seguranças... Pediu homens bons e de confiança... Eu sou o melhor e o mais
confiável que eu conheço. 

Charlotte se permitiu rir levemente, finalmente pegando a caixa e colocando-a em cima da bancada... Parou um instante olhando para a figura alta e forte na sua cozinha.

– O mais convencido, certamente. –  Scott riu, coçando a cabeça.

–  Espero que minha presença não ten incomode, Charly.. Eu gostaria de continuar vindo até aqui e…

Um barulho estridente nas calças de Scott chamou a atenção das duas pessoas presentes, cortando Scott.

– Merda – O agente praguejou baixinho, e olhou o visor.

XIAO

– Xiao – O nome prendeu a atenção de Charlotte.

– Scott, onde você está?

– Na sua casa. – Scott respondeu prontamente.

– Eu preciso... de um porre.

O Turner não pode conter o riso com a revelação.

– Como?

Quase pode ouvir ele  rugir em seu ouvido.

– Isso mnesmo que você ouviu, Scott. Eu
encontrei Fred e... ah, mas que porra! Será
que é pedir muito? Não dá para você e Daniel levantarem suas bundas e se juntarem a mim?

Scott sorriu. Era a primeira vez que Xiao  reconhecia que não estava bem desde que ele e Yibo pararam de se ver.

– Vou ligar para o Daniel. No mesmo lugar de sempre?

– No mesmo lugar de sempre.

O agente Turner desligou o telefone rindo, e imediatamente mandou uma mensagem para Daniel, informando da ligação de Xiao, e que parecia que ele queria falar sobre algo pela primeira vez naqueles quase dois meses.

– O que aconteceu? – Charlotte perguntou
– Xiao está bem?

– Sim, ele está! Ou vai ficar. – Scott sorriu, terminando de mandar a mensagem – Você não precisa se preocupar com ele.

– Ele anda estranho – a baixinha confidenciou – Triste.. Eo Yibo, ele…

– Sumiu – Scott completou, com o maior cuidado que conseguiu. Sabia que Charly tinha gostado do "poderoso chefão" – Acho que ele teve alguns problemas…

– Eles não estão... separados, então?

Scott tratou de se corrigir.

– Eles estão, mas, se quer mesmo saber a minha opinião, essa separação não dura muito tempo mais.

Ela mordeu os lábios, balançando a cabeça
uma vez.

– Eu tenho que ir agora, baixinha.

– Tudo bem.

Scott sorriu.

– Seu irmão precisa desesperadamente de
mim, mas não pense que você escapará amanhã – a menina arregalou os olhos, do que ele estava falando? – Reserve um bom espaço em seu estômago, porque nós dois vamos sair e comer um hambúrguer imenso.

Tentando a sorte, ele se aproximou dela, deu um beijo demorado em sua testa.

– Cuide-se até lá.

Scott saiu mais feliz que quando era criança em dia de halloween. E Deus sabia como ele amava o halloween. No entanto, nenhuma gostosura ou travessura poderia ser mais prazerosa do que ter Charlotte em seus braços por alguns segundos e ela não afastá-lo.

_______

Filipe Wang conheceu pela primeira vez em seus dezesseis anos o verdadeiro significado de suar frio. Isso sem contar o seu estômago que dava reviravoltas sem trégua…

Filipe só pedia para que nenhum barulho vergonhoso viesse à tona. A expressão do nervosismo latente que sentia era graças ao homem que estava sentado ao seu lado. Eo que os dois estavam prestes a fazer.

Ele parecia tão certo de si, que chegava a dar medo, os calafrios subindo pela espinha do Wang menor. Até o modo como ele estava vestido revelava que se tratava de alguém perigoso.. como se toda a figura de Yibo demonstrasse que ele era arisco, venenoso, feroz.

Todo de preto. Botas de couro acompanhadas da calça de lavagem escura e da camiseta simples. A roupa destacava cada curva que o homem possuía. Incrivelmente, sua pele branca e leitosa
destoava de todo o contexto, destacada pela cor negra, era um chamativo…

Filipe não sabia dizer se Yibo era um demônio disfarçado na pele de um anjo, ou um anjo aprisionado em um corpo de demônio. Talvez uma mistura das duas coisas. Era a mistura, aquela dualidade peculiar, que o fazia querer saber mais e estar cada vez mais perto dele.

– Escute bem, porque eu vou falar uma única vez – O mafioso estacionou o carro do lado de fora de um casebre no meio do nada – O homem que está lá dentro é um boca grande. E um delator. Vou precisa torturá-lo, tenho que arrancar dele quem é o contato dele na polícia, de quem ele é informante, e o quanto eles sabem. Depois, eu vou mandar Fabrício matá-lo. E eu quero que você fique calado, não interfira. Apenas observe. Hoje não vai acontecer nada que possa chocá-lo tanto assim, portanto espero que não se comporte como um bebê lá dentro.

Filipe arregalava os olhos à medida que o homem despejava as palavras. Era quase como se ele tivesse sido ligado no automático. Engoliu em seco. A última coisa que queria era decepcioná-lo.

–Fui claro?

O menino balançou a cabeça uma vez, em
afirmativo. Sentia-se dentro de um filme clichê de suspense... E ele seria o próximo a morrer.

Os olhos castanhos idênticos aos seus na tonalidade o encaravam sem expressão. E era ai que os Wang se diferenciavam. Enquanto Filipe mostrava todo o seu medo e ansiedade Yibo continuava frio e implacável.

– Ótimo. Saia do carro.

Mal chegaram à entrada da velha casa e a porta já se abriu, os olhos de Fabricio encontraram a figura masculina e sua cabeça abaixou-se rapidamente, em uma reverência velada de cumprimento.

– Fabrício.. – O homem balançou a cabeça, e voltou uma mão até o adolescente que vinha pouco atrás dele – Filipe testemunhará o interrogatório. Aguarde aqui fora enquanto executo o serviço.

– Carne nova no pedaço? – Fabricio arriscou em um tom baixo - Não vá chorar e chamar pela mamãezinha em….

O homem de origem americana era bem mais alto que o Xiao, Yibo notou, e logo defenestrou a comparação que fez. Isso já estava ficando rotineiro, Por que ele simplesmente não parava de pensar no federal?

– Quem Ihe deu a permissão para falar? – Yibo começou, baixo e mordaz – Você não é nada além de puro lixo. Entendeu?

Fabricio abaixou a cabeça.

– Sim senhor.

Yibo afastou-se do homem chamando Filipe com o olhar, o menino, atônico, passou alguns passos a frente dele. Ele tinha acabado de defendê-lo?

– Ah, e outra coisa... – Yibo virou-se para o subordinado – Por que aquele homem está preso e será morto, Fabricio?

O homem engasgou por um momento.

– Por falar demais, senhor  Wang.

Yibo sorriu diabolicamente.

– Mantenha isso em mente,  para que você não compartilhar o mesmo destino.

________

0 "mesmo lugar de sempre", era um bar um pouco afastado do centro da cidade, e, portanto, do burburinho dos jovens adolescentes que começavam a descobrir as belezas do álcool e se consideravam bebedores natos.

Um lugar adornado de quadros de cantores importantes, de craques da música, e frequentado por bandas de rock de verdade, não os irritantes "som ambiente", ou a ensurdecedora música eletrônica.

Hoje, os três amigos policiais, abandonaram a mesa de sinuca tão estimada, e estavam sentados em uma mesa próxima da entrada. A mesma pergunta sendo feita pela enésima vez por um deles.

– Espera ai, você beijou o agente Lewis, mas
pensou no primeiro sobrinho?

O federal passou as mãos pelos cabelos já
desgrenhados.

– O nome dele é Yibo. Não consegue pronunciar, Daniel? Por que você sempre tem que relacioná-lo a máfia, ou ao Ricardo?

– Porque ele é um criminoso, Xiao. Isso
é o que ele é…

– Daniel... Isso não é tudo o que ele é! Se fosse, ele não teria salvado Charlotte das garras do próprio tio! – Scott contra atacou...

Detestando que o amigo pintasse o mafioso daquela forma nua e crua. Se não fosse por ele, Scott nem fazia ideia do que teria acontecido com Charly.

Xiao apoiou os cotovelos na mesa, as mãos firmes contra seus olhos. A foto de um Yibo bebê pesando uma tonelada em sua carteira.

– Você está tão fodido por esse homem Xiao. – Daniel pontuoue Scott rolou os olhos.

– Ele já sabe disso, nós já sabemos disso, acho que até o próprio Yibo sabe disso. Você não precisa pontuar isso a cada dois segundos, Delafield.

Daniel levantou a mão, chamando a atenção da atendente e pedindo mais três cervejas, o celular do federal começou a vibrar por cima da mesa, e três cabeças viraram-se curiosas para o visor que brilhava: Vitor.

Xiao ignorou a ligação.

– O comparsa dele vem ligando para você? É isso mesmo? – Daniel perguntou, incrédulo.

– Comparsa esse que você adorou dar uns
amassos na cozinha do Xiao, não é mesmo?

Xiao bateu as mãos do tampo da mesa.

– Vocês dois não estão ajudando em nada! Sim, Vitor vem ligando, e eu ignorando. Se fosse algo realmente importante ele conseguiria me encontrar. Eu não quero falar com ele.

Scott suspirou.

– Xiao – Chamou incerto, os olhos do amigo voltaram-se para ele – Por que você não vai atrás dele?

O federal não respondeu de imediato, voltando seu olhar para a mesa, traçando padrões aleatórios na madeira.

– Não posso –murmurou por fim, rendido.

– Por quế? – dessa vez foi Daniel quem
perguntou.

Xiao suspirou.

– Porque eu não sei de mais nada... Não sei se acredito que ele teve um porquê para o que fez, não sei se ele realmente estava sendo sincero, não sei se foi por influência do tio..

De repente, nem Scott, nem Daniel prestavam mais a atenção no discurso do amigo, os dois pares de olhos estavam presos em algo além da calçada, do outro lado da rua. O federal logo percebeu a cara pálida dos dois amigos, e interrompeu-se.

– O que foi?

O primeiro a voltar a falar foi Daniel:

– Falando no diabo…

Xiao virou-se lentamente e por um minuto pensou que estava vendo coisas, que sua cerveja tinha sido adulterada e a visão a sua frente fosse fruto do imaginário. Mas era tudo real demais, sua raiva quase tangível... O sangue corria quente e depressa pelo corpo e a descarga de adrenalina transpassou todo o corpo masculino.

Seu Yibo, usado, manipulado... seu corpo invadido. Sua irmã Charlotte naquele beco imundo aos prantos… Xiao Zhan enxergava tudo vermelho a sua frente, fúria pura e visceral. Mas o ódio guardado e a tensão dos últimos dias finalmente tinham encontrado uma válvula de escape:

Ricardo Wang.

Xiao saiu do bar, sem nem dar chance para os seus amigos impeirem, e cruzou a rua sem se importar em olhar para os lados. Seu alvo estava mais a frente, de costas para ele... Chegar até lá era a única coisa que importava.

E faltava pouco... tão pouco!

Naquele instante não existia o agente. Existia um homem, totalmente fora de si, clamando por um mínimo de justiça.. Vingança… Clamando por um acerto de contas feito pelas próprias mãos.

E então ele o alcançou, a mão do federal pesando contra o ombro do número um da máfia, e o puxando para trás, o virando. E, finalmente, seu punho acertou em cheio um cruzado de direita no rosto surpreso de Ricardo.

Eitha 👀

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