Network of Secrets

By Lin-huan

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Wang Yibo, nascido à sombra da criminalidade, possuía um futuro brilhante traçado por seu tio: o comando da m... More

prólogo
Cap1
cap 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 6
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
cap 15
Cap 16
Cap17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Ca 21
Cap 22
cap 23
Cap 24
cap 25
cap 26
Cap 27
Cap 28
cap 29
cap 31
Cap 32
Cap 33
Cap 34
Cap 35
Cap 36
Cap 37
Cap 38
Cap 39
Cap 40

Cap 30

406 80 68
By Lin-huan

Boa leitura ❤️

Flashback

– Mãe?

Paola arregalou os orbes cor de chocolate percebendo os olhos do filho em suas costas
marcadas, tentou cobrir o corpo com a toalha de banho.

Yibo? O que está fazendo ai?

O garotinho se assustou com o tom da mãe, encolhendo-se na soleira da porta.

– Eu só tava olhando.. Perdão

Paola sorriu tristemente para o filho que portava uma carinha desolada, olhando para seus pequenos pezinhos. A mulher agachou-se, abrindo os braços para Yibo. O menininho correu para o aconchego oferecido, descansando a cabecinha na curva do pescoço da mãe. O cheiro de sândalo da mulher se fez presente, e a criança o inalou com gosto, sentindo-se protegido.

Por mais que fosse uma das melhores sensações estar no colo da mãe, a atenção da pequeno estava nas marcas que havia visto em seu corpo

O que é esses roxos? Doi? – Os olhinhos ficaram marejados. Paola suspirou abraçando o filho um pouco mais forte.

– Mamãe caiu, Anjo. Mas ela vai ficar boa logo, está bem.?

Yibo franziua testa de criança lembrando-se de dois machucados nas costas da mãe. Tocou o roxo que estava no ombro da mulher.

Uma lágrima teimosa rolou pela bochecha de Paola e ela apertou o filho mais em seu peito, para que ele não visse que chorava.

– Nada dói com você perto de mim. A mamãe te ama muito.  Nunca duvide disso.

Yibo depositou um leve beijinho na marca arroxeada da mãe.

– Eu também te amo.

Paola sorriu.

– Você é meu tesoro, filho. – A mulher de
Gian Wang pegou o delicado rosto do filho entre suas mãos e beijou carinhosamente a testa dele – Você é minha alegria.

YIBO!

O grito de horror tirou o mafioso do que se
recordava sem nem mesmo dar-se conta.

Não foi surpresa. Era o que aquele lugar fazia. Aquele porão frio parecia lhe tirar todas as lembranças boas, mesmo que Yibo tentasse não se apegar a elas.

Só restava o frio. O ódio. A vingança. Yibo ficou momentaneamente cego graças a um foco de luz, o que mais tarde o amafioso perceberia se tratar de uma lanterna. Seu corpo foi puxado para os braços de alguém, mas ele não queria, nem tinha vontade de lutar contra. Estava perdido entre a sensação de realidade e fantasia. Seria
aquilo outra lembrança?

– Meu menino – era a voz de Lorenza, o mafioso reconheceu. A avó o embalava em seus braços como a um bebê, mas o gesto não trouxe conforto. A cabeça de Yibo doía e girava, a tontura potencializada com os movimentos de vai e vem. – Eu peguei Mara preparando uma bandeja para trazer para cá, e soube que você estava aqui.

Mara, Yibo raciocinou. A velha empregada era a única coisa que lhe dava uma noção dos dias que se passavam. A mulher vinha duas vezes. Uma com a comida e com uma bacia de água, a outra para levá-lo ate o pequeno vaso sanitário, instalado anos atrás por Ricardo justamente por causa do menino, e garantir assim que Yibo fizesse suas necessidades.

Desde que fora trancado Mara apareceu doze vezes, e como estava na hora de comer novamente, significava que aquele era o
sétimo dia que se encontrava ali.

– Como ele pode fazer isso com você, meu filho? De novo! - Lorenza chorava e essa altura Yibo se convenceu de que aquilo realmente estava acontecendo.– Vamos, eu vou te tirar daqui.

Yibo demorou para entender o que a avô queria, mas logo que sentiu o seu corpo sendo puxado para cima, a voz gritou dentro de sua cabeça.

Não!

Yibo tentou lutar, desprendendo-se dos braços da avó.

– Na... não – a voz saiu rouca, seca, entrecortada. O próprio mafioso assustou-se com o som, refletiu que há muito não falava nada.

Lorenza chorou mais, ajoelhando-se na frente dele. A pouca luz vinha da lanterna no chão, e possibilitava que Yibo encarasse o rosto da avó que era a pura angústia.

O que Lorenza via no rosto do neto a assustou tremendamente. Estava amedrontado, sem vida e, infelizmente, resignado.

– Eu não posso deixá-lo aqui. É subumano.

O mafioso continuou negando.

– Ricardo - conseguiu murmurar por fim, raspou a garganta, a voz ganhando um pouco de força – Ele que tem que me tira daqui.

– Não, Yibo! Você não precisa ficar aqui, por Deus! Seu treinamento acabou há anos, não existe propósito! Ele não pode te castigar assim, filho. Ele não pode…

Novamente Yibo sentiu Lorenza puxando-o, mas resistiu bravamente, tentando agarrar-se ao chão úmido.

Ele queria sair dali. Queria desesperadamente. Mas estava ali por ter desobedecido ao tio, e o resto de sanidade que lhe restava dizia que não poderia desobedecê-lo novamente. Sabe lá o que
poderia acontecer caso o fizesse, talvez ele
desconsiderasse o acordo feito e então... Então Xiao não estaria a salvo. Tudo a troco de nada. Tudo culpa dele.

Lorenza o puxava mais forte agora.

– NÃO! – Yibo gritou com sua voz rouca, assustando a avó – Você não entende! Não
entende! Saia daqui! 

– Você vem comigo, Yibo. Eu vou falar com seu tio... Ele vai ter que compreender que não existe lógica prendê-lo aqui e…

– Não! O federal… – Yibo murmurou já incoerente – Saia daqui! Saia!

A matriarca passou os dedos pelo cabelo úmido e sujo do neto, querendo conferir se o menino estava com febre... Mas, apesar de suar frio, a temperatura estava normal.

– Quem é federal, Yibo?

A cabeça do mafioso faltava explodir.

– Ele vai fazer mal. Vai machucá-lo.. Eu tenho que ficar…

– Ele não vai, vamos.

– Me deixe sozinho! Vá embora!

Com algum custo Lorenza saiu dali, deixando o neto agarrado ao chão frio, murmurando coisas incoerentes. A imagem era capaz de quebrar corações feitos de pedra, e estraçalhou o peito de Lorenza.

____________

O burburinho formou-se rapidamente na sede do FBI, agitando todos os agentes presentes, afinal algo importante acontecera.

Uma ligação anônima informava que um homem tinha sido jogado em um canteiro de rodovia, respirava, mas como estava inconsciente não havia como prever a gravidade de seus ferimentos. Esse homem era o agente Xio Zhan.

Depois de quase dois meses sumido, o filho
mais velho de Catherine Zhan fora encontrado.

Daniel se auto assimilava a uma chaleira. Não se lembrava de ter suado tanto em sua vida, nem mesmo no exame de aptidão física da instituição. Voltando do banheiro, onde tinha se enfiado na hora exata em que o FBI receberia a notícia sobre Xiao, Daniel tentou colocar sua melhor cara de confusão.

– O que aconteceu? - perguntou a um agente mais próximo.

– Acharam o Agente Zhan! Já estão o levando para o hospital, mas parece que está bem.

– Oh Xiao! Graças a Deus! – A representação foi piegas, e não convenceria ninguém. Mas, para a sorte de Daniel o colega de trabalho estava pouco se importando com as emoções dele no momento.

Ele não sabia mesmo dissimular, e nem tinha interesse, afinal,o negócio dele era outro. O homem considerava lidar com computadores muito mais fácil que com pessoas. Sacou o celular, olhando para os lados antes, como bom conhecedor e aplicador de uma teoria da conspiração. Escreveu rapidamente.

Tudo deu certo... Espero que já tenha saído do perímetro em que deixou o Xiao. Te encontro no hospital.

Apertoua tecla enviar e, imediatamente, a
mensagem chegou até Scott. Daniel finalmente riu, encaminhando-se para a saída do FBI. Tudo tinha ocorrido bem. E ele meio que sentia a genialidade subindo a cabeça.

________

– Chamou, pai? – Filipe Wang esperou à
porta do escritório de Ricardo para que ele
lhe desse a ordem de entrada.

– Sim – Os olhos do Wang nem chegaram
realmente ao filho, presos aos papéis com os lucros de um último carregamento de armas. Quando sentiu o adolescente perto de sua mesa, continuou a falar – Chega desses treinamentos imbecis. Já passou da hora de você atuar no dia-a-dia da máfia.

– Eu já o pedi isso–  Filipe pontuou. Estava feliz, porém inegavelmente nervoso diante da novidade  – Foi o senhor quem negou!

Ricardo revirou os olhos, tentando não ocupar sua mente com as tolices que saiam da boca do filho.

– Claro que neguei, qualquer pessoa minimamente sensata faria a mesma coisa
quando olhasse para você e visse o que eu
vejo.

Filipe nem se abalou com as palavras, já sabia que o pai não simpativaza muito com ele, e isso pra ele não fazia a menor diferença, sorriu pra irrita-lo mais ainda.

– E o que o senhor vệ?

A resposta veio sem hesitação.

– Um molequinho que mal saiu das fraldas. Ainda sinto o cheiro de leite azedo vindo de você. Mas a culpa é minha, não deveria ter te deixado tanto tempo com aquela oportunista que você chama de mãe. – Ricardo disse, calmamente, como quem fala do tempo.

O Wang mais novo fechou brevemente os olhos. Estava certo que sua mãe não prestava, e ele era ciente do fato. Mas não o agradava ficar ouvindo esse tipo de coisa de seu pai. Tentou controlar a fúria, mas ela rompeu por seus lábios em forma de um comentário jocoso:

– E pretende colocar um molequinho, como mesmo disse, na sua preciosa máfia?

Ricardo bateu o pulso na mesa, olhando para o filho pela primeira vez.

– Engula esse sarcasmo quando me dirigir a
palavra, seu muleque. Quem você pensa que é?

– Continue.

O adolescente abaixou a cabeça.

– Sua extrema imexperiência não será um problema a princípio. Vai ter um boam professor.

– Professor?

– Sim. – Ricardo fez uma pausa e, quando voltou a falar, seu tom era de orgulho – Yibo. Você vai acompanhá-lo nos afazeres dele a partir de hoje.

Filipe teve que se controlar para não sorrir..

– Yibo?

– Por acaso conhece outro Wang Yibo?

Não. Filipe não conhecia.
_______

Flashback

- Dê oi para o Yibo, Filipe. – Lorenza havia carregado o menino de 4 anos até a biblioteca onde um Yibo encontrava-se estudando matemática.

Ricardo sempre exigia notas boas e, nessa época, o aspirante mafioso ainda era educado em casa por professores muito bem pagos.

O menino de 12 anos virou-se para o pequenininho no colo da avó. Fillipe arregalou os olhinhos para ele. Era tão lindo! A pele branquinha, os cabelos pretos, os olhos castanhos. Nem se dava conta, simplesmente encarava encantado o menino à sua frente.

– Ele é um anjo? –Filipe se escondeu no pescoço de Lorenza.

Vô Lorenza! – Vitor gritou de algum lugar, quebrando o momento – Me deixe carregá-lo!

A verdade era que Filipo Ferraro sempre fora encantado por Yibo. Via o homem como um exemplo a ser seguido e sonhava um dia ser igual a ele. Receber um elogio dele. Ver seu pai falando dele com o mesmo orgulho que falava de Yibo. Ao contrário do homem, Filipe não o via como uma concorrência para ocupar o primeiro posto da máfia.

Não haveria jamais uma disputa entre eles, porque todo mundo já saberia o resultado Yibo ganharia.

– RICARDO WANG! –Lorenza irrompeu o escritório acabando com a conversa entre pai e filho.

– Vô? – Filipe perguntou duvidoso, indo até ela e amparando-a. A mulher estava visivelmente fora de si.

– Você tem que tirar Yibo daquele lugar horrível! Eu não vou tolerar isso!

Filipe assustou-se. Lugar horrível? Onde seu primo estava?

– Você não tem direito nenhum de invadir a minha sala impondo o que quer ou não. Eu sou o responsável pela educação de Yibo e você não tem que se meter nisso! – Ricardo disse, toda a sua calma evaporando para o espaço. Detestava quando o contestavam, principalmente tratando-se de sua mãe, e ainda mais relacionado ao modo como tratava Yibo.

– Yibo já tem vinte seis anos, Ricardo! Ele já recebeu todas as punições, todos os malditos treinamentos que você poderia inventar! Basta! Ele é seu melhor homem, o que mais você quer? – Lorenza despejou em cólera, quase soltando-se dos braços de Filipo.

– Quero que ele me obedeça como costumava fazer.

A mais velha explodiu em uma pequena crise de riso indignado.

– Ele acabou de me expulsar aos gritos quando eu ameacei tirá-lo daquele lugar horrível! O que te faz pensar que ele não obedecea você?

– O que está acontecendo? – O menino Wang simplesmente não entendia. Yibo fora punido? Por que?

– Calado, Filipe! – Ricardo cortou, como uma cobra que destila o seu veneno - Você não sabe o que andou acontecendo!

– Me conte, então!

– Eu não estou com tempo nem paciência para isso. Mas não se exalte, vou tirar Yibo de lá hoje mesmo. Ele vai treinar Filipe e precisa de um tempo para se recuperar.

Lorenza piscou várias vezes, relaxando nos
braços do neto.

– O que Yibo fez para desafiá-lo, Ricardo? - O mafioso afastou a cadeira, ficando em pé num rompante.

– Eu já lhe disse que não vou falar sobre esse assunto agora.

A mente de Lorenza se iluminou e ela soltou sem pensar:

– Por acaso tem relação com um tal de federal?

A pergunta fez o sangue de Ricardo ferver. Como possivelmente sua mãe sabia a respeito do filho de Matthew? Partiu para cima dela, cego pela fúria, mas Filipe entrou entre eles, trazendo Ricardo de volta a realidade.

O mafioso respirou profundamente, tentando recuperar a razão.

– Nunca. Nunca mais repita esse nome dentro dessa casa. Principalmente perto de Yibo. Fui claro?

Ricardo lançou seu olhar para Lorenza, que simplesmente sustentou o olhar com o do
filho. O que ele não esperava era que a mãe estava com uma arma em mãos e apontou em sua direção.

– Vô – Filipe disse em um tom apriensivo.

– Se afasta. – Lorenza disse com altoridade, fazendo Filipe sai do lugar, poucas vezes via a avô daquele jeito.

– Ricardo, você é meu filho, mais não se iluda, com esse privilégio. Quando você fez aquilo com Yibo, quando ele tinha apenas treze anos, eu ia te mata, eu só não fiz, porque você chorou que nem um bebezinho. Mais não duvide, nem por um segundo que eu não faria – Lorenza disse se aproximando ainda mais – Nunca mais levante a voz pra mim, Fui clara? – A mafiosa falou baixo e mordaz.

Ricardo finalmente abaixou a cabeça.

– Sim, mãe. Claríssimo.

______

52 dias depois.

A sala de tiros da sede do FBI estava vazia,
exceto pelo homem que permanecia com os olhos fixos em seu alvo inanimado que secretamente invejava. Queria ser capaz de
não sentir nada como o boneco. Mais uma vez apertou o gatilho, e uma vez mais a bala chegou ao destino esperado.

O agente Xiao Zhan sempre gostou de atirar. O ato o relaxava e, naquele momento, parecia uma demonstração de poder, de controle sobre os seus próprios atos. A sensação era ilusória, porém definitivamente boa.

- Alvo parado a 30 metros, Agente Zhan? – Xiao travou por um minuto. Reconheceu a voz masculina, porém, estava desacreditado que ele estivesse realmente ali. – Tão monótono…

O alvo de Xiao afastou-se bruscamente, distância máxima que aquela cabine de tiros permitia, começando a oscilar no ar.

– Cem dólares se acertar o pé, o coração e a cabeça. Os três locais ou nada feito!

Depois de muito tempo Xiao quase sorriu. E um quase sorriso já era um tremendo avanço para o estado de espírito que ultimamente se encontrava. Empunhou a arma novamente, condicionando seus olhos ao movimento do boneco alguns bons metros a sua frente.

Três tiros foram ouvidos. Os três pontos atingidos em cheio. Xiao retirou os fones protetores e imediatamente ouviu o barulho dos sapatos masculinos na sala vazia. Os passos cadenciados e firmes como sempre.

– Sua mira continua incrível, agente. – Xiao ouviu a voz bem colocada quando os passos cessaram e soube que ele já se encontrava atrás dele – Poderia ter sido atirador de elite com apenas um estalar de dedos.

Respirando fundo, Xiao virou-se para encará-lo. Os cabelos loiros ainda caiam perfeitamente sobre os ombros, a pele branca e bem cuidada, os olhos verdes azeitona ainda mais perspicazes... Ele estava bonito, ele sempre fora muito bonito.

– Fred... –  Xiao murmurou em um comprimento.

Ele riu, olhando-o de esguelha.

– Olá, Xiao. – Fred analisou o rosto do homem, e franziu as sobrancelhas – Você está abatido, não deveria estar aqui. Sua licença ainda não acabou.

O agente Xiao deu de ombros. O que Fred não sabia é que ele precisava urgentemente ocupar sua mente. Caso contrário só pensaria em uma certa coisa, ou melhor, pessoa.

– Eu estou bem.

Fred revirou os olhos dando um passo à frente.

– Eu sei que não está, mas não vou discutir com você sobre isso agora. Se bem me lembro, você pode ser terrivelmente teimoso quando quer. – O agente Lewis respirou fundo antes de continuar – Eu fiquei preocupado…

– O que faz em Boston? – Xiao perguntou, tentando desviar a atenção dele daquele tópico.

Não poderia vacilar diante de Fred. Se alguém ali dentro era capaz de descobrir seu falso sequestro, esse alguém era ele

–  Eu estou no departamento de sequestros em Nova lorque. Eu vim ajudar no seu caso... que, bom, já não é mais um caso.

Xiao estreitou os olhos.

– Eles pediram para você…

–Sim – Fred mexeu nos cabelos, subitamente nervoso por falar com Xiao, apesar de se dar conta que aquilo era tolice – Estou mais ligado ao rapto de crianças, então primeiramente não compreendi... Depois soube que era você. Revemos todas as pistas várias vezes... Eu não entendia o que estava acontecendo. Você não tỉnha entrado em nenhum caso muito perigoso nos últimos meses, não houve um pedido de resgate, até mesmo o carro em que você foi levado passou incólume pelas filmagens do trânsito.

Sim, Xiao anuiu, Daniel apagara os vestígios do carro que ele e Yibo usaram aquele dia.

Yibo.

Até mesmo pensar nele infligia dor para o homem. E mesmo assim ele o fazia, a todo
momento. Tentou mudar rapidamente de assunto.

– Mas, se eles te chamaram é porque…

Fred mordeu os lábios, incerto. Mas seus olhos queimavam com a presença de espírito que sempre possuíra.

–Sim... Eu meio que sou o chefe da divisāo de sequestros de NY.

Xiao sorriu de lado, arrancando um suspiro de Fred. Era impossível resistir àquele sorriso.

– Eu sempre soube que você iria longe. – O homem sorriu sedutoramente, jogando aforça de seu olhar sobre o federal.

– Esse seu apoio incondicional é uma das muitas coisas que me atraíram no passado.
- Xiao piscou algumas vezes, surpreendido pela investida do homen – Eu senti sua falta, Xiao… – Fred murmurou aproximando-se mais. – Você sabe, nós poderíamos ter dado.. certo. Reconheço que a culpa foi minha.

Xiao Zhan engoliu em seco, não acreditando que estavam tendo aquela conversa.

– Não sabemos... E, isso foi há um ano! Você tinha que ir embora, era a sua carreira em jogo... E nós também não tínhamos nada sério.

O agente revirou os olhos, uma das mãos começou a brincar com os botões da camisa
branca que o federal usava.

– Você poderia ter dito que sentiu saudades minhas também, Xiao. – Xiao fechou brevemente os olhos sentindo os toques em seu peito.  Sim, ele sentira falta. Fred era engraçado e extremamente inteligente. Uma ótima companhia. Mas, estranhamente, alguma coisa estava
mudada. – Eu estou pensando em pedir
transferência para Boston, eu gosto daqui.. E os casos de sequestro têm aumentado, infelizmente.

Xiao fixou seus olhos nos de Fred, o que, de algum modo, instigava o homem a continuar.

– O que eu quero dizer... É que eu estarei de volta, e não vou mais usar o passado para
falar isso – ele levantou o queixo, encarando firmemente o agente, a mão rumou para os ombros largos do homem – Por que não retomamos de onde paramos um ano, Xiao?

– Fred…

– Xiao – ele o interrompeu – Eu realmente acho que podemos dar certo.

Fred se inclinou ainda mais para o homem, a ponta do nariz alcançando o pescoço de Xiao. Ele sorveu do cheiro másculo potencializado pela essência do perfume. Seus lábios fecharam-se instantaneamente sobre a carne. Uma pequena mordida sem dentes. Sentiu a mão de Xiao apertar levemente sua cintura, e sorriu contra a pele dele. Movido pela coragem moveu seus lábios até o ouvido do federal.

– Nós éramos bons juntos – sussurrou, impondo a lembrança. Com uma risadinha rumou a boca até a mandíbula do federal onde começou a distribuir beijos e leves mordidas. Seu sorriso abriu ainda mais quando viu que o homem engoliu em seco.

Fred era um homem extremamente atraente que estava beijando o federal de maneira provocativa. Ele estava ciente daquilo. Estava ciente também de que era muito bom estar com ele no passado, não apenas de um modo sexual. O loiro era
realmente uma companhia muito boa. Contudo, aquela maneira que ele o beijava agora, o lembrava demais de uma certo mafioso e de como ele gostava de sentir os lábios roçando sua pele.

Maldito Wang Yibo!

Ele queria esquecê-lo. E ele iria. Fred poderia ser a chave para que aquilo acontecesse. Movido pelo pensamento, agarrou firmemente a cintura  masculina com as duas mãos, ignorando que eles não se encaixavam tão bem como na cintura de Yibo, e jogou o loiro sem aviso contra andivisória, prensando seu corpo ao dele.

Fred quase gemeu, deixando que Xiao visse o quanto ele era receptiva a ele. Aquela era a prova dos nove, o que aconteceria a partir dali poderia significar sua libertação. Queria tanto parar de sentir o que sentia por aquele maldito.

Esquecê-lo!

Sua mão desceu até o quadril do homem, o polegar colocado perigosamente perto da
virilha,  fez Fred ofegar, dando um leve rebolado.

– Xiao…

O homem gemia seu nome, o que o homem
sequer notou. O foco do federal estava
centrado em apenas uma coisa, os lábios
entreabertos de Free, e não no que saía deles.  

Por favor, saia dos meus pensamentos. O federal chegou a rogar antes de finalmente selar as suas bocas.

Acho que alguem vai fica sabendo disso....

É seguro ficar aqui, ou devo correr para as colinas? 😬

Até a próxima 😘

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