Apostas do destino

By MihBrandao

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Depois do trágico acidente que matou seu pai, Luna se vê obrigada a mudar de cidade com a mulher que consider... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35 - Parte I
Capítulo 35 - Parte II
Epílogo
Capítulo bônus

Capítulo 6

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By MihBrandao

O tempo estava fechado quando eu cheguei na escola mais tarde. Eu não havia levado sombrinha, mas também não me importava. Desde pequena, tomar banho na chuva era incrivelmente agradável para mim, e eu me lembrava de várias ocasiões em que havia feito isso com meu pai.

Andei pelo corredor da escola até minha sala sem pressa, com os pensamentos vagando entre Nicolas e Diogo. Qual seria a ligação entre eles?

Me sentei isolada como de costume e mal prestei atenção nas aulas. No recreio, continuei sentada e lancei olhares para a porta várias vezes, porém ninguém entrou por ela. Diogo com toda a certeza não queria mais falar comigo.

O recreio acabou e mais duas aulas se sucederam depois dele. Eu não conseguia afastar a imagem de Nicolas e Diogo da minha mente por mais que eu tentasse, e era óbvio que eu não conseguia prestar atenção nas aulas.

Quando enfim o sinal bateu anunciando o fim daquela tortura, eu guardei meus materiais na mochila, a dependurei no ombro e saí.

A noite havia chegado rápido e a chuva caia ensopando a roupa dos alunos que, assim como eu, não haviam levado sombrinha.

Alguns tentavam se esconder debaixo da mochila ou fichário, mas não tinham muito sucesso e acabavam xingando qualquer coisa enquanto corriam para lugares protegidos.

Eu sorri e estava prestes a sair pelo portão da escola quando o vi.
Diogo estava correndo na garagem em direção a um dos carros.

Meu coração acelerou de repente e minha respiração ficou irregular. Eu precisava falar com ele por vários motivos. Eu queria saber qual era sua ligação com Nicolas, queria ouvir sua voz, e acima de tudo, queria simplesmente estar perto dele.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, meus pés começaram a se mover na direção dele e eu estava correndo na chuva para alcançá-lo. Tentei me convencer de que isso não era nada demais. Eu só o perguntaria se ele e Nicolas eram parentes próximos. Queria acabar com aquela curiosidade, e então...

Bem, e então ele seguiria a vida dele e eu seguiria a minha.

Nossa conversa não poderia durar mais de dois minutos. Não havia nada de errado com isso.

- Diogo! - Eu o alcancei exatamente no momento em que ele abriu a porta do carro.

Ele se virou para mim e eu pensei em ter visto um relampejo de surpresa em seus olhos, mas não tinha certeza. A noite e a chuva dificultavam a minha visão.

- Sim? - Ele disse depois de fechar a porta do carro novamente e se virar completamente para mim.

A chuva fazia com que sua camisa colasse no corpo e molhava seu cabelo, escorrendo pelo seu rosto. Tanto eu quanto ele estávamos completamente molhados.

- Eu... - Eu comecei a dizer mas as palavras fugiam de mim. Era difícil me concentrar sob a intensidade do olhar dele. Era difícil me concentrar quando eu estava perto dele, ponto.

- Você...? - Ele inclinou a cabeça para o lado.

- Eu queria saber se o convite que você me fez quarta feira ainda está de pé. - Eu disse antes de pensar como se estivesse sob o efeito de alguma droga.

"O que? De onde saiu isso? Não era isso que eu precisava falar... merda!"

Abri a boca para consertar meu erro, mas Diogo foi mais rápido que eu.

Seu sorriso fez com que rodos os músculos abaixo da minha barriga se contorcessem.

- Eu estava esperando por isso. - Disse. - Será um prazer, baby.

Ele deu a volta no carro e abriu a porta do passageiro. Levei um momento pra perceber que era pra eu entrar.

- E então, você vem? - Ele perguntou aumentando a voz pra eu poder ouvir além do barulho da chuva.

Pensar na imagem de eu e Diogo sozinhos no interior de um carro fez minha temperatura subir vários graus.

- Ah... eu prefiro andar. - Respondi cruzando os braços.

- Andar? - Diogo riu. - Com esse tempo?

Como se ele tivesse feito algum tipo de profecia, um relâmpago cruzou o céu, seguido por um trovão ensurdecedor.

- Talvez eu não seja normal. - Eu disse olhando para cima. - Tem razão. Não é uma boa hora. - Eu o olhei. - Além disso, você deve ter mais o que fazer.

Diogo estreitou os olhos pra mim sem entender. Na verdade nem eu estava me entendendo. O que eu estava fazendo, afinal?

- Quem sabe a gente possa marcar outro dia. - Eu disse me afastando. - Talvez um dia que não esteja chovendo.

- Não! - Diogo bateu a porta do carro e correu para mim. - Tudo bem. Se você quer andar na chuva, vamos andar na chuva. Só devemos estar preparados para o resfriado que virá nos fazer uma visita.

Eu ri enquanto começamos a nos afastar da escola.

- E então, posso saber por que você mudou de ideia? - Ele me perguntou.

Eu não havia mudado de ideia! Eu nem sabia o que estava fazendo ali...

De repente me lembrei de Bruna. "Talvez ele esteja precisando disso..."

- Uma amiga me convenceu.

- Uma amiga? - Ele riu.

- Qual é a graça? Não é uma piada. - Eu não consegui esconder meu sorriso também.

Na boa... era impossível não sorrir com o som da risada dele.

- Desculpa, eu só... estou surpreso.

- Por que? - Eu o olhei.

- Primeiro, você tem uma amiga. Segundo, você conversou com ela sobre mim.

Merda! Era a segunda vez em menos de uma hora que eu me arrependida das palavras que saíam da minha boca.

- Desculpa. É que... eu...

- Eu não estou reclamando. - Ele sorriu pra mim. - Pelo contrário. Estou lisonjeado.

Eu troquei minha mochila de ombro, tentando encontrar algo pra dizer, mas ele foi mais rápido, e antes que eu percebesse, ele tirou minha mochila de mim e a pendurou no próprio ombro.

- Eu levo isso.

- Ah, não obrigada... eu posso levar. - Eu puxei a bolsa mas ele se virou, levando-a para longe de mim.

- Luna, deixe-me levar. Eu sou completamente contra a política de uma mulher levar peso enquanto um homem anda com as mãos vazias.

Eu hesitei por um momento.

- Você por acaso não é desses homens que acham que uma mulher é mais fraca do que vocês só porque são do sexo oposto, não é?

Ele riu, realmente riu. Consequentemente eu ri também, mesmo não encontrando o motivo da graça.

- Não. - Ele disse. - De jeito nenhum. Um homem não conseguiria suportar a dor de um parto ou permanecer com um salto de 15 centímetros durante uma hora, por exemplo.

Eu estreitei meus olhos para ele, deixando claro que ele não havia me convencido.

- Só estou tentando ser prestativo. - Ele disse suavizando a voz.

Eu desviei os olhos em silêncio, pensando entre forçá-lo a me dar a bolsa ou me declarar vencida, até que a voz dele fez meus pensamentos tomarem outro rumo.

- Você costuma se molhar na chuva sempre?

- Hm... mais ou menos. - Me lembrei do meu pai. - Eu fazia isso sempre em Santa Teresa.

- Seus pais não se importavam?

Agora foi a minha vez de rir.

- Foi meu pai quem me ensinou a gostar tanto disso. Nós sempre saíamos pra fora quando chovia. Era meu passatempo preferido.

Diogo não disse nada.

- E você? Nunca havia tomado banho na chuva?

- Digamos que meu pai não tinha muito tempo pra isso.

- Como assim? - Eu o olhei.

- Ele era ocupado demais. O pouco tempo que passava em casa era trancado em seu escritório trabalhando.

- Tudo bem, mas... por que todos os verbos estão no passado? Não tinha, não era... Você tem pai, não tem? - Eu perguntei sentindo meu sangue fugir.

Diogo me olhou e eu pude ver toda a tristeza estampada em seus olhos. Ele não precisava responder. Eu já havia entendido.

Ele era órfão. Como eu.

- Como? - Foi tudo o que eu consegui dizer num sussurro.

- Acidente de avião. Há três anos.

Malditos transportes! Se isso não existisse, tanto meu pai quanto o pai de Diogo estariam vivos hoje.

- Eu sinto muito.

Ele sorriu pra mim, mas eu não vi humor algum em seus olhos.

De repente eu tive uma ideia. Algo que sempre quis fazer, desde que era criança, e a única coisa que meu pai me proibia terminantemente.

Estava na hora de ignorar um pouco as regras.

- Vem comigo. - Eu disse puxando Diogo pela mão em direção à praça. Ele teve que correr pra me acompanhar.

- Onde?

- Você vai ver. Corre!

Nós corremos de mãos dadas até sentir a grama salpicar nossos pés, então continuamos correndo.

Eu escolhi um lugar totalmente afastado das árvores, onde a chuva não tinha nenhuma outra escolha a não ser cair sobre nós.

Paramos.

- O que estamos fazendo aqui? - Diogo perguntou franzindo a testa pra mim. Eu sorri.

Era difícil ver seus traços, considerando a escuridão da noite e a chuva que não se importava em cair, mas mesmo assim eu pude ver seu sorriso. Isso era o suficiente pra mim.

Eu me sentei sobre a grama, em seguida deitei cruzando as mãos sobre a barriga.

Diogo arregalou os olhos e seu queixo caiu com a surpresa.

- O que... por que... o que você está fazendo?! Levante-se daí!

Eu ri enquanto lutava para manter meus olhos abertos, com a chuva caindo sobre meu rosto.

- Luna, você pode pegar uma doença! Já basta o banho de chuva, isso já é demais!

- Não seja tão chato! - Eu disse num tom divertido. - A vida é muito curta. Vamos aproveitar o que ela tem de bom pra oferecer.

- Isso não é nada bom. É loucura! Levanta.

Eu suspirei e me levantei. Queria continuar deitada pois havia esperado isso por muito tempo, agora eu estava disposta a pagar um pequeno preço para que meu desejo se realizasse.

- Tudo bem. - Eu disse olhando para Diogo no momento em que um raio cortou o céu. - Eu sei que você me acha misteriosa, isso não é segredo. E eu sei que você tem várias perguntas pra me fazer. Minha oferta é: deite-se e eu respondo a uma delas. Prometo que serei completamente sincera.

Eu não pude deixar de perceber o brilho nos olhos dele. Ele olhou para o chão, examinado suas opções, então depois de um momento, ele levantou dois dedos.

- Duas perguntas. Uma, eu sento. Outra, eu deito. - Ele abaixou cada dedo conforme falou. - É pegar ou largar.

Eu pensei por alguns segundos.

- Tudo bem. - Concordei ciente de que me arrependeria disso em um tempo não muito longo.

Diogo se sentou na grama e colocou a mochila do seu lado. Eu o olhei. Ele me olhou.

Era apenas duas perguntas. Seria rápido. Era só eu dar respostas vagas e tudo terminaria bem.

Me sentei ao lado dele.

- Pegunta número um. - Ele disse descansando os braços sobre os joelhos. - Por que realmente você está aqui?

Eu deixei escapar um suspiro de alívio. Não era uma pergunta tão difícil.

- Eu já disse... uma amiga me convenceu.

- Acontece que eu não acho que você seja o tipo de garota que se deixa convencer assim tão fácil. Você prometeu ser completamente sincera. Espero que mantenha sua palavra.

Merda. Sim, isso era uma pergunta difícil.

Eu não soube o que responder na hora. Olhei para frente, para as árvores que se distribuíam uniformemente pela praça e se balançavam com o vento, tentando encontrar algo para dizer, mas nada me veio a mente.

- Eu não sei. - Disse finalmente. - Você tem razão. Eu não sou o tipo de garota que se deixa convencer facilmente e eu decididamente não deveria estar aqui, mas... - Eu não consegui terminar a frase. Eu sabia que de nenhum jeito ela terminaria bem, então me calei.

Diogo desviou os olhos de mim e pensou por um instante.

Imaginei que ele me faria outras perguntas a partir dessa e não se contentaria com uma resposta tão incompleta, mas para minha surpresa, ele simplesmente se deitou.

Eu o olhei um pouco chocada e um pouco confusa, então me deitei também, cruzando novamente as mãos sobre a barriga.

- Pergunta número dois. - Ele disse olhando para cima, tendo dificuldades em manter os olhos abertos. - Por que, segundo a Evellin, você é tão fechada com as meninas da sua classe mas é completamente diferente comigo?

Eu olhei para cima também. Enfim, a pergunta que eu mais temia veio para mim. Pior, foi eu quem o incentivei a fazê-la. Eu respirei fundo.

Certo. Se eu tinha que responder, então falaria tudo de uma vez agora.

- Eu também perdi meu pai. - Eu disse. - No mês passado, em um acidente de carro. Ele não conseguiu chegar ao hospital e morreu no caminho. Depois disso eu fiz uma promessa a mim mesma. Eu prometi que não me apegaria a ninguém. Não me afeiçoaria a ninguém. Não faria amizades, não me enturmaria... enfim. Eu seria fechada e solitária. Assim eu poderia ter certeza que não me decepcionaria outra vez.

Nós ficamos em silêncio por um tempo, e mesmo sem me virar para ele, eu sabia que Diogo estava me observando.

- Mas...? - Ele disse.

Então eu o olhei.

- Mas quando estou perto de você eu me esqueço de tudo isso. Me esqueço da morte do meu pai, dessa promessa ridícula... Eu me sinto viva.

Nós continuamos com os olhos presos um no outro em silêncio por um tempo até eu me virar para cima de novo.

- Pronto. Respondi suas perguntas. Espero que esteja satisfeito. - Eu disse tentando acabar com aquele silêncio agonizante.

Diogo não disse nada.

- Eu sei que você está me olhando. - Eu voltei a dizer.

- Eu sei que sabe. - Ele respondeu.

Então eu me virei para ele de novo.

Eu relâmpago rasgou o céu, e eu pude ver seu rosto perfeitamente. Seus olhos pareciam enxergar além de mim com a sua intensidade. Era quase como se ele conseguisse ver meu interior. Minha alma.

- Por que está me olhando assim? - Eu o perguntei.

- Porque estou usando até a última gota do meu alto-controle pra não te beijar, mas mesmo assim não parece ser o suficiente.

Meu queixo caiu com a sua sinceridade, e eu tive que desviar os olhos pra poder pensar. Eu estava completamente chocada. Não pelo que ele disse, mas pela minha reação.

Eu implorei em pensamentos para que ele parasse de se controlar e simplesmente me beijasse, porque era isso que eu queria. Queria sentir seu calor, sua boca, seu toque...

Eu o queria. Aqui e agora. Fechei meus olhos...

E foi então que a imagem de Evellin cruzou minha mente. Isso não era certo... não com ela, que tinha sido tão legal comigo mesmo eu sendo tão ignorante.

Abri meus olhos e me sentei com meu propósito renovado.

- Eu tenho que ir. - Passei um braço por cima de Diogo para pegar minha mochila. - Eu não devia estar aqui.

- Luna. - Ele segurou minha mão enquanto se sentava também. - Por favor, fique...

Ele tocou minha bochecha suavemente. Eu fechei meus olhos e me inclinei ao seu toque, sentindo cada uma das minhas barreiras cederem.

- Eu não posso... - Eu disse num sussurro enquanto meu cérebro transmitia: "Por favor, me beije... me beije agora..."

- Sim, você pode. - Eu podia sentir sua respiração entrecortada. - E você quer.

Ele se aproximou de mim tão rápido que eu só senti meu rosto se virar num impulso.

- Não. - Eu disse enquanto ele encostava a boca na minha bochecha.

"Merda! Merda, merda, merda! O que foi que eu fiz?!"

Ele se afastou de mim devagar.

- Me desculpa. - Eu disse o olhando. - Ela não merece isso, Diogo. Evellin é uma garota incrível e... ela merece mais de você. - Eu fiz uma pausa. - Nós não temos o direito de fazer isso com ela.

Eu mordi meu lábio inferior com força, tentando parar de tremer. Por fim me levantei.

- Não era pra eu estar aqui. - Eu disse quando ele se levantou também. Eu pendurei minha mochila no ombro enquanto ele me observava. - Foi um erro. Me desculpa.

Eu respirei fundo. Então era isso. Definitivamente isso tudo havia acabado.

- Só me faça um favor? Vamos, hm... evitar de nós encontrar um pouco. Você sabe. Quer dizer, vai ser melhor assim. É que... bem, eu não consigo pensar direito quando estou perto de você. Você me entende?

Eu estava completamente constrangida com o olhar que ele não tirava de mim. Era como poder ler ser pensamentos através dos olhos... e eu sabia exatamente o que ele estava pensando.

Por fim, ele fez que sim com a cabeça tão lentamente que eu quase nem percebi.

- Certo. Me desculpe ter te procurado hoje. Não vai acontecer de novo.

Ele não respondeu. Eu comecei a me afastar.

- Tchau, Diogo.

Ele continuou calado. Eu me virei com o coração acelerado. Estava difícil respirar. Cada passo que eu dava para mais distante dele parecia ser um pedacinho de mim que morria. Eu ainda podia sentir seus olhos pregados em mim.

Então eu parei, colocando toda a razão que existia em mim em um lugar tão escondido do meu cérebro, que era como se ela nem existisse.

Me virei novamente.

- Quer saber? - Eu disse e comecei a andar com passos rápidos em direção a ele, deixando minha mochila cair no caminho. - Se eu tenho que me arrepender de alguma coisa, então que seja por isso.

Tudo aconteceu rápido demais. Eu coloquei minhas mãos em sua nuca e ele me segurou pela cintura, então estávamos nos beijando.

As línguas dançavam em um ritmo lento, se tocando e se sentindo, formando uma terceira dimensão, somente para mim e Diogo. Naquele momento, nada mais existia. Nada mais importava. Apenas eu... e ele.

Diogo tirou uma mão da minha cintura e a levou até minha nuca, entrelaçando seus dedos no meu cabelo molhado enquanto sua boca tomava a minha, em um beijo tão intenso que eu poderia jurar que ele ficaria comigo por muito, muito tempo...

Me deixei levar. Isso era tudo o que eu precisava. Eu fantasiava esse momento todos os dias, desde a primeira vez que o vi. Enfim, estava sendo muito melhor do que e esperava.

Ele se afastou um pouco para tomar fôlego, mas não me soltou. Estávamos tão próximos que nosso nariz se tocava.

- Eu preciso de você. - Diogo disse com a respiração acelerada.

E foi simples assim, com apenas quatro palavras, que eu soube que estava apaixonada.

Eu havia me apaixonado por um garoto comprometido.

- Mais do que qualquer coisa... eu realmente preciso de você, Luna. - Então ele me beijou de novo.

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