Network of Secrets

By Lin-huan

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Wang Yibo, nascido à sombra da criminalidade, possuía um futuro brilhante traçado por seu tio: o comando da m... More

prólogo
Cap1
cap 2
Cap 3
Cap 4
Cap 5
Cap 6
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
cap 11
Cap 12
Cap 13
Cap 14
cap 15
Cap 16
Cap17
Cap 18
Cap 19
Cap 20
Ca 21
Cap 22
cap 23
Cap 24
cap 25
cap 26
Cap 27
Cap 28
Cap 30
cap 31
Cap 32
Cap 33
Cap 34
Cap 35
Cap 36
Cap 37
Cap 38
Cap 39
Cap 40

cap 29

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By Lin-huan

Esse cap contém gatinhos pra alguns. Se alguém tiver problema com tortura psicológica pulem todo o Fleskbaque 😊

Boa leitura ❤️

Matthew não poderia delegar a entrega daquele envelope para algum de seus "subordinados" sem que corresse o risco de Dionízio, o chefe da máfia russa, tomar conhecimento dele.

Matthew não colocaria em exposição Wang Yibo... ainda. Quando chegasse a hora, a máfia tomaria conhecimento de sua localização e aquilo serviria como luva para os interesses de Matthew.

Pagar o Wang na mesma moeda que ele oferecera. Aniquilar seu bem mais precioso. Mexer onde mais doeria.

O Zhan, absorto em seus pensamentos, estava perto do apartamento de qualidade um pouco mais que duvidosa quando viu Xiao sair pela porta larga. Sete passadas eram tudo o que os separava. Nunca estivera tão perto do filho desde o dia que partira.

Por um momento estacou, olhando a figura de seu menino. Ele estava visivelmente conturbado, olhava para cima, piscando várias vezes. Matthew girou o corpo rapidamente salvo pela parede de um estabelecimento, escondendo-se.

Por um segundo, um segundo... se ele não estivesse atento bastante Xiao o teria visto. Encostou a cabeça na parede, fechando os olhos com brusquidão... Estava tão perto de seu garotinho... Tão perto... Lembrou-se da figura alta dele, saindo pela porta do prédio. Ele tinha chorado?

A raiva domou Matthew sem pedir licença, suas mãos fecharam-se em punhos, imaginando ter o pescoço do mafioso entre elas. O que aquele homem tinha feito com o seu filho?

Inclinou a cabeça rapidamente para fora do estabelecimento, constatando a figura alta ainda parada no passeio, os olhos perdidos. Seu filho era um homem agora... Um homem bom, baseado no que vira de Xiao até os dez anos e, pelo que Matthew podia constatar, vendo-o agora.

Tantas fases que ele tinha ficado de fora. Tantos conselhos que ele deixou de dar. A primeira namorada, a primeira relação sexual, os valores de um homem, escolha da profissão.

Sentia como se tivesse sido arrancado da vida do filho. E, para falar a verdade, não havia sentimento que mais se assemelhasse a realidade do que este.

Percebeu Xiao virando a cabeça em sua direção, mas foi mais rápido, escondendo-se dentro do estabelecimento mais uma vez. Portava um sorriso que nascia tímido nos lábios, seu menino tinha um bom instinto... Com certeza se sentiu invadido, espionado, encarado.

Um menininho que brincava de bola chamou atenção do Matthew, uma ideia formando-se em sua mente. Chamou-o com um assobio e o menino logo lhe deu atenção, correndo até o lado dele.

– O tio me chamou?

– Sim... – Matthew disse com um sorriso simpático no rosto, passando confiança para a pequena criança  – O tio queria saber se você pode entregar uma encomenda, no apartamento 302 desse prédio daqui do lado…

O menininho olhou para baixo, murmurando para si mesmo:

– Acho que é o prédio do moço bonito... – disse feliz, ele era tão lindo, parecia um anjo. Ficou entusiasmado com a esperança de vê-lo novamente.

– Você só tem que entrar, empurrar isso para debaixo da porta e sair de lá correndo. Não é preciso chamar, entendeu? –Matthew remexeu no bolso do casaco, retirando de lá 20 dólares e estendendo para o menino, juntamente com o envelope pardo.

– Pra mim? – A criança perguntou bobamente, olhando para o dinheiro.

– Sim! Entendeu o que tem que fazer?

– Sim.

– Otimo! Então pode ir! E ah... – Matthew
interrompeu a criança que já saia da loja... – Se alguém te perguntar quem mandou, não descreva o tio, está bem? Diga que foi alguém moreno e baixinho. Tudo bem?

– Sim! – O menino gritou e saiu em disparada.

Matthew sorriu satisfeito. Causar um desentendimento entre os dois Wang era apenas o começo, mas suficientemente bom

________

Yibo permanecia sentado no chão frio do apartamento. O silêncio que o ambiente adquiriu sendo o som, ou a falta dele, que mais a incomodou em toda a sua existência, queria que Xiao estive ali, tirando sua paciência, ou falando suas inúmeras gracinhas.

Levou a mão ao lugar de seu abdômen que
parecia estar oco, que parecia engrandecer a força da gravidade, jogando-o para baixo. Tateou a parede com a mão livre, na esperança de que aquele gesto pudesse ajudá-lo de alguma forma a se reerguer.

Ele sabia do que precisava naquele momento. Trabalho. Supervisar qualquer imbecil, dar um fim em algum maldito, inspecionar carregamentos de armas… Qualquer coisa! Qualquer coisa que fizesse o mínimo de adrenalina circular pelo
sangue, que afastasse a confusão de seus
pensamentos.

Decidido, Yibo saiu do apartamento destinado  à ir para a casa do tio.. ele o designaria algum serviço, e ele estaria salvo daqueles pensamentos, e... sentimentos.

E foi assim que Wang Yibo cometeu o segundo erro da noite.

Abandonando o apartamento sem nem olhar para trás, praticamente passou por cima de um envelope que estava no chão. Cego como estava, nem mesmo percebeu a existência da correspondência.

E o envelope ficou ali, esquecido. Porém, apenas por um breve espaço de tempo.

______

– Tio, o que tem para ser feito hoje? – Yibo irrompeu o escritório do homem em estado de excitação.

Precisava daquilo. Precisava estar de volta à ativa.

Ricardo semicerrou os olhos, olhando desconfiado para a figura ofegante.

– Já fez o que tinha de fazer?  – perguntou, desconfiadamente.

– Sim. – tomou fôlego. – agente Xiao Zhan está banido de minha vida, como o senhor queria…

Ricardo Wang sorriu exultante, sorvendo de um gole de seu sempre companheiro Whisky.

– Bom Garoto. – Ricardo o olhava com ar vitorioso.

Yibo remexeu-se, jogando o peso do corpo para o outro pé.

– Tio... Eu quero um trabalho.

O Wang levantou-se da cadeira, com falso ar pensativo, parou alguns passos de Yibo,
encarando-o firmemente.

– Pensa que me esqueci de como você tem sido desobediente? Não... Eu não me esqueci.

Yibo tentou manter sua expressão impassível.

– Só tem um lugar que você vai visitar Yibo. E é o porão.

O mafioso arregalou os olhos, seu coração
perdendo uma batida.

– Não. – ele murmurou, mas Ricardo nem fez menção de escutá-lo.

– Vai passar um tempo por lá... um bom tempo. Pensar nas tolices que anda fazendo.

Yibo deu um passo para trás inconscientemente.

–Tio, não…

Ricardo revirou os olhos, aproximando-se
dele.

– Não me venha com reclamações, Yibo. Estará perdendo seu tempo.

Dizendo essas palavras o Wang foi até a porta abrindo, quando entrou dois homens pegando o braço de Yibo firmemente, arrancando-o de seu lugar e puxando-o para fora do escritório. Logo ganharam os corredores da mansão. Yibo não fazia força para se soltar, pois ainda lhe restava
alguma lucidez e bom senso. Porém, também não colaborava, fazendo com que os dois praticamente o arrastasse ao seu destino. A cena era tão familiar que Yibo não sabia se era ele mesmo, ou um pequeno menino ali.

Contudo, quando viu a porta que escondia
as escadas escuras, não conseguiu se conter. Com um puxão, tentou soltar-se do aperto daqueles homens. Eles apenas o puxaram de volta, arremessando-o para a porta, seu Tio abrindo-a logo em seguida. Yibo olhou para baixo, os degraus da escada desfocados diante da escuridão que esperava pelo criminoso.

– Não... - murmurou inconscientemente. Com as duas mãos agarrou o batente da porta firmemente. Suas costas foram empurradas sem dó por Ricardo, mas apenas o corpo de Yibo pendeu para dentro do ambiente sombrio, sustentado firmemente pelas suas mãos. Se caísse, seria uma queda e tanto.

– Não me testa Yibo– Ricardo esbravejou e, com os braços, forçou mais uma vez a sua entrada no ambiente escuro, dessa vez o ombro de Yibo estalou, o barulho do osso deslocado juntando-se com o grito que saiu dele.

O mafioso não teve outra saída a não ser soltar suas mãos. As únicas coisas que ainda a impediam de entrar ali. Os homens continuaram arrastando.  Ele não se rendeu tão facilmente. Enquanto era levado para baixo, esperneava, dando chutes a esmo pelo ar, tentando, inutilmente, desvencilhar-se dos braços daqueles homes.

– Eu não sou mais uma criança! O senhor não pode me trancar aqui! Eu não sou mais aquele menino e sabe bem disso!

Ricardo acompanhou indo atrás e viu sendo jogado no chão úmido quando finalmente chegaram ao último degrau da escada.

– Não é? Tem certeza, Yibo? Então pare
de se comportar como um!

Yibo levou as mãos até o cabelo desgrenhado. Não poderia ficar ali, não ali.

– Me tire daqui. Por favor.

Ricardo chiou com a boca, desejando silêncio.

– Não vou tirá-lo daqui! Estava enganando a si mesmo se pensou que eu não o castigaria por tudo que andou aprontando! Lembra o que disse ao telefone? Daquela vez? Disse que quando voltasse para mim eu ia bater em você como nunca antes! Mas não! Eu estou sendo bom o suficiente para te privar de um castigo físico.

– Não quero que me prive! Me bata, então! Me bata! – Yibo murmurou sôfrego.

Preferiria mil vezes apanhar à aquilo.

– NÃO!- Vociferou, Ricardo – Desse jeito é muito melhor! Você precisa de um tempo para repensar suas atitudes

– Eu já repensei... Eu já... Me perdoe, Tio... Eu sinto muito. Por favor!

– JA BASTA. Não me obrigue a chutar esse seu rostinho lindo!

Odiava se sentir assim... Exposto, aberto a medos... Mas aquele porão.. ele…

Ricardo já subia as escadas, logo depois a porta foi fechada. Trancada. E a escuridão tomando conta.

Yibo tremia, abraçou-se como pôde, seu ombro dolorido. Estava naquele lugar novamente. A terrível familiaridade fez com que fosse impossÍvel não se recordar.

Fleskbaque

QUEM, Yibo? – A voz do tio soou ainda mais poderosa.

Quando o tio o tirou do filme infantil para ir até o porão, Yibo, pensou que era para brincar. Mas, não era. Encolheu-se no canto da parede, recomeçando a chorar. Buscou inconscientemente por uma proteção, deitando-se e abraçando as pernas.

– Não sei... Tio... - murmnurou trêmulo. Uma mão perdida na escuridão agarrou seu braço fazendo o menino gritar.

– Quem matou seus pais, Yibo? – A voz inquiriu mais uma vez, o aperto da mão machucando o pequeno braço.

– Não lembro.. Não sei…

Outra mão apertou suas bochechas, puxando-o, fazendo com ele se sentasse no chão úmido.

– Não se lembra? Você estava lá!- Mais uma vez Yibo negou com sua cabeça – Então o tio Ricardo vai te contar como foi…

– Não! Não quero saber! – falou inutilmente.

– Tanto sangue, não é?

Yibo fungou, recomeçando a chorar forte.

– A mamma estava no meio do sangue, não
estava? Lembra-se dela falando com você?
Mandando você embora?

– Não.. – Yibo balançou a cabeça, mas já
não era mais uma negação…

– Ela mandou sim... Não queria que você fosse a ultima coisa que ela visse... – O menino sentiu a mão do tio em seu cabelo, brincando – Ela não gostava muito de você, Yibo. Quem matou ela Yibo?

– Não lembro... Não sei..

O tio riu novamente em seu ouvido.

– Russos. Os russos são os homens maus!

Ele mordeu os lábios, mais uma vez confuso.

– Quem foi, Yibo? REPITA!

– Ru.. ssos.

– Sim... Se não fosse o tio Ricardo para salvar Yibo, os homens maus levariam você também…  E sabe de quem é a culpa de tudo? Da Renée, ela era uma falsa, ela traiu a nossa confiança... Ela chamou os homens maus para dentro de casa... Para pegar o seu papai. Eu sou a única pessoa que gosta de você Yibo! A ÚNICA!

_____

Yibo fechou os olhos com força, querendo afastar as lembranças, mas sabia que não adiantaria de muita coisa... Não enquanto estivesse ali em baixo.

Deitou-se no chão, se encolhendo. Ele só queria sair dali... só queria que alguém aparece e o tirasse dali.

– Xiao... – O nome saiu de seus lábios, sussurrado, sem que ele nem ao menos pensasse, sem que nem se desse conta…

________

– Se você não estivesse com essa cara de defunto, eu certamente estaria adorando fazer isso. – Scott deu uma pequena gargalhada – Mas, assim não tem graça! Sinto como se estivesse chutando cachorro morto! – Xiao Zhan cerrou os olhos, apertando a mandíbula com força.

Contrariado e com o ódio queimando-o por
dentro,o federal colocou as mãos firmemente para trás, afastando as pernas. A pose e a dureza de seu corpo. O soco que se seguiu foi forte, marcando seu olho esquerdo. Xiao cedeu alguns passos para trás, fazendo uma careta pela dor.

– Desculpe. – Scott disse, sincero. Com a mesma mão que desferira o murro, bateu amigavelmente nas costas de Xiao – Acho que esse soco é o suficiente por hoje.

– Não... – O federal negou, controlando a dor que latejava em seu rosto – Dê alguns nas costelas.

– Xiao... – Scott recriminou - Eu já Soquei suas costelas e seu abdômen inúmeras vezes ontem.

O federal encarou o grandão, seu olhar transbordando impaciência.

– Bata de novo. – sibilou.

– Não faça isso, Scott. – Daniel apareceu na
sala com uma bandeja, voltou seus olhos para o Xiao – Está tudo correndo bem. Uma lesão a cada dia já é bom o suficiente... Quando for examinado pelos médicos existirão lesões quase curadas, velhas e novas. O que passará a ideia de que vem apanhando há algum tempo. Agora, coma.

O federal encarou a bandeja. Um copo com água e pão francês puro. A única coisa que comeu nos últimos três dias. Ele precisava estar mais magro, e desidratado quando o FBI o "encontrasse".

Xiao sabia que deveria estar com fome… Comeu há seis horas, mas... Ele não estava. Não sentia vontade de comer.

Yibo apareceu agora em sua mente. Balançou a cabeça. Sabendo que não era apenas uma sacudida que iria afastá-lo dali.

– Não estou com fome. – Declarou.

Daniel e Scott trocaram um olhar preocupado sem que Xiao se desse conta.

– Você tem que comer, Cara – Daniel declarou – Queremos enfraquecê-lo, não matá-lo.

O federal assentiu, pegando a contra gosto o pão e dando uma mordida sem vontade. Quando engoliu o pequeno pedaço seu estômago reclamou, revirando-se. Pensou com desgosto que era realmente melhor comer.

Mas, outro assunto habitava sua mente. Importunando-o. O federal tentava a todo custo tentar não se importar com ele, mas não conseguia esquecê-lo. Tomando um gole de água, finalmente declarou, como se o pedido fosse a coisa mais banal e desinteressada do mundo:

– Daniel, pode juntar todas as informações
existentes e pertinentes sobre a máfia russa
para mim?

Delafield estranhou o pedido, consertando os óculos de grau no nariz. Mas Xiao estava com uma feição tão compenetrada que ele preferiu não interromper sua linha de pensamentos.

– Tudo bem, eu acho. – O loiro murmurou, saindo para voltar ao seu computador e começar o apanhado da máfia russa desde já.

Scott sabia que Xiao evitava seu olhar, por mais que ele continuasse o encarando. O Turner sabia muito bem de onde vinha o súbito interesse de Xiao pela máfia russa. Aquele motoqueiro que atirara em Yibo certamente era russo.

– Eu sei que está fazendo isso pelo Yi…

– Não fale o nome dele, Scott. – Xiao mandou, o tom de voz baixo. Poderia parecer que estava com raiva dele. Odio dele. Mas não era verdade. Não era exatamente esse sentimento. Não queria ouvir o nome dele, porque... porque era difícil escutá-lo.

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