A música alta já se ouvia do início do quarteirão. A fila de carros de luxo passando, uma grande fila. Pessoas bem vestidas. Conversas altas.
Nash dirigiu até um pequeno beco onde deixou o carro. Enquanto eu e as meninas verificamos a maquiagem ele estava falando no telefone.
-Esta tudo combinado Vamos para parte vip. Só tenho de informar nossos nomes ao segurança.
Com grandes sorriso eu e as meninas nos olhamos. Eu um pouco tímida dei um beijo em sua bochecha.
-Obrigado.
Ele sem reação olhou para baixo e deu um sorriso tímido. Enquanto as meninas andavam na frente. Quando chegamos passamos a frente das pessoas e ouvimos xingamentos por estamos passando a frente das pessoas que estavam ali a mais tempo.
-Ah - ele tossiu chamando a atenção do segurança - Nash Miller.
O segurança parecia um armário com a sua roupa preta. Dava até um certo medo de olhar de mais para ele. Enquanto ele lia a lista, abriu a cordinha sendo assim possível que todos nos passarmos para dentro.
Aquilo era simplesmente surreal. O teto era todo espelhado, luzes para todo o lado, mesas confortáveis para sentar tanto perto da pista de dança que por sinal era enorme, quanto perto do bar. Uma escada no meio de tudo dava acesso a parte vip.
Seguimos Nash como cachorrinhos. Ele andava em meio as pessoas que já estavam ali tranquilamente, enquanto falava com o segundo segurança.
O espaço que ficaríamos dava vista para a pista de dança. Com uma garrafa de champanhe, energéticos a volta e bastante gelo. Com sofás brancos de couro. Nos sentamos e começamos a encher as taças.
Quando dei por mim um moreno alto estava próximo de onde estavamos sentadas. Nádia me deu uma cotovelada na costela e apontou com a cabeça.
-Luiz - ela sibilo -
Ele era um pouco mais baixo que o Nash talvez uns dois centímetros. A pele bronzeada, o cabelo preto como a noite, lábios carnudos e olhos verdes, com um sorriso enorme na boca.
-Meninas quero que conheçam Luiz Sierra. - Nash disse dando espaço para o mesmo chegar -
-O prazer e todo meu por estar vendo tanta beleza como agora.
Tímidas olhamos umas para as outras dando um risinho.
-Junte-se a gente - Nash disse sentando do meu lado -
-Claro - ele se sentou do lado de Nádia -
A morena não tirava os olhos dele. Ele usava uma camisa branca de botões e uma calça bege com Nike brancos de cano alto.
-Como você tem tantas mulheres bonitas assim do seu lado Miller?
-Ah bom - ele riu - Essa aqui é minha prima.
-Não biológica - corrigi -
-Isso não biológica. É estas são as amigas de trabalho dela. - as meninas acenaram com os dedos - Elas iriam vir sozinhas aqui hoje e acabaram por me convidar. Quando soube que era você nem acreditei. Fazia anos que a gente não se via. Acho que desde Ibiza a uns dois anos atrás.
-Haha aquela festa foi o melhor. Meus pais não deixaram eu pisar em um de seus hotéis tão cedo.
-Ele e filho dos donos dos hotéis Sierra's - sussurrei -
Nash concordou com a cabeça.
-Foi uma fuck festa. Os espanhóis sabem como fazer uma boa festa.
-É por isso meu caro amigo que abri essa balada Sarrei's. Gosto tanto de festa que tive que me jogar neste mundo.
-Desculpa a pergunta mas como se conheceram - eu perguntei curiosa -
Ele e Nash trocaram olhares, como se pedissem permissão um para o outro para contar. Luiz sem graça deu um sorriso tímido enquanto Nash se contentou em beber a sua bebida.
-Então... Um ano antes de Ibiza eu estava em mais uma festa de final de semana pela costa espanhola. Bebi muito e como tudo nestes lugares de hotéis e festas são coisas fora da "caixinha" acabei parando em uma orgia. Reconheci Nash em meio aqueles tantos paus e gemidos, porque tinha visto ele na tv pela manhã. Estavamos muito bêbados, ele mal conseguia colocar um preservativo - ouve um riso de fundo - No outro dia descobri que ele estava no hotel dos meus pais e que ele tinha parado la aleatoriamente carregado por uma multidão de pessoas e achava que era uma festa de nudismo.
-Ei isto não e justo você só esta falando a parte ruim de mim. Conta a ela da parte que você se roçou no sofá e vomitou no vaso de uma planta enquanto se questionava porque tava no meio daquilo.
-Nash já foi a muito tempo isso. Não e vergonha nenhuma, é só mais uma das nossas grandes pérolas. - ele sorriu -
Em silêncio eu e as meninas seguravamos um riso abafado. Olhamos para baixo a pista de dança estava cheia. Tocava Zorra - Bad Gyal.
-Gosto muito de saber o lado vergonhoso de Nash, mas agora eu preciso dançar com as minhas amigas.
Puxei as minhas duas amigas pelo o braço, enquanto corria escadas a baixo parando no meio da pista de dança.
Balançando os quadris junto das minhas duas amigas, rebolando conforme o ritmo da música que tanto gostava. Sentia me livre, sentia o olhar de todos os caras ali em cima de mim e da minhas amigas.
Um grupo de universitários nos olhavam. Até se juntar em uma pequena roda conosco. Se tratavam de quatro rapazes de bioquímica e engenharia. Sem muito ânimo para ficar de papo com caras nesta altura fui até o bar.
-Um long iland por favor - disse me apoiando na beirada do bar -
-Tudo para uma bela dama do vip. - o barman disse -
Mal tinha reparado que tinha uma pulseira no meu pulso. Olhei para o barman meus olhos saltaram. Ele era extremamente gato.
Tinha o cabelo loiro espetado em um topete charmoso, olhos castanho mel, uma barba rala e um sorriso encantador. Braços fortes que saltavam da camiseta preta.
Devo o ter encarado por muito tempo, porque ele ficou sem jeito e sorriu me entregando um guardanapo.
-Por favor não suje o balcão acabei de limpa-lo - ele sorriu de lado -
-Ah, bom, eu, me desculpa.
Sem graça peguei a minha bebida e dei um gole longo.
-Obrigado está uma delicia.
-Faço tudo para os meus clientes saírem satisfeitos.
Passei a noite toda entre dançar com minhas amigas e ir ao bar ver o barman que tinha me chamado atenção.
Depois de muitos copos ele parou de me vender.
-Você não deveria beber muito - ele disse - Ainda mais com suas amigas tão ocupadas dançando alheias o que te acontece. - ele apontou para as duas dançando sozinhas -
-Esta tudo bem - gritei - O meu primo não biológico esta aqui - apontei para Nash apoiado na grande olhando para nós - Ele ta meio emburrado não sei por que. Mas eu não ligo.
-Eu tenho uma pausa daqui a pouco, quer que eu te faça companhia?
-Claro.
Nash.
Depois das meninas descerem para a pista de dança Luiz me olhou com aquele olhar.
-Qual e a sua com ela?
-Nada. - respondi sem humor -
-Então por que você não para de olhar la para baixo e mal tocou na bebida?
-Não to muito afim. Tenho um campeonato em breve, não posso bobear. É nem to olhando para ela.
-A parte do campeonato eu até entendo. Então você não se importa de estar chegando um grupo de caras ao lado dela e das suas amigas?
-Isso não é da minha conta - tentei disfarçar a preocupação crescente -
-Cara a pancada foi mesmo forte.
-Luiz cala a boca por favor - massageie as têmporas -
-Quale cara. Você pode ter tudo que quer. Ta esperando o que? Você ta comigo pode ter o que quiser aqui e quem você quiser.
-Luiz, eu to focado em mim agora. Não tenho tempo para ficar de rolos. Tenho um campeonato em breve não posso dar mole. Tenho que mostrar que eu estou bem depois do acidente.
-Mano você é um dos melhores que eu já vi com tão pouca idade. É você mesmo me disse que esta bom.
-E eu estou.
-Então por que está demorando para curti como nos velhos tempos comigo?
-Luiz eu não posso abusar como eu fazia antes do acidente. Meu corpo ainda esta de recuperando.
-Mas a sua boca não esta, muito menos o seu pau. Não entendo como você ficou tão santo.
-Deve ser porque eu tenho juízo. - disse me levantando -
-Cara não quis te desrespeitar. Mas você está literalmente babando na garota e não quer admitir.
-Eu e ela - apontei para ela perto do bar - Nunca, nos odiamos mutuamente. Nunca daria certo. Sem falar que daqui a uns meses quando terminar os assuntos em NY vou voltar para a Califórnia. Vou me aposentar. Acho que este vai ser o último ano de campeonatos para mim. Já fiz investimentos por fora o suficiente, para que os netos dos meus netos tenham uma vida boa. Não quero me afundar de novo.
Essa era a sensação que sentia quando estava perto dela. Que eu estava afundando novamente entre as ondas. Era difícil de respirar. Eu odiava sentir isso.
- Cara eu sou seu amigo e me preocupo com você. Faz o que você achar melhor. Vou estar aqui para te apoiar. - Luiz deu um tapinha no meu ombro - Mas meus convidados me esperam fique a vontade. mi casa y la tuya.
Com um sorriso apertei de leve o seu ombro. Me contentei em me sentar no sofá é beber um energético. Enquanto eu olhava para a suas amigas que agora estavam sozinhas. E ela estava se debruçando sobre o balcão implorando por mais bebida. O barman se recusava, então ela apontou o dedo para mim, fiz questão de fechar a cara e fingir que não estava a observando.
Me levantei sem graça e fui andar pelos outros camarotes. Mais ao fundo estava as salas privativas. Os gemidos roucos e baixos se ouviam entre a música alta do David Guetta. Parei no que deveria ser a porta de emergência, abrindo a mesma deu acesso a uma varanda. A noite em NY estava fresca afinal estava iniciando a primavera, o céu brilhava com a lua em seu auge, cheia e redonda. Respirei fundo enquanto olhava para baixo.
-Mas que raios?!
Nathalie estava na parte dos fundo com o barman, ela ria extremamente alto, enquanto colava o seu corpo ao dele. Rindo os dois se sentaram entre as caixas. Não conseguia ouvir o que falavam. Mas observei a cena.
O barman beijava o seu pescoço, enquanto a sua mão descansava sobre a sua coxa, roçando a ponta dos dedos na mesma.
Não queria ficar ali para ver o resto então voltei para dentro. Procurei por Luiz.
-Vou embora. Pode ficar com as amigas dela? Amanhã pela manhã passo em sua casa e as busco.
-Ta bem. Mas o que aconteceu? Para que essa pressa toda para ir embora? Você mal acabou de começar a curti a noite. Você está vermelho, você está com febre ou algo? Que que ligue para Andrew ou sua irmã?
-Eu estou bem Luiz. Só cuida delas ta bem?
-Sim... Nash!!!
Não o deixei terminar, desci as escadas, enquanto via as suas amigas voltarem para o vip e Luiz falando algo com elas.
Procurando uma saída qualquer, parei no beco onde eles estavam. Os gemidos. Queria poder ser surdo nesta hora. Mas não eles não estavam transando.
Ela estava sentada no seu colo, enquanto ele beijava toda a extensão do seu pescoço até o colo dos seios. Ela soltava gemidos abafados.
-Desculpa atrapalhar o casalzinho. Mas o seu patrão disse que acabou a sua pausa. - disse sério -
-Nash!!! - ela me olhou envergonhada -
-Vamos embora. Agora!
Sem graça ela se levantou arrumando o vestido, enquanto o barman me media de cima a baixo passando por mim.
Peguei Nathalie é a joguei sobre o ombro. Sem relutância ela riu contra as minhas costas. Ela cheirava a sexo.
-Nash você é um estraga prazeres.
-Você não pode beber. Que se joga para o primeiro a sua frente.
-O primeiro não ele era o segundo. Seu empata foda.
-Quer dizer eu te salvo, porque você nem sabe se ele era um possível psicopata estrupador, é vai para um beco com ele só Deus la sabe o que ele queria fazer com você. É você ainda reclama me chamando de empata foda.
-Sim - ela riu -
-Você e uma idiota Nathalie Blair.
-Eu sei - ela soluçou - As minhas amigas?
-Estão com o Luiz não se preocupa.
-Para onde vamos?
-Casa!
-Não, eu quero ficar.
-Nos vamos e pronto.
Ela ficou calada até colocar ela no banco. Dormindo tranquila durante a viagem. Acordei a tranquilamente quando chegamos ao nosso prédio.
Sonolenta e cansada, joguei a mais uma vez sobre os meus ombros. Quando abri a porta Tom cheiro os meus pés e miou estridente como se não gostasse do cheiro de álcool e cigarro.
-Eu também não gosto.
Coloquei a no chão.
-Chegamos em casa. Tome um banho e eu vou fazer algo para você comer, para que não fique de ressaca no dia seguinte.
-Eu não tenho fome.
-Você tem o que então? - ri - Uma merda de bebedeira. Anda vai tomar banho para tirar esse cheiro e ficar melhor.
-Nash eu to bem - agora ela estava ereta e parecia consciente -
-Então o que você tem? Diz para eu te ajudar a ficar melhor.
-Eu tenho tesão. Preciso transar hoje é agora!