A Tentação Do Mafioso Alemão...

By GBarbozaa

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DISPONÍVEL NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED!!! × SINOPSE × Um AGE GAP de tirar o fôlego. "O ciúme e a posse que Pe... More

AVISOS
DEDICATÓRIA
SINOPSE
PARTE 1
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20 (Parte 1)
CAPÍTULO 20 (Parte 2)
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
LIBEROUU!
RECADOS FINAIS

CAPÍTULO 7

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By GBarbozaa

Minha mãe falava exacerbadamente. As precauções e os lamentos de uma mãe me deixavam cansada. Eu a amava muito, ela era tudo para mim. Contudo, ser mãe era difícil e era uma condição que eu queria bem longe de mim. Em dois dias seria o ultrassom de Amélia e a emoção aumentava a cada minuto para ver qualquer manchinha na foto que parecesse um bebê.

Dei o celular na mão de Mel e as duas iniciaram a conversa sem me incluir no meio. Me afastei dando o mínimo de privacidade a elas e saí do quarto cantarolando. Peter havia me deixado de lado após sua visita ao meu quarto. Supus que tinha desistido e eu agradecia. Ele era o pecado em pessoa, seria difícil suportar a tensão sexual que existia entre nós, porém era necessário.

Peter era o oposto de mim. Era forte, rico e de um país diferente. Sexy e atraente também, o que me dava a impressão que ele nunca ficaria com alguém como eu. A sua insistência por sexo era meramente por um prêmio que ele almejou anos atrás e queria conseguir agora. No entanto, eu não podia negar. Eu também o queria. No sexo e nos prazeres que vi que ele podia me dar.

Desci as escadas e sorri para alguns dos empregados. Alguns gentis, outros nem tanto. Ainda era cedo e a curiosidade pelas alas que ainda não havia explorado falou mais alto do que minha quietude. Andei para fora da mansão e fui em direção a outra ala, alguns dos seguranças conversavam entre si e me olhavam por cima dos óculos, atentos e em alerta sobre minha presença.

A ala na área posterior da propriedade era mais afastada, longe da casa que eu ficava e protegida com seus seguranças mal encarados. Avancei até lá. O mínimo que eu poderia receber era um "não" e voltar para a casa Hoffmann. Assim que cheguei na frente dos seguranças, eles se reagruparam tapando minha passagem para dentro do edifício e minha respiração saiu derrotada.

— O que tem aí? — perguntei a um deles e o homem barbudo não me encarou, nem me deu atenção. — Qual o problema de vocês com perguntas? Poderiam apenas me contar o que tem aí dentro. Não? Tudo bem.

Avancei o passo para dentro e decidi que tentaria entrar já que ninguém falava comigo. Dessa vez, eles não ficaram na minha frente, apenas olharam fixamente para alguém atrás de mim.

— Eu não entraria aí se fosse você. — a voz forte ressoou e eu arregalei os olhos.

Me virei de supetão e o corpo masculino estava muito próximo de mim, a menos de 20 cm de encostar no meu corpo. O homem vestia um short folgado e uma camiseta com o nome "BOX", tinha cabelos negros encaracolados e sua expressão facial era dura e quadrada. Era um homem bonito.

Engoli em seco e ele sorriu para mim com leveza.

— Não é lugar para uma moça. — mostrou-me o lugar e eu dei um passo para trás. — A propósito, Aaron.

— Esther. — ele pegou minha mão e beijou o dorso com delicadeza. — O que tem ali?

Ele mirou no prédio e soltou o ar pensativo. Aaron mentiria?

— Você iria preferir não saber.

— Mas eu quero saber. — ele voltou seu olhar para meu rosto e concordou.

— Certo. — passou na minha frente e me convidou a entrar com um aceno. — Vou mostrar a você e nunca mais queira entrar aqui, tudo bem?

— Combinado.

O seguia quieta para dentro e a composição do lugar era luxuosa, fina e parecida com a da mansão. Talvez fosse apenas um lugar em que eles se divertiam ou passavam o tempo. O que não explicaria a fala de Aaron sobre preferir não saber o que tem aqui.

Seria um local proibido para mim e minha irmã por ser imoral? A raiva ferveu na mente quando imaginei Ronan traindo Amélia. Não deixaria ele a enganar. Aaron falava sem parar, mostrava o lugar com calma e parecia que ria a cada frase. Só que nada acontecia. Não tinha nenhuma coisa diferente, apenas silêncio e muitos corredores.

— O que achou do lugar? — Aaron perguntou. — Um saco, não é?!

— Por que disse que não era lugar para uma "moça"? — fiz aspas e parei de andar.

— O interesse feminino é muito peculiar.

— Até agora não vi nada além corredores.

— Como eu disse, um saco. Não tem nada para você aqui. Bom, nada que a interesse de verdade.

— Então não tem por que ter segurança nas portas. — comentei e ele olhou para o relógio no pulso direito.

— Temos que ir, Esther. Foi um prazer conhecer você, mas eu preciso trabalhar. Aliás, sou treinador, caso queira aulas de autodefesa.

— Vou pensar nisso. — piscou para mim e voltou a andar, dessa vez na direção da saída e eu comecei a segui-lo.

Não havia suprido minha curiosidade, não podia ser só isso que tinha naquele lugar imenso. Escritórios e portas que poderiam conter qualquer coisa, eu queria saber o que era, no mínimo.

Aaron já estava quase no final do corredor, não olhou para trás para saber se eu estava quando desviei do caminho. Entrei em um corredor distinto dos outros, um corredor que Aaron não falou do que era e caminhei apressadamente por ele querendo chegar em qualquer lugar aberto antes que um moreno chegasse e me tirasse dali. Nenhuma delas estava aberta até então.

Cheguei ao final do corredor e respirei nervosamente. Só restava uma e eu iria para fora sem questionar. Coloquei minha mão na maçaneta e torci que estivesse aberta. E estava.

As vozes altas logo se fizeram presentes e eu reconheci as vozes dos irmãos Hoffmann nitidamente falando em alemão. Um choro sofrido e baixo estava presente ali resmungando em alemão como se pedisse algo a alguém. Empurrei devagar a porta e consegui ver homens em pé de costas para mim, um homem ajoelhado banhado em lágrimas e sangrando pelas têmporas, e os dois loiros sorridentes de frente para mim.

Não entendia o que se passava, mas engoli em seco, quando percebi o prazer que Peter e Ronan tinham em seus rostos olhando para aquele homem diante deles. Como se estivessem na razão de vê-lo implorar. Peter pronunciou-se novamente e se inclinou na frente do homem, debochando e os demais homens riram, concordando e incentivando.

Tive que tapar minha boca quando Peter sacou uma arma prata e apontou para a cabeça do homem, decidido. Eu queria gritar e correr, mas estava paralisada. O que ele era? O que ele ia fazer com aquele homem? Ronan também falou algo e acertou o homem no rosto com um soco forte. Peter ainda tinha a arma apontada para ele e abaixou-se até colocar o cano da pistola na boca do homem, deixando-o sem alternativa de falar.

Me afastei lentamente com medo do que iria ver e sequer acreditando naquilo. Não podia ser verdade. Quando soltei a porta, recuando os passos, ouvi o tiro alto e letal. Quase gritei horrorizada, o som dos murmúrios do homem de joelhos havia acabado e apenas o silêncio prevalecia.

— Não! — balbuciei e tentei olhar novamente.

O sangue escuro no chão já me dizia o que eu sabia.

Ele estava morto.

Nesse momento, eu corri.

Corri na direção que vim e busquei a saída. Meu coração parecia que ia parar, batendo rápido e deixando meu corpo trêmulo e gelado. Não podia ser verdade! Mãos tocaram meus braços e eu tentei gritar, mas ele tapou minha boca antes que conseguisse.

— Não grite. — sussurrou. — Não sei o que viu, mas não vou desmentir nada. Fique calma e saia daqui sem fazer alarde. Se não fizer isso, eles vão saber que viu mais do que deveria.

Eu concordei e amoleci nos seus braços. Aaron também era um deles. Não sabia o que fazer, porém segui suas instruções. Respirei tentando me acalmar e ele segurou meus ombros como se eu fosse uma amiga dele e marchou para fora falando como se continuasse a conversa. Eu apenas mexia a cabeça apenas para encenar e funcionou. Saímos do lugar rápido e nem consegui olhar para trás.

Ele me levou até a porta da mansão e eu corri porta adentro desesperada. Ninguém me parou ou fez perguntas, apenas olharam e desviaram. Entrei no meu quarto e tranquei na chave as duas voltas, sentindo os tremores no corpo começarem e abalarem minha cabeça.

Peter e Ronan se divertiram na hora de matar um homem.

MATAR.

Fui até o closet e peguei minha mala. Foi uma decisão idiota guardar as roupas fora da minha própria bolsa. A lembrança das histórias fictícias que eu lia no meu tempo livre veio como uma faca. Não se tratava apenas de cenários inventados, eram reais. Criminosos belos que matavam por prazer e se justificavam em respostas computadorizadas.

Eles eram esses caras.

E não tinha nada de romântico ou aceitável nisso.

Precisava pensar.

Pensar em como sair daqui e levar comigo Amélia e seu bebê.

Como eu poderia fugir de assassinos?

A raiva e o medo estavam juntos em cada respiração que eu dava. Todo ruído, toda voz mais elevada me assustava. Eu não sabia o que eles queriam. Se iriam nos matar quando se irritassem ou se não permitiriam que fossemos de volta para o Brasil. Hipócritas quando colocavam a lei como principal arma na luz do dia e a infligiam nas sombras.

Me calei durante dois dias, querendo não virar alvo e tentando não desesperar minha irmã. Com meu celular, comprei duas passagens de volta para o Brasil e organizei uma bolsa pequena com os documentos e as coisas que Mel iria precisar. Não olhei nos olhos de nenhum dos dois e eles também não fizeram nada estranho depois da cena com o homem morto.

— Ronan disse que não vai poder ir comigo. — Mel dizia com tristeza.

Eu, por outro lado, agradecia completamente.

Sem nenhum dos dois no caminho, a volta para o Brasil seria bem sucedida. Coloquei o casaco e segurei minha bolsa grudada ao meu corpo e fui até a Mercedes preta de última geração, me acomodando no banco de trás. Mel tagarelava e eu apenas tentava parecer normal.

Depois de chegar no consultório médico, fomos atendidas com total prioridade. O que me fazia pensar que o poder dos Hoffmann ia além do puro dinheiro. Antes do ultrassom, Amélia e eu passamos por exames ginecológicos, sanguíneos e diversos outros que não perdi tempo perguntando para saber.

— Dói? — minha irmã perguntou a médica.

— Vai sentir um incômodo, mas nada tão diferente. — abriu as pernas dela apoiando-as e fez o procedimento. — Olhem para a tela.

Nós obedecemos e a imagem cinza um pouco distorcida apareceu na tela do aparelho.

— Aqui está o bebê. — apontou e eu sorri de lado.

Amélia já chorava com seu emocional mudado pelos hormônios.

— Em alguns meses, essa bolsinha aqui, será um bebê forte.

Eu a parabenizei mais uma vez e esperei a sessão terminar.

A ansiedade já batia na porta, já que precisava arrumar um jeito de chegar ao aeroporto e pegar o primeiro avião para longe daqui. Chamar a polícia seria inútil, nunca dava certo nos livros e eu não iria cometer esse erro na vida real. Assim que chegasse no Brasil, sumiria com a minha família.

Não daria a chance deles nos encontrarem. O plano era simples. Isso era na teoria, mas a prática era difícil. O motorista e os outros seguranças não conversavam conosco, mas faziam tudo que pedíamos. Como parar em shoppings ou em lojas. E eu precisava fazê-los pararem perto do aeroporto.

— Vamos parar para comer? — perguntei à minha irmã.

— Vamos, estou faminta. — ela assentiu e o motorista nos olhou pelo retrovisor quando Mel perguntou. — Pode nos deixar em uma lanchonete?

— Senhor Hoffmann ordenou que não houvesse paradas hoje.

— Só vamos comer.

— Não posso decidir isso. — lamentou ainda sério.

— Por favor, preciso de uma água, pelo menos. — eu quase implorei. — Não consegui beber no consultório. Por favor!

O motorista pareceu pensar e logo, decidiu-se levando o carro até o acostamento. Sai com rapidez levando Mel comigo e acelerei o passo. Ela pedia para ir devagar, mas não dava. Fui na direção da lanchonete e entrei alarmada. Busquei uma forma de entrar na cozinha e sair pelos fundos e, de quebra, consegui uma gravida irritada e confusa.

— Por que está agindo assim? — quase gritou.

— Não posso explicar agora. — resmunguei e alguns funcionários reclamaram pedindo para sair.

Peguei uma faca e todos se afastaram. Eu via os seguranças entrando na lanchonete, provavelmente, conferindo o motivo da demora e eu pedi para que mostrassem a saída. Foi muito rápido. Eu puxava Amélia enquanto tentava achar uma forma de fugir da mira dos seguranças de Peter.

— Ficou louca?

— Eles são criminosos. — murmurei. — O pai do seu bebê é um criminoso e nós vamos sair dessa porcaria de país sem eles.

— O que? — gritou. — Esther, pare!

A levei comigo e apontei a faca para todo homem que eu via. Parecia que estava fora de mim, mas era por uma boa causa. Logo, vi os homens vestidos de terno correrem até a área que estávamos e pararem a alguns metros de nós. Eles estavam irritados pela "brincadeira" e o motorista tinha uma carranca nítida para mim. Ele pegou o celular no bolso e discou algo.

Provavelmente, o que eu temia.

Os Hoffmann descobrirem.

Não chegaria ao aeroporto de outra maneira, nem aguentaria ficar mais tempo mentindo que estava tudo bem. Já estava feito. Coloquei Mel atrás de mim e ouvi a fala do motorista em alemão. Quando desligou o aparelho, pegou sua arma e a deixou em punho. Ninguém os parou. Só observavam.

— Pare com isso, estou ficando com medo.

— Eles são criminosos, Mel. Não vamos ficar nesse país para sermos mortas. — rosnei.

— Eles nunca nos machucariam. — falou convicta e eu revirei os olhos. — Ronan me ama.

— Você não sabe. Os conhece há pouco tempo e não sabe o que eu vi.

— O que viu? — perguntou. — O que viu que a deixou assim?

— Eles... — tremi. — Mataram um homem por prazer.

Mel arregalou os olhos e abanou o rosto. No entanto, eu não via surpresa no seu rosto, nem mesmo desconfiança. Nenhuma das coisas que imaginei que sentiria. A raiva me inundou.

— Você sabia. — constatei.

— Esther. — tentou.

— Calada! — gritei, puta. — Não tem mais direito de opinar. Vamos ir embora, nem que eu tenha que matá-lo.

— Eles não vão permitir.

— Eu não vou me entregar.

Ali, no meio de todos, amedrontada e com a adrenalina tomando conta do meu cérebro, eu quis ser outra pessoa. Uma que pudesse conseguir proteger todos que eu amava. Eu estava decidida a fazer o que tinha que ser feito.

No mínimo, eu tentaria.

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