A Tentação Do Mafioso Alemão...

By GBarbozaa

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DISPONÍVEL NA AMAZON E KINDLEUNLIMITED!!! × SINOPSE × Um AGE GAP de tirar o fôlego. "O ciúme e a posse que Pe... More

AVISOS
DEDICATÓRIA
SINOPSE
PARTE 1
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20 (Parte 1)
CAPÍTULO 20 (Parte 2)
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
LIBEROUU!
RECADOS FINAIS

CAPÍTULO 2

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By GBarbozaa

A conversa saiu como eu imaginei. Um caos.

Meus pais praticamente surtaram e eu não pude julgar aquela reação. Amélia e Ronan ouviram quietos tudo que disseram de início, mas começaram a retrucar quando meu pai foi contra o casamento dos dois.

Já eu estava tentando controlar todo meu sistema corporal.

Meu coração batia freneticamente, o nervosismo tomando conta de toda a minha fisiologia e abalando minha mente. O conteúdo da minha ansiedade tinha 1,90m de altura, cabelos loiros brilhantes e uma postura dominante terrivelmente sexy.

Ele era um homem que qualquer mulher no mundo iria querer ficar perto e que adoraria ter um relacionamento. Mas nosso primeiro encontro foi ofuscado por uma situação familiar constrangedora e que me levou a atingir Peter Hoffmann em cheio.

O dia que senti medo e tesão pelo mesmo homem.

Eu estava envergonhada e meu modo de defesa impedia que tivéssemos tempo e paciência para conversar sobre aquele ocorrido.

No entanto, ali no sofá da minha casa Peter apenas observava e direcionava a mim alguns olhares, calmo e centrado.

- Basta! - meu pai falou e se levantou preocupado. - Você está grávida e quer que eu aceite que vá morar com esse rapaz em outro país? Eu não o conheço.

- Ela vai. - Peter afirmou e meu pai bufou sem entender. - Como eu disse mais cedo, vai haver um casamento.

- Não vamos aceitar isso. - me pronunciei.

- Vão sim, isso não é discutível. Meu trabalho é na Alemanha, assim como o de Ronan, as únicas coisas que ele vinha fazer aqui era assinar contratos e não durava mais que uma semana. Ele não vai ficar longe do filho dele por causa que a irmã da sua esposa não quer desapegar.

- Não! Não vou deixar minha irmã em outro país com pessoas que nunca vi na minha vida. - declarei e ele levantou a sobrancelha para mim. - Eu assisti "Salve Jorge", droga!

A confusão no rosto dos dois homens foi óbvia e minha irmã intercedeu por eles.

- "Salve Jorge" é uma novela brasileira que retrata o tráfico humano no exterior. - explicou e vi os dois revirarem os olhos.

- Besteira. Já está claro que não haverá problemas com ela. Devo lembrá-la que ela tem uma pessoa do nosso sangue na barriga?

- Isso não quer dizer nada.

- Chega! - respirou fundo parecendo incomodado. - Entenda uma coisa logo, minha família não abandona a família e não importa o que diga, Amélia irá conosco e se quando o bebê nascer, ela decidir voltar, ela pode. Mas a criança fica.

- Não!

Ele suspirou irritado.

- Você quer muito discutir, não é? - riu sem humor. - Pois bem, vou mudar o rumo da história e vou dar a vocês duas opções.

Eu esperei.

- Na primeira opção, Amélia vai para Alemanha e se casa com meu irmão com o apoio de todos. - eu comprimi os lábios.

Meus pais já estavam cientes da opção já que ouviam a tradução na íntegra.

- Na segunda opção, vocês negam, brigam e tentam impedir a viagem e o casamento. Como resposta a isso, vamos abrir um processo contra Alberto e Miranda Campos por cárcere privado e provavelmente, isso levará a um grande problema judicial, aqui no seu país.

Tive que rir.

- Está blefando.

- Blefe? Não. Sei que esse tipo de problema acabaria com a chance de seus pais conseguirem um emprego digno e, também, poderia levá-los à prisão.

- Oh, merda! Você não está aqui como irmão, e sim como um advogado. - constatei e Peter maneou a cabeça com um leve ar divertido.

- Correto. E sobre sua afirmação de que não tenho nada para sustentar esse caso, devo te corrigir. - passou a língua nos lábios e continuou. - Na Alemanha, as leis são mais rígidas, porém, se tratando do Brasil, o Art.148 do Código Penal cita que, privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado, há pena de reclusão de quatro a oito anos.

O filho da puta tinha estudado para vir aqui.

- Não há cárcere.

Peter passou os últimos minutos explicando todo o processo judicial que passaríamos e meus pais já mostravam desespero.

- Babaca!

- Amélia engravidou já sendo maior de idade. Tecnicamente, ela já responde pelas próprias decisões. Não houve estupro, muito menos ameaças. A relação foi consensual e não teremos problemas legais quanto a isso. No entanto, se escolher a segunda opção...

- Isso é chantagem.

Duas malditas opções.

Nenhuma estava com uma cara agradável.

Ela não iria sozinha nem por cima do meu cadáver.

- É uma escolha, Esther. - a voz arrastada me arrepiou e só pude me virar devagar para a minha família.

O que eles decidissem, eu concordaria.

Meus pais conversaram entre si e eu esperei roendo os dedos, não opinaria na decisão, nem mesmo questionaria o motivo. Eu já estava envolvida demais.

- Traduza. - meu pai pediu depois de um tempo. - Amélia vai para o seu país com algumas condições.

Amélia repetiu em inglês e vi Peter manear a cabeça em concordância levando meu pai a prosseguir.

- Esther vai também. Minhas duas filhas serão responsabilidade de vocês e quero ter notícias diárias delas.

Peter o ouviu com calma e concordou.

- Não é uma prisão, é um casamento. Amélia poderá visitar os pais quando quiser, mas se a presença de Esther acalmará suas preocupações, ela será bem-vinda. - tranquilizou-o.

- Pois está feito.

- Amanhã partiremos para a Alemanha. - Peter ergueu-se.

Ronan se despediu de todos e seguiu o irmão para fora, antes de fechar a porta, Peter se virou e disse convicto.

- O voo sai às nove, buscaremos vocês às oito. Não se atrasem.

- Não deixem de ligar. - minha mãe falou com sua voz chorosa.

- Qualquer coisa, me avisem, darei um jeito de trazer vocês de volta. - meu pai disse, bruto e também emotivo. - Não confio neles, mas confio nas duas. Não me deixem sem notícias.

Limpei as lágrimas do meu rosto e abracei meus pais com força. Eu sentiria muita falta deles no tempo que passaria lá. Maitê parecia não se conformar, fez bico por todo o caminho até a pista de pouso e brigou por ter que se separar de nós duas. Eu a entendia e doía vê-la assim.

Nós despedimos e andamos na direção da porta do jato branco dando um aceno de tchau para todos.

O voo saiu pontualmente às nove horas da manhã e se eu pensava que íamos em um avião comercial, estava muito enganada. Peter Hoffmann tinha condições financeiras para bancar um jatinho luxuoso e, também, para esfregar essa informação no meu rosto. Durou mais ou menos 12 horas para chegarmos na Alemanha e para me situar, seguia o google maps com fervor.

Alemanha, Munique.

Um lugar frio demais.

Esse era o lugar que eu ficaria por um bom tempo.

Sem Maite e sem meus pais.

Porém, eu nunca deixaria minha irmã sozinha. Nunca.

A viagem de carro foi rápida, ninguém conversou, ninguém quis trocar mais do que um olhar e minha insatisfação era nítida a todos. Amélia e Ronan também se falaram pouco, provavelmente respeitando minha presença e eu me sentia agradecida por isso.

E como eu desconfiava, a casa que ficaríamos era enorme. Logo na entrada passávamos por portões com diversos homens de terno mal-encarados, que permitiram a entrada e fecharam novamente. O jardim frontal era bonito com uma fonte redonda no meio e o ar paisagista não deixava que meu corpo relaxasse.

Um homem de meia idade abriu a porta traseira assim que o carro parou, ele sorriu de leve e acenou com a cabeça para mim. Fez o mesmo com minha irmã e um outro homem retirou o carro da frente da mansão dos Hoffmann. Minha boca se abriu em formato de "O" e eles falavam sério quando disseram que poderiam dar suporte para Amélia e seu bebê.

- Willy. - Peter chamou o senhor e ele quase fez uma reverência. - Acompanhe as duas para os quartos que já indiquei e não as deixe sair até que eu lhe dê a ordem.

Minha cabeça resetou.

Não nos deixar sair?

- Somos prisioneiras agora? - perguntei e Peter me olhou por cima do ombro, me dando pouca importância. - Claro, sem pressão, advogado.

Ou advogato, não tinha diferença.

Ele não respondeu e seguiu para dentro da propriedade sem se abalar. Encolhi os ombros e só pude seguir o senhor de idade que me oferecia um sorriso. Amélia fez o mesmo e pudemos conhecer brevemente algumas partes da casa que tínhamos entrado. Porém, o caminho para os quartos era certo. Subimos as escadas em silêncio e não tive tempo de falar quando nos colocaram em quartos distintos, trancando a porta no mesmo instante que passei por ela. Eu gritei, chutei fazendo bagunça e não ouvi nenhum som do outro lado.

Eles não abririam.

Peguei meu celular no bolso e gritei outra vez quando o vi descarregado. Me sentei frustrada na cama e esperei, eu não tinha o que fazer. Meu medo era estar realmente sendo sequestrada como na novela, mas tratei de me controlar e aguardar. Assim que anoiteceu tive que me encolher mais dentro dos casacos para sentir um pouco de calor e a saudade do cantinho do inferno que eu morava se fez presente. Eu iria dormir debaixo da cama sem problemas se fizesse um pouco de calor.

Me assustei quando a porta foi destrancada e a montanha de músculos adentrou o lugar com intimidade e ego nas alturas. Ele me encarou por alguns segundos e se aproximou de uma pequena caixa branca no chão amadeirado. Logo em seguida, iniciou-se o zumbido leve do motor.

- Sabe o que é um aquecedor, não é? - zombou.

- O que quer? - perguntei, irritada. - Vou ficar quanto tempo trancada aqui? É contra a lei. Isso é cárcere privado de fato e não a insinuação com a minha irmã.

- Não seja dramática, você chegou hoje.

- E não pude mais nem falar com a minha irmã.

- Ela também não saiu do quarto, se isso te conforta. - cruzou os braços na altura do peito e sua postura confiante foi o ápice.

- Por que estamos presas?

- Não estão. - afirmou. - Mas ficar algumas horas no quarto que irão ocupar nos próximos meses não é um crime. Lembrando, o formado em advocacia sou eu.

- Ficar trancada não é uma forma de me acostumar com a casa que vou ficar por meses.

- Não, não é. Mas você foi a única que reclamou disso.

- Deixe de ser convencido.

- Quis esse tempo para te fazer pensar um pouco.

- Pensar sobre o que?

Peter se aproximou mais e tive que olhar para cima na tentativa de continuar com foco nos seus olhos perfeitos.

- Ainda não terminamos de conversar, Esther. Você me deve desculpas.

- Desculpas? - estreitei os olhos. - Por defender minha irmã?

- Pela tentativa de roubo. - endureci. - Me tratou mal quando me reconheceu por causa disso, não foi?

Com toda certeza, não queria voltar a esse assunto. Não valia a pena discutir isso agora.

- Responda! Quis medir força comigo porque superou aquele dia? Ainda é uma ladra nos tempos livres, Esther?

- Por que isso é importante?

- Me fez trazer uma ladra para dentro da minha casa? - questionou. - Antes, eu podia ter te denunciado e não fiz, por ser uma adolescente e também, por ser muito atraente.

- Você quer o que? Um pedido de desculpas ou um agradecimento pela sua boa vontade? Não me venha com suas argumentações vazias. Se não me denunciou antes, não tem direito de cobrar nada agora. Aquele dia foi apagado da minha memória.

- Posso apostar que sim. - ironizou. - Você terá tempo para me dar essas duas palavras e eu espero que elas sejam ditas da maneira certa, criança.

A mesma energia que senti anos atrás afetou meu cérebro. Eu não sabia como ele fazia isso mas de alguma forma, Peter Hoffmann conseguia me intimidar. A frase que eu citei para mim mesma durante esses três anos me alertou.

"A vida é dura. Se não sofrermos não aprendemos nada".

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