Don't let me go • Harry Styles

By readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... More

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
63 | My fiance
64 | One more holiday

62 | Will you marry me?

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By readpagess

HARRY

Eu estava nervoso em um nível absurdo, e tentava ficar tranquilo ao máximo perto dela, eu sabia que havia ficado confusa quando não recebeu um presente de natal, apesar de ter disfarçado muito bem quando me entregou o presente, era claro que eu tinha algo preparado, mas não era como outros presentes, daqueles que eu ficava observando ela admirar e me agradecer, na verdade, aquele presente dependia dela.

- Acha mesmo que é esse, senhora Portman? - Eu perguntei para ela com a voz baixa, mostrando o anel para ela.

- Com certeza querido, ela vai amar. - Rose me tranquilizou.

- A cara dela. - Chloe murmurou.

Eu havia pedido ajuda das mulheres da casa, exceto Elisabeth para escolher um anel que mais combinasse, já estava sendo bem difícil deixar a caixa com tantos, escondida, o quarto da mãe parecia o melhor lugar, ela entrava lá, mas não ficava mexendo nas coisas e Rose me assegurou que não deixaria ela ver nada.

Eu conversava com elas enquanto Liz dormia lindamente no nosso quarto, e então guardei o anel na caixa de veludo preta e o escondi com Gemma, ela e minha mãe estavam quase explodindo de felicidade. E no final das contas o natal entre família estava sendo tão bom que havia nos proporcionado um grupo de família nas mensagens, adorável e muito familiar, sim.

- Não acha que um ano e meio é pouco tempo para pedir alguém em casamento? - Dylan se engasgou com a água e começou a rir.

- Você está mesmo nervoso, cara. - Ele bateu no meu ombro e eu revirei os olhos. - Olha, eu não tinha nem um ano de namoro com a Suzan quando eu pedi, e olha onde estamos. - O olhei surpreso. - Pois é, a história é bem longa.

- Sabe, não me ajudou muito. - Zombei dele e Dylan permaneceu com um sorriso.

- Não tem que se preocupar, ela vai dizer sim, eu sei. - Deu de ombros. - De todas as pessoas que passaram pela vida dela, de longe você é o que ela sente de verdade, sabe, não é qualquer amor, é aquele amor. - E o meu arrependimento de ter perguntado começou ali. - Não sou bom com palavras, mas sou bom com números, e você tem uma chance de noventa por cento de ela dizer sim.

- Noventa por cento? - Arqueei uma das sobrancelhas.

- Sempre tem os dez por cento de dúvida, vai que ela diz não. - Ele deu de ombros e eu abri um pouco mais os olhos.

Sai dali e fui fazer algo em um dos carros, especificamente um que eu não dirigia a um tempo, típico carro inglês, daqueles que Elisabeth não sabia dirigir porque segundo ela era muito difícil dirigir com a direção ao contrário.

Eu passei um bom tempo lá, nós almoçamos todos juntos e tudo parecia normal, e eu tentava não me preocupar apesar de não adiantar muita coisa, eu havia alugado um lugar magnífico para nós, em Londres, eu a levaria para outro lugar, mas sempre dizia que amava Londres, então decidi fazer o pedido em um lugar que gostasse de verdade. Me segurei muito para não fazer o pedido em Dubai, houve um momento em que ela disse coisas extremamente bonitas para mim, estávamos deitados na varanda e eu escutava com um sorriso no rosto porque não havia nada melhor do que escutar a pessoa que você ama te dizendo que ama também, e eu quase entrei em colapso sem ela saber, mas eu estava planejando desde o aniversário do Henry, onde tive uma conversa séria com o pai dela, sobre pedi-la em casamento.

Não foi difícil e eu também não pedi, eu disse que queria pedir a mão da filha dele em casamento e então ele se surpreendeu, na primeira vez que entregou uma das filhas foi um caos, o segundo era um homem então não houve uma conversa sobre permissão, e da terceira vez eu estava lá, olhando nos olhos dele, com medo de que não concordasse, mas ele abriu um sorriso e disse que era uma honra, o que me fez ficar tranquilo.

- Então rapaz, quando vai ser? - Ele apoiou os braços na porta aberta, e eu o olhei surpreso.

- Vinte e sete, a noite. - Eu sorri.

Nós costumávamos falar em códigos, apenas para a segurança de ela não escutar.

- Quer dar uma volta? - Perguntei assim que verifiquei os painéis.

- Eu nunca andei em um carro inglês, parece ótimo. - Ben sorriu e fez a volta no carro.

Nós saímos para circular a vizinhança e conforme passamos eu explicava o que era cada lugar e como o bairro funcionava, de que lado de Londres estávamos, ele parecia achar interessante, então eu continuei falando e respondendo perguntas.

- Se você fizer um filho com a Elisa, e abandonar ela, eu pego a minha arma de caça e dou três tiros em você. - Arregalei os olhos e virei para observá-lo, estava sério, e eu agradecia pelo semáforo estar fechado. - Não estou brincando rapaz, não me importo de ir preso.

- Sim, senhor. - Falei pausadamente, molhando a garganta em seguida.

- Acho ótimo. - Ele sorriu doce e olhou para frente, o que me assustou mais ainda.

O sinal abriu e eu apenas dirigi, não dei uma palavra, não é todos os dias que se é ameaçado de morte pelo sogro.

- O que é aquilo lá? - Ele apontou para algo que parecia uma torre olhando de longe, mas não era.

- Aquilo é a London Eye, uma roda gigante, tão gigante que estamos vendo a ponta dela daqui. - Dei um meio sorriso. - É um ponto turístico bem disputado, só consegui levar a Liz lá uma vez, é difícil ter lugares, literalmente em todas as estações, as pessoas estão lá, esperando pela sua vez. - Expliquei.

- Interessante. - Ele murmurou.

- Eu tentei ingressos para a família toda esse ano, sabe, um presente de natal conjunto. - Dei de ombros. - Mas deixei para comprar os ingressos tarde demais.

- Talvez no ano que vem. - Nós sorrimos e eu assenti.

Era realmente um dos meus planos, ir até lá antes do ano novo, tentei dois só para mim e para Liz, mas também não consegui, era uma atração legal além de muito famosa.

Nós voltamos para casa, ninguém pareceu dar falta, porque elas estavam muito concentradas em algo que Rose estava falando e nem nos notaram.

Eu deveria informar que um dos meus passatempos favoritos era brincar com o Theo e o com Henry, e uma vez que Theo dormia, me restava o Henry, ele abriu um sorriso assim que me viu.

- Vamos fazer uma coisa legal. - Balancei ele no ar. - Coisa de tio e sobrinho. - Pisquei para ele e escondi a minha corrente imediatamente, sabia que ele iria querer pôr as mãos lá.

Nada parecia interessar ele, parecia entediado dos brinquedos e toda vez que um pedaço da minha corrente aparecia ele corria com as mãos pequenas e ágeis e eu abria um pouco mais os olhos e tentava ser mais rápido, até que ele começou a tocar nas minhas tatuagens, ficou tranquilo por um momento, e ria toda vez que me olhava.

- Você pode ter uma quando for mais velho. - Falei como se ele entendesse, mas apenas riu e eu sorri de volta. - Somos só nós dois, precisamos procurar algo para fazer, porque ninguém quer saber do tio Harry. - Fiz uma cara triste. - Que tal aquele desenho dos ursos? Eu sei que você gosta daquele.

O coloquei sentado ao meu lado e peguei o controle, ele ficou prestando atenção aos meus gestos e virou a cabeça para a televisão assim que escutou o som, eu não sabia o nome e esperava mesmo que o aplicativo me ajudasse quando pesquisei por "desenho dos ursos", apesar de demorar um pouco, encontrei o desenho certo.

Não era legal, era bem chato, na verdade, mas ele gostava muito e dançava quando os ursos cantavam, o que era curioso e em segundos eu estava enjoado daquilo, mas eu não tinha nada melhor para fazer se não assistir algo na televisão com uma criança de um ano.

Eu fiquei observando as pessoas de longe por um tempo, até o Henry cansou do desenho e dormiu no carrinho, e então eu não me importava em balançar o objeto com o pé enquanto observava as pessoas na cozinha, eu não falava nada, apenas observava, talvez o sorriso no rosto me entregasse, era agradável ter todos ali, já fazia algum tempo que eu não me sentia tão tranquilo quando o assunto eram festividades em família, eu duvidava que a Liz soubesse, mas por muito tempo eu não via sentido naquilo, às vezes estava em shows no natal ou em outros eventos, sendo egoísta o suficiente e pensando só no trabalho, e eu sorria e estava feliz porque eu sabia que eu estava perto de sentir o que era estar em família de novo.

Talvez eu tivesse a sorte de formar a minha em breve, não dependia só de mim.

* * *

- Pode se apressar, por favor? - Bati com as costas do dedo indicador na porta do banheiro.

Eu sabia o que aconteceria em seguida, ela abriu a porta bruscamente, com um pincel de maquiagem apontado para mim, como se fosse uma faca.

- Não, me, apresse. - Ela disse pausadamente e eu arqueei uma das sobrancelhas. - Você não me disse aonde vamos, não sei o que usar e muito menos o que eu devo fazer sobre a maquiagem, então a culpa é toda sua.

- Está me dando um sermão? - Cerrei os olhos.
- Sim, senhor Styles, eu estou. - Ela sorriu, debochada, e voltou a olhar para o espelho.

Tudo o que eu fiz durante o dia foi dar dicas, dizendo que seria um lugar calmo, que não haveriam muitas pessoas, que era praticamente particular, e só, ela realmente não sabia para onde iriamos, e eu estava ansioso.

Rose e Ben seguiram para a viagem até a Itália, minha mãe estava com algumas amigas e Gemma havia voltado para casa, Dylan queria passar o ano novo com a família da Suzan nos Estados Unidos e a Chloe disse o mesmo sobre Alicia, e no fim, restara eu e Elisabeth.

Deixei ela se arrumando e fui até o quarto onde Gemma estava hospedada dias antes, eu já havia feito a escolha da joia e devolvido as outras peças. Fechei a porta com cuidado e tateei debaixo do colchão até achar a caixinha de veludo preta, a abri quando peguei e abri um sorriso sutil, eu poderia desmaiar ali mesmo. Fui até o banheiro e tranquei a porta.

- Tudo bem Harry, não é tão difícil. - Olhei para o espelho. - É só fazer o pedido e ficar calmo. - Fechei os olhos e os abri novamente, me encarando no reflexo.

Abri a porta antes que eu enlouquecesse e voltei para o quarto. O fato era que eu estava a meses treinando aquilo, me olhando no espelho e fingindo que estava fazendo o pedido, eu parecia um louco e estava realmente quase enlouquecendo, mesmo com todos a minha volta dizendo "é claro que ela vai aceitar", mas e se não aceitasse?

Eu conheço ela a tempo suficiente para dizer que é o tipo de pessoa que pensa em todas as circunstâncias, e se um ano e meio fosse pouco? E se ela precisasse de mais tempo? Se caso ela viesse a negar, significava que não me amava realmente ou aquilo era coisa da minha cabeça?

Abri a porta e dei de cara com ela, vi arrumando a bolsa, as costas amostra por conta do vestido, alças finas seguravam o decote dela e eu parei por um momento, para respirar direito, seria pouco se aquela mulher me dissesse "não", um sonho, e eu já não sabia se eu merecia tanto assim.

- Eu espero que eu esteja adequada. - Ela zombou, com os saltos tilintando no chão.

- É por isso que é tão metida, sabe que é linda e usa isso contra mim. - Fiz cara de ofendido e ela rolou os olhos, me beijando sutilmente em seguida.

- Então, eu estou ansiosa para o presente que não pode me entregar aqui. - Ela puxou minha mão para fora. - Será que é um pônei?

- Definitivamente, não. - Falei entre risos.

Nós fomos até o carro, a meia hora dali havia um lugar, um que eu havia ido a um tempo atrás antes de comprar minha casa em Londres, exatamente porque não tinha onde morar, mas fazia anos, e então fiz uma visita antes de alugar o lugar, estava melhor que da última vez.

Eu não esperava menos, o caminho inteiro sendo bombardeado de perguntas porque segundo ela, nós já estávamos indo mesmo, qual o mal em contar?

- Eu só quero levar minha mulher a um lugar legal para relaxar, dá para parar de ficar ansiosa? - Pedi entre risos, ela estava recorrendo a argumentos sem sentido.

- Não sou sua mulher. - Ela deu de ombros. - Ainda não casamos, não existe esse direito para você. - Eu segurei o sorriso.

- Você é minha, sim, e sabe disso, eu te disse em Dubai. - Olhei para ela de relance enquanto dirigia. - Talvez eu possa te lembrar hoje.

- Você é cheio de joguinhos, não é? - Dei de ombros.

- Eu tenho minhas cartas muito bem guardadas. ‐ Nós paramos no sinal vermelho. - Por favor, não perca seu tempo, eu não vou responder a nenhuma das suas perguntas. - Escutei ela suspirar, impaciente.

Nós seguimos tranquilos, havia sempre aquele momento em que ela só desistia de perguntar, eu era bom em fazer surpresas, enquanto ela nunca conseguia, era péssima em disfarçar qualquer coisa, o que me fazia saber sempre se estava ou não gostando de algo, e a reação dela ao chegar valeria muito para mim.

Ela ligou o rádio em uma música animada, um dos meus momentos favoritos era quando saíamos de carro e passávamos o caminho cantando juntos e fazendo piadas, mas naquele eu não conseguia pensar em muita coisa, até minha roupa parecia desconfortável, apesar de eu estar com um terno roxo, vinho, dava para confundir com preto, eu já havia usado um modelo parecido antes e então eu soube que era só a ansiedade falando mais alto, e a meia hora pareceu mais como três horas para mim.

Nós chegamos e eu tive muita sorte por ela estar mexendo na bolsa e não ter visto a imensidão do hotel e nem o letreiro, me olhou surpresa quando entramos no estacionamento. Estendi a mão para ela sair do carro e fomos juntos a recepção, pedi para ela esperar enquanto falava com a recepcionista.

- Harry Styles. - Informei meu nome.

- Pode assinar aqui, senhor. - Ela me deu dois papéis, fazia parte da burocracia. - O pagamento já foi feito, certo? - Assenti. - Pode me confirmar o valor?

- Isso é mesmo necessário? - Eu sabia que era, mas não queria correr o risco de alguém escutar.

- Sinto muito, senhor Styles, faz parte do protocolo. - Ela olhou para a folha, depois para mim.

- Vinte mil libras. - Praticamente sussurrei e ela apenas sorriu e assentiu.

- Aqui estão as chaves, os mordomos estarão lá, pode dispensá-los no momento que quiser, por hoje é seu. - Ela estendeu o molho de chaves e eu assenti sutilmente e sorri.

- Na verdade. - Ela me observou quando percebeu que eu permaneci ali. - Pode pedir para eles não estarem lá no primeiro momento? - Ela franziu o cenho, depois olhou para Elisabeth próxima ao elevador e sorriu.

- Sim, senhor. - Sorrimos sutilmente e eu andei de volta ao elevador.

Apertei o botão do último andar e ela me olhou curiosa, era realmente bem alto, centésimos andar e lá iriamos nós, o elevador abriu e nós entramos.

- Pode me dizer onde estamos agora? - Ela virou para mim, eu sorri e a virei de costas novamente.

- Você já vai saber, apressadinha. - Retirei o pano preto do bolso e passei pelos olhos dela.

- O que está fazendo? - Ela levou as mãos ao pano imediatamente.

- Te vendando? - Fiz uma pergunta óbvia.

- Sabe que eu não gosto disso. - Ela sussurrou. - Quando impedem minha visão. - Eu sabia bem o motivo, haviam feito o mesmo com ela quando o acidente aconteceu, muitos meses atrás.

- Eu sei. - Toquei as laterais dos ombros dela. - Somos só nós dois, não há nada errado, hun? - Falei próximo ao ouvido dela. - Se não se sentir bem, eu posso tirar. - Ela suspirou mais uma vez.

- Tudo bem, confio em você. - Ela segurou minhas mãos e nós permanecemos na posição até o elevador abrir novamente.

Eu sorri quando as portas se abriram, tudo estava em ordem e era mais uma coisa bem sucedida a minha lista, a guiei até a sacada, muito maior do que a de hotéis simples, e finalmente retirei a venda dos olhos dela.

Nós tínhamos a sensação de poder ver toda a Londres bem iluminada dali, a abracei novamente, deixando um beijo casto no ombro dela, inclinando minha cabeça apenas para constatar a melhor das reações.

- Haz, isso é lindo. - Ela sorriu e olhou para mim. - Parece até que estamos na London Eye. - Ela riu sutilmente e eu assenti.

- Mas não estamos. - A virei devagar para dar uma boa olhada no lugar. - Nós estamos na melhor suíte presidencial de Londres, meu amor. - E as caras e bocas dela eram impagáveis.

- Haz. - Ela paralisou, olhando para o ambiente. - Meu Deus. - Eu ri alto da reação dela. - Por que você...obrigada por me trazer. - Eu sorri leve com a emoção dela.

- Não precisa agradecer, só me diga se gostou ou não. - Passei uma das mãos pelos cabelos dela.

- Eu amei, é perfeito, mesmo. - Eu poderia jurar que ela estava querendo chorar, então a beijei sutilmente e a guiei para dentro.

Ela ficou quase sem expressão quando descobriu pessoas trabalhando ali, fazendo nosso jantar e preparando todo o resto.

Um jantar agradável só para tentar dispersar o que viria depois, e de repente eu estava fingindo que não estava com nenhum tipo de frio na barriga, ela estava sorrindo e eu tive que dizer mil vezes que não precisava me agradecer, eu sabia que ainda queria ir a muitos lugares que eu já havia estado um dia, e era incrível poder mostrar cada um a ela, poder fazer os sonhos se tornaram realidade.

Ela queria conhecer o lugar, tentei persuadi-la, mas não consegui, tive que mostrar cada canto, mas evitei a porta do quarto principal, aquele ela veria só depois. Nós fizemos uma rodada de doces que eu sabia que ela gostava, era como um restaurante dentro de um quarto gigante de hotel.

E depois de algumas horas eu consegui fazê-la me seguir de volta a sacada, a vista de Londres, e enquanto estava lá, aproveitei para falar com um dos funcionários.

- Pode preparar a banheira. - Falei a um deles. - Depois podem ir, não vou precisar mais dos serviços. - Eles assentiram e saíram

E então eu voltei, observando ela admirar a cidade, estava um pouco frio, o telhado e as roupas térmicas nos protegiam, e enquanto eu a observava, soube que não havia mais tempo, seria ali, naquele momento, ou nunca.

Suspirei e peguei toda a coragem que me restava.

- Liz. - A chamei e ela virou imediatamente.

- Haz. - Ela sorriu para mim, eu estava perdido de amor.

- Liz. - Repeti, nervoso, e ela pareceu perceber porque riu em seguida.

- Você já disse isso, amor. - E eu sorri novamente, gostava quando me chamada daquele jeito.

- A verdade é que eu venho há muito tempo pensando no que te dizer, e o meu cérebro não quer colaborar, as palavras simplesmente sumiram e eu nem sei se estou falando o meu próprio idioma da maneira certa. - Eu dei um riso nervoso, ela estava esperando e eu simplesmente não sabia como fazer.

- Você está agindo estranho. - Ela riu, é claro que eu estava estranho.

- Apenas me escute, tudo bem? - Ela assentiu levemente. - E lá vamos nós. - Olhei para cima, como se alguma ajuda divina fosse tirar todo o meu nervosismo do corpo.

E então eu contei.

Um. Dois. Três.

Me ajoelhei na frente dela e a vi ficar um tanto nervosa, retirei a caixa de veludo de dentro do paletó. Talvez naquele momento tudo fizesse sentido para ela, todas as vezes que conversei sozinho com seus parentes "o que você estava cochichando com meus pais?" Ela perguntou um dia depois do natal, eu estava com medo de que o modo como eu me mexia revelasse tudo, mas pela reação, não, e eu fiquei com medo porque não conseguia distinguir a reação, e por um momento desejei ler a mente dela.

- Eu estou tão nervoso que acho que vou desmaiar, sinto muito. - Eu ri, nervoso. - Mas eu ainda gostaria de te dizer algo. - Ela assentiu devagar. - É importante, é algo que eu sinto. - Ela assentiu novamente, ansiosa.

Eu sentia minhas pernas e braços moles, só de olhar para ela era como se eu fosse desmaiar ali mesmo e eu sabia que a sensação dos meus olhos marejando eram reais.

- Você, Elisabeth, é o amor da minha vida. - Eu comecei com a mais pura verdade. - Você faz qualquer sentimento anterior, qualquer coisa que eu já tenha sentido por alguém, ser um mero nada, você disse que nunca havia chegado tão longe com alguém, pois saiba que eu também não, e o lugar que você ocupa no meu coração, ninguém jamais ocupou, ele é exclusivamente seu, e essa é uma das partes que eu mais amo em te amar. - Ela sorriu e eu tomei aquilo como um bom sinal. - Eu me apaixonei por cada parte sua, até pelos defeitos, eu amo a sua bondade, o jeito que pensa em todos, em como cuida de mim e é amorosa mesmo que as pessoas nem mereçam muitas vezes, a verdade é que não é exagero nenhum dizer que me apaixonei na primeira vez que te vi. - Eu já não sabia mais o que dizer, mas eu queria falar, precisava expressar de alguma forma tudo o que eu sentia. - Eu quero estar com você sempre, levar você para conhecer cada canto do mundo, realizar seus sonhos e cultivar nossas memórias juntos, cuidar de você, amar você. - Ela sorriu, e eu também. - Eu quero casar com você Liz, quero ser o seu marido, quero ter uma família com você, eu não me imagino com outro alguém para passar o resto da minha vida. - E então uma lágrima escorreu pela minha bochecha. - Eu sei que eu não sou o homem perfeito, não sou nada disso, nem de longe...

- Você é perfeito para mim. - Ela sussurrou, lágrimas também escorriam no rosto dela.

- Você Elisabeth, é o meu sol, eu amo acordar com você ao meu lado todas as manhãs, eu pensei em você ontem o dia inteiro, pensei hoje e provavelmente vou pensar amanhã. - Ela sorriu novamente. - Porque eu te amo, e se você estiver disposta a me aceitar, eu gostaria muito de ser o homem de extrema sorte...o primeiro da lista. - Fiz menção a uma das nossas brincadeiras, e ela riu em meio ao choro. - Elisabeth, aceita se casar comigo?

Eu paralisei depois da pergunta, abri a caixinha sem nem olhar para a própria, mais uma lágrima escorreu pela minha bochecha, eu estava me segurando para não chorar horrores e deixar ela mais nervosa ainda, o anel de diamantes estava a postos, mas ela não olhou para a joia, ela olhava apenas para os meus olhos, e nós sorrimos um para o outro, ambos nervosos. Eu levantei assim que ela veio na minha direção, pulando nos meus braços, me fazendo dar um passo para trás por conta do impacto, ela não estava chorando desesperadamente, era um choro calmo, murmúrios de amor saíram da boca dela.

- Sim. Eu aceito me casar com você, Harry. - Nós ainda estávamos abraçados, e eu fechei os olhos com força, mais duas lágrimas. - Eu te amo Harry, te amo muito. - Eu a envolvi mais ainda com meus braços.

Eu não perdi tempo algum, beijei ela ali mesmo, era mais que um beijo, era um selo de amor, eu sentia a intensidade nos lábios, assim que ela disse "sim" eu pude jurar que meu coração parou por um momento, porque não era uma coisa qualquer, eu estaria realizando um sonho. Casaria com o amor da minha vida.

- Então você aceita? - Sussurrei contra os lábios dela, e a vi sorrir sutilmente.

- Mil vezes, sim. - Ela assentiu levemente e pousou uma das mãos no meu rosto. - Porque você, Harry Styles, é o amor da minha vida, e perfeito para mim. - Eu sorri grande, e ela selou nossos lábios novamente.

Ela ficou observando eu retirar o anel da caixa, um sorriso grande nos lábios, dos que eu mais gostava, e então peguei delicadamente a mão esquerda dela, não havia nenhum anel ali, nossos olhos e sorrisos se encontraram antes que eu, com todo o amor do mundo, encaixasse a joia no dedo anelar, eu vi as mãos dela tremerem tanto quanto as minhas, e então ela admirou a joia com um sorriso no rosto.

Minha noiva, Elisabeth Portman, futuramente, minha esposa, Elisabeth Styles.

___________________________

Então, alguém adivinhou o presente do Haz?

Espero que estejam gostando até aqui, lembrando que cada voto é muito importante. Estamos na reta final dessa primeira temporada e eu tenho a agradecer cada leitura, espero vocês amanhã, cada um está no meu coração. M 💖💖

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