Sem Tempo Para Morrer

By f-freakyyyy

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Ele é um imã de problemas. Ela é quem foge deles. Após se conhecerem, os dois só querem distância um do outr... More

𝖽𝖾𝖽𝗂𝖼𝖺𝗍𝗈́𝗋𝗂𝖺
𝗺𝗮𝗶𝗻 𝗰𝗮𝘀𝘁
𝗉𝗋𝗈́𝗅𝗈𝗀𝗈
𝘂𝗆
𝖽𝗼𝗂𝘀
𝘁𝗋𝗲̂𝗌
𝗰𝗂𝗇𝗰𝗼
𝗌𝗲𝗂𝗌
𝘀𝖾𝘁𝖾
𝗻𝗈𝘃𝖾
𝖽𝗲𝗓
𝗼𝗇𝘇𝗲
𝖽𝗼𝗓𝗲
𝘁𝗿𝖾𝘇𝖾
𝖼𝗮𝘁𝗈𝗿𝗓𝗲
𝗾𝗎𝗶𝗇𝘇𝖾
𝖽𝗲𝘇𝖾𝘀𝗌𝗲𝗂𝘀
𝖽𝖾𝘇𝖾𝘀𝗌𝗲𝗍𝗲
𝗊𝘂𝖺𝘁𝗋𝗼

𝗈𝗂𝘁𝗈

739 37 18
By f-freakyyyy

Kael

Droga. Preciso tirá-la daqui.

Ela não devia ter visto isso, eles não deveriam aparecer...tudo deu errado.

Será que eu não consigo ter um dia de paz?

- Não olha, eu vou ver como ela
tá. - digo a primeira e mais certa coisa que me vem à mente.

- Fala que ela tá bem... - suplica com a voz fraca - por favor.

Meu coração se parte ao ver tanta dor em seu olhar.

Espero verdadeiramente, que ainda reste algo para ser resgatado dentro de sua amiga.

Toco o seu rosto com cuidado, sinto que a mulher é bem mais forte do que aparenta ser, mas nesse momento tenho medo, de que se quebre ao som de uma palavra errada.

A garota brava e questionadora se calou e agora tem o olhar trêmulo com o coração nas mãos, pronta para tê-lo rasgado em seu peito. O corpo dela oscila violentamente.

- Eu gostaria de te contar essa mentira, mas espero que torne-se verade. - seu semblante vacila, as lágrimas começando a rolar. Ela funga e me encara como se duvidasse fielmente do que disse.

Passo o polegar abaixo daqueles olhos verdes cobertos por uma relva de tristeza e enxugo suas lágrimas.

Os tiros ressoam ao nosso redor, mas agora em menor quantidade.

- Ok. - ela murmura, assentindo.

- Se mantenha abaixada, não vou demorar. - instruo me ajoelhando e antes que pudesse dar as costas para ela, sua mão puxa meu braço e eu me viro.

- Pensei que me odiasse. - divaga. - Por quê tudo isso?

O temor estampava sua face. Mas dessa vez, eu não seria a raposa a manipulá-la.

Encarei o fundo de seus olhos para enxergar a garota que me desafiou naquela rua. A mulher que me venceu no tabuleiro do meu próprio jogo de enganação.

Ela podia estar destruída, mas ainda mantinha-se inteira.

- Não há verdadeiro ódio entre as vítimas da guerra.

Me viro e vou até a mulher caída, escondendo-me atrás das cadeiras.

- Espera... - pede com a voz alarmada, me viro no mesmo instante. - Qual o seu nome?

Os olhos dela estão vermelhos, lacrimejando. Parte do palco atrás de nós pega fogo, assim como em outras áraeas do teatro, deixando sua imagem sentada com as mãos junto ao peito mais pertubadora do que agonizante.

- Preciso saber para te agradecer por salvar a vida dela.

- Você salvou. - afirmo, seus olhos brilham.

Viro as costas e me afasto, vou até sua amiga que estava atrás de uma cadeira na frente.

Eu não queria que ela visse aquilo.

Encostei dois dedos no lado direito do pescoço da mulher de pele negra e me surpreendi ao sentir seu pulso, por mais fraco que fosse, pelo menos estava lá, ela ainda estava lutando e o alívio de não ter que dar a pior notícia à loira me inundou.

Jesus, eu não serviria para fazer isso.

- Ela vai ficar bem. - disse me virando com confiança, não sabia se era verdade mas pelo menos iria acalmá-la o suficiente para sairmos daqui.

Se sua amiga tinha resistido até agora, certamente aguentaria mais um pouco.

Deb tapou a boca escondendo um sorriso e fechou os olhos com força deixando escapar mais lágrimas.

Peguei o corpo de Kian nos meus braços e me levantei o quanto pude, gesticulando para que fizesse o mesmo e nos esgueiramos pela saída de emergência lateral.

Do lado de fora, o cheiro de fumaça estava impregnado no ar e uma nuvem cinza densa cobria a entrada principal do teatro.

Uma ótima distração.

Assim as autoridades se dividiriam entre apagar o fogo, salvar as vítimas e por último, combater os criminosos.

Bela ideia terroristas de merda. Fizeram um caldeirão de lava em um balde de águas turbulentas.

Conheço esses caras há algum tempo...

Por segurança, entrego a mulher ainda desacordada à Debbie, os braços dela ainda tremem, mas segura a amiga com destreza. A loira me encara confusa, sem saber o que fazer.

- Tem ambulâncias ali - aponto para as vans ao lado do caminhão de bombeiros - leve ela até lá e se proteja.

- Vai me deixar aqui? - parece descreditada ao proferir as palavras, seu cabelo é uma bagunça e estamos cobertos de cinzas com as roupas rasgadas, parece mais assustada do que se tivesse sido ela a ser encontrada dessa maneira, quase morta, com o sangue vertendo de suas veias como se fosse rejeitado pelo próprio corpo.

Porra, é tudo culpa minha.

- É melhor pra vocês. - garanto, sabendo que nunca mais poderei olhar na cara dela.

Insinua balançar a cabeça negativamente, mas volta atrás, mantém a postura e eu me afasto antes que me arrependa ou puxe uma arma pra atirar naqueles babacas.

. . .

- Filho da puta! - enfio um soco na cara de Matt, aquele desgraçado...

- Que porra é essa? - esbraveja, me olhando incrédulo ao levar a mão ao nariz que começava a sangrar.

- Tá perguntando pra mim? Porque que eu saiba, foi você quem fez a merda!

Chuto sua canela e o magrelo cai com o joelho no chão.

- Seu idiota! Eu não fiz nada! - alega, juntando forças para se levantar.

Empurro meu pé contra a cabeça dele fazendo-o tombar para trás, de costas para a parede.

- Então, passou tanto dos limites que mandar uma equipe de terroristas e tacar fogo em um teatro cheio de gente não é nada para você?!

O rosto dele é tomado por confusão, seus olhos inflamam diante do que falei e o verme desiste de tentar estancar o sangramento nasal.

- Filho da puta...

- Quem? - pergunto com a voz áspera, minha garganta doí de tanta fumaça que inalei. Me aproximo do corpo esbelto encolhido contra a parede, o cabelo loiro sempre bem cuidado agora está despenteado caindo sob os olhos e encharcado de suor.

Matt respira com dificuldade, me encarando como se pedisse desculpas.

Não foi ele.

Mas sabe quem foi.

Coloco meu pé em cima de seu peito e o pressiono, o maldito arqueja, começando a respirar com mais dificuldade e tenta - de um jeito patético - mover meu pé de cima do seu tórax, como um ratinho brigando "mano a mano" com um gato.

- Quem?

Matthew abre um sorriso largo mostrando todos os dentes, alguns com gotas de sangue.

- É a porra de um Armani, cara. Tenha mais respeito. - sua voz não soa fraca, muito menos arrogante, é apenas uma última tentativa de salvar seu orgulho.

Esfrego a sola do sapato contra sua camisa social preta, passando pelo precioso Armani da mesma cor e então me abaixo para pegar seu rolex.

Lembro até hoje do dia em que esse vagabundo comprou essa porra, ele chegou feliz que nem uma criança, todo saltitante e exibindo esse pulso ridículo com o relógio como se fosse um prêmio.

- Isso. - ergo o objeto na frente de seus olhos. - Será meu a partir de agora, e se quiser vê-lo de novo, vai ter que reparar as merdas que o seu protegido fez hoje à noite.

Prendo o relógio no pulso e finalmente tiro meu pé de cima dele, ouço o ratinho covarde suspirar aliviado, mas não chego a ver a expressão em seu rosto. Dei as costas para ele antes disso e só avistei a marca da sola do meu sapato em seu terno caro.

Um sorriso curva de leve meus lábios, até que valeu a pena ter dado a volta e ir ajudar algumas pessoas a sair daquela bagunça mais cedo, por mais que agora eu esteja tossindo feito um cachorro.

Solto uma risada enquanto ando até o carro, passando por todos aqueles corpos de seguranças mal treinados que deixei pelo caminho.

Não gosto de matar, mas foi o preço a ser pago para conseguir chegar aqui.

Saio do galpão e abro a porta da minha Ford Escape preta, acelero, dou ré e sigo em frente, saindo dali o mais rápido possível.

Não suporto esse lugar.

Mesmo Matt não tendo me dito com todas as letras, pela sua hesitação eu soube exatamente quem armou todo aquele circo no American Music Awards.

E eu vou resolver essa porra com ela, mesmo que seja preso por agressão.

Doeu escrever isso, não vou mentir.

Mas tenham calma, vocês irão saber tudo quando as peças do quebra-cabeça forem juntadas...

Votem e comentem, por favor! 🫶 Ajuda a engajar o livro e eu adoro saber o que vocês acham.

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