Don't let me go • Harry Styles

By readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... More

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

59 | Nicknames

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By readpagess

ELISABETH

Eu já estava com a roupa que Lauren insistiu que eu colocasse, e antes mesmo de nos ver juntos ela e Lambert surtaram.

- Por que não contaram que estavam planejando combinar? Eu e Lauren teríamos pensado em algo mais elaborado. - Ele disse, ofendido e Lauren também estava.

- Onde está a nossa amizade? - Ela semicerrou os olhos.

Eu ia mesmo responder, mas Harry acenou para mim, sem mostrar a roupa, estava apenas com a cabeça para fora e um dos braços, eu podia ver sua camisa tão rosa quanto a minha regata e o casaco, fui até lá antes que os dois começaram uma discussão.

O fotógrafo dele estava lá a um tempo, Anne e Gemma também, nós iriamos assistir na parte de cima da plateia, teríamos a visão inteira do palco.

- Façam a pose do álbum. - Tony pediu, e nós nos posicionamos um ao lado do outro, animados além do normal. - Ficou ótimo. - Ele sorria para a câmera.

- Harry, dez minutos. - Mary apareceu na porta e ele assentiu.

- Vai cantar fine line para mim? - Eu falei baixo, o abraçando pela cintura.

- Vai ser totalmente dedicada a você. - Ele beijou minha bochecha. - Daqui a algumas horas vamos estar no avião, indo para... - Ele franziu o cenho. - De repente esqueci para onde vamos.

- Você está sendo malvado, sabia? - Ele assentiu carinhosamente, como se eu estivesse o elogiando.

- Mãe, Gem. - Ele as abraçou em seguida. - Obrigado por estarem aqui.

- Sempre, querido. - Anne deixou um beijo de um lado da bochecha dele enquanto Gemma o beijou do outro.

- Vá ser o orgulho da sua irmã mais velha. - Harry revirou os olhos.

Correu até onde eu estava e me deu um beijo rápido, e depois saiu pela porta, a partir dali ele seria filmado até chegar no palco, tudo seria registrado por conta do segundo álbum, e então eu, Gemma e Anne passamos o cordão do nosso crachá de acesso livre pelo pescoço e saímos dali, indo em direção aos nossos lugares.

- Cerveja? - Gemma nos perguntou assim que chegamos, eu e Anne assentimos no mesmo momento.

- Não é um orgulho ele estar aqui? Olhe quantas pessoas. - Anne estava nitidamente emocionada.

- É sim. - Concordei e olhei ao redor, muitas pessoas mesmo. - Esse é o novo começo dele, nós ainda vamos ver muitas evoluções, eu sei disso. - Ela sorriu para mim e segurou minha mão.

- E como se sente com isso? - Ela perguntou em seguida.

- Eu demorei um pouco para me acostumar, mas é bom. - Voltei a olhar para a multidão. - Estar com ele é muito bom. - Ela sorria grande e eu também.

Era nítido o orgulho da família, eu reconheci alguns amigos dele e alguns dos primos, Lambert e Lauren estavam mais animados que nunca, todos estavam lá o apreciando, dando os parabéns, e ele fez questão de ir ver cada um antes de se preparar para subir no palco, tudo o que ele era e fazia era surreal, e acompanhar ele era uma das melhores coisas do mundo porque assim como eu e a família dele torcíamos por ele, eu sabia que eles também tinham o mesmo pensamento sobre mim.

Ele é uma pessoa contagiante no palco, era quase impossível ficar parado, e nos primeiros minutos do show, meu celular já estava lotado de fotos, tanto dele quanto nossas, qualquer um perceberia que estávamos animadas além do normal. Ficamos observando ele conversar com os fãs, era incrível a forma como ele os tratava como se fossem amigos antigos, como se aquelas conversas já tivessem acontecido antes.

- Eu ajudei ele nessa. - Falei um pouco mais alto para Gemma escutar, e ela franziu o cenho. - To be so lonely, to be so... - Cantei junto com ele, e ela permanecia me observando. - O que foi?

- Ele te mostrou as músicas dele, antes de o álbum ser lançado, e ainda te deixou escrever com ele? - Eu assenti enquanto cantava a música. - Isso sim, é uma novidade.

- Por que?
- Porque ele não confia em tantas pessoas, claro, vocês moram juntos. - Ela revirou os olhos de uma forma divertida. - Mas acho que você é a primeira namorada a ter acesso a tudo isso, ele brigava muito com as outras, sabe, porque elas queriam saber de tudo e ele não contava nada.

- Vai ver eu sou muito especial. - Dei de ombros e ela riu.

- Para ele você é mais que isso. - Ela disse perto da minha orelha, o som era realmente alto.

- Ah meu Deus, ele cantou essa para mim tipo...umas quinhentas vezes. - Balancei o ombro dela, era uma das únicas músicas que ele havia de fato me mostrado, porque segundo ele, não seria surpresa se eu escutasse todas. - Just let me adore you... - Eu e Anne estávamos fazendo uma dancinha que nenhuma de nós entendia, mas era divertido.

E nós continuamos ali, nos recusando a ir ao banheiro ou qualquer coisa que nos fizesse perder algo do show, as pausas dele para conversar, e nós escutamos todos os tipos de gritos quando ele fez a pose do álbum, e eu ria, ele fazia aquilo o tempo inteiro quando estávamos em casa, nas próprias palavras dele "é sério, eu travei nessa pose de tantas fotos que eu tive que tirar assim, acho que meu corpo se viciou" era óbvio, o típico drama, ele fazia aquilo porque gostava e tudo o que eu fazia era acompanhar ele.

E quando ele parou de repente, e começou a cantar outra música, aquela que eu já não tinha mais na memória porque dei atenção demais a fine line, foi que uma memória veio a minha mente.

Flashbak

- Olá, girassol.

- Girassol?

- Sim, você pode descobrir daqui a alguns meses.

-----

- I could want you anymore. - Ele estava nitidamente sorrindo. - Kiss in the kitchen like it's a dance floor, I could want you anymore tonight. - E eu estava nitidamente sorrindo também.

| Eu não poderia te querer mais
Beijo na cozinha como se fosse uma pista de dança
Eu não poderia te querer mais
Esta noite |

- Before I got to know you, I've got your face hung up high in the gallery, I love this shade, Sunflower, sunflower. - E a voz angelical que ele tinha continuou ecoando nos nossos ouvidos.

| Antes de te conhecer
Eu tinha seu rosto pendurado no alto da galeria
Eu amo esse tom
Girassol, girassol |

Sem qualquer esforço aquela poderia ser a minha música favorita, não importava para quem ele tinha feito ou se inspirado, dava para sentir a alegria dele, não cantando só aquela, mas todas as músicas.

Mudanças de ideia surgiram na minha mente, então provavelmente eu não saberia dizer qual era a melhor música.

- Sunflower, my eyes want you more than a melody, Let me inside, Wish I could get to know you, Sunflowers sometimes keep it sweet in your memory, I'm still tongue-tied. - Talvez a melhor e maior oportunidade do mundo fosse escutar ele cantando.

| Girassol, meus olhos te querem mais do que uma melodia
Deixe-me entrar
Queria poder te conhecer
Girassóis às vezes permanecem doce na memória
Ainda estou sem palavras |

A verdade era que aquilo tudo parecia ser tão legal, que mal víamos o tempo passar, até que ele cantou a última música, e sim, nós ficamos todos tristes, os primos dele gritaram, mas não por felicidade, e sim porque a bebida já estava fazendo algum efeito.

- James! James! James! - Todos eles gritavam sem parar para um dos amigos do Harry, que estava virando uma garrafa de tequila na boca.

Eu, Anne e Gemma nos entreolhamos e viramos para o palco, bem devagar.

- Isso não vai dar certo. - Anne murmurou.

- Com certeza não. - Completei.

- Alguém vai sair daqui em coma alcoólico. - Gemma falou como se não soubesse quem seria o pior de todo o grupo, o James.

Nós aproveitamos o show, enquanto todos pediam para o James por favor segurar a vontade de vomitar, e nós simplesmente fingimos que não estávamos escutando porque nenhuma de nós estava querendo ser babá de bêbado.

E nós descemos quando tudo terminou, o mais rápido possível enquanto alguns tropeçaram atrás de nós, e quando eu o vi, corri até ele e o abracei o mais forte possível.

- Quero que saiba que eu me sinto totalmente orgulhosa de você. - Ele também me abraçou forte.

- Obrigado. - Ele disse baixinho.

E eu precisava mesmo deixar os outros abraçarem ele também, teríamos alguns momentos antes de partirem para outras fotos.

- O que aconteceu com ele? - Harry perguntou olhando para o amigo.

- Tequila. - Matt respondeu.

Nós conversamos por breves momentos, algumas pessoas saíram para acudir o James que estava animado demais, enquanto Harry agradecia todos os que estavam lá.

- Eu preciso resolver algumas coisas. - Eu assenti, sabia que o trabalho não havia terminado ainda. - Nosso voo sai daqui a três horas, eu volto bem antes disso se tudo der certo. Desculpe por não poder ficar aqui. - Eu sorri para ele.

- Não tem problema nenhum. - E não tinha mesmo, não havia nada errado em fazer o trabalho dele. - Fique tranquilo, eu vou estar te esperando quando voltar. - Ele assentiu, sorridente também.

E ele foi, junto com toda a banda dele, e eu fiquei conversando com a mãe e a irmã dele.

- Vai precisar disso na sua viajem. - Gemma me entregou uma sacola.

Abri para ver o que era, uma caixa da marca dos óculos dela, todos eram muito bonitos, um estilo retrô, eu gostava bastante, olhei para elas com os olhos semicerrados.

- Então vocês sabem para onde vamos. - Ela assentiram, orgulhosas. - Então podem me contar. - Falei sorridente, e elas franziram o cenho.

- Mas é claro que não. - Anne disse em seguida. - Harry não nos perdoaria.

- É, ele é sempre muito chato mesmo. - Ela deu de ombros e Anne a repreendeu com um olhar. - O que? Às vezes ele é chato sim.

- Eu sou a mãe, não posso dizer que um filho meu é chato. - E nós rimos juntas.

Ele não era chato, mas tinha suas manias, e às vezes parecia um velho, mas era normal e eu já estava acostumada.

Nós ficamos conversando por muito tempo, até elas irem para casa, o show havia terminado tarde, e eu me vi sozinha em uma sala pequena, com uma mesa e alguns presentes de fãs, e bem ao lado Mary havia deixado uma cesta com muita comida dentro, mas eu não estava com fome, então fiquei deitada no sofá, mexendo no celular enquanto ele carregava.

Esperando e esperando, mas eu não tinha nada melhor para fazer, eu já havia visto todos os presentes dele, alguns estranhos, tipo um sutiã brilhoso, eu achei engraçado e até ri sozinha, era tão grande que eu aposto que um lado dele cobriria os meus dois seios. Eu fiquei olhando para os quadros da parede com atenção e até liguei meu tablet para colorir alguns desenhos que eu tinha.

Até escutar a porta abrir novamente, revelando ele, um Harry cansado, era um dos lados dele que só eu e a família víamos.

- Tudo bem? - Ele chegou perto o bastante, apoiando um dos braços no sofá. Apenas assenti. - Eu vou tomar banho, e nós já vamos. - Eu assenti novamente, e ele franziu o cenho. - O gato comeu sua língua? - E eu assenti novamente, só por implicância. - Vamos ver então.

E ele começou a fazer cócegas em mim, eu ria sem parar, meu rosto já estava ficando vermelho de tanto rir, tentar afastar ele pelos ombros era só perda de tempo.

- Harry, por favor. - Falei entre risos.

- Então sua voz voltou?
- Voltou, voltou sim. - E ele parou, sorrindo para mim.

- Por que não vem tomar um banho comigo? - Ele estava sério, mas os olhos dele diziam muito sobre as intenções.

- Porque eu estou com preguiça de sair daqui. - Não era uma mentira, mas eu também queria ir tomar o banho com ele.

- Isso é sério? - A careta de tédio, e eu assenti. - E se eu te carregar até lá? - Pensei por um momento, e não disse nada, mas ergui os braços e ele riu. - Tudo bem, madame, vamos lá.

E ele realmente me carregou até o banheiro, me deixando de volta no chão depois que chegamos, ligando a banheira, era um bom banheiro para um camarim simples, e então ele desabotoou a camisa e tirou os suspensórios, e seria um grande pecado não dizer que aquilo o deixava extremamente lindo.

Ele ficou só de cueca, bem na minha frente, e eu não havia tirado nenhuma peça de roupa, e então ele tirou me casaco, depois meus tênis e abriu os botões da minha calça seguido do zíper, as puxando para baixo bem devagar, e por último minha regata, ele tinha um extremo sorriso por estar fazendo aquilo, tirar minha roupa parecia algo muito divertido para ele.

- Harry. - O empurrei pelo ombro depois de lamber os lábios, olhando fixamente para os meus peitos.

- Eu nem gosto tanto. - Ele deu de ombros. - Quer dizer, são só peitos. - Ele olhou de novo, com os olhos maiores de propósito e eu empurrei o rosto dele.

- Idiota. - Revirou os olhos.

Andamos até a banheira, ele me ajudou a entrar e depois de tirar a última peça de roupa, entrou e se posicionou atrás de mim, como um ato automático, deitei no peitoral dele, enquanto Harry massageava meus ombros.

- Obrigado por estar aqui. - A voz dele era baixa, e eu sentia o carinho. - Qual foi sua favorita?

- Sunflower. - Eu sorri, e ele também, beijando meu ombro em seguida.

- Meu girassol. - Ele sussurrou e eu sorri mais ainda.

- Nós temos tempo? - Perguntei porque não estava de olho no horário.

- Uma hora e meia, o piloto tem outros trabalhos depois que chegarmos lá, eu aluguei o jato só por hoje. - Ele explicou, e eu a me apoiei mais ainda no peitoral dele, tranquila. - Mas não se preocupe, temos tempo o suficiente. - A trilha de beijos do meu pescoço até o ombro.

- Você não acha que... - Levei uma das mãos até o cabelo dele, enquanto me beijava. - Está na hora de me contar onde nós vamos?

E ele parou de repente, rindo alto.

- Nem pense em usar seu corpo para me persuadir. - Revirei os olhos e virei minimamente para olhar para ele.

- Eu não ia fazer isso. - O semblante convencido, mas eu realmente não ia fazer. - Mas eu já esperei muito tempo, e nós vamos subir em um avião daqui a uma hora e meia, já deu de tanto suspense. - Ele negou com a cabeça, não ia me contar, e então sentei do outro lado da banheira. - Não vamos fazer nada se não me contar.

- E se eu contar nós vamos? - Ele perguntou, e eu assenti, vitoriosa. Harry se inclinou para frente, o sorriso perverso e os olhos brilhantes, cheguei perto também, cara a cara. - Então te conto quando estivermos no avião. - Piscou um dos olhos e eu espalmei a água.

- Não pode me deixar curiosa até lá. - Ele deu de ombros e inclinou a cabeça para trás.

- Só relaxe, vai saber na hora certa.

Eu odiei aquela ideia, teria que esperar até chegar lá, e o nosso banho teria durado muito mais se ele tivesse me contado. Nós apenas nos secamos e vestimos outras roupas, tiramos algumas fotos antes de sairmos do banheiro, do tipo que só nós saberíamos que existia.

E então estávamos no carro, eu deitei no ombro dele e um dos braços me envolveu, dormi tempo o suficiente para não perceber o tempo passar, e abri os olhos quando chegamos. Ele sempre falava algo que eu não tinha o menor interesse em escutar com alguns dos motoristas, e em seguida cumprimentou o piloto, nossas malas foram para dentro do avião e eu os cumprimentei também e subi, confortável o bastante para passar algumas horas lá, mas eu não sabia ao certo quantas seriam.

Eu estava sentada em uma das poltronas, e o vi se aproximar e sentar ao meu lado também, sem dizer nada, ele me deu um envelope branco, olhei para ele por breves momentos antes de pegar o envelope, e abri com todo cuidado, não sabia do que se tratava, mas estava mesmo torcendo para que revelasse para onde iriamos.

Eu fiquei estática, eram fotos, mas não qualquer foto, qualquer pessoa que tenha um sonho saberia exatamente o que eu senti, eu não precisava do nome, mas reconheceria o lugar só de olhar para as fotos que estavam no envelope.

O aquário de Dubai. A famosa fonte. Dubai Mall. Uma foto que eu sabia que era da cidade, mas não sabia de onde era, e simplesmente o At.mosphere, que era simplesmente o restaurante com a melhor e mais deslumbrante vista da cidade, e aquilo se dava pelo fato de ser localizado no prédio mais alto do mundo, além de ser considerado o restaurante mais alto do mundo.

Apoiei as fotos no meu colo, eu realmente não sabia o que dizer, senti uma lágrima deslizar pelo meu rosto, eu estava em choque, e eu escutava ele rindo, neguei com a cabeça, tentando me recompor. Finalmente olhei nos olhos dele.

- Nós estamos indo para...Dubai? - Falei o nome do lugar com certa dificuldade, e então eu demorei um pouco mais para me recompor depois que ele assentiu. - Me diz que não é uma brincadeira, porque se for, eu juro....

- Eu não brincaria com um sonho seu. - Ele me interrompeu, ainda estava sorridente, e eu assenti em seguida. - Aquele dia que estávamos no seu apartamento e eu te perguntei qual o nome de um lugar que queria conhecer... - Eu assentiu, lembrava perfeitamente. - Você falou "Dubai" com um brilho nos olhos, sabia que significava muito, então decidi passar uns dias lá, não é muito porque temos o casamento da Gem, mas...

- É perfeito. - Eu o interrompi. - É perfeito, não importa se for um dia. - Ele sorriu grande, as covinhas aparecendo. - Obrigada, de verdade, eu não sei...não acho que eu possa te agradecer. - Deu uma risada nasal e beijou minha bochecha.

- Você não precisa. - Nós estávamos sorrindo um para o outro, e eu estava mesmo em choque.

- Então, estava planejando isso desde quando?

- Desde o dia que me disse que queria ir. - Abri a boca em um perfeito "o" e ele assentiu, me dando certeza de que fazia muito tempo que estava planejando, um pouco mais de um ano para ser exata.

- E de onde é essa foto? - Mostrei a única foto que não conseguia distinguir de onde era.

- É a vista da minha cobertura. - Eu tentei mesmo esconder a surpresa, mas ele riu, então eu sabia que não havia dado certo. - Eu te amo. - Ele disse com o rosto bem perto do meu.

- Eu amo mais. - Sorri de volta e deixei um beijo casto da boca dele. - Então, esse avião é daqueles que tem um quarto, ou não? - Ele riu e assentiu bem devagar. - Poderia me levar até lá? Estou tão cansada. - Fiz uma carinha triste, e ele olhou para minha boca, depois para os meus olhos.

- Depende, eu vou poder tirar sua roupa? - Eu não deveria ter me surpreendido, ele nunca era discreto.

- Isso depende também. - Dei de ombros.

Nós levantamos e eu o segui, ele me deixou subir primeiro, era uma escada não muito alta, e em seguida ele entrou e fechou o alçapão, que surpreendentemente poderia ser trancado com uma chave, ele puxou três vezes só para ter certeza de que não estava aberto.

- Uma pergunta interessante. - Ele me observou com atenção. - Esses quartos de aviões não são exatamente para os passageiros, não é?

- Não, geralmente os pilotos e comissários usam, mas esse aqui eu aluguei para uso próprio. - Assenti, meu rosto já estava um pouco vermelho.

Não era um quarto grande, mas duas pessoas cabiam ali bem fácil.

- Só para deixar claro. - Ele encostou a boca na minha orelha esquerda e sussurrou em seguida. - O melhor está guardado para Dubai, na nossa cobertura, de frente para cidade. - E depois voltou a me observar, como se as palavras dele não tivessem me dado um tesão absurdo.

Se aquele momento ainda não era o melhor, então eu não sabia o que esperar, mãos entrelaçadas acima da minha cabeça, e eu não conseguia segurar os sons que saíam da minha boca. Na verdade, nós não tínhamos tanto tempo para sexo calmo, eram mais rápidos quando estávamos em casa, não que ele precisasse de mais de vinte minutos para me satisfazer, mas era bom quando aproveitávamos um ao outro. Ele se movia com certa calma, só para me deixar ansiosa, e do devagar ia ao rápido e com extrema força, eu não lembrava de nenhum dia que tenha sido ruim com ele.

- Baby. - Ele beijou meu pescoço sem parar de se mover. - Quietinha hun? Ou você quer que os nossos amigos do avião te escutem? - Eu não ligava para os "amigos" do avião.

- E por acaso nós vamos ver eles de novo? - Ele franziu o cenho, desfazendo o contato das nossas mãos, se apoiando no colchão e se movendo mais rápido.

- Provavelmente não. - Ele tinha um sorriso no rosto, e não perdia nenhum momento, olhando sempre para o meu rosto excitado.

- Então foda-se os amigos do avião. - Ele sorriu e eu realmente não conseguia segurar o prazer.

Harry intensificou muito mais os movimentos, uma das minhas mãos nos cabelos da nuca dele enquanto eu sentia ele deixar beijos e mordidas no meu pescoço, e a outra mão se apoiava no braço forte, eu via o quadril dele se movendo rápido e aquilo me dava mais prazer, além dos sussurros dele, e então não demoraria muito para chegarmos ao ápice juntos.

O peito dele brilhava por conta do suor, sempre saia devagar de dentro de mim, não era tão confortável depois que terminávamos e ele sabia. Peguei a minha bolsa pequena que estava no chão e abri uma pílula, tomando água em seguida para descer melhor.

- Odeio quando toma esses remédios que te fazem mal. - Ele estava de olhos fechados, uma das mãos apoiadas no peito e o outro braço atrás da cabeça.

- É a consequência de não usar uma camisinha. - Dei de ombros.

- Eu avisei que não tinha uma. - Assenti, mesmo que ele estivesse de olhos fechados.

- Não estou te julgando, só quis explicar. - Ele assentiu, ainda de olhos fechados e respirando um pouco rápido.

- Me expressei mal, não quis te julgar. - Dei uma risada nasal, ele não estava exatamente em condições de ter uma conversa. - O que eu posso fazer se você gosta que eu goze dentro. - Eu ri alto.

- Cala a boca, Harry. - Bati no ombro dele, e abriu os olhos no mesmo momento, com um sorriso.

- O nome pode ser Harriet? - Eu ri alto, mas de deboche.

- Mas nem pensar, que nome horrível.
- Ei! Não é horrível, significa "a filha do Harry" sabia?
- Filha do Harry ou não, continua sendo horrível. - Não era tão horrível. - E você não me engravidou, não se preocupe.

- Não é impossível. - Ele deu de ombros.

- Eu tomo remédios faz anos e eu acabei de tomar uma pílula menos de cinco minutos depois, não tem como. - Ele revirou os olhos.

- Você quem sabe. - Ele deu de ombros, e eu deitei ao lado. - Não quer ter um filho, não é? É tipo seu maior pesadelo.

- Não é o meu maior pesadelo. - Não era, eu só não pensava naquilo com frequência.
- Mas também não é o maior sonho. - Nós ficamos quietos por um momento.

- É uma pena, porque eu realmente queria formar uma família com você, ou seja, terminamos depois de Dubai. - Nós rimos juntos.

- Eu quero ter uma família, só não agora, não quero pensar muito nisso, não me vejo cuidando de uma criança. - Eu suspirei. - E se eu não for uma boa mãe?

- E por que não seria? - A mão dele deslizou pelo meu braço.

- Eu não sei, eu não tenho cara de mãe. - Ele riu e eu também. - E eu quero me casar primeiro.

- Ah, você quer casar. - Assenti, bem devagar. - E quem seria esse homem de extrema sorte?

- Eu não sei, tem uma fila bem grande, na verdade. Eu posso resolver essa questão depois. - Dei de ombros.

- Eu espero mesmo Elisabeth, espero mesmo. - Ele repetiu, no maior drama do mundo. - Que o primeiro da fila seja eu. - Fiz uma careta para ele.

- Eu acho que está mais para décimo. - Ele fez uma cara de ofendido e eu ri.

- Quem é o primeiro? - Ele franziu o cenho.
- Tom Holand. - Falei o nome do primeiro homem bonito que aparecesse na minha cabeça, apesar de "Harry" ter sido o primeiro nome pensado.

- Aquele desgraçado. - Ele murmurou em tom divertido. - Ele não é mais bonito que eu.

- É mais definido. - Rebati.

- Elisabeth! - Ele grunhiu meu nome e eu realmente ri daquilo. - Não pode estar falando sério.

- Não estou. - Estava sim, mas não importava.

- E o segundo? - Eu ri antes de responder.
- Chris Evans. - Ele suspirou e me lançou um olhar triste.

- Para com isso, estou ficando triste de verdade. - Eu sorri de pena e beijei o rosto dele repetidas vezes.

- Você é meu bebê, hun? - Ele franziu o cenho e negou com a cabeça.
- Não sou seu bebê, sou seu homem. - Claro, com aquela carinha de cachorro abandonado, com certeza um homem.
- Meu cachorrinho então? - Com aquilo ele tinha que concordar.
- Nem pensar. - Eu ri e beijei o rosto de novo.
- Meio que você é sim, mas tudo bem.
- Não sou. - Ele repetiu.
- Okay, então você não é. - Fingi que havia vencido, mas ele era sim.
- Isso mesmo. - Beijei a boca dele repetidas vezes, e parei quando pensei em um apelido perfeito.

- Meu pãozinho de canela? - Ele fez uma cara de bravo.
- Não, não, não, e não, nem pensar, não. - Eu ria dele.
- Sim, vai ser. - Ele suspirou alto.

- Eu te dou tantos apelidos bonitinhos. - Ele começou a levantar os dedos conforme falava. - Liz, linda, docinho, baby, girassol, amor, e você vem com pãozinho de canela? Isso é ridículo, sério. - Ele negou com a cabeça, indignado.

- Ninguém precisa saber que eu te chamo assim. - Ele estava com uma cara de deboche.

- Minha querida, eu saber já é ridículo. - Ele juntou as mãos na frente dele, era realmente engraçado.

Nós passamos a maior parte do tempo rindo, e já era uma batalha perdida porque eu chamaria ele daquele apelido sempre que lembrasse.

___________________________

Quase chegando aos 10k de leitura, cada dia fico mais agradecida e emocionada pela história estar dando certo, tenho cada um de vocês no meu coração. M ❤

O que acharam do destino deles?

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