Don't let me go • Harry Styles

By readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... More

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

50 | Betrayal

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By readpagess

ELISABETH

Eu estava com muitos problemas, a minha mente não era mais a mesma de antes e eu sabia muito bem os motivos, mas eu sentia que as pessoas poderiam se cansar, então eu comecei a querer passar por cima das coisas, e obviamente não deu certo.

- O mesmo problema da semana passada? - Wendy me perguntou, assenti. - Você não soube me dizer o que era, acha que consegue agora?

Eu estava fazendo terapia três vezes por semana, sempre pelas manhãs, Harry ia para o estúdio nos dias marcados e Lauren acabava passando o resto da manhã e a tarde comigo.

- Eu não consigo, eu quero, mas eu não... - Suspirei, eu não contei para ela no começo, e acabei contando na semana passada sobre não conseguir ter relações intimas. - Eu sei que é clichê, mas não é ele, sou eu.

- Por que? - Ela estava sentada na poltrona a minha frente, ela me oferecia biscoitos toda vez. - Sente medo?

- Não, eu não sentiria medo, mas parece que toda vez que ele me toca, eu sinto que é como se eu tivesse traído, deixado outra pessoa tocar em mim. É um sentimento de culpa. - Eu falei mais baixo conforme fui terminando a frase.

- Eu não vou dizer que você não tem culpa, porque eu acho que até esse momento você já escutou muito. - Assenti, era o que todos insistiam em me dizer. - Tem que se permitir viver Beth. - Quase ninguém me chamava pelo apelido. - Precisa desfrutar o seu bem-estar, mas com cuidado, sabe, experimente coisas pequenas primeiro.

- Coisas pequenas? - Ela assentiu.

- Me disse na semana passada que não sai sozinha, e se você fosse ao mercado? É um lugar fechado, assuma a responsabilidade de ir fazer compras, mas no seu tempo, você está engatinhando ainda, não pode pular para algo tão grande. - Ela pegou um biscoito, gostava muito de fazer parecer como se fosse um chá da tarde. - Um super mercado e uma relação sexual são patamares bem diferentes, se você quer se sentir segura de novo, comece do começo.

- Eu acho que eu fico ansiosa porque...eu sei que ele quer e eu não gosto muito de falar que eu não quero, parece que eu estou rejeitando.

- E você acha que ele se sente rejeitado? - Pensei um pouco, era estranho falar dele quando ela o conhecia tão bem.

- Se ele se sente, então não demonstra, ele me trata do mesmo jeito de sempre. - Ela assentiu, com um sorriso no rosto.

- E já conversou sobre isso com ele? - Neguei com a cabeça. - Eu aconselho a conversar, vocês não são só namorados, moram juntos, mesmo que não sejam casados a relação de vocês é bem parecida, mas precisa se sentir confortável com isso.

- Eu me sinto, consigo falar sobre qualquer coisa com ele. - Eu sorri ao falar, era verdade, nós falávamos sobre tudo, mesmo que eu tivesse vergonha.

- Ótimo, isso é realmente muito bom.

Nós ficamos conversando por mais meia hora, sobre outras coisas, as sessões não eram totalmente sobre um assunto.

Lauren estava na sala de espera fazendo careta para uma das revistas, ela sempre reclamava das revistas e elogiava o café.

Eu voltei para casa, nós ficávamos no meu estúdio, ela estava realmente fascinada e concentrada em terminar o meu vestido, para mim, eram dias e dias, animada e as vezes eu simplesmente não trabalhava naquilo.

Eu queria que Rose fizesse banoffee para quando Harry chegasse, ele não comia doces sempre, mas tinha me contado que estava com saudade daquele em específico.

Ela me disse que infelizmente não tínhamos os ingredientes e ficou me encarando por algum tempo quando a impedi de ir comprar.

- Então a sua missão é entrar no mercado? - Eu e Lauren estávamos no carro, encarando o estabelecimento a algum tempo.

- Sim, sozinha. - Era ridículo falar em voz alta, mas se eu conseguisse de verdade, seria como ganhar um troféu.

- Bom, já foi muita evolução você ter dirigido até aqui. - Assenti, ainda olhando para o lugar. - Tudo bem, então vai logo. - Ela empurrou meu ombro.

- Só um minuto. - Pedi para ela, meu coração estava acelerado. - Tudo bem, se eu surtar você me busca. - Ela deu uma risada nasal.

- Eu vou estar de olho o tempo todo. - batidinhas tranquilizadoras e irônicas no meu ombro. - Você já conseguiu Elisa, já veio até aqui, vai ser fácil.

Eu estava com as palavras da minha psicóloga na mente, assim que fechei a porta do carro olhei para todos os lados, muitas pessoas na rua, levei a mão até a porta de novo, mas resisti e não abri.

Eu precisava entrar, escolher o que eu queria, pagar e simplesmente ir até o carro, a sensação era a mesma de quando fiz aquilo pela primeira vez quando fui morar sozinha, porem ao invés de estar eufórica e feliz eu estava com receio e com um pouco de medo.

Eu comecei a escolher os produtos, procurei não olhar muito para as pessoas ou eu iria parecer uma louca.

- Oi, Elisa? - Virei rápido o meu corpo. - Oi, é você, não é? - Uma garota ruiva me parou no meio do corredor.

- Sim, sou eu. - Abri o melhor sorriso, senti meu coração começar a bater rápido.

- Sou muito sua fã, de verdade, olhe o meu bloqueio de tela. - Ela virou o celular, uma foto minha sorrindo, era adorável e assustador ao mesmo tempo. - Podemos tirar uma foto?

- Claro. - Ela abriu a câmera imediatamente e tiramos três fotos. - Obrigada, eu adorei seu cabelo.

- Obrigada, eu amo o seu, é tão brilhante. - Eu sorri para ela. - É tão incrível te ver, quer dizer, depois de tudo, disseram que você não saia mais, você está bem?

- Eu estou tentando melhorar. - Ela assentiu, eufórica.

- Eu espero que melhore, obrigada pela foto.

Eu nunca havia visto um adolescente tão feliz, estava na hora de voltar, ela não sabia, mas me deu um pouco mais de força e coragem para continuar, por isso fui até o outro lado do mercado, eu já tinha tudo o que precisava e decidi dar uma volta.

Me dei conta de que eu havia comprado muito mais do que eu deveria quando paguei tudo, três sacolas grandes estavam nas minhas mãos, e eu me sentia mais orgulhosa do que nunca, Lauren abriu a porta para mim.

- Mulher, o que é tudo isso? - Eu ri alto, entrando no carro.

- Eu meio que andei pelo mercado inteiro.

Ela sorria enquanto apoiava as sacolas no banco de trás, ficou um tempo me encarando, com um sorriso que me fazia sorrir também.

- Eu estou muito orgulhosa de você. - Eu vi os olhos dela transbordaram. - De verdade, nós somos irmãs, sabe disso, não é?

- Não Lauren, se você começar a chorar eu não vou conseguir segurar.

Eu falhei em segurar as lágrimas, ela não me escutou quando pedi para parar, ela não era do tipo que abraçava sempre, era bem notável quando ela gostava mesmo de alguém ou não, o abraço era uma das formas de demonstrar aquilo.

Ela disse que precisávamos de música para voltar para casa, era o nosso modo de comemorar algo, Bob a buscou depois que chegamos, e eu preparei tudo, Rose estava nitidamente orgulhosa por eu ter ido sozinha comprar as coisas.

Eu subi para tomar banho, as pessoas que trabalhavam na casa já estavam fora, só restavam seguranças e motoristas que faziam rodízios durante a noite, Harry aumentou o número de pessoas desde que cheguei em casa, era notável a preocupação dele sempre que eu estava sozinha.

Quando escutei o barulho do portão corri até a garagem só para recebê-lo, meu sorriso entregava o meu ânimo naquele final de tarde, ele abriu um sorriso assim que saiu do carro.

- Olá, girassol. - Sorri ao escutar o novo apelido.

- Girassol? - Ele me abraçou e me beijou antes de responder.

- Sim, você pode descobrir daqui a alguns meses. - Ele fechou a porta do carro atrás dele. - Como foi seu dia?

- Muito bom. - Ele fez uma cara surpresa.

- Uau, pensei que fosse dizer "péssimo sem você", mas eu posso superar. - Revirei os olhos.

- É que aconteceu uma coisa muito legal hoje. - Ele arqueou as sobrancelhas e andou em direção a porta, eu o acompanhei.

- O que aconteceu de tão legal? - Nitidamente curioso.

- Eu fui ao mercado sozinha, e dirigi até lá sozinha também. - Ele parou de tirar o casaco fino, sorrindo feito um louco.

- Isso é sério? - Assenti. - Isso é maravilhoso, Liz, você é totalmente incrível. - Ele me abraçou em seguida.

- A Lauren foi comigo, na verdade, eu pensei que não fosse conseguir. - Ele não parou de sorrir.

- Não importa, isso já é muito bom, como se sentiu?

- Eu fiquei com medo primeiro, era a sensação de estar fazendo algo pela primeira vez, mas eu fiquei tranquila depois, eu encontrei uma fã também, foi ótimo. - Ele ainda estava sorrindo, deixando vários beijos pelo meu rosto.

- Não faz ideia do quanto estou feliz e... - Ele cheirou o ar, me fazendo rir. - Isso é banoffee? - Assenti. - Você quem fez?

- Sim, porque você merece o melhor. - Pisquei um dos olhos, ele sorriu de lado.

- Claro, deve ser por isso que eu te encontro em casa todos os dias. - Ele piscou um dos olhos também e foi a vez de ele me fazer corar.

O drama que ele fazia toda vez que comia um pedaço do doce, dizendo que era o melhor do mundo, eu sabia que não era, já havia provado melhores, mas eu sabia que ele jamais admitiria.

Eu estava realmente feliz, tendo um dia bom, a sensação de ter feito algo diferente e ter dado certo era impagável, ver as pessoas ao meu redor, felizes com a conquista também era gratificante e eu sentia que era verdadeiro, adorável era a sensação.

Ainda havia algo na minha mente que me atormentava, mesmo com toda a minha manhã e a minha tarde, nós havíamos tomado banho, Harry conseguiu assistir ao jogo de futebol que havia perdido na semana passada, consegui terminar meu projeto do vestido, e eu ainda pensava sobre tudo.

Parei no batente da porta do banheiro, observando ele fazer a barba, o bigode realmente grande o fazia parecer mais velho, eu não tinha uma opinião formada sobre as barbas dele, gostava particularmente quando estava por fazer, mas sempre achava engraçado quando estava grande demais, ele realmente não ligava, a opinião variava de momento para momento.

- Haz. - Ele me olhou de relance e continuou fazendo a barba, eu sabia que estava escutando. - Posso te fazer uma pergunta?

- O que quiser, baby. - Ele parou apenas para responder.

- Você se sente incomodado quando...sabe, quando você quer e eu não? Eu não sei como perguntar isso, na verdade. - Franzi o cenho depois da frase mal formada, eu deveria mesmo ter perguntado em outro momento.

Ele desligou a máquina de barbear e virou o olhar, me dando total atenção.

- Eu realmente não sei se entendi. - Ele deu uma risada nasal. - Quer saber se eu me sinto incomodado quando você diz que não quer fazer amor comigo? - Assenti, olhando fixamente para ele, minhas bochechas ruborizaram. - Não me sinto.

- Mas você sempre quer, e eu não, mas o problema não é você, eu juro. - Ele deu uma risada nasal, olhando para os próprios pés por um minuto.

- Eu sinto saudade, mas não me sinto incomodado, eu sei que é mais difícil para você. - Desviei o olhar, eu sabia que talvez fosse frustrante. - Liz, meu amor, você é como se fosse uma obra de arte falante.

- O que? - Eu ri ao mesmo tempo.

- Não ria, é verdade, e eu não posso te tocar se não quiser, desrespeito não é o que uma obra de arte merece. - Ele levou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. - Eu vou esperar o quanto for preciso até você se sentir confortável comigo. - Um beijo sutil na bochecha.

- Mas eu me sinto confortável, não é esse o motivo, não quero que pense que você é um problema. - Ele assentiu.

- Tudo bem, quer me contar qual o real problema? - Eu fiquei olhando para as mãos dele no meu rosto, pensando sobre como contar.

- Toda vez que você me toca, eu lembro daquele dia, e parece que foi como se eu estivesse te traindo, como se eu tivesse deixado outra pessoa me tocar. - Ele negou com a cabeça durante toda a minha fala.

- Não foi sua culpa. - Ele sussurrou contra o meu ouvido, me abraçando. - Repita isso, diga que não foi sua culpa.

- Não foi minha culpa. - Eu ainda não estava chorando, mas faltava muito pouco.

- Não foi, em nenhum momento. - Ele continuou no abraço, beijando o topo da minha cabeça. - Eu te amo, não tenha dúvidas disso.

Por um momento senti que era verdade, eu confiava nele, era sempre sincero, não acreditava que mentiria para mim, não daquela forma, em meio a uma situação tão horrível.

___________________

Segundou leitores, com capítulo quentinho.

Essa semana vai ser cheia, aviso antes que muitos informações e plots vem .

M ❤❤

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