#BOFETADADAVIDA
Olá, meus amores!!! Dessa vez eu não demorei, não é??
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Boa leitura!!! ❤️❤️❤️❤️
O coração de Jungkook ficou cinco minutos sem bater.
Para o moreno, esses minutos passaram tão rápidos que sequer conseguiu perceber quando estava parando de respirar ou desse tempo para sentir cada vez menos o sangue passando lentamente pelas suas veias.
Porém, para Park, aqueles cinco minutos passaram de uma forma tão arrastada e lenta, que não percebeu quando desmaiou no quarto minuto e teve que ser levado para a enfermaria.
Nada podia ser pior do que receber a notícia de que o coração do amor da sua vida tinha parado de bater e que, por sua causa, estava na sala ao lado entre a vida e a morte.
Quando os batimentos de Jeon ficaram estáveis, ele foi levado imediatamente para a sala de cirurgia. Como a bala se instalou bem ao lado do seu coração, os médicos tomaram todo o cuidado para que o rapaz saísse com vida daquela sala.
- Onde está Jungkook??!! - Park chamou-o assim que tentou levantar da cama. Porém, foi impedido pela mão de um enfermeiro ao ver que o loiro iria se machucar, já que estava tomando soro na veia.
- Acredito que esteja falando do seu noivo. - sorriu gentil. - Ele está em cirurgia no momento, fique tranquilo pois está mais estável.
Jimin não respondeu nada, apenas sentiu uma pontada de alívio se instalar em seu peito.
- Falaram que parecia cena de filme.
- O que? - indagou confuso. Se sentia fraco.
- O seu noivo ter entrado na sua frente para que a bala não te atingisse. - levantou da cadeira ao lado da cama e colocou um pouco de chá em um copo descartável. Logo em seguida, entregou para o loiro. - Ele deve te amar muito mesmo.
Mais uma vez, Jimin não respondeu. Porém, ao ser encarado pelo enfermeiro, este conseguiu na hora perceber a sua expressão de culpa. Park se sentia muito culpado por aquela situação.
- Sabe que foi uma escolha dele, não é?
- Escolha de quem? - olhou o enfermeiro, não estava com cabeça para conversas e não estava entendendo o rapaz.
- Ele que escolheu arriscar a vida dele pela sua, não precisa se sentir assim.
- É mais complicado do que isso. - respondeu, desviando o olhar para o copo já vazio.
- Você gosta de chá, não é? - sorriu, tentando deixar o clima menos tenso.
Park devolveu o sorriso, sabia que o rapaz queria apenas ajudá-lo.
- Olha só, fiz você sorrir!! - bateu palmas ao brincar com Jimin. - Deveria fazer isso mais vezes, seu sorriso é bem bonito.
- Estou ouvindo Jeon se remexer na sala de cirurgia por estar flertando com o noivo dele. - Namjoon apareceu de repente, cruzando os braços sobre o peito.
Quando Park e o enfermeiro deu risada, o Kim continuou:
- É sério, daqui a pouco ele aparece todo entubado só para te dar um soco.
- Não estava flertando, apenas queria deixá-lo menos mal. - levantou as mãos como se estivesse se rendendo.
- Obrigado. - o loiro sentou na cama com dificuldade, já que o seu corpo estava um pouco dolorido por ter ficado em uma posição desconfortável por muito tempo. - Como ele está?
- Estável, a cirurgia já está acabando. - Namjoon respondeu. - Venha comer algo, se ele acordar e ver você com essa cara pálida, irá me dar uma bronca.
- Por que ele daria bronca em você? - Jimin sorriu. Estava se sentindo mais tranquilo com a presença de Namjoon ali.
- Ele me ligou ontem e disse que, se qualquer coisa acontecesse com ele, era pra eu cuidar de você.
- Parece que ele tinha certeza de que algo aconteceria com ele. - o enfermeiro falou, mas sorriu envergonhado ao ser encarado pelos outros dois presentes na sala.
- Ele não tinha. - o Kim respondeu. - Mas ele tinha certeza de que não deixaria nada acontecer com o Jimin. Se fosse para alguém se machucar, seria ele.
Após retirar a agulha do braço e ter a ajuda de Namjoon para levantar, foram para o refeitório do local e, ao encontrar a mãe do seu noivo, não conseguiu segurar as lágrimas.
- Me desculpe, Ji-Hyo... - soluçou alto. Imediatamente, a mulher abraçou o loiro.
- Está tudo bem, querido, nada disso foi culpa sua... - enxugou as próprias lágrimas.
Quando recebeu a notícia de que o seu filho tinha sido baleado e que estava com risco de morte, o mundo de Ji-Hyo desmoronou.
- Eu deveria ter empurrado ele, eu merecia ter levado aquele tiro e não o Jungkook!
- Não fale isso, por favor, nenhum de vocês merecia... - segurou o rosto vermelho do loiro com as duas mãos e deixou um beijo em sua testa. - Eu só não entendi ainda o que aconteceu, só me deram a notícia.
Nesse momento, Park gelou.
Ji-Hyo não sabia ainda que o seu filho tinha descoberto quem era o seu pai biológico. O loiro não sabia como ou o que falaria para a mulher, então acabou gaguejando um pouco.
- Jimin você precisa comer algo... - Namjoon interrompeu. Já sabia o que estava acontecendo. - Não se preocupe, Ji-Hyo, a polícia vai explicar melhor que ele.
- Tudo bem...
Após ter comido um pouco, Park se sentia menos fraco. Minutos depois, Taehyung e Dong-min chegaram no hospital.
- Jimin!! - o Kim abraçou o seu amigo. - Meu Deus, você quase me matou do coração!
- Eu estou bem, Taehyung...
- Jungkook ainda está na cirurgia? - Dong-min indagou ao jogar os cabelos para trás. Ao encarar Lee, Jimin percebeu os seus olhos vermelhos, deduziu que ele tinha chorado ao receber a notícia que seu amigo tinha levado um tiro.
- Ele está e Yoongi está melhor também. - respondeu.
- Yoongi?! O que aconteceu com ele?? - Taehyung arregalou os olhos. Ao perceber a atitude exagerada do amigo, Jimin desviou o olhar para Dong-min.
- Ele levou um tiro na perna, mas está bem agora. - alternou o olhar entre os dois e percebeu Lee desconfortável.
- Posso ir ver como ele está? - Taehyung indagou ao loiro.
- Por que está perguntando isso para mim?
- Park Jimin? - um homem todo vestido de branco e que Park deduziu ser um médico, chamou-o antes que o seu amigo respondesse.
- Sim? Sou eu!
- Você está acompanhado de Jeon Ji-Hyo?
- Ela foi ao banheiro, mas logo volta! - levantou da cadeira eufórico. - Como está ele?
- Está tudo bem, a cirurgia foi um sucesso e o seu estado está estável agora. - Park sentiu uma sensação de felicidade e, ao mesmo tempo, alívio se espalhar pelo seu peito. - O seu noivo é uma pessoa muito forte.
- E eu posso vê-lo?! - quase suplicou ao homem.
- Só é permitido uma pessoa por vez. - sorriu para o loiro. - Como Ji-Hyo ainda não está aqui, você pode ir primeiro.
- Muito obrigado, doutor! - seguiu os passos do médico.
Assim que começou a andar pelos corredores, Jimin não conseguiu conter o sorriso enorme em seu rosto.
O seu Jungkook estava bem.
Depois de tanta aflição, finalmente podia sentir-se tranquilo e essa sensação de paz lhe confortava de uma maneira imensurável.
- É essa sala, pode entrar. - o doutor abriu a porta para o loiro.
Após agradecer o médico com uma reverência, Park entrou na sala. Ao olhar Jungkook deitado e dormindo profundamente, Jimin se aproximou e a primeira coisa que fez ao tocar em seu noivo foi chorar.
Um choro de alívio.
Soluçava tão alto que, quando percebeu uma movimentação por parte do moreno, cobriu a boca com a mão direita para não a acordá-lo com o seu choro.
Naquele momento, Jimin sabia que poderia viver em paz com o seu noivo.
Assim que Ji-Hyo chegou na porta da sala, o loiro teve que se retirar para que ela entrasse, já que era permitido a visita apenas de uma pessoa por vez.
- Ele está dormindo ainda? - Hoseok, que tinha acabado de chegar no hospital, indagou para Jimin.
- Sim... - fungou ao balançar a cabeça.
- Eu sinto muito por tudo isso, Jimin... você só merece ser feliz e, acho injusto que tudo isso esteja acontecendo com você. - se aproximou do loiro.
Hoseok, ao ver o estado sensível de Jimin, abriu os braços em uma sugestão sutil para que ele lhe abraçasse. Park apenas concordou com a cabeça e aceitou.
Assim que todos chegaram no corredor e, ao ver Hoseok abraçando Jimin, Namjoon pigarreou.
Porém, antes mesmo que Park e Jung se separassem, Ji-Hyo abriu a porta.
- Jimin, ele está te chamando. - avisou. - Ele acordou chamando pelo seu nome.
Sem nem pensar duas vezes, Park se desfez do abraço e entrou na sala.
- Oi, anjo... - Jungkook sorriu fraco, com o rosto cansado.
- Amor... - andou apressadamente até a cama de Jeon e tomou muito cuidado quando deixou um beijo em seu rosto e tentou abraçá-lo.
- Por que está pálido assim? Comeu, não é? - levou a sua mão até o rosto de Jimin.
- Jungkook! Não é comigo que você tem que se preocupar agora. - deu risada do outro.
- Achou que ia se livrar tão fácil assim de mim? - segurou a mão do loiro e começou a deixar beijos por ela.
- Você é louco, Jungkook. - respondeu-o. - Você literalmente levou um tiro por minha causa.
- E eu levaria vários se fosse preciso, anjo. - sorriu sem mostrar os dentes. - Desde que você fique seguro.
- Fique bem logo para nos casarmos.
- Mas é claro, você acha que eu esqueci do Jeon Jimin?
- O que?! Você que perdeu a aposta! - cruzou os braços, fingindo que não se lembrava do que falou segundos antes de Jungkook entrar na ambulância.
- Nem vem, escutei muito bem quando você disse que aceitaria ser chamado de Jeon Jimin, não fuja agora. - puxou o braço de Park para que se aproximasse mais de si.
O loiro acabou caindo na gargalhada ao perceber que, mesmo depois de uma cirurgia delicada, Jungkook continuava mais forte que si.
- O médico falou para você quando irei sair? - indagou ao começar a espalhar beijos pela mão de Jimin.
- Ainda não, mas acho que daqui a pouco ele irá nos comunicar.
- E Ji-chul?
- Foi preso, mas ainda não recebi nenhuma notícia. - levantou da cama e virou de costas para Jeon ao esticar a mão para fechar as cortinas da janela, já que a luz do pôr do sol estava lhe incomodando um pouco.
- Está querendo me matar, Jimin? - o loiro deu um pulinho ao sentir a mão de Jungkook apertar a sua bunda. - Acabei de sair de uma cirurgia e você faz isso...
- Para com isso, Jungkook! - deu uma risada nervosa.
- Park Jimin? - uma mulher abriu a porta da sala e chamou-o. Diferente da maioria das pessoas do hospital, a mulher estava vestida com roupas consideradas casuais se não fosse a bota de salto.
- Sim?
- Meu nome é Jung Whee-in, sou delegada e responsável pelo caso de vocês. - a mulher apertou o coque do cabelo. - Podemos conversar a sós?
- Claro... um instante. - Park deixou um beijo na testa de Jungkook.
Ao acompanhar a delegada do local onde Ji-chul foi preso, Jimin sentiu um arrepio se espalhar pelas suas costas ao entrar numa sala e se deparar com a mãe de Jeon e Hoseok no local.
Ji-Hyo estava com uma expressão de choque, sequer piscava os olhos. Já Hoseok, que tinha acabado de entrar na sala também, não estava entendendo o comportamento da mulher.
- Por favor, sente-se. - apontou com a mão na direção da cadeira.
- Jimin, onde está a sua Jeon Somin neste momento? - a delegada indagou assim que o loiro sentou no local indicado.
- Por que está perguntando da minha tia? - olhou para Hoseok, que tinha a mesma expressão confusa.
- Conversei com Jung Ji-chul, foram horas de depoimento e ainda não terminamos. - colocou as mãos sobre a mesa. - O seu estado estava bem alterado e não foi difícil tirar as informações dele.
- Não estou entendendo. - Jung sentou ao lado de Jimin.
- Jung Hoseok, de onde você tirou a informação de que Jeon Jungkook era o seu irmão? - Whee-in encostou as costas na cadeira.
- Era óbvio, ouvi ele falando com um dos homens dele de que Jungkook não era filho biológico de Jeon Joong-ki e eu não sei como ele descobriu essa informação. - cruzou os braços. - E ele sempre tratou Jeon de uma forma diferente, melhor do que me tratava.
- Você está me dizendo que tudo não passou de uma suposição?
- Os comportamentos e atitudes dele demonstravam isso, com certeza! - Hoseok começou a ficar nervoso. - Não estou entendendo onde você quer chegar.
A delegada encarou Park rapidamente.
- Jung Ji-chul afirmou que não é pai de Jeon Jungkook e, após fazermos um teste, realmente não há compatibilidade.
- O que?! - Jimin arregalou os olhos.
- Esse homem não é pai de Jungkook, querido! - Ji-Hyo finalmente decidiu falar algo.
- Jimin, o que sua tia disse sobre a morte dos seus pais? - Whee-in, de repente, indagou para o loiro.
- Que eles morreram em um acidente de carro quando eu era bem pequeno. - respondeu incerto, sem entender o motivo da pergunta. - Por que está me perguntando isso?
- Puxa... olha. - suspirou alto, passando as mãos pelo rosto. - Jung Ji-chul nos contou uma história e... ainda precisamos confirmar, mas procuramos os registros da época e as informações bateram.
- Quais informações? - Hoseok indagou, com a perna mexendo rapidamente devido a ansiedade.
- Jung Ji-chul tinha sim um caso com uma mulher fora do casamento que tinha com a sua mãe, Hoseok. - moveu alguns papéis sobre a mesa e entregou para os dois. - Mas diferente do que vocês pensaram, não era com Jeon Ji-Hyo.
Ao perceber que os dois estavam tentando buscar algo nos papéis que pudessem esclarecer algo, continuou:
- A amante de Ji-chul também era casada e acabou engravidando do seu pai, Hoseok... - alternou o olhar entre os dois. - Quando a criança nasceu, pela convivência com o outro homem ela acabou criando a imagem de que ele era o seu pai e se apegou muito.
- Onde quer chegar, delegada? - Jimin indagou, completamente confuso.
- Ela tinha receio de se separar do homem por causa da criança ser apegada a ele e isso causou discussões entre ela e Ji-chul, que queria que eles fugissem logo.
- Quem é essa mulher?! - Hoseok estava ficando aflito, estava começando a perceber e não queria acreditar. Precisava de uma confirmação da delegada.
- O marido da amante do seu pai descobriu a traição e surtou, atirou nela e depois se matou. - encarou Park. - Ji-chul não se conformava que perdeu o amor de sua vida e acabou culpando a criança, a única inocente em toda essa história.
- NÃO!!! - Park levantou da cadeira de repente, entendendo onde a mulher queria chegar. Ji-Hyo olhou para o loiro com uma expressão de pena. - Não ouse falar isso!!
Whee-in levantou da cadeira de forma calma e tentou ser mais breve o possível. Nem ela acreditava no que estava acontecendo.
- Você é essa criança, Jimin. - alternou o olhar entre os dois. - Ji-chul na verdade é o seu pai e... você e Hoseok são irmãos.
Continua...
Queria saber se vocês esperavam por isso.
Não se preocupem, ainda vai ser explicado melhor essa história no próximo capítulo.
Enfim, até a próxima att, XOXO 🥰❤️❤️