Don't let me go • Harry Styles

By readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... More

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

47 | Wounds

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By readpagess

Ben e Rose pareceram um pouco chateados por ela preferir ficar comigo durante a noite, insistiram que poderiam dormir ali e até disseram que eu estava cansado e queria ir dormir em casa, balancei minha cabeça sutilmente em negação apenas para que ela pudesse ver, eu nunca havia dito aquilo a eles.

Ela conversou muito com os irmãos, minha mãe e minha irmã, Bob e Lauren tiveram problemas com as passagens e só chegariam na manhã do dia seguinte, mas ficaram aliviados com as notícias que mandamos para eles.

Depois de terem me deixado totalmente insatisfeito por acordarem ela às cinco da manhã para uma bateria de exames, estávamos finalmente em casa, minha mãe nos recebeu, eu sabia que não havia dormido durante a noite, mesmo tentando me convencer do contrário.

- Eu vou passar essa pomada nas partes roxas, e então você vai poder descansar até a hora que quiser, tudo bem? - Ela assentiu, deitada na cama.

As partes mais machucadas eram as pernas, era apavorante para quem via no primeiro momento, beijei cada um dos machucados antes de passar a pomada, ela sorria toda vez, o abdômen também tinha algumas marcas, e a última parte era o maxilar levemente roxo, os cortes já estavam com curativos novos.

- Agora você pode dormir, eu vou estar no quarto ao lado, você pode me pedir qualquer coisa se você precisar. - Beijei a bochecha dela em seguida.

- Você não vai dormir aqui? - Ela franziu o cenho.

- Eu não queria te incomodar, não sabia se iria se sentir confortável. - Falei um pouco baixo, ela deu uma risada nasal.

- Você não vai me incomodar, na verdade, eu vou ficar mais tranquila se dormir aqui. - Assenti.

Desliguei todas as luzes e deitei ao lado dela, ficar de barriga para cima parecia a posição mais confortável no momento, passei meu braço pela cintura dela e deitei bem ao lado, mas tinha algo na minha mente, e me preocupava.

- Linda, posso te perguntar uma coisa? - Ela assentiu. - Eles tocaram em você?

Ela ficou quieta por um tempo, e murmurou uma resposta baixa, eu entendi no mesmo momento.

- Como? - Eu precisava saber, os médicos constataram que não havia nada errado, mas eu ainda tinha dúvidas.

Ela demorou para responder, eu não esperava que me respondesse, pensei que não conseguiria, deixei ela pegar minha mão elevar até o lugar onde haviam tocado, a parte interna da coxa, bem perto da intimidade, pareceu um sacrifício e também um tanto constrangedor para ela.

- Não quero falar sobre isso. - Voltei minha mão até a cintura dela, assenti e deixei um beijo no rosto.

Eu não queria preocupar ela, mas ela precisaria falar em algum momento, a polícia estava esperando pelo depoimento dela, eu mesmo não sabia direito o que havia acontecido.

Os remédios a deixavam sonolenta, eu sabia que sentia frio atoa, mesmo sendo verão ela ainda dizia que a temperatura era diferente, estava se acostumando aos poucos, já conseguia usar uma camiseta sem a pele arrepiar quando saia na rua.

Eu a cobri adequadamente e saí do quarto, eu sabia que encontraria familiares, estava sendo aparentemente um problema silencioso o fato de ela passar mais tempo comigo do que com os pais.

- Como ela está? - Chloe perguntou quando me viu, a voz baixa e paciente, dei um meio sorriso.

- Melhor, os remédios deixam ela sonolenta. - Ela assentiu pacientemente.

- Obrigado por cuidar dela, eu não sei o que aconteceria, não estamos sempre por perto. - Dylan falou em seguida, escutei a risada nasal do pai dela, meu cunhado me olhou no mesmo momento, me pedindo desculpas silenciosamente.

- Tudo bem agora, significa muito para ela vocês terem vindo. - Os dois assentiram.

Bob e Lauren estavam a caminho, não chegaram tão cedo quanto previam, e por medo e prevenção, eu mesmo ofereci um motorista para ir buscar os dois.

- Ela deveria voltar para os Estados Unidos assim que acordar. - Escutamos a voz de Rose atrás de nós.

- Desculpe? - Minha mãe perguntou, fingindo que não estava entendendo.

- Aqui não é o lugar dela, precisa estar perto dos pais. - Suspirei, os irmãos dela fizeram o mesmo.

- Desculpe, senhora Portman, mas eu acho que...

- Você não deveria achar nada. - Ela disse em seguida, Ben me olhou fixo. - Ela vive na sua casa, a responsabilidade era sua.

Paralisei, era a verdade que eu estava evitando escutar, e a frase dela poderia fazer tudo desmoronar.

- Ele não tinha como saber o que ia acontecer. - A voz da minha irmã ecoou, ela sempre enfrentava as pessoas.

- Não levante a voz para o meu filho, senhora Portman. - O tom de voz da minha mãe era de deboche, eu sabia que não deixaria passar fácil.

- Nós sabemos o que é melhor para ela. - Ben se pronunciou.

- Foi pedido da própria Elisabeth. - Todos olharam para mim. - Ela mesma pediu para ficar, não na minha casa, mas na nossa casa em Londres. - Dei ênfase no "nossa".

- Pelo amor de Deus pai, vocês não sabem sobre o que é melhor para ela. - Alicia se encolheu, ela e Suzan apenas acompanhavam com os olhos, ao contrário dos outros, elas tinham o senso de não se meter ou armar discussões.

- Elisa tem uma vida agora. - A voz pacífica de Dylan preencheu a sala. - Ela sabe o que é melhor para ela, Harry não é só um namorado e vocês sabem disso, então, por que não perguntam a sua filha o que ela realmente quer?

- Duvido que seja voltar para os Estados Unidos. - Chloe sussurrou apenas para que nós pudéssemos escutar. - Eu mesma não voltaria. - Lancei um olhar a ela e um meio sorriso.

O clima ficou tenso, Rose e Ben se deslocaram para o outro lado da sala, Alicia e Suzan trocavam olhares silenciosos, estavam desconfortáveis, por isso sugeri para que Chloe as levasse para o quarto e eu avisaria quando Liz acordasse, minha mãe e Gemma procuraram não ficar por perto, não era o primeiro encontro de sogras que eu estava esperando.

- É complicado quando se tem pais que querem ser os melhores do mundo. - Dylan estendeu o copo, whisky seria a nossa companhia da noite.

- Não foi assim que eu pensei que seria o nosso primeiro encontro de família. - Ele deu uma risada nasal e se encostou no balcão.

- Ela chegou a pensar em não ver eles, não é? - Olhei para ele sugestivamente, eu não queria dizer a verdade, mas fui abrigado a concordar. - Eles nunca foram os melhores em mostrar afeto, e quando o Bob descobriu ela, ficou pior.

O olhei com atenção, ela já havia me dito algo sobre se sentir abandonada, mas eu nunca perguntava, queria que me contasse no tempo certo.

- Eles meio que... - Ele deu de ombros. - Não procuraram ela depois, e ela voltou para nos visitar, já tinha dezessete na época, e a primeira coisa que eles disseram foi "ei, você". - Outra risada nasal. - Ela ficou arrasada, eles agiram como se fosse nada, ela é magoada até hoje.

- Eu sei, quer dizer...ela não se importa muito, mas não parece que eles se importam, então... - Dei de ombros. - Sinceramente, ela gosta muito mais de vocês. - Ele riu alto, balançando a cabeça em negação.

- Nós sempre fazíamos o melhor que podíamos um pelo outro, ela morou comigo e com a Suzan até conseguir o apartamento, foi surreal, eu estive e estou com ela conforme o tempo passa, a Chloe também, mas os nossos pais... - Ele negou com a cabeça. - Eles não são pessoas ruins, eles nos amam de verdade, só é diferente.

Nós ficamos em silêncio por um longo tempo, olhando para os copos cheios da bebida amarelada, os pais dela na sala enquanto a minha mãe e irmã procuravam manter distância.

Liz não acordaria tão cedo, mas eu apostava comigo mesmo que ficaria feliz em ver os sobrinhos e os irmãos, pensar na felicidade dela me fazia rir sozinho.

- Você está pensando na Elisa? - Dylan me olhou estranho.

- Como sabe? - Franzi o cenho.

- Está vermelho e rindo igual a um idiota. - Ele debochou, semicerrei os olhos.

- Você que parece um idiota. - Ele abriu a boca, ofendido.

- Suas músicas são ruins. - Eu fingi ter ficado ofendido.

- Você nem é tão bom matemático assim. - Ele ficou me olhando com o semblante sério.

- Você quem começou isso, e só tem um jeito de terminar. - Ele pousou as mãos na cintura. - Queda de braço, quem perder é um merda.

Nós ficamos durante muito tempo fazendo revanches até chegarmos a conclusão de que nenhum de nós era realmente um merda, parecíamos crianças.

Ninguém parecia ter sono o suficiente, eu pensei que estariam cansados da viagem, decidi subir as escadas, senti os olhos do pai e da mãe dela me seguindo, talvez esperassem pela notícia de que estava acordada.

Entrei no quarto tentando fazer o máximo de silêncio possível, verificando cartelas de remédio, deixando ao lado dela, seria obrigada a tomar algum tempo depois e eu teria que acordá-la se estivesse dormindo.

- Oi. - Ela sussurrou ao meu lado, enquanto eu deixava os remédios na bandeja.

- Oi. - Sorri de volta. - Deveria estar dormindo, ainda é cedo. - Ela deu uma risada nasal.

- Eu sinto que estou a séculos dormindo. - Ela tentou se levantar e gemeu de dor.

- Liz, por favor, fique quieta. - A deitei de volta. - O médico foi bem claro quando disse que precisava de repouso. - Eu tentava dar sermões nela, mas a expressão doce sempre me deixava fraco.

- Tudo bem. - Ela suspirou impaciente.

- Eu acho que vai gostar de saber que o Theo está louco para te ver, e a Ruby mandou um áudio muito fofo dizendo que está com saudade e que precisa descansar. - Franzi o cenho. - Tem áudios do Arlo e do Jackson também, e de outras pessoas que eu sinceramente não me lembro agora. - Ela riu baixo.

- Eu quero agradecer todos eles. - Ela me abraçou enquanto eu arrumava os cobertores. - Pode trazer o Theo aqui? - Assenti.

Não foi muito difícil convencer ele a ir comigo, eu só mencionei o nome da tia e o garotinho esticou os braços, Chloe revirou os olhos e riu, o levei até o quarto, conversando e explicando de forma lúdica o tempo inteiro, ele pensava que homens maus haviam deixado a tia doente.

- Oi Theo. - Ela beijou o pequeno rosto dele.

Eu gostava de ver os dois, deitei com ela na cama, apenas observando os dois, ele tinha alguns traços dela se prestasse atenção, todos eram parecidos de alguma maneira.

- Tia, o que tem aqui? - Ele tocou no maxilar, estava um pouco roxo, ele pareceu ficar impressionado.

- Não é nada grave, eu vou passar aquilo e vai melhorar rapidinho. - Ela apontou para a pomada e ele seguiu com os olhos.

- Os homens maus fizeram? - Ela assentiu. - Minha mãe disse que vai bater muito neles. - Nós abrimos um pouco mais os olhos.

- Aposto que ela disse. - Nós seguramos o riso. - Sua mãe não sabe que escuta tudo o que ela diz, não é?

- Não, eu fico quieto. - Nós não seguramos o riso.

- Ele com certeza é muito esperto. - Conclui.

Ela deixou ele com o celular, Theo sabia mexer e surpreendentemente encontrar os vídeos que queria, gostava de músicas e ainda mais dos que mostravam desenhos indicando o nome dos objetos.

- Caneta. - Falei alto quando a personagem pediu para falar o nome do objeto, Theo e Liz me olharam no mesmo momento.

- Tio Harry, ela está pedindo para mim. - Ele pareceu ter ficado irritado.

Ela não segurou o riso, fiquei olhando para ela com cara de tédio, enquanto ria e gemia de dor pelo corpo estar se mexendo demais enquanto ria.

- Eu não acredito que você respondeu. - Semicerrei os olhos.

- Foi um momento de deslize. - Revirei os olhos e cruzei os braços.

- E ele ainda xingou você. - Ela riu novamente e suspirei em seguida, estava tentando se controlar. - Obrigada por me fazerem rir.

- Não estava nos meus planos levar um sermão de uma criancinha. - Theo me lançou um olhar de relance e depois voltou a atenção para o celular. - Mas se você está rindo, então eu vou deixar passar dessa vez.

- Eu posso descer? Por favor. - Ela pediu em seguida. - Eu posso pelo menos andar pelo quarto?

- Tudo bem, mas se você estiver sentindo dor, então é melhor ficar aqui. - Ela assentiu.

Ela estava andando quase normalmente, eu evitava olhar para as pernas dela por muito tempo, eu sentia raiva e tristeza ao mesmo tempo.

Nós intercalávamos a atenção entre nós mesmos e o Theo, sentado na cama, rodeado de travesseiros, com o celular nas mãos cantando junto com o desenho que estava assistindo.

- Eu vou vestir uma calça primeiro. - Fiquei observando os passos dela. - Não quero que me vejam assim.

- Você vai se sentir confortável com uma calça, ou só quer fazer isso para não ter que dar satisfação? - Ela deixou os braços caírem ao lado do corpo.

- A segunda opção. - Meu olhar dizia muito. - Eu vou vestir outra coisa.

Não era uma tarefa tão fácil tentar persuadir nosso sobrinho a largar o celular, ele gostava de ficar falando com as figuras, era educativo e fazia ele melhorar a pronúncia ao mesmo tempo, mas ele jamais poderia ficar sozinho.

Uma calça de pijama rosa, a cor não era novidade nenhuma, uma camiseta preta nitidamente minha e as pantufas do gato de Alice no país das maravilhas, eu ria toda vez e mesmo naquele estado tristonho ainda parecia linda e transmitia boas energias, mesmo que eu soubesse que ela estava longe de estar bem.

Descemos as escadas devagar, enquanto eu segurava Theo ela se apoiava no meu outro braço, os pais dela a viram no mesmo momento e se levantaram. Fomos até a cozinha sem dar uma palavra, eu podia apostar que ela sentiu o clima tenso entre nós.

- Pensei que não fosse mais descer. - Rose entrou na cozinha.

Virei de costas, abrindo a geladeira para pegar um pouco de suco.

- Estou com muita dor, os remédios me fazem sentir muito sono. - Ela disse pacientemente, sorrindo para mim assim que pousei o copo com suco de uva na frente dela.

- Filha. - Ela chegou perto o suficiente, eu fui para o outro lado da cozinha para preparar algo para ela comer, eu ainda prestava atenção na conversa. - Não acha melhor voltar para casa? Você ficaria tão bem se ficasse perto da família.

Silêncio por um momento, eu não virei para ver a expressão no rosto dela.

- Eu já estou em casa, mãe. - Sorri sem que ninguém pudesse ver. - Uma viagem agora não me faria bem, e eu também tenho uma família aqui. - Escutei a mãe dela suspirar, não era uma competição, mas eu estava me sentindo vitorioso.

- Se você se sente melhor aqui, então tudo bem. - Ben falou em seguida, Rose não disse mais nada.

- Vocês querem comer algo? Eu posso preparar um sanduíche para vocês também. - Eles ficaram me observando, fiquei parado com a faca na mão, já havia terminado, estava apenas esperando pela resposta deles.

- Obrigada, nós vamos esperar pelo almoço. - Rose sentou na banqueta ao lado dela, Ben fez o mesmo e negou com a cabeça.

- Aqui está, muita pasta de amendoim do jeito que você gosta. - Beijei a bochecha dela, um riso tímido saiu dos lábios dela. - Eu vou deixar você conversar com seus pais. - Era um toque passar uma mecha de cabelo por trás da orelha. - Vou precisar resolver algumas coisas bem complicadas agora, estarei no escritório se precisar.

Ela concordou silenciosamente, comecei a andar em direção a porta da cozinha, mas parei no batente e bati com a minha mão para chamar a atenção dela.

- Não esqueça dos remédios às onze, e também precisa passar a pomada de novo. - Os pais dela tinham os olhos em mim. - Até mais tarde. - Pisquei um dos olhos.

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