Don't let me go • Harry Styles

بواسطة readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... المزيد

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

45 | Headphones

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بواسطة readpagess

HARRY

Eu não acordava antes das sete da manhã, mesmo quando ia para o estúdio, eu tinha um pouco mais de tempo enquanto estávamos chegando perto de terminar o álbum, em meses tudo estaria resolvido.

Liz tinha fotos pela manhã, Gemma a salvou quando chegou com a mala cheia de lingeries coloridas e por um momento eu pensei que teria problemas, eu não queria nem pensar em quantos homens comprariam a revista apenas para ver o corpo dela, mas não falávamos nisso, não quando era o trabalho dela e eu jamais interviria em nada.

Ela me perguntou sobre um milhão de flores, eu com certeza compraria, mas eu não teria lugar para colocar tantas em uma só casa, então trezentas e sessenta e cinco eram o suficiente, eu conseguiria dar um jeito depois.

Voltaria para almoçar comigo, eu não estava no estúdio durante a manhã apesar de ter dito a ela que passaria o dia inteiro lá. Filés de peixe tinham se tornado uma das nossas comidas favoritas, mas eu também sabia que ela gostava de frango grelhado, por isso fiz os dois, ela gostava de comida feita em casa porque lembrava ela da época que ainda morava com os pais, antes de ter saído de casa quando tinha quatorze anos de idade, para seguir a vida na carreira que tanto gosta, eu também era um fã de comida caseira.

Comíamos em bons restaurantes quando tínhamos tempo ou pedíamos comida, tínhamos funcionários para prepará-las também, mas nós realmente gostávamos de comandar a cozinha juntos. Uma semana antes de tudo, antes de eu ter a ideia de comprar as trezentas e sessenta e cinco flores, Ruby veio nos visitar e fizemos um bolo de chocolate, os três juntos na cozinha e a bagunça foi bem maior do que o esperado, nos divertimos apesar de tudo e eu fiquei me perguntado se ela também pensava em como seria a nossa futura família e se queria tanto quanto eu.

Eu pensei em acompanhar o ensaio fotográfico, mas eu sabia que teria problemas, não ia conseguir ficar encarando por muito tempo, além de que eu teria tempo para preparar o que estava planejado e eu realmente queria que ela se surpreendesse, eu gostava de impressionar ela, era uma sensação boa toda vez

Escutei o barulho do portão antes do Myke me ligar, pedi para que me ligasse em forma de sinal, para eu saber quando chegasse. Ela sempre disse que gostava de todos os meus instrumentos, mas quando pediu para eu ensinar a tocar violão, ela fez questão que fosse o preto com alguns desenhos, imitava o céu, algumas estrelas bem pequenas, alguns tons de roxo, eu sabia que era um dos favoritos, por isso foi o escolhido do dia.

Fiquei dedilhando as cordas por um bom tempo, não era como se fosse um sacrifício, até ela entrar e parar no meio do caminho, o meio sorriso nervoso e o meu completo enquanto eu dedilhava uma melodia, era uma música para ela, mas eu queria que escutasse apenas quando fosse o momento do álbum, ela não saberia até lá, apesar de insistir e até tentar me persuadir a contar.

- Feliz um ano. - Pisquei um dos olhos, e levou as mãos a cintura.

- Não acredito que fez tudo isso. - Os olhos concentrados nas flores.

- Tem trezentas e sessenta e cinco aqui, uma para cada dia do nosso tempo juntos. - Ela estava impressionada, eu poderia ver pelo semblante.

- Você é tão...amor da minha vida. - Eu ri com a frase mal formada, ganhando um beijo em seguida. - E essas? - Ela ainda estava bem perto, mas longe o suficiente para que eu pudesse continuar tocando o violão.

- Onze rosas vermelhas para os onze meses que passamos juntos e uma rosa branca para o mês de julho. - Estava no centro da mesa, enquanto a nossa sala de jantar estava literalmente lotada com flores.

Ela ficou observando tudo com um sorriso no rosto, larguei o violão, finalmente para poder abraçá-la e beijá-la em seguida.

- Me disse que estaria no estúdio. - Eu ri baixo entre a curva do pescoço, o cheiro do perfume de pêssego era característico.

- Eu não fui, fiquei aqui dedicando todo o meu amor a você. - Ela sorriu mais ainda, fechando os olhos e me beijando em seguida. - Eu espero que esteja com fome.

Eu não ainda não havia nem dado o verdadeiro presente e ela já estava falando no quanto estava encantada.

Eu sabia que ninguém jamais teria feito isso por ela, pelo que me contava das experiências passadas, às vezes eu ficava com raiva por ninguém ter dado o real valor que merecia, mas agradecia porque talvez se tivesse recebido o que merecia, não estaria comigo.

Soava um pouco narcisista e egoísta.

Ela queria saber o que fazer com tantas flores, tínhamos espaço no jardim, ela poderia escolher pelo menos metade delas, e poderíamos pensar em outra coisa depois.

Nós subimos em seguida, ela sempre pensava que era algo malicioso, nem sempre era, nunca pensei dessa forma, eu gostava muito de tocar nela, não por puro desejo, mas por amor, sempre um jeito de demonstrar e eu sentia que ela gostava, me sentia amado quando fazia o mesmo, era uma sensação boa.

- Nada de perguntar quanto custou. - Falei antes de entregar a caixa.

- Eu não ia. - Ela falou convencida.

Uma caixa pequena, mas eu sabia que a faria feliz, ela já havia falado mais de uma vez sobre o quanto queria o perfume francês, era realmente muito caro, mas eu não admitiria.

- Quando você comprou isso? - Ela observou atentamente o frasco pequeno. - Eu queria muito saber qual o cheiro. - Ela espirrou o pulso e cheirou, abrindo um sorriso em seguida. - Sente isso. - Ela estendeu o braço.

O cheiro realmente era bom, talvez o melhor perfume que já senti, fiquei realmente impressionado, quando comprei fiquei torcendo para que fosse bom porque não fui comprar pessoalmente.

- Esse precisa ser o seu cheiro a partir de agora. - Ela assentiu em concordância.

- Eu também comprei uma coisa para você. - Ela girou no lugar, orgulhosa de si mesma. - Não pergunte quanto custou. - Ela imitou minha voz e fez uma careta em seguida.

- Eu não falo assim. - Sentei na cama, observando ela pegar algo na bolsa.

- Você pensa que não. - Ela voltou com uma caixa menor do que a que eu dei a ela, me entregou em seguida.

Olhei para ela antes de abrir, fosse o que fosse, eu iria realmente gostar, eu usava tudo o que me dava, o caderno era o mais especial para mim, eu andava sempre com ele para cima e para baixo, Mitch debochada de mim e costumava dizer que se ele tivesse me presenteado com aquilo eu não usaria.

Abri a caixa, e eu gostei mais do que pensei que gostaria quando vi o que estava dentro, um anel, representando um leão segurando uma pedra roxa com a boca, era perfeito, os traços eram hipnotizantes, eu gostava de anéis maiores, ela gostava dos mais delicados.

- Isso é da nova coleção? - Eu pensei que fosse, eu estava de olho no anel a algum tempo.

- Você gostou? - Ela parecia insegura em me perguntar.

- Se eu gostei? Você humilhou meu presente. - Ela riu alto, eu sabia que ambos eram especiais. - Em qual você acha que eu...? - Me referi em qual dos dedos usá-lo.

- Eu pensei nesse. - O dedo mínimo. - Você não usa nada nele. - Ela encaixou o anel ali, perfeito, era como se ela soubesse a medida.

- Pegou um dos meus anéis para medir? - Ela riu de novo e assentiu. - Você é incrível, eu realmente gostei. - Fiquei olhando para a minha mão.

- Ficou incrível. - Ela pegou minha mão para observar. - Caiu até melhor com a unha pintada. - Beijou o topo da minha mão em seguida, sorri, geralmente eu era quem fazia aquilo.

* * *

- Não entendo o motivo do suspense. - Ela estava virando o celular somente para ela, de propósito.

- Não sei se você está preparado, mas eles acabaram de me mandar o resultado das fotos. - Ela fez cara de deboche, juntei as sobrancelhas.

- Fez o ensaio hoje de manhã, como já tem as fotos? - Ela me olhou ofendida.

- Querido, eu trabalho somente com profissionais. - Ela estava mesmo no céu, eu não poderia fazer nada a não ser rir. - Não estão editadas ainda, quer ver mesmo assim?

- Por favor, me dê a honra. - Estiquei a mão para pegar o celular.

Ela ajustou para voltar a primeira foto para que e eu pudesse deslizar para o lado, par ve-las em ordem, a cada foto eu tentava não lamber os lábios, melhor que aquilo só sem roupa.

- Pegue a minha bombinha de ar. - Ela riu da piada, eu não estava mais tendo problemas com a respiração. - Quantas você precisa escolher mesmo?

- Doze. - Olhei para ela incrédulo.

- Como vai conseguir decidir isso? - Deslizei para o lado e parei na foto seguinte. - Essa aqui você não vai escolher de jeito nenhum.

- Por que? - Ela pareceu preocupada, virei o celular para ela.

A foto mostrava ela totalmente de costas, a cor da peça não era só o que chamava atenção, mas aquele não era o motivo.

- Precisa me deixar ter o prazer de só eu te ver usando essa. - Ela riu em seguida. - Brincadeiras a parte, realmente não sei como vai escolher. - Ri em seguida. - Essa aqui você precisa me mandar. - Ela ficava apenas observando. - essa eu vou emoldurar. - Virei a tela para ela, apenas sorrindo com as minhas reações. - E eles nem editaram, isso é uma humilhação até para mim mesmo.

Entreguei o celular para ela, eu não olhei todas as fotos, já estava com dificuldades para me controlar e mais cedo eu não queria levar o nosso momento romântico a outros caminhos, não quando ela só queria assistir uma nova série de televisão.

- O que você achou? - Ela deitou ao meu lado, nada parecia suficiente.

- Eu acho que depois dessas fotos todo mundo vai querer roubar você de mim. - Ela riu alto. - Lindas, todas elas, você nem precisou fazer esforço.

Ela sorriu e beijou meu rosto, em seguida minha boca e era toda a permissão que eu estava procurando para iniciar um beijo, desde que comecei a olhar aquelas fotos, eu estava sentindo muitas coisas ao mesmo tempo e eu não saberia explicar.

- Não vai mesmo vestir aquela rosa para mim? - Meu tom de voz era baixo.

Eu estava apaixonado pela foto em que ela estava vestindo uma peça rosa, quase vermelha, a cor intensa parecia combinar com o tom de pele, perfeita na foto, com certeza mais ainda pessoalmente.

Não me respondeu imediatamente, mais um beijo e antes de se afastar sugou meu lábio inferior.

- Eu já volto. - Ela sussurrou no meu ouvido.

Eu já estava perdido naquele momento, algo na forma como ela se movia era muito atraente, tirei a camisa para ser mais rápido, e meu cérebro deduziu que se eu dobrasse o tecido o tempo passaria mais rápido, em seguida abrindo a gaveta, pegando um preservativo e o deixando de baixo do travesseiro, adiantaria o meu trabalho de várias formas.

Ela sorriu ao me ver, e eu suspirei alto, não foi de propósito, foi realmente a minha primeira reação, a foto não era nada comparado ao que eu estava vendo, se eu fosse um pintor, jamais seria capaz de pintá-la, seria um insulto, não sairia perfeito como ela era, a peça de roupa era só um toque a mais.

Virando de costas e fazendo a mesma pose da foto, eu quase levantei para buscá-la, mas esperei pacientemente por ela, apenas para puxá-la para mim quando chegou perto, a deixando totalmente deitada.

Eu observei no primeiro momento, parecia um sonho, eu não sabia como eu tinha alguém tão perfeita na minha cama, o meu cérebro parecia processar as informações, a mão dela estava sutilmente sobre a minha que percorria o corpo dela devagar seguindo para um caminho que parecia não ter fim, era como drogas para um viciado.

O peito arfando, o corpo se mexia com a respiração, e ela estava esperando pacientemente pelo meu primeiro toque.

- Eu posso? - Parecia pouco pedir permissão.

- Claro. - O jeito calmo de falar, apaixonante aos olhos de qualquer um.

O beijo lento que se tornava intenso, minhas mãos pareciam ter vida própria, e mesmo tão próximos, eu ainda a puxava para mais perto, não parecia ser suficiente.

A ponta dos meus dedos na barra da peça de renda rosa, seria considerado um pecado tirar aquilo tão rápido. Minha mão por dentro do tecido, massageando o lugar.

- Tão molhada para mim. - Saiu mais como um grunhido, era como estar no céu, sentir a umidade naquela intensidade, era como se estivesse implorando para os meus dedos. - Com anéis ou sem? - Ela me observou ofegante.

- Com anéis. - Meus cabelos sendo puxados intensamente, eu só sentia que me queria tão perto quanto eu queria.

As pernas dela se abriram mais nas laterais do meu corpo, eu entendia o pedido, indo mais rápido e mais fundo que eu podia, escutar ela chamar pelo meu nome e gemer excessivas vezes era de enlouquecer. Eu gostava de fazer todo o trabalho, mas sentir as mãos dela percorrendo meu corpo até onde podia me fazia ter mais força de vontade.

Ela gostava de apertar meus bíceps quando se sentia excitada, eu gostava quando fazia aquilo e em seguida as mãos seguiam do meu peito até o abdômen e a barra da calça, abrindo o único botão que havia ali e o zíper por fim, baixando o suficiente para tentar fazer o mesmo que eu estava fazendo, levando a mão por dentro do tecido e sorrindo entre os gemidos porque sabia que eu estava tão excitado quanto ela, nós dois tínhamos os gemidos audíveis, até que eu não podia mais esperar e suspeitava que ela também não.

Levantando rápido demais, tirando as calças, vi ela abrir a parte de trás da peça de sutiã, tateei por baixo do travesseiro até encontrar o pacote pequeno embaixo dele, encontrando e abrindo em seguida, fazendo tudo o mais rápido que eu podia. Olhei para a calcinha, nitidamente úmida no lugar específico, e toda a minha rapidez foi embora quando percebi que ela queria que eu tirasse, bem devagar, observando os pelos claros das coxas, quase invisíveis se ouriçarem com o meu toque.

Nós tínhamos muito mais tempo do que parecia, mas nosso desejo era nítido, a energia do cômodo e a tensão entre nós poderia ser sentida de qualquer lugar se as pessoas soubessem o que estávamos prestes a fazer.

Eu gostava quando pedia para fazer mais força ou ir mais rápido, a maioria das vezes eu esperava ela pedir, de propósito só porque me exitava mais. Uma das mãos percorria minhas costas, eu sabia que as marcas das unhas estariam visíveis no outro dia, enquanto a outra mão segurava meus cabelos na parte de trás, meu rosto afundado na curva do pescoço, uma das minhas mãos apoiava meu corpo no colchão e a outra segurava uma das pernas dela.

A boca bem perto do meu ouvido, era literalmente o paraíso, escutar e sentir ao mesmo tempo, era uma sorte que poucos tinham, ter ela só para si mesmo, parecia até egoísmo quando eu pensava, mas eu sabia que aquela altura era ela ou ninguém, estava perdido, dopado, parecia até um feitiço, e toda vez que terminávamos não era como nas outras vezes, nós continuávamos entre os beijos, não precisava ser algo vergonhoso apesar de já ter sido um dia ou apesar de ela se sentir tímida igual na primeira vez, mas eu sentia que finalmente confiava em mim para algo, e aquilo me deixava feliz.

Passos lentos até o banheiro, e depois de alguns minutos quando estava vestindo a minha camisa branca para cobrir o corpo, uma calcinha da mesma cor a acompanhava, era assim que dormia quase sempre. Eu ainda estava tentando recuperar o fôlego quando ela deitou no meu peito ainda suado e deixou um beijo no meu maxilar.

- Você acharia estranho se eu dissesse "eu te amo" agora? - Escutei a risada levemente audível, estávamos acabados e cansados.

- Não quando você diz isso sempre que pode. - Ela estava olhando para mim, com um sorriso adorável. - Te amo. - Apertou minhas bochechas e eu ri em seguida. - Como consegue ser assim?

- Assim como?
- Extremamente fofo, sexy e super bad boy em seguida. - Eu ri alto.
- Eu não sou bad boy. - Me defendi imediatamente.
- Na cama você é sim. - Ela estava literalmente se apoiando em mim, os olhos atentos me observando, mesmo que a luz fosse fraca eu podia sentir o olhar dela em mim.

- E você não gosta? - A pergunta foi séria, ela revirou os olhos, eu perguntava quase sempre.

- E quem não gostaria? - Ela fez a pergunta parecer óbvia. - Continue me fodendo assim e talvez um dia eu case com você. - Abri um pouco mais os olhos.

- Aí meu Deus, quem é você e o que fez com a minha Elisabeth? - Nós dois rimos alto, não era do feitio dela deixar aquele tipo de frase escapar, foi mais como um pensamento alto.

- Não estou vendo seu rosto direito, fica mais fácil de falar. - Semicerrei os olhos.

- Não seja por isso. - Me inclinei e acendi o abajur, a claridade fez ela diminuir os olhos, conseguíamos nos ver sem dificuldades. - Repita a frase agora.

- Não. - Ela tentou fugir, mas meus braços foram mais rápidos, deixando ela totalmente imóvel em cima de mim. - Você não precisa que eu fale de novo...

- Não faz ideia do quanto eu preciso disso. - Ela riu e encostou a cabeça no meu peito, parei de segurar ela contra mim, levantando a cabeça dela em seguida e deixando um selinho longo nos lábios. - Não se preocupe, eu vou sempre me certificar de te dar todo o prazer que merece. Eu já devo ter falado isso, tipo...umas mil vezes, mas eu só quero sua felicidade. - Ela deu uma risada nasal e assentiu.

* * *

Era curiosa a preocupação dela, eu havia falado de como a queria feliz e ela ficou preocupada sobre não parecer que queria o mesmo para mim, ela me repreendia sempre que eu ria, mesmo quando eu falava que ela fazia mais do que o suficiente.

Eu pensei naquilo quase durante a tarde inteira, mas meus pensamentos estavam em uma pasta, uma pasta azul escura que era muito mais do que importante para mim, eu não a encontrava em lugar nenhum e eu já estava enlouquecendo.

- Harry! - Escutei a voz dela, os passos firmes entrando no escritório, estava brava.

- Amor! - Bati a cabeça quando levantei. - Merda. - Murmurei para mim mesmo, levando a mão até o local que doía, eu estava há muito tempo abaixado, procurando pela pasta nos armários. - O que foi?

- Eu não estou conseguindo encontrar meus fones de ouvido. - Os braços cruzados, talvez esperando por uma desculpa convincente, mas eu não disse nada. - Você perdeu de novo, não foi?

Fechei os olhos e abri em seguida, encarando ela, o semblante irritado.

- Sim, eu perdi.
- Harry, já é a segunda vez. - Ela estava realmente prestes a me dar um sermão.

- Eu estava correndo e de repente eles não estavam mais no meu ouvido, você sabe que eu não gosto desses sem fio. - Olhei por cima da mesa, cheia de papéis que eu fui deixando ali para procurar pela pasta.

- Então por que não pegou o seu? Ele tem um fio.

- Porque eu não encontrei. - Ela pareceu mais irritada ainda.

Andou até a gaveta ao lado e a abriu bruscamente assim como fechou em seguida, jogando meus fones em cima da mesa, então era lá que eles estavam, voltei a olhar para ela, envergonhado porque, na verdade, eu não havia procurado direito.

- E a sua pasta azul está no escritório de baixo, você deixou só os documentos mais importantes lá. - Ela saiu em seguida.

O conjunto de academia dizia muito, ela odiava praticar exercícios, mas estava determinada a mudar a rotina com a academia que tínhamos em casa, ela gostava de escutar música enquanto fazia as coisas e ao contrário de mim, ela preferia muito mais os AirPods.

Enquanto eu corria até o outro escritório, escutei o barulho do carro, estava saindo de casa, talvez com raiva, pensei em ir atrás, mas eu não sabia aonde estava indo.

Encontrei a pasta, meus projetos de álbuns estavam nela, ideias futuras que eu gostava de trabalhar, nada definitivo ou apressado, mas eu pensei que algumas daquelas ideias poderiam ser incluídas no próximo projeto e assim eu poderia dar continuação a minha ideia futura.

Horas haviam se passado, Liz não havia voltado e eu estava preocupado, pensei que estivesse com a raiva excessiva, nunca durava muito quando ficava brava comigo, mas não havia recebido nenhuma mensagem.

O celular tocou uma vez antes de ela atender.

- Oi, aconteceu algo? - Ela perguntou eufórica.
- Eu quem deveria perguntar, onde foi? - Me joguei no sofá, deixando o celular no vivo a voz.

- Haz, eu tinha uma entrevista na rádio hoje. - Abri um pouco mais os olhos, eu havia esquecido. - E eu fui comprar novos fones já que você ama perder os meus, e bom...já faz vinte minutos que estou na fila do mercado.

- O que foi fazer no mercado? - Não estava faltando nada, e ela também poderia ter me pedido.

- Eu estava querendo fazer cookies, não tínhamos ingredientes. - Ela deu uma risada nasal.
- Baby, poderia ter me pedido. - Falei chateado, ela estava provavelmente cansada.
- Não, você parecia ocupado, eu tinha tempo, e eu comprei seis fones novos. - Minha risada soou mais como se eu não tivesse acreditado. - É serio.

- Por que tudo isso? Não precisamos de seis fones.
- Bom, você fica com três, assim pode perder o quanto quiser. - Eu estava prestes a responder. - Oh, é a minha vez, nos vemos em casa.

Suspirei, ainda deitado no sofá, sorrindo comigo mesmo, era engraçado como ficava brava e calma alguns momentos depois.

Eu não gostava de como eu ficava quando estava irritado, falava o que pensava e deixava as pessoas tristes enquanto ela só pedia para que não fizesse mais o que a deixou irritada.

Foram vinte minutos até eu escutar o carro chegar e as portas abrirem, barulhos de sacolas e eu sabia que eu não ia encontrar só ingredientes para cookies lá.

- Tequila? - Franzi o cenho para a garrafa.

- Eles estavam com uma promoção de vinte por cento. - Ela estava concentrada no celular, sorrindo.

- Você não gosta de tequila. - Só bebeu uma vez e odiou.
- Não, mas você gosta, e a sua já está acabando.

Eu não bebia sempre, não quando estava trabalhando, tentava me concentrar ao máximo nas músicas e quando estava em épocas de shows e turnês tudo se tornava mais sério.

- Obrigado. - Sorri mesmo que ela não estivesse olhando.

- Sabe aonde a Lauren vai hoje? - Eu estava indo guardar o vidro de tequila, virei no mesmo momento.
- Aonde ela vai hoje? - Rindo da minha expressão, eu adorava informações alheias.
- Jantar com seu amigo. - Ela revirou os olhos.

- De novo? Já era para ele estar em casa. - Niall nunca ficava tanto tempo nos Estados Unidos.

- Parece que a casa dele é Los Angeles agora. - Ela riu alto. - Você não sabe o quanto ela está surtando.
- Eu imagino. - Voltei ao que estava fazendo, guardando a bebida com as outras. - Eu vou dar um soco nele da próxima vez que nos encontrarmos, ele não me mandou nenhuma mensagem. - Eu não estava exatamente chateado, mas fiz com que parecesse.

- Oh, quanto drama senhor Styles. - Ela revirou os olhos. - Você me tem todos os dias, é mais que suficiente.

Era normal fazermos aquele tipo de brincadeira, sobre não precisarmos de mais nada além de um ao outro, mas soava real para mim.

- Nós vamos almoçar juntos amanhã, certo? - A abracei por trás, sentindo o perfume do cabelo cumprido e macio.

- Errado. - Ela inclinou a cabeça para que eu pudesse beijar a curva do pescoço. - Vou almoçar com a Gemma amanhã, nós vamos ver algumas coisas para o casamento dela. - Suspirei frustrado. - Nós podemos jantar.

- Mas eu queria almoçar. - A minha frase foi implicante de propósito. - Gem já é chata, e fica roubando você de mim.

- Já percebeu como você é implicante? - Ela franziu o cenho, eu vi a expressão mal-humorada dela. - Nós vamos jantar amanhã, e me leve em um restaurante diferente.

- Sim senhora. - Falei me afastando, entre risos.
- Eu amo italiano, mas nós podíamos fazer algo diferente. - Eu adorava comida italiana, comeria todos os dias sem reclamar.

- Quer fazer algo diferente? - Ela assentiu. - Tudo bem, vamos ter algo diferente então.

- O que? - Neguei com a cabeça. - Eu odeio quando faz isso.
- Até parece que é verdade. - Semicerrei os olhos. - E nada de tentar me persuadir com sexo.

- Eu não faço isso.- Ela respondeu ofendida.

- Ah não? "Haz, aonde vamos no final do ano?" Seguido de um gemido bem longo. - A expressão assustada dela apareceu.

- Eu não disse isso. - Ela estava definitivamente tentando me convencer daquilo.

- Você disse, duas vezes, e eu não respondi nenhuma delas. - Eu conseguia ser forte quando queria ser.

- Jogo sujo. - Ela respondeu por fim. - Talvez eu já tenha tentado, mas eu ainda vou fazer você falar.

Eu não contaria, mas ela quase conseguiu, se eu não tivesse força de vontade aposto que teria contado.

________________________

Segundou meus queridos leitores, e a boa notícia para o nosso começo de semana é que tenho capítulos garantidos para os próximos dias, ou seja, postarei todos os dias.

Beijinho de luz da sua autora. M ❤❤

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