"Hoje, especialmente, para o teto
As minhas memórias vão
Mas se eu esticar minha mão fingindo não saber
Parece que todas elas caíram" - NCT127, The rainy night
Taehyung observava o ressonar sereno de Hoseok, após o banho, ele havia apagado. Namjoon depois de oferecer a casa para os outros dois ficarem havia saído. Taehyung queria entender o que estava acontecendo, mas para si, sua prioridade era manter Hoseok a salvo.
Agora eram três horas da manhã, ele se sentiu preocupado por não ter visto Yoongi.
Saiu do quarto por um instante para ligar para Yoongi, usando o telefone residencial de Namjoon, esperava que o menor não atendesse, mas se surpreendeu quando foi respondido do outro lado da linha.
— Alô?
— Yoon, sou eu o Taehyung. – começou e ouviu o outro suspirar — Tinham homens na casa, Hobi me alertou e a gente conseguiu fugir.
— Meu bem! – Yoongi começou — Feche as portas e janelas, apague as luzes. Antes do almoço, eu estarei de volta.
E Yoongi desligou a ligação.
Aconteça o que acontecer, Taehyung confiava que Yoongi voltaria antes do almoço, Taehyung ficou em alerta, trancou a casa e fechou todas as janelas e apagou todas as luzes. Não podiam saber que eles estavam ali, a sua parte do trato inconsciente, ele ia cumprir.
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Jimin sabia que algo errado estava acontecendo, no meio da noite deixou Jungkook protegido em meio aos lençóis e saiu. A noite estava fresca, o suficiente para de vez em quando se sentir o vento batendo levemente no rosto.
Sem demorar chegou ao lugar que desejava, por volta de três da manhã, mesmo de longe, observou alguém conhecido falar ao celular, mas Jimin estava muito concentrado em não falhar, ele nunca mais teria essa chance.
Começou a se movimentar para invadir a residência, foi para a parte traseira da casa e pulou o muro, ele não era bobo, sabia que tinha alguém o vigiando, afim de conseguir uma fragilidade para poder atacar, pulou de volta para fora, e viu alguém repetir o gesto, tratou de golpear o desconhecido forte o suficiente para que ele acordasse apenas quando tudo já estivesse acabado.
Voltou para dentro, se movendo furtivamente nós corredores e apagando quaisquer homem existente ali, deixando apenas os que se encontravam na sala junto de Kwon e Kwak.
Agora o mais importante, conseguir deixar Jin livre. Buscou um dos celulares que estavam com um dos guardas e ligou para a polícia.
— Alô, eu sou o senhor que o detetive Kevin veio procurar em busca de um jovem alto de porte atlético. – a atendente confirmou — Então, senhorita esse jovem está aqui na casa da minha vizinha, eu acho que ele está agredindo ela.
— Qual o endereço senhor? – a atendente perguntou.
Sem raciocinar muito Jimin deu o endereço da casa do Kim idoso.
— Logo estaremos enviando uma viatura para aí.
Jimin desligou o celular e o quebrou, buscou o seu próprio e digitou para Namjoon.
'A casa onde Jin está ficará livre, aproveite o tempo para tirar-lo daí.'
'tem quatro guardas no quintal e um na casa, tome cuidado.'
Feito isso, notou que já passava das quatro e dez. Seria o momento perfeito para colocar a parte mais pesada do plano em prática.
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Jin respirou com dificuldade enquanto usava um vidro para cortar as cordas, o que consequentemente causou um corte em sua mão, não entendia o porque do policial não ter usado algemas. Com as mãos livres, se pôs no ponto cego da sala, procurando saídas e só havia uma única porta, então pensou.
— Socorro, Socorro! – começou a gritar, ficou atrás da porta.
— O que está acontecendo? – viu um homem desinteressado entrar.
O empurrou e correu para fora e fechou a porta com toda a sua força, buscou algo que pudesse fechar, não achando, bloqueou a porta com todas as coisas que viu a sua frente.
— Jin? – ouviu a voz que ama.
— Nam? – olhou de relance para trás. — Empurra esse armário para aqui. – pediu antes de qualquer outra consideração.
Namjoon riu e empurrou o armário para a frente da porta.
— Ela abre para dentro, mas antes dele empurrar o armário já deu tempo da gente ir embora. – Jin disse.
O Kim mais alto o puxou pela mão e começou a correr, pronto para guia-lo para fora.
— Calma. – Jin parou, e foi até a gaveta da sala atrás do documento. — Me ajuda a achar um documento de compra de gado.
A busca incessante começou, como era esperando, não estava mais no mesmo lugar, Jin começou a raciocinar os locais que poderia estar, olhou ao redor da sala, e analisou onde Namjoon estava parado, olhou para cima, um lustre. A luz alta apontava para um quadro renascentista na parede. Andou até o quadro, e puxou, viu um pequeno compartimento, com notas de dólares, alguns documentos e uma caneta.
Uma caneta tinteiro, com seu corpo preto e com as iniciais S.M.C em dourado.
Jin teve um lapso de memória.
— Vamos sair daqui agora. – recolheu todos os documentos, e puxou o namorado para fora, para a parte traseira da casa.
Correndo os dois pularam o muro, e começaram uma caminhada intensa pela floresta, até se sentirem seguros para andar na estrada. O dia já estava claro e eles caminhavam com pressa, quando será que Jin sentiria a paz verdadeira?
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— Sabe Yoongi, estou impressionado que você aguente dois namorados. – Kwan falou — quando era só eu, você não aguentava.
Yoongi estava enojado, havia voltado a posição inicial no sofá, estava preocupado com os namorados, mas não podia falhar em voltar antes do almoço.
— Vocês dois são farinhas do mesmo saco, deve ser vergonhoso ter filho assim. – Yoongi começou. — Por isso assassinaram seu próprio pai?
Suas mãos estavam suadas e de repente, a mente de Yoongi divagou ao exato momento em que abraçou seu pai, antes de Jin o buscá-lo. Não prestou nem atenção no que havia sido respondido.
— Kwan, não entendo o porque insiste comigo. – falou olhando os dedos — Eu tenho nojo de você, sabe essa porcaria toda, você pode enfiar no seu cu. – Jogou tudo para o alto — Para de infernizar a minha vida, se você continuar colocando aquele projeto de cafetina atrás do Hoseok, eu vou te arrebentar.
O Min estava alterado, estava de saco cheio, e partiu para cima, começou a desferir socos, derrubou o outro no chão e desferiu chutes por todo o abdômen e por último cuspiu em cima dele.
— Vira homem seu desgraçado, para de fazer eu me submeter as suas imposições. – falou por cima — Se você continuar com essa merda, não vai sobrar ninguém da sua família para contar história e nem aquela piranha. Ameaça o Taehyung ou o Hoseok, isso vai ser em dobro e eu só vou sossegar quando te ver em um caixão.
Cuspiu mais uma vez e saiu da casa. Com os pés do lado de fora, suava frio, estava tremendo um pouco, só conseguia pensar se Jimin havia conseguido sair da casa.
— Hey! – ouviu alguém chamar — Hey, aqui! – viu o loirinho sacudir o braço.
Jimin estava parcialmente longe, correu até ele.
— Acho que dá para te ver de dentro da casa. – Yoongi disse — Você podia ter andado uns quarteirões.
Jimin riu e sacodiu a cabeça.
— Vamos embora, depois a gente fala sobre isso. – começou a andar para longe dali — Namjoon conseguiu ajudar o Jin, mas parece que o Jin encontrou uns documentos que provam que o buraco é mais embaixo.
Yoongi suspirou, só pensava em encontrar a sua casa. seguia o garoto atentamente pelas ruas. Com alguns trocados pegaram um ônibus e foram para a casa de Namjoon.
[...]
Hoseok já havia acordado, e observava a movimentação pela casa do amigo, Taehyung estava dormindo, pois estar a quase a noite toda acordado não faria bem a sua saúde. Namjoon estava andando de um lado para o outro na casa, o que deixava Hoseok inquieto, Jin também estava descansando.
— Namjoon, o que está acontecendo?
— Não sei o que fazer. – disse por fim.
— Vá ficar com Jin Hyung, acho que ele está com saudade de você. – viu o jovem abrir e fechar a boca em busca de respostas — Fica tranquilo, qualquer coisa, eu chamo o Tae.
Desistindo, o mais novo se pôs rumo ao quarto.
Hoseok relaxou ao sofá, e olhou para o teto, ultimamente estava tendo muitas lembranças do passado, sua cabeça andava muito bagunçada e ainda estava confuso. Fechou os olhos, as vezes gostava de pensar como seria se tais coisas nunca houvessem acontecido, mas chegava na parte sem Taehyung e Yoongi e logo desistia.
Estava começando a se cansar desta vida, de ficar para lá e para cá, sem estar em paz sempre com alguém no seu caminho atrapalhando qualquer tipo de felicidade, pensou logo em Yoongi esse nunca parecia cansado em tentar estar em paz.
A campainha tocou, e como era o único presente na sala, olhou o olho mágico da porta e viu Yoongi sozinho. Com pressa abriu a porta, e abraçou o mais velho.
— Oi – estava sem jeito, Yoongi sabia que deveria parar de sair durante a madrugada.
Hoseok separou o abraço e analisou o menor até o pequeno fio de cabelo existente. E se sentiu aliviado em não ver nenhum hematoma.
— Fico feliz que está inteiro. – deu espaço — Vamos, entre, descanse um pouco.
Yoongi entrou e retirou os sapatos. Respirou pesadamente.
— Vamos descansar, quando a gente levantar, vamos conversar sobre tudo isso. – puxou Hoseok pela cintura. — Eu quero aproveitar esse momento de paz. – Selou levemente os lábios do outro.
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