Don't let me go • Harry Styles

Від readpagess

155K 7.8K 7K

Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... Більше

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
34 | Jealousy
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

38 | Drunk

2.4K 92 122
Від readpagess

HARRY

Eu não percebi quando Liz começou a beber tanto, eu sabia que havia algo errado, algo na conversa dela com Camille a deixou diferente, ela já estava rindo alto e cambaleando quando prestei atenção, eu não sabia se era o quarto ou quinto copo de gin, mas sabia que já era hora de parar.

- Liz, já chega, vai passar mal desse jeito. - Falei o mais baixo possível para que os outros não percebessem, tirei o copo da mão dela que ficou me encarando de um jeito estranho.

- Está brigando comigo? - Os olhos dela se encheram de lágrimas, abri um pouco mais os olhos.

- O quê? É claro que não, só não quero que passe mal. - Eu também não queria que começasse a fazer coisas das quais se arrependeria no outro dia.

- Então por que está gritando comigo? - Uma lágrima escorreu pelo rosto dela, eu literalmente não estava gritando, mas por conta da música falei um pouco mais alto, mas ainda assim os outros não estavam prestando atenção.

- Não gritei com você. - Tentei falar o mais calmo possível, tarde demais, ela começou a chorar descontroladamente. - Liz, por favor. - Virei ela contra a parede.

Ninguém parecia prestar atenção, se eu não tivesse visto ela beber com certeza pensaria que estava tendo algum tipo de ataque de ansiedade.

Eu não encontrava a minha irmã em lugar nenhum e não fazia a menor ideia do que fazer.

- Não chore, por favor. - Ela já estava soluçando, cheirei o copo e meu pavor apareceu, praticamente gin puro.

- Eu não queria estragar sua noite. - Ela falou entre o choro. - Eu acho que eu estou muito triste. - Juntei as sobrancelhas. - Você não pode ficar aqui. - Ela empurrou meus ombros.

- O que? - Eu não deveria ter perguntado, teria sido melhor apenas concordar.

- Eu tenho um namorado, não vai gostar se me ver com você aqui. - Ela chorou de novo.

- Não é possível que você esteja mesmo... - Parei de falar assim que o choro dela se intensificou. - Deus me ajude. - Falei para mim mesmo.

- O que você fez para ela? - Gemma chegou de repente.

- Eu não fiz nada. - Me defendi imediatamente.

- Gemma. - Liz a abraçou de repente, minha irmã não teve reação, demorou um pouco para abraçá-la de volta. - Eu amo você, muito. - Gemma olhou para mim desesperada.

- Eu também Liz, tudo bem. - Gemma fez um gesto, queria saber quando aquilo tinha acontecido, dei de ombros, eu mesmo não sabia. - Leve ela para casa. - Gemma sussurrou enquanto tentava acalmar Elisabeth.

- Eu não quero que ela saia assim no meio das pessoas, vai me matar quando souber disso e estiver lúcida. - Gemma tentou pensar em uma solução.

Eu sabia que tudo o que ela menos iria querer é que as pessoas vissem ela naquele estado assustador, muito menos James, ela não parou de falar em como queria causar uma boa impressão aos meus amigos, ficar bêbado não é tão ruim, acontece com todos, mas ela me mataria se eu deixasse algo assim acontecer.

- Tem aquele corredor. - Minha irmã apontou, uma saída bem perto de nós. - Mas vão ter que dar a volta no jardim. - Pensei por um momento na hipótese.

Era aquilo ou esperar até ela se acalmar, e eu tinha quase certeza que demoraria. Pedi para Gemma pegar o casaco dela e tentei acalmá-la naquele meio tempo, sempre durava pouco e ela voltava a chorar, dizendo que estragou tudo e que me amava, era um pouco engraçado, mas eu não ousaria rir, poderia ficar pior.

Assim que consegui o casaco, peguei a mão dele a guiei para fora, devagar, ela tropeçava de vez em quando, demoramos quase dez minutos para chegar ao carro.

- Harry. - Ela me abraçou de repente, eu estava quase abrindo a porta. - Senti sua falta. - Minha risada abafada quase estragou tudo.

- Mas eu fiquei com você o tempo inteiro. - Ela olhou para mim, os olhos inchados de tanto chorar.

- Mesmo? - Assenti. - Eu te amo muito. - A abracei de volta, não era uma opção tentar escapar.

- Vamos para casa agora. - Abri a porta do carro, ela não parecia querer entrar. - Vamos? - Perguntei mais uma vez.

Ela entrou com a minha ajuda, ficou olhando eu colocar o sinto nela, e assim que o prendi ela destravou, olhei para ela com os olhos semicerrados, prendi o sinto mais uma vez e ela destravou de novo, dessa vez estava sorrindo, repetimos a mesma coisa mais duas vezes.

- Elisabeth, precisa colocar o cinto. - Tentei ser o mais paciencioso possível, ela negou com a cabeça. - Elisabeth, eu não vou pedir de novo. - Dessa vez mais sério.

- Só se me beijar, bem aqui. - Ela tocou na boca com o dedo indicador.

Suspirei, eu queria muito, mas não com ela naquele estado, olhei para o sinto, tentei ignorá-la e prender de novo, assim que fiz isso ela destravou novamente.

- Eu prometo que te beijo o quanto quiser quando chegarmos em casa. - Ela semicerrou os olhos. Eu não a beijaria, mas foi preciso tentar um acordo.

- Mais de trinta beijos? - Eu não pude esconder a risada.

- Mais de trinta. - Repeti, ela pensou por um momento e finalmente me deixou prender o sinto de segurança.

Dei a volta no carro e entrei, por sorte não seria uma viagem tão longa, eu estava me arriscando por dirigir mesmo tendo ingerido bebidas alcoólicas, mas ainda estava totalmente lúcido.

Ela não falou muito durante a viagem, mas ficava mexendo nas coisas, tirou e colocou os tênis pelo menos duas vezes e choramingou dizendo que estava com frio, e de repente voltou a chorar, estávamos a pelo menos cinco minutos de casa.

Ela dizia que era por conta do frio, eu teria que ter paciência pelo resto da noite, e por sorte consegui fazê-la parar de chorar quando chegamos em casa.

O caminho da escada para o quarto foi difícil, primeiro ela queria subir correndo e cinco segundos depois dizia que não queria mais subir, e depois choramingou dizendo que a escada era alta demais, e por último, a grande ideia de dormir nas escadas.

Quando chegamos ao quarto tranquei a porta, eu não duvidava que tentasse sair correndo pelos corredores. Liguei o chuveiro, a água gelada ajudaria e eu sabia que ela odiaria a ideia.

- Vamos, vou te dar um banho. - Peguei a mão dela e a guiei para o banheiro. - Tire as roupas. - Pedi pacientemente.

Ela tentou tirar as calças sem antes tirar os tênis, suspirei e fiz ela parar o que estava fazendo. Assim que me abaixei para tirar os tênis que ela estava usando, Liz se inclinou e abraçou minhas costas, não sei como ela conseguiu, mas quase me derrubou, precisei me apoiar com uma das mãos para não cair.

Ela conseguiu tirar a própria roupa com exceção do sutiã, eu preferia que nem tirasse, sabe-se lá o que se passaria na mente de uma Elisabeth bêbada.

- Gelada não. - Ela tentou sair de dentro do box, impedi a passagem. - Por favor. - Ela praticamente chorou por isso.

- Sinto muito, mas é preciso, vai se sentir melhor, eu prometo. - Ainda chorando ela adentrou a água gelada, senti a pele arrepiada dela.

- Já acabou? - Ela perguntou depois de dois segundos de baixo da água.

- Quase. - Menti, fiz ela molhar o rosto e a cabeça, um minuto seria quase suficiente. - Só mais um pouco. - Falei assim que ela fez menção em sair.

Foram quase cinco minutos na água gelada, eu a deixaria mais tempo se não estivesse com tanta pena, estava nitidamente com frio.

Entreguei toalhas para ela e expliquei mais de uma vez que precisava se secar enquanto eu pegaria uma roupa, assim que entrei no closet escutei o barulho de algo caindo, corri para ver o que era, os pincéis de maquiagem dela estavam espalhados pelo chão, resolvi que não era uma boa ideia deixá-la sozinha.

A vesti no closet, roupas confortáveis para dormir, ela me observava atentamente enquanto eu fazia uma tentativa de vestir ela com uma camiseta minha.

- Você é tão bonito. - Ela disse de repente. - Eu acho que sou apaixonada por você, mas não conte a ninguém. - Ela sussurrou, eu segurei o riso.

- Prometo que não conto. - Passei a camiseta pelo braço dela.

- Você parece um anjo. - Uma risada fraca, passei o segundo braço pela camiseta e puxei o tecido para baixo. - Seus olhos são muito lindos. - Ela sorriu, eu sorri de volta.

- Muito obrigado. - Agradeci, eu com certeza riria lembrando disso, no outro dia. - Vamos secar seu cabelo agora.

Eu poderia ter secado em cinco minutos se ela deixasse, o cabelo comprido dava trabalho, mas me custaria muito mais tempo com ela bêbada, não parava de se mexer e virar a cabeça para conseguir olhar para mim, eu precisei de quase meia hora.

Não faria isso por mais ninguém a não ser ela.

Cabelos secos, ela parecia estar confortável, me abraçou de novo e seguiu me abraçando mesmo quando andei em direção a cama, demorei alguns minutos até fazer ela me soltar e deitar. Apenas as luzes dos abajures estavam ligadas.

- Você não me deu os trinta beijos. - Coloquei às duas mãos no rosto, ela tinha que pegar no sono rápido.

- É hora de dormir, amanhã eu prometo que... - Ela me interrompeu.

- Você é muito mentiroso. - Ela elevou a voz, dei uma risada nasal. - Harry, eu te amo.

- Ok. - Fechei os olhos, estava realmente cansado depois de tudo.

Escutei ela começar a chorar de novo.

- O que foi agora? - Falei ainda deitado ao lado dela.

- Você não me ama. - Fechei os olhos e os abri em seguida, me inclinei para vê-la melhor. - Você ama a Camille e não eu? - A pergunta dela me fez arquear as sobrancelhas, eu sabia que tinha algo a ver com Camille.

- Por que acha isso? - Bêbados falam a verdade sempre, fato.

- Porque você não disse que me ama, e ela me disse que se pedisse para voltar com você, então aceitaria, e que eu tenho medo que me deixe. - Ela falou tudo muito rápido e voltou a chorar em seguida.

- Eu não amo a Camille, Liz. - Limpei as lágrimas do rosto dela. - Eu amo só você, ela só te disse essas coisas para te deixar magoada. - Ela pousou a mão sobre a minha que ainda limpava as lágrimas dela.

- Ela tem razão, eu tenho medo. - Ela fechou os olhos e mais lágrimas caíram. - E ela é muito mais bonita, o que eu vou fazer agora? - Mais lágrimas, eu estava começando a achar que Camille iria ser a primeira pessoa no mundo que eu poderia passar a odiar.

- Em primeiro lugar você é de longe muito mais bonita que ela. - Era verdade, não que a beleza valesse algo, mas era a mais pura verdade. - E depois, não precisa ter medo, não de ouvidos a ela, só escute o que eu disser, tudo bem? - Ela assentiu e limpei a últimas lágrimas, estava se acalmando aos poucos. - Eu te amo, só a você.

Tentei garantir algo a ela, mesmo que não se lembrasse de nada no outro dia, ainda era suficiente para tentar acalmá-la e fazê-la dormir.

- Nós podemos nos beijar agora? - Neguei com a cabeça. - E quanto a sexo? - Arregalei os olhos, ela nunca diria aquilo em sã consciência.

- Nenhum dos dois, amanhã sim, hoje não, agora vamos dormir. - Fiz menção de me deitar de novo, ela me puxou pelos ombros, péssima ideia estar sem uma camisa.

- Você não gosta mais de fazer sexo comigo? - Suspirei, tentei pensar em como eu poderia explicar algo.

- Eu gosto muito, até demais. - Ela abriu um sorriso. - Mas você não está bem agora, e eu estou cansado, amanhã, tudo bem? - Ela fez uma cara triste, pensei que fosse chorar de novo.

- Então não hoje? - Neguei com a cabeça. - Amanhã sim? - Assenti, ela sorriu. - Espero que amanhã chegue logo. - Ela me abraçou e eu ri enquanto podia. - Eu amo fazer sexo com você, é tão bom. - Ela falou como se fosse algo normal para ela, mas não era, não quando estava sóbria.

- É sim, muito bom. - Concordei entre o abraço.

Foi fácil fazê-la dormir depois do que ela disse, segundo ela o "amanhã" chegaria mais rápido se ela dormisse. Senti ela me abraçar por trás, virei meu corpo para que ficássemos em uma posição melhor, e assim passamos o resto da noite.

* * *

Eu fiz o máximo de silêncio que pude, ela teria que acordar no tempo dela e eu precisava que descansasse.

Depois de um banho rápido fui até a cozinha preparar algo para comer, Gemma mandou muitas mensagens perguntando sobre a noite anterior e queria saber se Elisabeth estava bem.

Peguei um remédio para dor de cabeça e coloquei no bolso, eu ficaria no escritório e quando acordasse e me encontrasse ela poderia tomar.

Eu já tinha finalizado duas músicas, tive inspirações nas últimas noites e pela primeira vez em alguns meses eu estava confiante sobre aquilo. Escrever a mão sempre pareceu a melhor forma, ficava mais fácil memorizar e imaginar um ritmo.

Eu não tive sucesso em escrever as músicas, não por falta de inspiração, mas sim porque eu não conseguia parar de lembrar da noite anterior, eu ria sozinho e aposto que se alguém estivesse me observando de longe pensaria que eu era louco.

Escutei a porta do quarto abrir e fechar em seguida, se ela prestasse atenção na porta aberta com certeza me encontraria.

Passos lentos e uma das mãos na cabeça indicavam que ela provavelmente estava com uma dor de cabeça horrível. Parou na frente da porta e me analisou.

- Bom dia. - Eu falei sorridente, parecia mais uma risada disfarçada do que um sorriso.

- Bom dia. - Ela sentou devagar na cadeira a minha frente.

- Dor de cabeça? - Ela assentiu, passando os dedos entre os olhos. - Isso vai ajudar. - Estendi as pílulas e uma garrafa de água.

- O que foi? - Ela perguntou quando percebeu que eu estava rindo.

- Desculpe. - Coloquei a mão na boca, tentando ficar sério. - Não consigo olhar para você e não lembrar de ontem.

- Foi tão ruim assim? - Ela parecia preocupada e chateada.

Expliquei que tentei controlá-la ao máximo e que eu não deixaria ninguém ver ela naquele estado, pelo menos tentar não seria impossível. Não deixei escapar nenhum detalhe, consegui convencer ela de que não era tão ruim.

- E eu nem contei a melhor parte. - Apoiei as costas no encosto da cadeira. Ela parou de tomar a água e abriu um pouco mais os olhos. - Você ficou a noite inteira dizendo que eu parecia um anjo e que os meus olhos são lindos. - Ela riu, aposto que estava tentando imaginar. - E você elogiou bastante o meu desempenho sexual, eu fiquei feliz porque...você sabe, bêbados não mentem.

Ela corou no mesmo momento, as duas mãos escondendo o rosto e o riso abafado.

- Isso é sério? - Assenti. - Sinto muito, não foi a minha intenção estragar sua noite. - Eu sorri e neguei com um gesto.

- Você não estragou nada, já era tarde quando eu te trouxe. - Realmente, se passavam das três da manhã. - Linda, tudo bem. - Ela estava nitidamente preocupada.

Estendi a mão para ela, sabia que iria aceitar, a observei dar a volta na mesa e sentar no meu colo, um abraço reconfortante.

- Parece que três caminhões passaram por cima de mim. - Ela estava com o rosto escondido no meu pescoço, senti o bafo quente quando ela riu.

Demorou algum tempo para eu convencê-la de que não havia nada errado, ela ria das histórias que eu contava sobre a noite anterior.

Um banho pareceu renovar nossos corpos cansados, enquanto eu estava deitado na cama a observando, percebi que não existe momento algum em que eu não fosse totalmente fascinado por ela. Olhando para a tela do celular e rindo, eu não me importava com o motivo da risada, era uma das melhores cenas do dia.

- Conseguiu passar suas músicas para o caderno? - Ela perguntou sem olhar para mim, ainda estava deslizando o dedo aleatoriamente pela tela.

- Sim, todas as que eu havia planejado. - Respondi a observando, ela deu um aceno, significava que estava escutando.

A vi entrar no banheiro, fiquei um tempo pensando se havia mesmo passado todas as músicas, peguei meu celular para verificar e fiquei aliviado quando soube que todas as músicas estavam prontas, ou quase todas.

Senti um cheiro que não era familiar no ar, levantei rápido e fui até o banheiro.

- Perfume novo? - Perguntei encostado no batente da porta.

- Sim, você gostou? - Assenti, me lembrava alguma fruta. - Esse é de pêssego. - Fiz uma cara surpresa, era mesmo uma fruta.

- É mesmo? Posso sentir? - Me entregou o frasco ingenuamente, eu ri e o apoiei de volta na pia. - Quero sentir em você.

Ela abriu um sorriso nervoso quando afastei os cabelos compridos, meu nariz contra o pescoço dela era uma das melhores sensações, o cheiro do perfume misturado com o cheiro da pele dela era a combinação perfeita, senti a pele dela se arrepiar instantes depois.

- Tem mais alguma coisa nova que eu queira ver? - O sorriso com os lábios era um sinal de que queria dizer alguma coisa, mas que não tinha certeza se deveria.

- Bom, não é nova, mas acho que essa você nunca viu. - Arqueei uma das sobrancelhas, eu não poderia esconder o quão exitado eu já estava, ela certamente já havia percebido. - Mas eu não sei se posso mostrar.

Tentei impedi-la de se afastar, mas ela correu para o quarto, consegui alcançar o braço dela e puxá-la para perto de novo.

- Não faça isso comigo. - Ela riu da minha reação.

- Certo, sente-se. - Olhei para a cama, não a contrariei, estava ansioso para saber o que queria fazer.

Apoiei as mãos na cama, de modo que eu estivesse sentado, mas inclinado para trás, eu não perderia nenhum momento.

- Vou mostrar, mas você não pode tocar. - Fechei os olhos e inclinei a cabeça para trás, seria mais difícil do que eu pensei.

- Não, sem acordo. - Ela levou as mãos a cintura.

- Então não vou mostrar. - Ela começou a andar de volta para o banheiro.

- Espere. - Ela parou no caminho e se virou com um sorriso de vitória. - Eu vou poder tocar em algum momento ou nunca vou poder tocar?

- Quando eu quiser você pode. - Escondi o sorriso.

- É estranho essa conversa estar me deixando excitado? - Ela riu e voltou a ficar próxima de mim, de pé na minha frente.

- Acho que não. - Ela deu de ombros.

Nós rimos por um segundo, eu já estava prestando atenção no pijama dela há muito tempo durante a noite, camisola justa da cor rose, eu já tinha visto ela usando a peça de roupa antes, era sempre uma sensação diferente.

Senti o meu corpo esquentar quando ela começou a tirar, puxando a peça para cima, engoli em seco, ela surpreendentemente não tirou os olhos de mim, mas eu havia desviado do olhar muitas vezes, o corpo dela parecia ser esculpido por deuses, e se ela pudesse escutar meus pensamentos, aposto que não me acharia tão gentil.

Ela se aproximou mais ainda, o corpo semi nu me dava a visão da lingerie que eu nunca tinha visto antes, roxo escuro, quase preto, parecia ter sido feita para ela. Mordi o lábio quando ela sentou em cima de mim, as pernas entre o meu quadril, eu queria tocá-la, mas fui impedido.

- Por favor. - Minha voz saiu como um sussurro, eu precisava ter as mãos nela.

- Ainda não, baby. - Ela puxou meu rosto para um beijo.

Um beijo com desejo e eu não sabia como conseguia fazer aquilo ainda com as mãos presas no colchão, apertei os lençóis, eu deixaria fazer do jeito dela, mas ficou um pouco mais difícil quando ela começou a movimentar os quadris, ela escutou meu suspiro entre o beijo e sem parar de se movimentar começou a tirar o sutiã em uma velocidade mais devagar do que eu poderia aguentar.

Me inclinei para trás de novo, minhas mãos permaneciam grudadas no lençol, eu tinha a visão inteira, as pernas ao meu redor, a intimidade dela dançando em cima da minha e mãos puxando as alças do sutiã, ela tinha o controle e sabia disso.

Suspirei alto quando ela jogou a peça para longe, eu já estava começando a respirar mais rápido por conta da sensação, ela continuou sem quebrar contato visual, o sorriso provocante no rosto me fazia pensar em milhares de coisas que não poderiam ser ditas a ninguém que não fosse ela.

Senti meu peito começar a suar quando ela também se inclinou para frente, se movimentando mais rápido, minha cabeça virada para trás e minha respiração rápida só a fazia perceber que eu estava entregue e eu não havia tocado nela ainda, eu poderia me desmanchar ali mesmo.

Senti as mãos dela contra meus fios de cabelo, um beijo com desejo e um gemido baixo saiu da boca dela.

- Harry. - Ela disse entre o beijo. - Preciso que me toque agora.

O pedido foi mais que uma ordem, minha coluna voltou a ficar ereta, senti as unhas dela deslizando pela minha pele, minha boca contra o peito esquerdo dela a fez suspirar e gemer mais alto, movimentando o quadril com uma rapidez incrível, as minhas mãos a ajudavam a se movimentar mais rápido em cima de mim.

Beijei o pescoço dela sem piedade, a cada mordida, suspiros e gemidos, minhas mãos envolveram as coxas dela e nos levantamos, andei de joelhos na cama e a joguei bruscamente em cima da mesma, nós dois suspirávamos a cada beijo e a cada toque.

Eu poderia fazer muito mais por ela, mas o estado em que eu estava não podia esperar mais, levantei rápido e puxei as calças de moletom junto com a boxer que eu usava, abri a gaveta torcendo para ter algum preservativo, eu odiaria ter que correr até outro cômodo, mas por sorte ainda tinha um, o coloquei rápido, percebi os olhos dela em mim e sorri.

De joelhos entre as pernas dela, ainda faltava a mais importante peça de roupa, a única que ainda a cobria, beijei a parte interna das coxas dela antes de finalmente tirar a última parte da tão excitante lingerie roxa, pude perceber a umidade na peça antes de jogar em qualquer canto do quarto. Me inclinei para beijá-la de novo, as mãos nos meus bíceps e cabelos me excitavam de muitas formas diferentes.

- Vire-se. - Fiz um gesto com a mão, ela me observou por um momento e então fez o que eu pedi, virando o corpo embaixo de mim.

Deixei um beijo no ombro dela antes de voltar a posição inicial, puxei os quadris contra mim, a vi se apoiar nos antebraços e sem qualquer aviso entrei dentro dela, a única coisa audível foi meu nome sendo pronunciado dificultosamente, o que me fez ficar mais excitado.

Comecei um pouco devagar, mas não duraria muito, minhas mãos apoiadas na cintura dela a puxando contra mim, eu já esperava que pedisse para ir mais rápido, Liz pegou uma das minhas mãos apoiadas na cintura dela e levou até os cabelos, entendi o que quis dizer.

Uma das mãos na cintura e outra puxando o cabelo dela, eu não soube dizer se estava puxando muito forte ou não. Muito mais rápido do que antes, escutávamos o som das nossas peles se tocando com nossos gemidos e palavras sujas que saiam da minha boca de vez em quando.

Eu estava dopado por adrenalina, amor, vontade, excitação e prazer ao mesmo tempo, não consegui controlar minha rapidez, escutar ela gemer meu nome e me pedir para ir mais rápido me dava vontade de fazê-la se sentir bem da forma que queria durante a nossa relação.

Parei por um momento, ela olhou para trás quando percebeu que não me sentia mais, a virei rápido e adentrei novamente, ficando entre as pernas dela, sem qualquer aviso indo o mais rápido que poderia, senti ela entrelaçar as pernas em mim, nossas testas coladas e gemidos nada tímidos.

- Harry. - A voz dela saiu mais como um sussurro. - Mais rápido.

Outro gemido em seguida, eu estava de bruços em cima do corpo dela, as mãos dela apertavam as laterais do meu abdômen, escondi meu rosto contra o pescoço suado e tentei ir mais rápido do que antes, mordi os lábios ao escutar ela gemendo descontroladamente, sem parar, eu segurei por um momento até que ela desse sinal de que chegaria lá.

Fazendo pausas entre os movimentos, tivemos a melhor sensação juntos, deixei um beijo nos lábios dela antes de me desmanchar ao lado dela.

Fui até o banheiro e voltei o mais rápido que pude, a vi respirar rápido assim como eu, me joguei na cama com um sorriso no rosto.

Me virei para ver como estava, respirando rápido, o corpo não estava coberto como costumava fazer depois que terminávamos.

- Tudo bem? - Ela assentiu com um sorriso. - Te machuquei? - Ela continuou sorrindo e negou.

- Não de um jeito ruim. - Ela me puxou para selar nossos lábios.

- Tem certeza? Sabe que pode me contar se não tiver gostado de algo. - Ela riu da minha preocupação, revirei os olhos e ela riu de novo.

- Por favor, foi uma das melhores, não acha? - Eu sorri ao lembrar da sensação, nossas respirações estavam se acalmando juntas.

- Eu vou sonhar com você cavalgando em mim. - Fechei os olhos e abri um sorriso como se estivesse mesmo sonhando, escutei a risada dela em seguida. - Foi excitante a coisa do não tocar, mas você me fez quase explodir. - Ela riu de novo e levou a mão na boca. - Não ria da situação complicada da qual você me deixou.

- Desculpe, pensei que pudesse ser divertido. - Assenti, muito divertido.

- E foi, divertido, excitante, quente, sexy... - Ela bateu no meu ombro e riu de novo. - Feliz ano novo? - Se aquele era o jeito que ela comemorava, então que fosse ano novo para sempre.

- Feliz ano novo. - O sorriso doce que me hipnotizava seguido de vários beijos espalhados pelo meu rosto.

* * *

- E o que te faz pensar que tem um cadáver no meu porão? - Olhei para trás enquanto andava, para verificar uma resposta, ela estava me seguindo contra sua vontade.

- Eu sei lá, porões sempre são assustadores, por que acha que eu moro em um apartamento? - Franzi o cenho e olhei para ela de novo.

- Eu juro que não tem nenhum cadáver, isso é crime. - Falei como se fosse óbvio.

Nós seguimos pelo corredor, depois viramos para outro corredor e ao final dele a porta branca nos esperava, eu deixava as chaves atrás do vaso apoiado na mesa, bem ao lado da porta, ela franziu o cenho quando me viu pegar a chave, revirei os olhos.

Abri a porta e tateei a parede para encontrar o interruptor da luz, antes de acender, puxei ela para dentro e fechei a porta.

- Tudo bem, pode não ter um cadáver aqui, mas você com certeza já usou como um bordel. - Ela disse entre risos, olhei sério para ela.

- Eu não achei engraçado.

- Mas eu sim. - Ela deu de ombros. - Não pode me culpar, o que as pessoas pensariam se vissem essa escada vermelha e essas luzes coloridas? - Olhei para baixo.

Parecia divertido para mim, o carpete vermelho das escadas e as luzes entre rosa e azul era o que nos iluminava.

Peguei a mão dela e a guiei para baixo, queria mostrar meu lugar secreto, ou não tão secreto se contar com meus amigos próximos que já viram.

Acendi as luzes, dessa vez todas normais, a claridade facilitava os meus olhos, eu pude ver cada expressão surpresa dela.

- Você tem um estúdio em baixo da sua casa? - Ela perguntou surpresa.

Os equipamentos de som protegidos por uma parede de vidro diziam muito, instrumentos espalhados por todo lugar, aquilo responderia à pergunta que me fez outro dia, sobre não ter visto meus instrumentos pela casa, apenas meu antigo violão que me acompanhava em cada canto.

Peguei as baquetas enquanto não estava olhando, concentrada nos milhares de botões dos equipamentos, ri quando ela pegou os fones de ouvido para observar de perto, e de repente ela olhou em minha direção quando comecei a tocar a bateria, eu gostava da energia.

- Não me disse que tocava bateria. - Ela olhou ao redor. - Todos esses instrumentos, você sabe tocar?

- Todos eles. - Os olhos brilhantes em surpresa não poderia me causar mais alegria por te-lá deixado surpreendida novamente.

- Toque piano para mim. - Ela pediu sorrindo, seria com negar algo a uma criança.

Fiquei pensando no que fazer, alguma melodia, mas só uma me surgiu na cabeça, estava no álbum, ainda não estava finalizado, mas seria um bom começo.

Comecei a me arrepender em seguida, ela fez eu tocar baixo, depois guitarra e por fim violão de novo, tudo isso sentada no sofá vintage que eu tinha no estúdio, era engraçado de qualquer jeito, ela parecia apaixonada pelos meus gestos e eu gostava.

- Venha, quero te mostrar outra coisa. - Ela levantou rápido e me seguiu até os equipamentos.

Senti os braços dela ao meu redor assim que sentei na cadeira a frente do computador, digitando e clicando nas pastas certas, eu revelaria algo que apenas a minha banda e meus produtores sabiam.

- Isso é o projeto do seu álbum? - Ela perguntou e eu assenti.

- Essa é a que eu cantei para você outro dia, já está finalizada. - Apontei para a tela. - Essa é uma das minhas favoritas.

- Golden, soa tão bonito. - Ela sorriu em seguida. - E essa?

- Não vai para o álbum. - Ela franziu o cenho.

- Por que não?

- Eu não sei, não me parece tão boa, não consigo finalizar. - Ela olhou ao redor até encontrar uma cadeira parecida com a minha.

- Então vamos finalizar. - Ela sentou ao meu lado. - Deixa eu ver. - Ela pediu depois de perceber que talvez eu não mostrasse.

Eu posso apostar que ela leu a letra inteira pelo menos três vezes, eu estava com receio de que não tivesse entendido, ainda faltava algo e eu não sabia o que era.

- E se mudasse esse verso para o final? - Ela sugeriu.

- E o que eu colocaria no lugar disso? - Eu não sabia de onde ela havia arranjado papel e caneta. - De onde veio isso?

- Estava ao meu lado. - Ela respondeu sem tirar os olhos do papel. - Que tal? - Ela mostrou depois de terminar.

- "Você acha que é fácil ser do tipo ciumento?" - Repeti entre risos.

- Combina muito com você. - Fingi estar ofendido. - Não faça essa cara, quase mandou demitir o barman outro dia.

Ela estava falando do bar que fomos, revirei os olhos.

- Sim, ele deu em cima de você descaradamente, sabia que estava acompanhada.

- Ele não fez isso.

- Ele pagou um drink para você e ofereceu o número, se isso não é um flerte descarado e amador, então eu não sei o que é. - Continuei a analisar a letra.

- Descarado e amador? - Ela repetiu entre risos.

- Foi horrível, eu sou bem melhor quando se trata de te paquerar, sabe disso. - Ela apenas riu, sabia que era a verdade. - Vamos introduzir essa parte. - Escrevi no papel, ela abriu um pouco mais os olhos.

- Vai se chamar de filho da puta na sua música? - Ela franziu o cenho, dei de ombros. - Eu não acho que você seja isso. - Eu ri da expressão dela.

- Baby, é só uma música. - Beijei a bochecha dela. - E eu sei que sou arrogante às vezes, posso admitir isso. - Ela concordou em silêncio.

Ficamos uma boa parte do nosso tempo conversando sobre músicas e as organizando, adicionando frases que eu jamais pensaria que ficaram tão boas sem a ajuda dela. Os questionamentos sobre as músicas eram óbvios, algumas eu havia sim escrito com o pensamento nela, outras apenas surgiram com ajuda de amigos, algumas mais especiais que as outras. Era arriscado para qualquer um, mas fiz questão de mostrar todo o meu projeto do álbum para ela, não fazia a menor ideia se sabia o que significava, mas para mim era como se eu estivesse abrindo a porta dos meus pensamentos mais íntimos para alguém.

Olhar para ela prestando atenção em cada palavra minha me causava coisas que nem eu mesmo poderia explicar, o modo como dava sugestões e pousava as mãos na mesa era lindo, era como se eu estivesse falando com a pessoa mais linda e inteligente que eu já tinha visto, talvez ela fosse mesmo.

Eu me sentia bobo e ansioso por tudo, por estarmos começando e eu já ter a ideia de ter uma vida com alguém, antes parecia algo vazio, eu jamais me imaginei assim com alguém mesmo em antigos relacionamentos, mas naquele momento não parecia tão errado.

Não sabemos quando paramos de falar sobre músicas e simplesmente começamos a falar de qualquer coisa que surgia, não era nada chato, eu queria poder passar todos os meus dias apenas conversando sobre qualquer coisa com ela, parecia um vício, eu não queria que tivesse fim.

- Você é muito bonito, sabia disso? - Ela disse de repente, em meio ao nosso silêncio, sabia que eu estava corado de uma hora para outra, era um novo efeito dela em mim. - Você vai conquistar muito com o seu novo álbum, eu tenho certeza.

- Obrigado, fico feliz que tenha gostado. - Sorri sem graça, eu gostava quando me elogiava, não tinha vergonha de parecer rendido, não para ela.

- Todos vão gostar, e quando você ganhar seus prêmios, eu vou estar ao seu lado. - Sorri mais ainda, ela parecia tão apaixonada pelo álbum quanto eu.

- Vai mesmo? - A provoquei, queria que falasse mais.

- Com certeza, vou estar lá no seu primeiro grammy. - Ela pareceu empolgada com o assunto.

- Amor, você nem sabe se vou ganhar. - Falei entre risos.

- Mas é claro que vai, eu sei disso. - Ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Meu doce Apollo. - Ela piscou um dos olhos.

- Apollo? - Arqueei a sobrancelhas, eu não sabia nada sobre mitologia grega, era algo que ela gostava muito.

- Sim, deus da luz. - Lembrei do dia em que ela mesma disse que eu era luz, meu coração se encheu de repente. - deus da música, das artes, é basicamente você. - Ela deu de ombros.

- E tem alguma deusa da sedução? - Ela franziu o cenho.

- Afrodite. - Ela falou como se fosse óbvio, eu conhecia Afrodite, mas pensei que fosse a deusa do amor e apenas isso.

- Então você é uma Afrodite, me seduzindo com toda essa sua beleza e coisas sobre deuses. - Ela riu alto.

- Então você pode ser o Eros. - Ela falava como se eu soubesse quem era. - Deus do sexo. - Ela praticante sussurrou. - Então, meu doce Eros, ou meu doce Apollo? - Eu ainda não havia parado de rir.

- Eu posso ser o seu Eros mais tarde. - Pisquei um dos olhos, observei ela corando.

- Vamos ver se vai dar conta. - Fiz cara de ofendido, ela riu de novo.

- Vai ter uma surpresa. - Garanti a ela, se dependesse de mim, certamente teria.

___________________

Obrigada pelos 2k de leituras

O que acharam da bebedeira? 🤣🤣

Продовжити читання

Вам також сподобається

1.1M 66.6K 47
Atenção! Obra em processo de revisão! +16| 𝕽𝖔𝖈𝖎𝖓𝖍𝖆 - 𝕽𝖎𝖔 𝕯𝖊 𝕵𝖆𝖓𝖊𝖎𝖗𝖔| Fast burn. Mel é uma menina que mora sozinha, sem família e s...
144K 18.3K 127
E se o 'O que acontece em Vegas, permanece em Vegas!' não for bem assim? E se você acorda pela manhã e... BOOM! O que aconteceu em Las Vegas??? Para...
58.1K 4.5K 36
Em um mundo tão grande, Hayden e Zayn acabaram no mesmo lugar, na mesma confusão. Com a mãe presa, Hayden precisou voltar para a gangue de seu padras...
315K 25.3K 70
Harry, o rapaz mais desejado da faculdade passa a dividir apartamento com Esther, menina simples do interior. Ela toda "recatada" vinda de um lar co...