Don't let me go • Harry Styles

By readpagess

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Elisabeth Portman estava ingressando na vida que tanto sonhava, até que uma proposta inesperada foi feita a e... More

Prólogo
1 | The proposal
2 | Start
3 | Friends
4 | Ligth-eyed british
5 | Discoveries
6 | Parents in law
7 | Beach
8 | Pink
9 | Little baby girl
10 | Mamy
11 | Studio
12 | Bags
13 | Strange weather
14 | Greece
15 | Wedding
16 | Long kisses
17 | Hospital
18 | Party
19 | Canyon
20 | Whirlpool
21 | Guest room
22 | Fans
23 | I want you to kiss me
24 | Confession
25 | Support
26 | Shows
27 | Fight
28 | Buy
29 | Day twenty four
30 | Love
31 | Dream
32 | Christmas
33 | Bakery
35 | I love you
36 | Trepidation
37 | New Year
38 | Drunk
39 | Our home
40 | I missed you
41 | Help me
42 | Stalker
43 | Asthma
44 | Delivered
45 | Headphones
46 | Kidnapping
47 | Wounds
48 | For love
49 | Evolution
50 | Betrayal
51 | Fashion show
52 | One step forward
53 | Meaningless questions
54 | Feeling of freedom
55 | The truth
56 | This is love
57 | Memories
58 | Idiot bodyguard
59 | Nicknames
60 | Fetish
61 | Christmas gift
62 | Will you marry me?
63 | My fiance
64 | One more holiday

34 | Jealousy

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By readpagess

HARRY

Na última noite de natal nos despedimos de Ruby e dos pais dela, e na manhã seguinte os outros foram para casa, restara eu, Liz, Gemma, minha mãe e Michael. Eu criei expectativas demais sobre o nosso jantar, precisei desmarcar a nossa reserva.

Eu sabia que ela não estava se sentindo bem, mas pela manhã eu percebi a dimensão disso.

Virada para o outro lado da cama, totalmente encolhida e tremendo de frio, os cobertores estavam praticamente no rosto dela e eu podia escutar ela choramingando.

- Está tudo bem? - Apoiei a mão no ombro escondido pelas cobertas.

- Estou ótima, não dá para perceber? - Ela respondeu com raiva, a voz rouca me preocupou.

Abri um pouco mais os olhos, eu não esperava essa resposta, mas posso aguentar pela minha pergunta ter sido idiota.

Troquei de lado na cama, ficando totalmente de frente para ela, levei uma das minhas mãos até sua testa, quente.

- O que está sentindo? - Ainda de olhos fechados, não respondeu. - Preciso que me conte, para eu poder cuidar de você. - O cabelo dela sempre é macio, ela deu um sorriso leve quando toquei.

- Desculpe. - Ainda de olhos fechados, parecia tremer de frio.

- Minha pergunta foi idiota. - A pele dela parecia estar pegando fogo. - Me diga o que está sentindo. - Ela abriu levemente os olhos.

- Minha garganta e minha cabeça doem muito, e estou morrendo de frio.

Levantei da cama, eu estava sem uma camiseta, apenas minha boxer me acompanhava, mas pelo frio que ela estava sentindo parecia até que estava do lado de fora.

Peguei outro cobertor para ela, coloquei roupas adequadas e desci, não seria preciso levá-la ao médico, provavelmente pegou um resfriado, um remédio para dor e chá provavelmente iriam ajudá-la.

Eu já esperava que tentasse não tomar o chá, uma das coisas que ela odeia.

- Eu não gosto de chá. - Ela empurrou a xícara com a mão.

- Eu sei, mas precisa tomar, vai te fazer bem. - Ela fez uma careta para a xícara, mas a pegou em seguida. - E depois eu vou te dar uma pastilha para a garganta, deve ajudar.

Sentada na cama com todos os cobertores ao redor dela, encolhida entre os tecidos e tomando o chá dificultosamente.

- É por isso que você não deve dormir com o cabelo molhado. - Dei uma risada abafada.

Ela não quis secar o cabelo na outra noite, disse que o corpo dela doía, os cabelos estavam úmidos quando fomos dormir.

- Eu perguntei se queria que eu secasse. - Me entregou a xícara de chá, não foi tão ruim, tomou mais da metade do líquido.

- Eu sei. - Abri uma pastilha, com certeza ela odiaria também. - Eu odeio essa. - Revirei os olhos.

- Só porque é verde? - Não era das piores, tinha um gosto bom no final. As que ela tinha em casa eram de laranja.

Uma vez com a pastilha na boca, Liz voltou a deitar na cama, totalmente indisposta, o relógio marcava oito da manhã e não havia sinal de outras pessoas na casa.

Abri um espaço entre os cobertores e deitei de frente para ela, eu não tinha nada melhor para fazer. Senti ela se aproximar e se aninhar ao meu corpo, usando apenas uma camisola de tecido fino, adentrei com a mão livre e massageei as costas dela, eu podia sentir que não estava usando um sutiã, o que deixava a passagem da minha mão muito melhor.

- Você pode ir fazer suas coisas, eu consigo me virar. - Ela disse depois de um longo tempo.

- Vou ficar até que melhore. - Deixei um beijo no topo da cabeça dela e fechei os olhos.

Dormimos novamente, não era uma má ideia quando se tratava de estar tranquilo no mesmo lugar que ela, uma cama quente, com mais cobertores do que realmente era necessário, sentindo a pele extremamente quente dela por conta da febre.

Sai debaixo das cobertas quando escutei batidas desesperadas na porta, Gemma parecia impaciente.

- Vocês não vão almoçar? Chamamos para o café e ninguém desceu. - Olhei de novo para a cama, Liz não parecia ter a ideia de levantar tão cedo.

- Ela não está se sentindo bem, acho que não vai levantar tão cedo. - Fechei a porta atrás de mim.

- Ela está doente de novo? - Ela falou como se isso acontecesse sempre.

- Um resfriado, provavelmente. - Dei de ombros.

Descemos para o almoço, eu levaria algo para ela mais tarde.

Eu sempre deixei claro que simpatizo com Michael, nos damos bem, fazemos piadas um com o outro, eu finjo ter ciúmes e depois nós rimos disso, mas eu realmente não esperava pelo que veio a seguir.

Um casamento, eu não esperava por isso tão cedo, se considerar o modo como vivem de desentendimentos e já se separaram três vezes, eu não julgaria como algo tão bom, mas não temos mais quinze anos, Gemma sabe o que faz e tudo o que eu poderia fazer era doar os meus melhores conselhos e a apoiar no que fosse preciso.

Abri o meu melhor sorriso, minha mãe ficou eufórica e Michael me abraçou, era como se estivesse pedindo permissão.

- Eu desejo tudo de melhor para vocês. - Ainda com um sorriso estampado no rosto. Eles ficaram em silêncio, foi como se soubessem que eu estava sentindo muitas coisas ao mesmo tempo. - Eu vou levar algo para Liz, ela não estava se sentindo bem e aposto que está com fome.

Minha mãe me ajudou a preparar um prato, sugeriu que eu chamasse ela, mas eu particularmente preferia ficar no quarto.

Passos meticulosos, sem batidas na porta para caso esteja dormindo, eu poderia acordá-la tranquilamente, eu deixaria ela dormindo só pelo motivo de parecer um anjo quando faz isso, mas não comer poderia causar problemas mais tarde.

Balanço leve no ombro, olhos minimamente abertos. Conversar não é um dos fortes dela quando está indisposta, assim que viu a bandeja com o prato se pôs sentada, ainda com cobertores ao redor do corpo.

Eu poderia ficar só observando, mas esqueci que ela me conhece tão bem quanto eu a conheço, mesmo ainda tendo muito o que aprender um sobre o outro.

- Parece triste. - Eu me sentia péssimo por isso, não queria parecer triste pela minha irmã.

- Não estou. - Ela analisou meu rosto, sabe que estou mentindo. - Só cansado. - Eu não fiz nada a manhã inteira, só a minha mente poderia estar cansada, talvez estivesse.

- O que aconteceu lá embaixo? - Ela perguntou enquanto comia.

- Minha irmã vai se casar. - Ela me olhou surpresa, os olhos cheios de alegria.

- É sério? Isso é incrível, ela deve estar muito feliz. - O sorriso dela logo desapareceu ao perceber que o meu não apareceu. - Por que eu sinto que você odiou isso?

- Eu não odiei, eu só...eles acabaram de voltar, e se ele quiser fazer isso durante esse tempo? E se ele magoar ela de novo? - Revirei os olhos. - Eu não entendo como ela aceitou.

Ela ficou me observando como se eu fosse um idiota e não soubesse nada sobre o mundo, eu me senti realmente um idiota por isso.

- Eu não vou te julgar, não sei o que eu faria se a minha irmã voltasse com o...você sabe. - Ela nunca pronunciava o nome dele. - Mas o Michael e a Gemma parecem tão sintonizados, e se quer saber o que faltava para os dois eram conversas, ela nunca falava sobre o que precisava, aposto que isso mudou.

- Como sabe de tudo isso? - Peguei o copo de suco e tomei um pouco, ela me olhou feio porque odeia quando faço isso. - Dividir é amar. - Me defendi.

- Gemma me contou. - Puxou o copo da minha mão. - Ela não fala sobre o relacionamento para você?

- Pouco. - Franzi o cenho. - Vocês falam sobre isso?

- Muitas vezes. - Deu de ombros, peguei uma batata frita do prato. - Você quer parar com isso? - Um tapa leve na minha mão.

- Eu trouxe para você, não seja egoísta. - Um suspiro de impaciência. - Então, acha que eles vão ficar bem? - Mais uma batata frita, o olhar de repreensão sobre mim.

- Eu tenho certeza. E se fez essa mesma cara quando ela contou sobre o casamento, então deveria ir pedir desculpas para sua irmã e seu cunhado. - Ela afastou o prato, eu já não alcançava mais as batatas.

- Eu fiquei normal. - Ela deu uma risada alta, eu não contei, mas me ofendeu minimamente.

- Eu duvido, você é muito expressivo, não sabe disfarçar. - Ela voltou a comer. De fato eu nunca soube segurar as caretas.

- Você parece bem melhor, está até debochando de mim. - Mais uma risada, eu brigaria com ela se não fosse tão adorável.

- Vamos, eu levo isso lá embaixo e você vai conversar com os dois. - Com a bandeja nas mãos ela calçou as pantufas e fez um gesto para que eu saísse do quarto.

ELISABETH

O típico ciúme do Harry, eu nunca havia passado por nenhuma crise dele que fosse comigo, mas sempre soube que sentia isso pela irmã e pela mãe.

Um prato, um copo e talheres, seria muito fácil lavar, e, além disso, eu conseguia ver Harry a irmã e cunhado pela janela da cozinha, saberia se algo estivesse errado.

Passos vindos das escadas só poderiam significar que Anne estava descendo, e quando me encontrou na cozinha se ofereceu para lavar as coisas no meu lugar, eu neguei, mas ela parecia disposta a fazer algo.

Com o pano de prato nas mãos, esperando o momento para secar os objetos que eu lavaria, Anne os encontrou com os olhos ao mesmo tempo que eu olhei em direção aos três.

- Ele é teimoso quando quer. - Ela disse em voz baixa.

- Então ele sempre quer. - Nós duas rimos baixo. - Ele tem muito ciúme de vocês. - Ela assentiu.

- É assim desde sempre. - Concordei em silêncio. - Mas geralmente fica emburrado por horas, o que você fez para mudar isso?

- Não acho que tenha feito alguma coisa, bons conselhos sempre são bem vindos. - Isso é o que ele sempre me dizia, e eu pensava o mesmo.

Ela me lançou um sorriso doce, o modo como os filhos são parecidos com ela é adorável.

Eu estava tendo um bom relacionamento com Anne, ela me ligava às vezes e dizia querer conhecer a minha família, ela me acolheu de uma forma como ninguém jamais havia me acolhido.

Falávamos sobre tudo, eu quase esquecia que o tempo existia quando estávamos somente eu, Anne e Gemma, é por isso que eu sei sobre quase tudo sobre o relacionamento da minha cunhada com Michael, e por isso eu e Anne apoiamos o casamento.

Nós já sabíamos que Michael havia pedido Gemma em casamento antes do Natal, mas ela não aceitou porque ficou com medo, eu não sabia o motivo de ela não contar isso ao Harry, mas eu com certeza não quebraria nossa confiança.

Foi pensando em tudo isso que eu sentia que devia algo a ela, eu e Harry já havíamos conversado sobre contar para ela e a irmã que nosso relacionamento não foi real nos primeiros meses, eu não contaria, mas pensando na possibilidade de tudo dar errado se ela descobrir por outras pessoas em um futuro próximo, eu decidi que era o melhor momento.

- Anne, nós somos boas amigas. - Ela sorriu e concordou. - Mas eu te devo algo, tenho que te contar uma coisa e, bom eu...

- O relacionamento de vocês não era real. - Ela completou sem que eu mesma precise.

Meu choque foi tanto que a torneira da pia continuou aberta, eu já havia enxaguado o último talher, ela desligou e me observou preocupada.

- Tudo bem? - Ela pousou a mão no meu ombro.

Estava tudo péssimo, Harry não me disse que havia contado e eu estava passando a imagem de uma bela mentirosa esse tempo inteiro.

- Quando ele contou? - Meu olhar incrédulo fez ela se afastar e me olhar com paciência enquanto secava os talheres.

- Não contou, mas ele agia do mesmo jeito de quando tinha um, sempre preocupado, falava muito em você é claro, mas eu sabia que tinha algo errado. - Ela guardou os talheres.

- Eu sinto muito. - Minha voz saiu mais baixa do que eu gostaria. - Eu só quis ajudar, e ele...eu me apaixonei. - Visivelmente tímida.

Anne não disse nada, senti apenas o abraço reconfortante dela em seguida, eu senti que ela queria me dizer que estava tudo bem, mas eu ainda precisava escutar.

- Tudo bem, querida. - Meus olhos se lacrimejaram, mas consegui segurar assim que nos separamos. - Ele tem muita sorte em ter você, é uma mulher incrível, sei que estão apaixonados, é bem perceptível.

Eu ri pela última parte, e mesmo que tenha sido algo um pouco desesperado e constrangedor, ainda estava aliviada por ela saber, e também saber que tudo é real entre nós agora.

- Atrapalho? - Escutamos a voz de Harry logo atrás de nós.

- Nunca. - Anne deu um beijo no rosto dele, piscou um dos olhos para mim e foi para o outro lado da cozinha.

- Tudo bem? - Assenti.

- Nós estávamos tendo uma conversa de mulheres. - Ele franziu o cenho e fez uma cara triste.

- Nada que me inclua, então? - Apertei as bochechas dele, parece que aumentaram desde os últimos meses.

- Talvez a parte em que eu disse que eu tenho uma queda pelo filho dela, mas isso não é importante. - Anne se retirou da cozinha, ele riu por isso.

- Então ele deve ter muita sorte. - Senti as mãos dele segurarem a minha cintura, e como algo automático minhas mãos pousaram nos bíceps dele. - Eu acho que você tem um certo fetiche por braços. - As sobrancelhas juntas me fizeram rir.

- Ou pelo seu corpo inteiro. - Pisquei um dos olhos e fiz menção em sair, era óbvio que ele não deixaria assim tão fácil.

- Não pode dizer isso e simplesmente sair. - O nariz roçando o meu pescoço, eu poderia esquecer que estávamos na cozinha.

- Harry, estamos na cozinha. - O afastei novamente.

- No quarto então. - Ele me puxou, mas fiquei parada no mesmo lugar, o forçando a voltar.

- Eu vou tomar chá com a sua mãe. - Dessa vez ele me deixou sair.

- Você não gosta de chá. - A voz indignada atrás de mim.

- O termo "tomar chá" com alguém nem sempre significa que vamos realmente tomar chá. - Continuei andando.

- Então isso é só uma desculpa para o termo "fofocar"? - Ele perguntou sarcástico.

- Fora, Harry. - Eu pude sentir ele revirar os olhos mesmo não tendo visto.

A antiga casa deles é realmente aconchegante, mesmo reformada ainda podíamos sentir as emoções das lembranças, e aposto que Harry ficaria muito constrangido se ele soubesse que Anne me mostrou o álbum de fotos de quando era criança.

Os vizinhos da direita são mais simpáticos do que os da esquerda, que segundo Gemma são extremamente fofoqueiros, eu os vi puxando assunto com o pessoal da casa uma ou duas vezes, mas todos eles são educados demais para não manterem uma conversa.

Contei para Gemma sobre nosso relacionamento depois que Anne nos deixou para ir fazer algumas compras, minha cunhada pareceu estar fazendo parte de um conto de fadas, disse que se escrevesse um livro sobre nosso relacionamento até o momento e contasse como nos apaixonamos no meio disso tudo, certamente eu faria sucesso.

Me prometeu que não ficou chateada, resolvi acreditar e deixar as paranoias da minha mente de lado ao menos uma vez.

O que encontramos na sala foi justamente o que pensamos, Michael e Harry jogando vídeo game, competindo um com o outro e discutindo e xingando um ao outro com murmúrios.

- Nós podíamos jantar hoje. - Gemma sugeriu. - Todos nós. - Disse novamente me observando, esperando por uma resposta.

- Parece bom. - Voltei a olhar para os dois. - Isso se eles pararem de jogar hoje.

Eles não pareciam prestar atenção no que falávamos, e eu não perderia tempo para subir e escolher logo uma roupa.

Meias calças térmicas viraram as minhas melhores amigas, eu nunca estive em um ligar que fizesse menos de dez graus durante o dia e a noite a temperatura caia mais ainda. Meu vestido roxo escuro combinaria com o sobretudo preto e botas de cabo baixo com saltos pequenos, eu tive sorte de ter pensado em pesquisar sobre o clima da Inglaterra antes de viajar.

Banhos quentes sempre me renovam, a temperatura da água é ideal e me faz querer ficar debaixo do chuveiro por horas. Enxaguei o shampoo do meu cabelo, eu sabia que já estava na hora de sair e me vestir, ou eu acabaria com toda a água.

A porta do box se abriu antes que eu pudesse desligar o chuveiro, o corpo não totalmente definido, mas ainda assim com traços de alguém que pratica exercícios todos os dias se revelou em meio ao vapor, todas as tatuagens expostas, eu não estava brincando quando disse que tinha um fetiche em todo o corpo dele.

- Pensei que não fosse subir. - Ele deu uma risada nasal.

- Não temos um jantar em família hoje? - Ele deixou a água percorrer os fios de cabelo dele.

- E você escutou? - Do jeito que estavam prestando atenção no jogo eu não diria que estavam escutando.

- Eu já disse Liz. - Ele passou a mãos pelos fios de cabelo, olhos fechados por conta da água. - Eu presto atenção em tudo o que você fala.

O jeito que ele fala me deixa tímida às vezes, a voz carregada pelo sotaque britânico, o olhar intimidador me faz querer desviar sempre.

Eu já tinha terminado o banho, não sabia o que fazer, se ficava ou não, minha mão encontrou a porta do box, e em seguida a mão dele forçou a porta para mantê-la fechada.

- Aonde está indo? - De repente ele tinha parado de lavar o cabelo.

- Eu já terminei. - Falei olhando nos olhos dele, as janelas de esmeralda sempre parecem olhar para a minha alma.

- Mas eu ainda não. - Ele deu de ombros e soltou a porta, era um convite para ficar.

Observei cada passo dele, lavando o cabelo com o shampoo caro que tem um cheiro surreal, depois o corpo, parecia querer me provocar, me olhando a cada toque por si próprio, a espuma o deixava estranhamente atraente.

A água percorria todo o corpo dele, tirando qualquer resquício de espuma, não parou de me observar desde então, o ímã das minhas mãos não podiam se controlar, muito menos com o olhar dele sobre mim.

Minhas mãos encontraram as tatuagens de samambaias, uma de cada lado, subindo devagar, ele observava cada passo meu, até chegar nos ombros e finalmente nos apoiarmos um ao outro.

Um beijo calmo, mãos apertando levemente a minha cintura, descendo cada vez mais, minhas mãos encontravam o ombro e cabelo molhado, e o beijo calmo se tornou quente e rápido.

- Se a sua mãe abrir a porta, sabe que eu vou morrer não sabe? - Eu jamais sairia do quarto de novo.

- Eu tranquei a porta. - Ele disse entre o beijo, claro que trancou.

Harry me girou rápido, minhas costas grudadas no peito dele, logo me encontrei com o vidro do box, senti ele fazendo uma trilha de beijos por toda a extensão da minha coluna, depois voltando pelo mesmo caminho com a língua.

Nos beijamos de novo, meu rosto se inclinando em direção ao dele que fazia o mesmo, senti uma das mãos apertar minha cintura e em seguida a ereção que não podia mais ser ignorada.

O braço dele cobrindo um dos meus seios enquanto a mão apertava o outro, o senti entrar em mim, estávamos cheios de desejos, era nítido pela nossa respiração rápida, murmúrios e aperto no meu quadril se intensificou com o aperto do seio.

O rosto excitado é muito mais bonito de perto, olhos claros me encarando só me traziam mais prazer e coragem.

Sussurrei o nome dele tantas vezes que parecia um mantra, era preciso um pouco menos de silêncio já que estávamos no banheiro e o barulho do chuveiro era mais alto que nós dois.

Velocidade intensificada, gemidos baixos de ambos, Harry apoiou às duas mãos no meu quadril, me deixando apenas com as mãos forçando a parede de vidro do box.

- Harry. - Um pouco mais alto que um sussurro. - Mais rápido.

Não demorou nem um segundo para atender meu pedido, senti ele puxar meu cabelo por trás, meu prazer era nítido se prestasse atenção nos nós dos meus dedos contra o vidro, e os gemidos abafados faziam o trabalho por si só.

Escutei ele sussurrar meu nome uma última vez antes de terminarmos, eu poderia dizer com toda certeza que ele é o melhor de todos.

Minhas costas apoiadas no vidro, ele sorriu e me beijou de novo, por alguns segundos a mão esquerda dele permaneceu no meu pescoço, em seguida desceu até encontrar minha bunda, apertando a mesma, eu não parei de beijar ele por um segundo.

Respirações rápidas demais, nós rimos do nossos estados e ele me puxou para debaixo da água de novo, parecia não se cansar de me beijar e particularmente eu o beijaria para sempre.

- Se continuar passando a mão no meu corpo, vamos ter que ir para um segundo round. - Ele sussurrou no meu ouvido.

- Eu adoraria, mas vamos nos atrasar. - Um último beijo antes de eu mesma desligar o chuveiro e sair.

Não pararíamos por ali se um de nós não tomasse uma atitude.

Sequei o cabelo e me vesti, escutei a porta enquanto estava no banheiro, e em menos de dez minutos Harry apareceu com um pote cheio de pequenas bolinhas salgadas, já estava vestido e parecia estar me esperando enquanto comia.

- Sabe que estamos saindo para jantar não é? - Falei enquanto fazia um leve contorno no rosto.

- Eu sei. - O vi jogar um dos salgados no ar e pegar com a boca. - Sexo me dá fome. - Fechei os olhos por um momento e lancei um olhar de repreensão. - E sede. - Ele deu de ombros.

- Já pode parar por aí. - Eu inda não havia passado blush, mas olhando no espelho eu diria que nem precisaria.

- Eu esqueço que é tímida. - Ele não esquece, faz para provocar. - Sabe que não precisa disso comigo.

- Eu sei, mas não consigo evitar. - No meio de tantos pincéis, finalmente consegui encontrar o de pó compacto. Parei no meio do caminho e o olhei. - Sabe, eu nunca tinha feito no chuveiro. - Abri um pouco mais os olhos e voltei a me olhar no espelho.

- E o que achou? - Ele se aproximou um pouco mais, o quadril apoiado na pia, me observando atentamente.

- Foi bom. - Dei de ombros.

- Espera, qual é a sua definição de bom? Foi tipo...mais ou menos, eu posso melhorar mais, ou você gostou muito? - Olhei para a pia antes de olhar para ele de novo.

- Foi ótimo. - Tentei voltar ao que estava fazendo, minha resposta tímida não pareceu ser suficiente.

- Não quero te forçar a falar. - Um beijo no topo da minha mão. - E se quer saber, sempre é ótimo com você, tão linda. - Senti a mão dele deslizar pela minha cintura. - Quente. - O sorriso travesso de novo. - E outros elogios que jamais seriam suficientes. - Senti ele beijar meu pescoço seguido de um beijo rápido nos lábios. - Vou deixar você se arrumar, ou vamos ter que entrar no chuveiro de novo. - Piscou um dos olhos.

Sempre tão inconveniente e mesmo assim charmoso e atraente. Sinto que nunca vou me cansar disso.

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