SĂł por uma noite

By Autora_Hayka

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HotđŸ”„ Leonardo sempre sentiu algo muito forte por Beatriz, ele a desejava, mas ela nunca percebeu as intençÔe... More

EpĂ­grafe
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EpĂ­logo
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By Autora_Hayka

BEATRIZ 🍄

Abracei as folhas contra meu peito sentindo que poderia gritar bem alto de tão feliz que eu estava. Eu tinha feito todas as provas do bimestre e tinha acabado de receber todas elas corrigidas e por incrível que pareça eu tirei notas altíssimas, bem acima da média. Com essas notas eu não preciso me preocupar com o último bimestre, já passei no terceiro e isso me deixa mais do que feliz.

Eu não estava tendo tempo para estudar, me organizei com duas semanas e a verdade é que eu não imaginava que iria me sair tão bem assim, não estava tendo fé em mim mesma e isso me tirou várias noites de sono.

O terceiro ano é assustador por esse motivo, é triste pensar que eu poderia repetir o terceiro ano depois de tantos anos de dedicação e trabalho duro. Não imaginei que com duas semanas eu iria aprender o suficiente para me sair bem em todas as provas.

Tenho que agradecer o Leonardo, Ele me ajudou muito em matemática, física e química, se não fosse ele eu estaria perdida. Estudamos juntos e também não vejo a hora de ver as notas dele, Leonardo só é muito preguiçoso, porque inteligente ele é demais.

Anna se aproximou de mim, era a minha professora de história desde o fundamental e não pude deixar de sorrir para ela, eu a admirava muito. Em diversas ocasiões tivemos conversas que me fizeram muito bem.

—Beatriz, pelo seu sorriso eu tenho a certeza de que novamente você passou no terceiro bimestre, acertei?

—Sim Anna, eu estava sem esperança alguma, estudei bem encima da hora e não tinha nenhuma expectativa, mas eu consegui e estou tão feliz — olhei para a nota da prova de história e ela sorriu orgulhosa — Sua matéria sempre foi a minha preferida.

Olhei para a prova mais uma vez e tive a certeza, sou apaixonada por história e várias vezes cogitei a possibilidade de dar aulas, mas nunca pensei tanto sobre o assunto. Talvez seja algo que eu deva pensar mais e ver se poderia dar certo.

—Devo dizer que por um momento pensei que você fosse abandonar tudo, o que houve Beatriz?

Com certeza ela faria de tudo para me mandar para um psiquiatra se eu fosse contar tudo o que houve comigo.

—A minha vida virou de pernas para ar nesse último ano e eu não estava conseguindo dar conta de tudo, escola, vida pessoal, relacionamento, meus sentimentos. É muito para mim.

—Relacionamento? — seu sorriso aumentou ainda mais — Está namorando?

—Estou em um relacionamento muito sério, moramos juntos — Anna arregalou os olhos, parecia chocada — moramos com o pai dele, a casa é bem grande e temos muita privacidade, me sinto realmente vivendo uma vida de casada.

—Não imaginei que se casaria tão cedo, você parecia ser tão focada com o seus estudos e seu futuro — ela parecia decepcionada — uma pena se casar tão nova.

Senti a indignação invadindo meu ser, ela falou como se por estar morando com o meu companheiro, eu tivesse desistido de tudo. Não acredito nisso.

—Leonardo não tirou meu foco, pelo contrário, ele me incentiva a continuar focada do jeito que sempre fui. Eu e ele estudamos essas duas últimas semanas e graças a ajuda dele que eu me sai tão bem em algumas provas. Não é porque estou morando com ele que minha vida acabou e que vai se resumir apenas nele, agora é sobre nós dois.

—Desculpe eu não queria te ofender...

—Não me ofendeu, só acho esse seu jeito de pensar muito errado. Anna, não é porque uma garota se casa cedo que ela vai desistir da própria vida. E além do mais eu e o Leonardo não estamos casados, não ainda.

—Leonardo Gutierrez?

—Ele mesmo.

—Sempre percebi os olhares dele para você — comentou — E não fui a única professora a perceber.

E são nesses momentos que eu me sinto uma completa idiota, parece que todo mundo percebia menos eu.

(...)

Caminhei lentamente pelo corredor da escola indo em direção a sala do direitor, me lembrando que foi aqui onde tudo começou...

Flashback on

Você vai reprovar se continuar assim Leonardo — ouvi o diretor falar um pouco alto quando passei em frente a sua sala — É isso o que você quer? Repetir outra vez?

Me afastei quando ouvi mecherem na maçaneta, o que eu menos quero é que achem que eu estava bisbilhotando.

Leonardo saiu da sala, aparentemente furioso, maxilar travado e punhos fechados.

Ele me olhou por alguns segundos, pude perceber sua feição se suavizar. Rapidamente ele se virou e continuou andando.

Talvez uma ideia não muito boa acabou de passar pela minha cabeça.

—Leonardo — toquei seu braço o impedindo de andar e ele me olhou confuso — talvez, sem querer eu tenha ouvido a sua conversa com o Diretor, nada Propósital eu juro, só estava passando e ouvi o final.

—E o que eu tenho haver com isso? — se afastou com a cara fechada — o que eu tenho com a sua curiosidade?

Talvez eu queira chutar a cara dele, talvez eu queira muito.

—Eu já percebi que você tem uma certa dificuldade — Comecei e ele fitou seus olhos azuis nos meus, por um segundo, só por um segundo eu fiquei com vergonha  — Eu já ajudei meus amigos a estudar e se você precisar e quiser, eu posso te ajudar.

Ele soltou uma risada ríspida antes de se encostar na parede, me senti a garota mais idiota do mundo.

—Não somos amigos Beatriz — sorriu negando.

—Eu só estou tentando ajudar.

—Esse é o seu problema Beatriz — Voltou a ficar na minha frente — Ser boa demais com quem não merece, esse é o seu maior defeito, Eu não quero a sua ajuda, eu não preciso da sua ajuda.

Ele saiu pisando duro, mas quem ele pensa que é para falar assim comigo?

—Olha aqui seu cigarro ambulante — Puxei sua mochila e ele me olhou com o maxilar travado — Eu só estava tentando ajudar, não tem motivos para toda essa ignorância e falta de educação.

—Quer mesmo me ajudar? — Se aproximou ficando com o rosto próximo ao meu, tão próximo que senti seu hálito de menta bater contra o meu rosto, se misturando com o seu cheiro de cigarro — Fica longe de mim Beatriz.

Fiquei parada igual uma idiota olhando ele se afastar, se apoiou em uma coluna de cimento e pulou o muro da escola.

Eu só queria entender o porquê de todo esse ódio gratuito, nunca fiz nada com ele, sequer conversamos.

Garoto estranho.

Flashback off

E no fim não era ódio gratuito. Era apenas amor, amor que até então eu não conrrespondia, mas a verdade é que naquele exato momento eu já sabia que ele viraria meu mundo de pernas para o ar.

Bati de leve na porta da diretoria e entrei assim que o diretor mandou entrar.

—Senhor thales?

—Entre querida, entre — ele sorriu se ajeitando na cadeira — A quanto tempo não te vejo.

Thales é o melhor diretor que essa escola poderia ter, faz de tudo pelos alunos e é amigo de todos praticamente. Sem contar que é gay, isso faz com que os alunos se sintam mais avontade por aqui, até porque ele é totalmente rígido com qualquer tipo de preconceito e discriminação.

—Verdade, já faz um tempo desde a última vez que conversamos — fechei a porta atrás de mim e me sentei em uma cadeira a sua frente — Estou ansiosa então vou ser bem direta, vim aqui para pegar as provas do Leonardo, ele não pode vir hoje, foi trabalhar com o pai.

—Beatriz, infelizmente só posso entregar as provas para ele ou alguém da família, são as normas da escola e eu tenho que obedecer.

Senti minhas expectativas morrerem, estava tão ansiosa por isso.

—Sim, mas é que...eu e ele estamos juntos, então eu achei que poderia pegar as provas.

—Espera, deixa eu ver se entendi — ele parecia confuso e surpreso, mas mesmo assim não deixou de sorrir para mim — Estão namorando?

—O que temos é bem sério, não sei ao certo se estamos namorando, moramos juntos e as vezes isso confunde um pouco a minha cabeça — gosto tanto de falar que moramos juntos, é incrível para mim.

—Meu Deus, que coisa maravilhosa — thales se levantou batendo palmas de leve, parecia tão animado — Estou muito feliz por vocês.

Sorri tímida de volta, ele parecia verdadeiramente feliz com isso.

Observei ele caminhar até seu armário e abrir o mesmo tirando um bloquinho de folhas, o sorriso não se desfez em momento algum.

—Então você é responsável por isso? — ele balançou as folhas na minha frente
— Ele fez todas as provas, isso não acontece a muito tempo.

Estiquei a mão na sua direção e peguei o bloco de folhas, nem observei direito as notas, só em ver todas azuis já me tranquilizou. Com cuidado e atenção observei cada nota na parte de cima da Folha, ele foi incrivelmente bem. Obviamente se destacou muito mais em tudo que envolvia números.

Impossível medir o orgulho que eu estava sentindo dele nesse exato momento, é sobre ficar imensamente feliz quando alguém que amamos conquista algo bom. Leonardo não vai repetir o terceiro ano mais uma vez, isso enche meu peito de alegria.

—Estudamos juntos a semana toda, Leonardo é muito inteligente, só precisava focar na matéria.

—Não é só isso Beatriz, Leonardo precisava que alguém que o apoiasse, e depois de você falar que estão em um relacionamento e eu perceber o quanto as notas dele aumentaram, está mais do que claro que você tem uma parcela de culpa nesse sucesso todo. Confesso que no início do ano tive uma conversa séria com ele, não queria que ele repetisse o terceiro ano mais uma vez e você impediu que isso acontecesse.

—Ele precisava de mim e eu precisava dele e no fim deu tudo certo — sorri me lembrando de como tudo começou — você também tem uma parcela de culpa nisso tudo.

—Não entendi.

—Eu e ele nos aproximamos depois da conversa que você teve com ele, nos aproximamos para estudar e foi quando tudo aconteceu.

—Então eu posso me autodeclarar um cupido? — sorriu.

—Podemos dizer que sim.

Agradeci ele várias vezes antes de me levantar e sair da diretoria, eu estava feliz, empolgada, animadíssima para mostrar as minhas notas e as notas dele para ele, mesmo sabendo que ele não vai se surpreender Já que apostou que eu tiraria ótimas notas.

Procurei por meus amigos para todos os lados, estávamos com o horário vago e eu não faço ideia de onde eles se meteram.

Entrei na sala de aula para guardar as provas e eles estavam lá, Pedro e Viviane.

—Nem precisa falar, sei que foi muito bem como sempre, você é incrível — Pedro apontou.

—Concordo com o meu namorado, você sempre se dá nem nas provas, todo o desespero foi atoa.

—Não foi atoa Viviane, eu e o Leonardo ficamos muito tempo afastados da escola, eu não sabia quase nada da matéria e estudar em duas semanas foi aterrorizante para mim, não imaginei que conseguiria, não dessa vez.

Pedro saiu de perto da Viviane e veio até mim, me abraçando apertado. Senti tanta falta de ter esse contato com ele, nos afastamos tanto e isso me dói.

—O importante é que você conseguiu, meu orgulho pô, sempre consegue e vai conseguir muito mais — ele beijou a minha bochecha e se afastou.

—Ai gente, vocês são incríveis — sorri sincera — Queria conversar mais com vocês, mas tenho que ir atrás do Heitor para entregar o anel dele que ficou comigo.

—Vê se não falta na segunda em bonita — Viviane gritou.

—Prometo não faltar — gritei de volta já me afastando.

Agora eu tinha que encontrar o Heitor, o anel dele ficou comigo e não posso ir embora sem entregar de volta. Ele e a mania de deixar as coisas dele jogadas para todo lado, nem deve saber que ficou na minha mesa.

Todos os alunos estavam indo para quadra, inclusive Pedro e Viviane, no final de cada bimestre todos da escola se reúnem ali para quê o diretor diga coisas que os incentivem a continuar, acho bonito da parte dele mas infelizmente a maioria não escuta.

Procurei Heitor por todos os lados mas não encontrei.

Subi as escadas indo para o andar de cima para ver se encontrava em algum lugar mas não encontrei. Não é possível que ele esteja se agarrando com alguém por aí, colocaram mais câmeras na escola, exceto nas salas de aula mas ele não está dentro de nenhuma.

Peguei um corredor praticamente vazio, um garoto ruivo encostado na parede chamou a minha atenção, se me lembro bem é o garoto que Leonardo Socou o nariz há um tempo atrás. Não gosto dele, e não suporto olhar para a cara do Marcos, os dois sempre estão juntos.

Passei por ele e sem querer acabei olhando para seu rosto, foi automático. Ele me olhou sorrindo e se encostou na parede para me olhar passando, isso me deixou extremamente desconfortável, eu só queria correr para bem longe, podia sentir os olhos dele cravados em mim.

Olhei para frente e vi o Marcos no final do corredor, eu já estava desconfortável e agora tudo só piorou.

—Tá com pressa por que Beatriz? — o garoto falou atrás de mim.

Senti meu coração acelerar e minha respiração ficar descontrolada, minhas pernas fraquejaram e por um instante eu esqueci como andava. Ele estava me seguindo e a sua voz entregou algo ruim.

Afundei as unhas na palma da mão e levantei o rosto, continuei com passos firmes em direção ao final do corredor que parece que não acabava nunca, Marcos ficava cada vez mais perto e senti o garoto atrás de mim também.

—Ele te fez uma pergunta, não vai responder? — Marcos se pôs em minha frente.

Tentei passar por ele mas para cada lado que eu ia ele se colocava na minha frente, eu já estava entrando em desespero.

—Eu estou com pressa.

—A gente também — rebateu — Estamos com pressa para acertar contas antigas, que bom que o seu guarda costas não veio hoje, vai facilitar muito a nossa vida.

Meus olhos arderam e eu evitei que as lágrimas caíssem, eu só conseguia pensar em coisas ruins nesse momento, estava desesperada e com medo. O que tranquiliza é que estamos na escola. mas ela está tão vazia ultimamente, e nenhum funcionário fica olhando as câmeras o tempo todo.

—Eu já disse antes mas eu vou repetir mais uma vez, eu estou com pressa e não tenho conta nenhuma para acertar com nenhum de vocês dois e com mais ninguém daqui — falei firme.

Tentei manter a minha postura mas estava ficando difícil, Marcos estava posto em minha frente enquanto eu sentia o outro cara atrás de mim, facilmente eles poderiam fazer alguma coisa sem que ninguém ouvisse.

—Sabe querida — o garoto falou atrás de mim — há pouco tempo atrás O seu guarda-costas humilhou eu e o Marcos na frente de todo mundo quando Socou o nosso rosto, a gente não fez nada porque não queríamos mais problemas na direção e sabíamos que ele não seria punido já que o pai dele é um dos sócios dessa porcaria de escola, mas a gente tinha a certeza de que iria se vingar.

Ele se aproximou um pouco mais e eu sinti seu corpo encostado nas minhas costas.

—Sabe, tá vendo aquela câmera bem ali na frente? — Marcos perguntou — a gente deu um jeitinho para ela não funcionar, foi tudo muito bem calculado Beatriz, só estávamos esperando o momento perfeito para agir. Não adianta gritar, aqui no andar de cima ninguém vai te ouvir, estão todos na quadra.

—O que você vai fazer? — minha voz saiu em um fio.

Estava com medo de correr, eu nunca consegui fugir, mais uma vez eu me senti incapaz, sentia medo, senti desespero e senti que ninguém iria me salvar.

—Isso é uma surpresa querida — sussurrou.

Ai Bea...

Desculpem o capítulo mixuruca, tô sem criatividade ultimamente.

Oi gente, tudo bem? eu percebi que os comentários nos capítulos caíram muito, então eu queria saber se vocês estão gostando do desenvolvimento da história, se quiserem opinar sobre alguma coisa ou falar algo que vocês gostariam que acontecesse, podem me mandar mensagem aqui no wattpad ou no meu Instagram @hayka_mikelli só chamar que a gente conversa.

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