SOB DOMÍNIO DO MEDO - LIVRO 2...

Od CPLima29

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Gabriela era uma jovem comum, frequentava a escola, tinha amigos e apreciava a natureza, além de ser amada po... Viac

APRESENTAÇÃO
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1 - DETERMINADO
CAPÍTULO 2 - INFERNO
CAPÍTULO 3 - MIGUEL "O ANJO"
CAPÍTULO 4 - MONSTRO
CAPÍTULO 5 - LÁGRIMAS DE SANGUE
CAPÍTULO 6 - LOUCA
CAPÍTULO 7 - FUGA
CAPÍTULO 8 - CASINHA I
CAPÍTULO 9 -CASINHA II
CAPÍTULO 10 - MUDANÇA DE PLANO!
CAPÍTULO 11 -BIG JASON
CAPÍTULO 12 - ISSO É AMOR
CAPÍTULO 13 -DISTANTE
CAPÍTULO 14 - CIÚMES
CAPÍTULO 15 - LIVRANDO-SE DE PROVAS!
CAPÍTULO 16 - CULPA!
CAPÍTULO 17 - VOLTANDO AO EIXO
CAPÍTULO 18 - BEIJOS
CAPÍTULO 19 - FUGINDO
CAPÍTULO 20 - MINHA DOCE MENINA
CAPÍTULO 21 - ENTREGA
CAPÍTULO 22 - EU TE AMO
CAPÍTULO 23 - AS BARREIRAS ESTÃO CAINDO
CAPÍTULO 24 - CONHECER
CAPÍTULO 25 - SUA PELE É DOCE!
CAPÍTULO 26 - SAINDO DA TOCA
CAPÍTULO 27 - SIGILO /BÔNUS
CAPÍTULO 29 - O AMOR CURA
CAPÍTULO 30 - UM LUGAR INESPERADO
CAPÍTULO 31 - PARABÉNS GABI
CAPÍTULO 32 - CONFRATERNIZAÇÃO
CAPÍTULO 33 - DESCOBRINDO
CAPÍTULO 34 - NÃO ME DEIXE
CAPÍTULO 35 - VOLTE PARA MIM
CAPÍTULO 36 - CUIDADO

CAPÍTULO 28 - SAINDO DA TOCA PARTE II

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Od CPLima29

Ainda com o bilhete em mãos, olho para Gabriela que encara o papel com uma expressão confusa. Sinceramente, isso é muito estranho. Essa letra é de fato, de Jason, mas se isso for uma armadilha? Em contrapartida, pode ser verdade. Permito-me respirar fundo esvaziando a mente para pensar melhor no que fazer. Sinto os dedos de Gabriela acariciando meus cabelos. Abro meus olhos e a vejo em minha frente de pé.

— Se for uma armadilha, Jason, Suh e as crianças estão em apuros. — Sua voz sai temerosa.

Seguro sua mão que pousava em meu rosto e a beijo.

— Descobriremos o que há de fato. — Puxo Gabi para meu colo arrancando um sorriso dos seus lábios. — Eu vou te proteger, haja o que houver.

— Eu não estou com medo disso, tenho medo por eles e principalmente… Por você. — Ela abaixa a cabeça. — Eu não sei o que faria se algo acontecesse a você. Eu não quero nem pensar. — Sua voz sai baixa, carregada de medo.

Ela balança a cabeça e sua face muda, vejo dor em seus olhos.

— Não se preocupe, nada acontecerá. Fico sem palavras de saber que se importa tanto comigo, minha vida.

— Eu daria minha vida pela sua! 

— Não! Nunca mais repita isso! — Abraço minha mulher tentando dissipar a imagem dela machucada ou morta da mente, só de imaginar isso me deixa destruído. Nunca permitirei isso.

— Miguel, o que faremos agora?

— Vamos até lá, com cautela, mas vamos

Ela assente e me abraça forte, sorrio inalando seu perfume, sentindo medo, por tudo que possa estar por vir.

(…)

Estamos ao lado de fora, prontos para ir embora. Gabriela olha para a cabana, parece perdida em seus pensamentos. Seus olhos brilham olhando o local, sendo agora  parte de nossas vidas. Creio que dá mesma maneira que esse lugar se tornou importante para mim, é para ela. Especial, único, o nosso lugar de amor.

Admiro o local mais um pouco e seguro a mão da minha mulher. Ela mira-me nos olhos, vejo uma lágrima escorrer por seu rosto, a apanho imediatamente.

— Vamos, minha vida? — Ela balança a cabeça e seguimos o trajeto de volta.

Passamos pela pequena cachoeira onde tomamos tantos banhos, e nos descobrimos dia após dia. O lugar onde contemplei o amor. O clima de despedida e o silêncio durou toda caminhada até chegarmos ao carro. Abri a porta do passageiro para Gabriela e ela entrou em silêncio. Fui até a traseira do carro e abri o porta mala, coloquei nossa bagagem dentro.

Até o tempo está melancólico, o dia está nublado e frio. Agora passa das cinco da tarde. Apesar, de não querer viajar a noite, não conseguimos sair antes. Pensamos muito no que fazer, e também, a despedida foi mais difícil do que pensamos.

Desperto com a brisa fria passando pelo meu rosto. Descido pegar uma coberta para Gabriela, a viagem é longa e está fazendo frio. Sigo para dentro do carro, assim que entro, noto Gabriela mexendo em seu anel improvisado, que por sinal, já foi trocado algumas vezes. Mas isso será por pouco tempo, em breve ela estará usando um com as nossas iniciais. Sorrio imaginando ela usando uma aliança, não vejo a hora.

Seguro sua mão e deixo um beijo rápido. Ela força um sorriso, mas sem muito sucesso. Eu a conheço bem para saber que ela está com medo. Confesso que eu também. Sei que posso esperar tudo, mas agora preciso tranquilizar minha mulher. Tenho que ser seu porto seguro.

— Meu amor, nada de ruim acontecerá, eu prometo a você. — Ela assente e dou partida no carro, seguindo pela única estrada que há.

Após algum tempo dirigindo pelo caminho difícil a chuva aperta, o barulho no teto do carro é alto. Está muito difícil de enxergar algo, me pergunto como Jason conseguiu achar esse lugar. Realmente ele parece um homem das cavernas. Paro o carro e Gabriela me encara.

— Não dá para enxergar nada, teremos que parar, pelo menos até a chuva amenizar.

— Melhor esperar amanhecer. — Fala e boceja.

— Tudo bem, você deve estar com sono. — deito um pouco meu banco e me levanto com dificuldade indo para o banco de trás. — Venha meu amor. — Estendo minha mão para ela que se vira devagar, levantando ela passa para trás caindo no meu colo.

— Desculpa! — Sorrir sem jeito.

— Caiu no lugar certo, minha vida. — Gabriela me olha sem graça. — Você fica linda corada.

Dou-lhe um beijo rápido enquanto ela tenta levantar para sentar ao meu lado. A seguro em meu colo.

— Fica aqui, descansa nos meus braços, é bom demais sentir seu cheiro.

— Miguel, não seja bobo, seus braços vão adormecer.

— Pois que, adormeça. — Ela sorrir e estica o braço pegando a coberta.

Após se aninhar em meu colo, encosto minha cabeça no banco do carro tentando dormir. Não demora muito Gabriela está dormindo, observo seu rosto afundado nas cobertas e no meu peito. Seu sono tranquilo me deixa em paz. Minha menina já sofreu tanto, tudo que menos quero e suporto é imaginar que ela sofrerá mais.

Observo suas mãos agarradas à minha camisa, mesmo dormindo ela me segura com força. Sorrio feito bobo, ela  tem a mim por inteiro, e nem sei, se ela se dá conta disso.

...

Abro os olhos sentindo meus braços dormentes. Mexo um pouco, tentando em vão dissipar a dormência. Gabriela desperta sonolenta.

— Miguel… Aconteceu algo?

— Não, minha vida. Esta tudo nem.

— Seus braços devem estar adormecidos. — Ela tenta se levantar, mas no movimento se esfrega no meu amigo, que está bem mais acordado que eu. — Miguel… — Ela fala meu nome em um suspiro, aposto que sentiu como estou.

A mantenho firme a mim, agora esquecendo o formigamento nos braços, até porque, outro local pulsa mais forte, sentindo o calor do corpo da minha linda mulher.

— Miguel, você… — Gabriela respira fundo, acaricio seu rosto e findando a tortura que a falta dos seus beijos me causam, eu a beijo.

Um beijo firme, onde adentro sua boca gostosa, que me inebria e me causa a mais linda loucura. Puxo-lhe, para que se ajeite em meu colo. Ela senta-se colocando uma perna de cada lado do meu corpo, encaixando perfeitamente em mim. Já imagino, o prazer único que é estar dentro dela. Levanto seu vestido passando a mãos no seu bumbum, apertando sua pele enchendo minhas mãos.

Estou envolto na névoa de desejo que é essa mulher, e cada célula do meu corpo implora pelo seu. Seguro firme sua cintura e com os dentes seguro a alça do seu vestido, descendo por seu ombro. Ela geme, arrepiando-se e isso deveria ser crime, pois, a cada gemido seu, meu desejo aumenta.

— Gabriela, meu amor, tira esse vestido para mim. — Peço quase sem fôlego.

Ela sorri mordendo os lábios timidamente, ficando ainda mais tentadora. Em um gesto tímido ela puxa o vestido pelas laterais o tirando, me dando um pouco da visão do seu corpo. Eu adoraria que estivesse claro, para poder vê-la melhor, mas além de ser noite, a chuva castiga os vidros do carro.

— Tão linda… — Falo passando os dedos por entre seus seios, sua respiração está descompassada, igual à minha.

Suas mãos vem até os botões da minha camisa, desabotoando com cuidado, até o último.

Ela abre a camisa lentamente me fazendo arrepiar e meu amigo pulsar. Gabriela tira minha camisa, fecho meus olhos ao sentir o toque das suas mãos por meu peito e abdômen.

— Miguel, tira essa… Calça para mim. — Sua voz é trêmula. Ela olhando em meus olhos, me faz sentir um tesão insuportável me dominar. Sem demora alguma, ergo meu quadril, ela ergue-se um pouco e abaixo minhas calças e cueca tudo junto, deixando meu membro ereto livre.

Sento-me a trazendo junto, mas sua calcinha ainda nos atrapalha, beijo sua boca no mesmo momento que rasgo a lateral da sua calcinha puxando o resto e jogando em qualquer canto do carro.

— Miguel!

— Essa calcinha estava me atrapalhando, minha vida. — volto beijar sua boca, apertando seus seios com vontade, Gabriela esfrega sua intimidade a minha me tirando todo resto de sanidade. — Só seja minha, meu amor. — Suplico.

— Me faça sua, me faz sentir aquelas sensações, Miguel. — Suas palavras ao meu ouvido, são a gota d'água. Seguro meu membro e ela senta-se nele, diferente das outras vezes, com ânsia rapidez.

Ela para por um momento, abocanho seu seio chupando com vontade, lambendo em volta e mamando com gosto, enquanto me movimento causando gemidos na minha menina.

— Gabriela, você ainda me mata. — Ela se movimenta para frente e para trás, me enlouquecendo. — Isso meu amor.

— Miguel, é maravilhoso fazer amor com você. — Acredito que não aguentarei muito tempo. Sua voz é doce e manhosa, fazendo meu amigo latejar louco para derramar-se dentro dela.

Respiro fundo tentando conter a ânsia e prazer descomunal que me atinge. Tento controlar minha respiração e pensar em qualquer outra coisa que, não seja Gabriela nua, sendo minha e bolando no meu membro.

Seguro seu bumbum a ajudando, beijo seu pescoço em seguida lambendo sua pele macia. Gabriela se encaixa tão perfeitamente em mim, sinto que meu controle está fugindo de mim, essa posição não ajuda muito, fico sem domínio algum da situação.

— Ah, Miguel! — Sinto sua intimidade me apertar várias vezes, assim como suas mãos nos meus cabelos.

— Meu amor… — Me derramo forte, intensamente prendendo Gabriela a mim. Minha vontade é de não sair de dentro dela nunca mais.

Tentamos controlar a nossa respiração, minhas mãos a mantém no lugar.

— Você também… — Fico sem jeito de perguntar. Acredito ser óbvio que sim, eu senti ela me comprimir tão forte, e sua face de prazer, corpo trêmulo evidenciou isso.

— Eu também…?

— Deixa pra lá. — Ela parece pensar.

— Você quer saber se… Eu gozei. — Fico olhando Gabriela, só dela dizer a palavra já sinto o prazer voltando.

— Sim. — Ela balança a cabeça afirmando e sorrio. — Eu senti, mas pensei que fosse coisa da minha cabeça.

— Eu nunca imaginei que era assim.

— Nem eu. — Sorrimos.

Após alguns minutos entre mais carícias eu já estava duro novamente, pronto para dar prazer à Gabriela. Sua face cada vez que chupava sua intimidade e explorava o local conhecendo mais dos seus pontos de prazer, me deixavam excitado demais. Quando meio sem jeito a deitei no banco e a tomei, seus olhos não abandonaram os meus e ali, tive mais uma vez a confirmação, que o temos é algo além… Algo que nos acompanhará para sempre.

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— Você é tão lindo. — Escuto a voz de Gabriela e seus dedos me fazendo carinho no meu queixo.

— A quanto tempo está me olhando? — Abro os olhos e lá está seu olhar, parece admirada me observando. — Assim você me deixa sem graça.

— Você é perfeito. — Seus dedos passam por minha pele. — Eu amo esse furinho que você tem no queixo.

Sorrio e acaricio seus cabelos. A luz do sol bate na lateral do rosto de Gabriela, deixando seus olhos em uma tonalidade ainda mais linda. Seus traços tão delicados me fazem admirá-la.

— Você que é perfeita. Minha vida! — Ela beija meu queixo e vejo suas bochechas coradas.

Gabriela levante-se de cima de mim, puxando a coberta, com cuidado. Ela pega seu vestido e o coloca. Faço o mesmo com minhas roupas. Após usarmos o mato como banheiro, seguimos viagem. Gabriela parecia pensativa. Segurei sua mão e ela me olhou.

— Está com medo?

— Um pouco, ansiosa. Não sabemos o que encontraremos.

— Sim, mas tenha a certeza, que nada irá te acontecer, eu estou aqui. — Trago sua mão até meus lábios a beijando.

O sorriso surge nos lábios de Gabriela e automaticamente sorrio também. A viagem é tranquila, até sua barriga roncar de fome.

— Você deve estar faminta.

— Não vou mentir, estou com muita fome. — Fala apertando a barriga. — Estou com tanta fome que sinto náuseas.

— Se precisar paramos.

— Então pare por favor. — Pede e paro no acostamento. Gabriela sai do carro e desço também, ela vomita uma água amarelada, seguro sua cintura e seus cabelos. Ela mal consegue ficar de pé. Quando termina, a levo para o carro e pego uma toalha. — Obrigada.

— Você está gelada. — Constato ao tocar seu rosto.

— Só um mal-estar. Logo passa. — Ela tenta me tranquilizar.

Passo as mãos nos cabelos respirando fundo. Preciso acelerar. Dou partida no carro e seguimos viagem, a todo momento olhava para Gabriela, que estava muito pálida, meu coração estava se apertando, estava começando a ter medo.

Após mais um tempo na estrada chegamos nas proximidades da casa do Big Jason, olhei Gabriela, ela estava com os lábios quase sem cor e bem pálida.

— Amor fica aqui, vou até próximo da casa. Verei como está tudo por lá e já volto. — Deixo um beijo em seus lábios e antes que eu saia ela segura em meu braço.

— Tenha cuidado…

— Pode deixar.

Sigo por entre as árvores para ficar melhor de me esconder, até chegar por trás da casa. Achei melhor parar o carro em uma trilha que há perto daqui. Se chegássemos pela estrada poderia ser perigoso, e se a polícia estiver aí, seríamos vistos rapidamente.

Olhei pela janela da cozinha e avistei Jason abraçado à Suh. Ele alisa sua barriga todo bobo, sorri com a cena. Parecia tudo calmo, ouvi os gritos das crianças e olhei em direção ao balanço e lá estavam elas. Peguei uma pedra pequena e arremessei pela janela, ela bateu em uma panela que secava e fez um barulhinho. No mesmo instante Jason olhou para fora. Ele forçou o olhar, e fui mais um pouco para frente para que pudesse me ver. Ele forçou os olhos e ouvi quando Suh gritou atrás dele.

— É o Miguel!

— Miguel! — Jason grita igual um ogro,  me dando a certeza que não há perigo.

Saio do meio dos matos e vou até à porta da cozinha, que é aberta rapidamente e sinto o abraço de Jason.

— Porra Miguel, isso lá é jeito de chegar. — Fala me apertando e sorrio.

— Miguel! — Suh me abraça em seguida. — Cadê a Gabi. — Pergunta se afastando olhando atrás de mim.

— No carro, na trilha aqui perto. Tive medo que fosse uma armadilha então vim com cuidado.

— Entendi, mas agora vamos buscá-la.

— Sim, nós dois vamos. Você fica aqui, quieta. — Jason fala e Suh bufa irritada.

— Já falei que estou grávida e não inválida.

— Não interessa.

— Tá Jason. Vão buscar Gabi logo.

Vamos até à trilha e assim que me aproximo vejo Gabriela vomitando novamente. Seguro sua cintura a ajudando. Ela parece muito fraca.

— Miguel ela está pálida. — Ao ouvir Jason Gabriela sorri.

— Oi! Senhor Jason. Estou feliz em te ver.

— Eu também menina, mas por favor, não me chame de senhor. — Ela sorrir e assente. — Agora vamos que parece que a viagem foi longa e exaustiva.

Seguro Gabriela nos braços levando para o carro, logo em seguida entrando. Jason vai atrás e logo chegamos a frente da casa. Descemos e seguro Gabriela no colo.

— Miguel…

— Shiiiiooooo. Nem adianta protestar.

A levo para dentro da casa e Suh vem até nós.

— O que houve com ela? — Pergunta assustada.

— Suh! — Gabriela olha em sua direção abrindo um sorriso.

— O que houve com você, minha princesa. — Coloco Gabriela sentada no sofá e Suh a abraça forte. — Você está pálida demais!

— Só um mal-estar.

— Deve ser fome, meu amor.

— Você é louco! Não trouxe nada para ela comer no caminho. — Suh se vira para mim, com as mãos na cintura.

— Não pensei que fosse demorar tanto. Tivemos que parar devido à chuva.

— Não interessa! Vou buscar algo para você comer. — Ela sai em disparada até a cozinha.

— Meu amor, me perdoa! — Seguro suas mãos e deixo um beijo na sua testa.

Olho para Jason e ele está com um sorriso sacana. Revirou os olhos.

— Não é culpa sua.

— Claro que é.

— Pronto, olha só o que trouxe. Pães de queijo fresquinho! Também trouxe café e biscoitos. — Pego a bandeja da mão de Suh.

— Obrigado! — Me sento e começo alimentar Gabriela devagar para ela não passar mal de novo.

Sinto o olhar de Jason e Suh sobre mim e quando olho na direção deles, vejo como nos olham admirados. Antes que eu possa falar qualquer coisa escuto o grito de Lola e Nick.

— GABI!! — Exclamam!

Lola vem até nós e abraça Gabriela forte. Nick faz o mesmo.

— Ei! A mim, ninguém abraça? — Indago e eles sorriem me abraçando.

— Ei Miguelito, como foi se aventurar na cabana? — Nick me questiona.

— Foi muito legal, digamos assim.

— Você com certeza dormiu no colchão de molas, ele é horrível não é? — Fico pensando de que colchão ele está falando.

— Bom, agora já chega! Melhor irem tomar banho, estão podres de terra. — Suh chama a atenção deles.

Eles saem e direciono o olhar para Jason. Ele coloca as mãos nos bolsos e desvia o olhar.

— Então de que colchão Nick falava?

— Miguel, — Suh começa a falar. — Sei que deve ter sido um pouco ruim os dois dormirem imprensados naquela cama…

— Ah minha flor selvagem, olha bem na cara dele, acha mesmo que acharam ruim? — Jason gargalha.

— Sabia que tinha dedo seu, ogro cara cara de pau! — Olho para Gabriela que parece envergonhada. — Mas agradeço! Eu amei cada segundo naquela cama, naquele quarto, naquele lugar.

—A propósito tenho certeza que teremos que dar fim ao colchão daquela cama. — Jason rir ainda mais. — Miguel deve ter gastado ele de tanto que usou.

— Jason! Já deu. — Suh o repreende, mas é nítido a sua vontade de rir.

— Tá bom amor, desculpa. — Jason é mesmo um cara de pau. — Uhmmm então diga pra gente, vai ter casório mesmo?

— Claro que vai! — Olho novamente para Gabriela, ela aperta minhas mãos.

— Vocês são tão lindos. Olha só, nasceram um para o outro. — Suh fala com os olhos marejados de lágrimas. — Me desculpem, ando emotiva por causa do bebê.

— Suh, Jason, parabéns pelo bebê. — Gabriela fala e Jason sorrir largamente.

— Obrigada minha linda. Agora que tal se você deitar um pouco e descansar, ainda está bem pálida.

— Nós vamos buscar as malas. — Jason fala. Beijo a testa de Gabriela e seguimos para fora. — Em breve você também pode ser papai Miguelito. — Ele fala assim que fechamos a porta atrás de nós.

— Eu?

— Sim, pensa que não lia as cartas com a Suh. Você se tornou insaciável hein. — Fala e começa a rir.

— Cala a boca Jason!

Vamos até o carro, abro o porta-malas e começamos pegar as coisas.

— Mas agora falando sério, como foi a experiência de perder a virgindade? — Ele gargalha e o encaro.

— Você não tem jeito!

— Tô curioso.

— Foi algo único, não ficarei falando disso com você.

— Você fez oral nela? — Olho para Jason de olhos arregalados, tenho certeza que estou vermelho.

— Jason!

— Cara é maravilhoso! Sério tanto você fazer nela quanto receber. — Engoli em seco, fiquei calado. — Só tô te dando esses conselhos, porque sei que precisa. — Ele faz gesto com a língua e passo a mão no rosto envergonhado.

Jason não tem jeito mesmo! Voltamos para dentro e sigo até meu antigo quarto, coloco as coisas no canto, percebo que Gabriela está no banho. Acomodo-me na cama aguardando até ela sair.

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Assim que Miguel sai de dentro da casa ainda pude ouvir as palavras de Jason: “Em breve você também pode ser papai Miguelito.” 

Olhei para Suh sentindo um nó na garganta estranho, uma sensação diferente. Ela rapidamente segurou minha mão e me levantei caminhando até o quarto onde Miguel ficou da outra vez.

— Acredito que é melhor vocês dois ficarem nesse quarto agora. A cama é maior. — Fala sugestiva e sorrir, mas eu não consegui, estava com as palavras de Jason na cabeça. Será que Miguel gostaria de ser pai? Eu não tinha pensado nisso. Eu não posso dar filhos para ele.

Suh abre a porta e entramos vou até à cama onde estava com forros vermelhos e estampas de corações. Fiquei olhando como o quarto havia sido arrumado para nos receber. Olhei para Suh e ela sorriu.

— Vamos, deite-se um pouco, mais tarde conversamos sobre tudo. — Ela me abraça e logo sai do quarto.

Aproveito para tomar um banho rápido, não conseguia parar de pensar no que Jason falou. Sinto-me estranha, se Miguel pensa ou pensava em ter filhos, como será daqui para a frente nosso relacionamento? Respiro fundo fechando os olhos, me permitindo relaxar. Passa-se alguns minutos e sinto as mãos de Miguel no meu rosto, me fazendo carinho. Conheço bem o seu toque, abro os olhos e vejo seu sorriso para mim.

Automaticamente me lembro do que Jason disse. Miguel junta as sobrancelhas formando um vinco em sua testa. Ele se aproxima entrando na banheira de roupa e tudo.

— Miguel! Você está se molhando todo, falo rindo.

— Agora sim. Gosto de ver você sorrindo, feliz. — Ele se afasta tirando a camisa e me dando a visão do seu peito forte cabeludo, que tanto me atiça.

Solto uma gargalhada, ele termina de tirar a roupa e meu sorriso é substituído pelo desejo de fazer amor com ele.

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Depois do nosso “banho” dormimos um pouco. Acordei e Miguel não estava mais na cama. Olhei pela janela e constatei que já era noite. Sentei-me na cama esfregando os olhos. Levantei-me calçando a sandália e fui até a penteadeira passando um pente nos cabelos bagunçados.

Abri a porta do quarto e segui a voz de Jason e Miguel que vinha da sala. Assim que entrei no local pude avistar que não estavam sozinhos. Havia dois homens com ele. Um parecia ter não mais que uns 55 anos, seus cabelos grisalhos quase brancos era bem aparados e cuidado assim como sua barba. O outro parecia ser um pouco mais velho que Miguel. Travei no lugar, enquanto todos me encararam.

— Meu amor, venha, não tenha medo. — Miguel estende a mão para mim e vou até seu lado, sentando. — Esse é o delegado Bruno, meu amigo e chefe. — Aponta para o senhor de cabelos grisalhos.

— É um prazer conhecê-la, Gabriela. — Ele estende a mão, e faço o mesmo, nos cumprimentamos.

— O prazer é meu. — Falo sem jeito.

— Esse é Fernando, promotor e meu amigo também.

— Prazer. — Assinto e nos cumprimentamos. — Miguel, sua noiva é linda, com todo respeito. — Miguel franze o cenho, sem dizer nada.

— Deve estar se perguntando o que estamos fazendo aqui e, porque puderam voltar. Bem… Antes de você acordar estava explicando para Miguel. Temos testemunhas a favor do Miguel, o que o isenta dos crimes das acusações de Abuso sexual e das mortes contra as policiais. — Olho para o delegado Bruno sem pestanejar.

— Como? Quais testemunhas?

Ele começa falar sobre Rebeca uma das policiais. A cada fato contato arregalava mais os olhos, incrédula. A mulher estava viva! Isso foi um milagre. Ele contou que acharam meus laudos e foram até o médico e o fizeram confessar que eles eram falsos.

— Como conseguiram que ele confessasse?  — Pergunto.

— Digamos que sou persuasivo quando quero. — O delegado Bruno fala sorrindo e Fernando o encara fazendo o mesmo.

— Ele depôs contra Cristiano.

Ao ouvir o nome do demônio, novamente estremeci. Miguel estava segurando minha mão, me reconfortando.

— Você precisará depor também. — o delegado fala.

— Minha mãe pode correr risco de vida, se eu fizer isso. — Fico aflita.

— Também queríamos falar com você, sobre isso.

— Aconteceu algo com ela? — Pergunto sentindo minha barriga revirar.

— Não! Se acalme.

Bruno explicou a Miguel que ele precisa voltar para sua cidade para depor e eu também, mal chegamos e já teríamos que ir embora. Jason e Fernando pegou nossos pertences e ajudaram a colocar no carro.

— Preparado para voltar para casa? — O Bruno pergunta.

— Sim. — Miguel se vira para mim. — Pronta para conhecer nossa casa.

Sinto-me estranha o ouvindo dizer isso. Apenas balanço a cabeça e Suh me abraça.

— Nem matei a saudades de vocês.

— Vocês podem nos visitar. — Miguel fala.

— Sim, vá me visitar. — sussurro em seu ouvido, sentindo medo.

— Claro que sim, minha linda. — Nos afastamos e Jason vem até nós, nos abraçando.

— Quando menos esperar estaremos lá. — Diz e sorrio para eles e as crianças.

Após nos despedirmos, entramos no carro do delegado e seguimos viagem. Estava com fome quando paramos em um restaurante que havia em um posto de gasolina. Comemos qualquer coisa é continuamos a nossa viagem. Estava tudo silencioso até Miguel quebrar o gelo.

— Borges, imagino como minha casa deve estar. Tanto tempo fechada.

— Não se preocupe. Sônia foi até lá e deixou tudo em ordem. Aliás, ela está muito feliz por sua volta. Não vê a hora de te ver.

Ao ouvir o nome da mulher senti algo estranho, quem era essa tal de Sônia? Pelo jeito que o homem falou ela era íntima do Miguel. Afastei minha mão um pouco me virando para a janela.

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Quando o carro parou em frente a uma casa enorme, desci admirando o lugar. A casa é muito bonita, mas também me perguntei para que uma casa tão grande para uma pessoa só. Assim que entramos fiquei ainda mais admirada. Se olhando de fora era grande, por dentro era capaz de me perder. Olhei para Miguel e ele me encarava parecendo ansioso.

Os dois amigos dele, colocaram as malas na sala. Eles conversaram um pouco com Miguel, mas estava com a mente longe demais para prestar atenção no assunto. Depois, eles se despediram e foram embora. Miguel se aproximou e me perguntou se queria conhecer a casa. Estava irritada por causa da tal Sônia, ele não me devia explicações do seu passado claro, mas isso não me impediu de sentir essas emoções. Neguei, dizendo querer dormir, mas ao ouvir minha barriga roncar, Miguel sorriu e segurou na minha mão, me levando até outro cômodo bem espaçoso. Assim como a sala, sua cozinha é muito bonita, com cores combinando em tons pretos e prata. Ele olhou na ilha onde havia uma torta e um bolo em seu suporte e abriu tirando um pedaço de ambos. Depois foi até uma máquina e colocou algo dentro, não demorou estava saindo um café quentinho na xícara.

— Sônia é incrível mesmo, ela deixou isso para nós. — Se aproxima sorrindo. Sei que é idiota, mas não consegui aguentar, me levantei da cadeira que havia me sentado no mesmo momento.

— Eu não quero comer. Prefiro dormir! — Falo rápido e ele me encara.

— Está tudo bem?

— Muito bem!

— Gabi, eu fiz algo?

— Você não fez nada, Miguel Marinho. — saio pisando firme para sala.

— Gabriela? — Miguel parece confuso.

— O que essa Sônia é sua? — Pergunto me sentindo estranha. 

Miguel ameniza a face e sorrir, aquele sorriso de lado que me faz corar, de tão lindo que é. Por quê ele está rindo de mim?

— Pensa que sou uma piada, por isso está rindo? — Cruzo os braços e ele senta-se me puxando para seu colo, tento me levantar, mas ele me mantém presa à ele.

— Não estou zombando de você, minha vida. — Ele segura meu rosto me forçando a olhá-lo. — Sônia é uma senhora muito amável, que trabalha para mim.

Abaixo a cabeça sem graça, sentindo vergonha pelo papelão que fiz.

— Você estava com ciúmes de mim? — Ele pergunta sorrindo.

— Não, eu só… Achei estranho.

— Você é linda até brava. — Encaro Miguel que, sorri largamente. — Vamos comer, meu amor.

Antes que ele levantasse segurei seu rosto e lhe beijei, mas diferente das outras vezes, foi um beijo feroz. Depois de chupar seus lábios e explorar sua boca, me afastei o olhando. Miguel estava sem reação, ele estava excitado eu podia sentir. Então me levantei lhe estendendo a mão.  

— Nossa! Desse jeito é difícil pensar em comida.

Sorrimos e ele segura minha mão, vamos até à cozinha para comer. Depois ele me mostrou toda casa e contou um pouco sobre sua mãe e irmão, falou bastante sobre Borges e Fernando também. Percebi que ele tem muito amor por eles. Miguel é um homem diferente dos outros, no sentindo bom. Ele é muito esforçado e conquistou muitas coisas trabalhando duro. Sinto muito orgulho dele!

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Estávamos na delegacia, eu já havia dado meu depoimento e aguardava Miguel. Ele estava demorando demais, respirei fundo quando o delegado, amigo de Miguel surgiu seguido dele.
Os dois me olharam sério e senti algo estranho, um frio na barriga. Miguel sentou ao meu lado e segurou minha mão, notei que estava com um pesar estranho.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei.

— Gabriela, sua mãe está aqui. — Me levantei rapidamente.

— Sério! Posso vê-la?

— Sim, mas tem algo que quero te pedir antes que  fale com ela. — Miguel fica em silêncio. — Não esqueça que você tem a mim e que, você é minha vida. Eu te amo.

— Eu amo você, meu amor. — Abraço Miguel, ansiosa para ver minha mãe.

Eles me levaram até uma sala e assim que vi minha mãe, corri até ela lhe dando um abraço apertado, ela demorou, mas retribuiu. Sei que ela não é carinhosa, mas senti falta de vê-la, afinal, ela é minha mãe. Eu a amo. 

Ela cortou nosso abraço, afastando-se. Estava séria, e diferente até de quando era feita refém por Cristiano, ela estava abatida. Seus olhos estavam estranhamente vazios. Percebi que estávamos sozinhas. Nos sentamos uma de frente para a outra, eu busquei seu olhar, mas minha mãe encarava as mãos em cima da mesa.

Fiquei Ali a observando: ela não estava maquiada, nem sequer usava alguma joia como sempre gostou, seu cabelo estava preso, sua roupa era uma calça bege quase marrom e uma blusa larga branca. Estranhei, parecia um uniforme. Ela mexeu nas mãos e me encarou.

— Senti tanto sua falta.

— Preciso te falar algumas coisas, que de um jeito ou de outro, você iria ficar sabendo. Então, prefiro eu mesma falar.

— Tudo bem, mas, porque não me procurou antes? Como conseguiu fugir do Cristiano?

— Acredito que serei direta. — Minha mãe parece séria. — Eu nunca fui prisioneira do Cristiano. Quando ia até à casa dele te ver, era só para fazer você acreditar nisso.

Assim que ela termina a frase, fecho os olhos com força, tentando assimilar o que ouvi… Ela não era prisioneira dele? Ela me enganava?

— Quando seu pai morreu, ele me deu muito dinheiro pela sua guarda… E eu aceitei.

Olho para minha mãe sentindo minhas pernas e mãos tremerem. Sentia minhas entranhas sendo reviradas. Minha respiração estava irregular e sentia um calafrio por meu corpo. Eu ouvi bem o que ela disse, porém, eu não acreditava. Não podia ser verdade, isso só pode ser um sonho, aliás, um pesadelo! 

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08/06/20221_Quarta-feira.

Fuiiiiii🤸🏼‍♀️ até o próximo.

Pokračovať v čítaní

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