A Princesa da Favela

By sahgarcia

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"O amor governa seu reino sem regras." O maior problema é ser filha de alguém que matou muita gente, é ser he... More

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atenção!!
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By sahgarcia

Senti ele me colocando em uma cama e acordei.

Eu- onde eu tô?

Edu- um lugar seguro pra você.

Sentei na cama.

O lugar é lindo, mas dava pra ver que era apenas mato por volta da casa.

Eu- você invadiu o morro?

Ele sentou.

Edu- não, mas é complicado te explicar agora.

Eu- porque eu tô aqui então?

Edu- porque eu quero te proteger.

Eu- de quem?

Edu- não posso te dizer agora.

Ele saiu sem me dizer mais nada.

Mais que porra!

Eduardo pov-

Minha cabeça tá a mil.

Sentei do lado de fora com o Geleia pra beber.

Coloquei uns cara pra vigiar ao redor da casa.

Eu não consigo acreditar que o Leandro fez isso.

O combinado era apenas dar um susto nela e fingir que a Polícia invadiu, que era melhor fingir a morte dela e ele assumir.

Mas ele simplesmente atacou o sul de madrugada, matou a maioria dos cara.

E quando a gente se encontrou ele deixou bem claro que iria matar ela.

Eu atirei nele, ele caiu com o impacto, mas eu sabia que ele tava de colete.

Os cara que estavam do meu lado começaram a atirar e revidar os cara que tava com ele, eu consegui chegar na casa dela e trazer ela pra cá.

Geleia- foi mancada dele, a gente caiu direitinho, ainda bem que você não falou pra onde iria levar ela.

Eu tô até estressado.

Eu- eu ainda não consegui contar pra ela.

Bebi pra ver se a dor do braço passa.

Fui no meu quarto pra tirar a camiseta rasgada.

Depois voltei pro quarto dela.

Ela tava em pé na janela.

Eu- quer comer alguma coisa?

Princesa- eu quero sair daqui.

Eu- não dá agora, mas você não tá presa nesse quarto, pode sair e andar pela casa, tem uma piscina.

Princesa- só quero meu celular, quero saber oque aconteceu.

Eu- vem comer.

Fui perto dela.

Princesa- eu não quero.

Eu- então quando quiser você desse.

Deixei ela sozinha e fui falar com o Geleia.

Eu- a Pamela já tá vindo?

Geleia- perdi o sinal, mas ela já tava vindo.

Eu- você acha que é uma boa dar o celular pra ela?

Geleia- arruma outro pra ela, você já deveria ter jogado fora o dela, se não vão nos achar aqui.

.
.
.
Horas depois Pamela chega com muitas sacolas, pego algumas da mão dela pra ajudar.

Eu- pra que isso tudo?

Pamela- o morro tá fervendo! Sai de lá correndo porque tavam perguntando por mim.

Levamos as sacolas pra dentro e ela terminou de falar.

Pamela- não sei se eu tava louca ou realmente tinha alguém me seguindo de moto.

Geleia já pegou a arma e saiu pra fora.

Pamela- calma! Eu já dei um jeito! Entrei no estacionamento de um supermercado e fiquei esperando, depois a moto saiu e eu fui fazer compra.

Geleia voltou e abraçou ela.

Eu- quem tava perguntando por você no morro?

Pamela- eu não sei, ordens de cima, tive que ficar escondida no carro, uma amiga que dirigiu até a saída, e depois deixei ela na metade do caminho. Tão em cima de todo mundo lá, eu ainda não acredito que ele fez isso.

Eu- nem eu, mesmo não confiando nele, eu confiei porque achei que ele queria o bem dela.

Pamela- e cadê ela?

Eu- la em cima, trouxe o celular?

Pamela- sim tá no carro.

Eu- leva pra ela por favor.

Ela pegou no carro e levou.

Larissa pov-

A porta abriu devagar e ouvi umas batidas.

- foi aqui que pediram um celular?

Olhei pra minha melhor amiga e fui correndo abraçar.

Ok estou carente.

A gente sentou na cama.

Peguei o celular.

Pam- e como você tá?

Eu- confusa, não sei direito oque aconteceu, Edu não faz nenhum esforço pra me dizer.

Pam- ele só não quer te magoar, mas acredito em tudo que ele diz porque eu vi com meus próprios olhos.

Eu- eu quero ouvir todos os lados da história.

Pam- ok, não vai sair desse quarto?

Pensei um pouco.

Pam- você não tá presa não amiga, porra é o Edu.

Eu- eu não confio em mais ninguém.

Pam- eu trouxe algumas coisas pra gente comer, vamos andar pelo mato, ouvi falar que tem vários lugares bonitos por aqui.

Eu- então eu só vou tomar um banho.

Pam- pode usar minhas roupas também, igual sempre, amanhã vou comprar mais, não deu pra comprar muita coisa hoje.

Eu- tá ótimo, obrigada.

Ela saiu e eu tranquei a porta.

Peguei o celular e liguei pro meu pai, pelo menos o meu chip Edu me devolveu.

Pai- pelo amor de Deus onde você tá?

Ouvia a voz da minha mãe no fundo, mas não entendi.

Eu- sei lá, Edu me trouxe pro meio do mato pra me proteger. Pai, oque aconteceu?

Pai- é isso que quero saber.

Eu- tentaram me matar, atiraram no carro do Edu e quase não sai viva do morro.

Pai- falei com o Lelê, ele disse que o Eduardo tentou tomar o morro.

Eu- não faz sentido.

Pai- tenta saber onde você está, que eu vou dar um jeito de tirar voce dai.

Eu- ok Pai.

Pai- senti sua falta.

Eu- eu também, como tá minha mãe.

Mãe- oi meu amor.

Eu- sinto sua falta, já faz muito tempo que não te vejo, desde o começo da sua gestação.

Mãe- eu tenho uma coisa pra te contar, seu irmãozinho nasceu.

Aí meu Deus.

Eu- eu tenho que conhecer ele.

Acabei chorando com a emoção.

Eu- pelo menos uma notícia boa.

Mãe- ele se chama Bento. Queria muito você aqui comigo.

Eu- logo logo, vai dar tudo certo.

Mãe- Te amo.

Eu- amo vocês.

Ouvi a voz da Pamela e avisei para meu pai que depois ligaria.

Pam entrou com as roupas.

Pam- não posso ir na sua casa, então isso é tudo que nos temos.

Ela viu minha cara toda vermelha.

Pam- porque ta chorando?

Eu- não é nada, só quero minha vida de volta.

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