ELISABETH
Nossos últimos dias na Grécia tem sido um tanto memoráveis, eu não preciso nem dizer o quão inconveniente Harry ficou depois da nossa conversa no cânion, mas preciso admitir que a nossa relação tem melhorado muito.
Já estamos na quarta loja do dia, porque ele insiste que precisa levar alguma coisa da Grécia para o produtor, Mary, e algumas outras pessoas que ele faz total questão. Estamos quase no fim da loja e eu descobri que ele é pior que eu para essas coisas, por isso decidi rodar a loja sozinha, talvez encontre algo do agrado dele.
Já estava quase no último corredor, torcendo para achar alguma coisa, bati o olho em mini estátuas gregas, talvez eu tenha ficado empolgada demais, o presente poderia ser mais para mim do que para qualquer outra pessoa.
- O que você achou aí? - Levei um susto quando o vi ao meu lado.
- Mini estátuas gregas. - Peguei uma e mostrei para ele. - Entende que essa aqui é a Vitória Alada, em miniatura? - Ele abriu um sorriso.
- Não, eu não entendo, mas adoraria que me explicasse. - Baixei a estátua.
- Não deboche de mim. - Foi um tanto autoritário da minha parte.
- Não estou debochando, eu gosto quando fala sobre as coisas que gosta. - Ele tem um sorriso bonito no rosto.
- Isso não faz nenhum sentido, mas se quer saber, ela é uma deusa, fizeram a estátua para comemorar uma vitória naval, e, na verdade, ela deve medir uns três metros na vida real, mas essa aqui deve ter uns quinze centímetros. - O olhar dele queima sobre mim, o sorriso permanece.
- Gostou dela?
- É, eu gostei sim, acho que vou levar. - A analisei por mais um momento.
- Ótimo, eu já escolhi todos, pode colocar com as minhas coisas. - Olhei para a cesta cheia de coisas, ele quer presentear o mundo com tudo isso.
- Não, espertinho, eu vou pagar primeiro, você paga isso tudo depois de mim. - Ele semicerrou os olhos.
- Não vai fazer nenhuma diferença se eu pagar. - Ele protesta enquanto anda atrás de mim.
É claro que não faria diferença, ele é milionário, eu até deixaria ele pagar, mas já esqueci como é usar um cartão já que não paguei por nada desde que cheguei aqui.
Saímos da loja dividindo as sacolas, parece que ele comprou presentes para todos os que trabalham para ele, sem exceções, mas duvido que tenha feito isso, é muita gente e isso seria impossível.
Já que fomos ao hospital uma vez, e já haviam tirado fotos nossas almoçando, não havia problema em sairmos da nossa zona segura.
Aproveitamos o último dia, juntos e depois fomos de carro para uma pista gigante que eu tenho certeza que caberia uns dez aviões, eu não estava muito acostumada com pessoas fazendo coisas por mim, por isso tudo o que fiz foi ficar ao lado dele enquanto observava nossas malas serem colocadas no jato.
Eu posso dizer que passei a maior parte do tempo dormindo já que eu dormia por três horas no máximo, Gem e Harry são cansativos, queriam ir em todos os lugares possíveis em um só dia, por isso a falta de tempo para descansar, e para quem não saia de casa antes da mãe e da irmã chegarem, nós saímos até demais.
Ele se levantou do lugar sem dizer nada, posso imaginar que vai pegar algo para comer ou beber, ou jogar conversa fora com o pessoal que trabalha para ele.
Meu palpite estava certo quando ele voltou com uma xícara de chá e um copo com suco de maracujá, uns dos meus favoritos.
Fiquei observando ele abrir o sache de leite e colocar no chá, misturando com auxílio de uma colher logo depois, ele olhou para mim e continuou mexendo, trocamos sorrisos tímidos, já é quase normal eu pegar ele me observando, às vezes ele percebia meu olhar também.
Viajar de avião é um tédio, eu até poderia aceitar os convites subliminares dele, mas isso não nos levaria para um bom caminho.
- Posso dormir na sua casa? - Ele tem uma mania incessante de chamar todos os lugares de casa, mesmo se fosse um apartamento, ou um hotel. - É mais perto que a minha, e eu estou realmente cansado.
- Tudo bem. - Falei breve, estamos no carro dele, então provavelmente eu não vou ver ele na manhã seguinte.
Isso poderia ser considerado um problema se eu fosse realmente sincera comigo mesma, passei muito tempo com ele, todas as vinte e quatro horas do meu dia nas últimas duas semanas, poderia dizer que me acostumei com isso, mas não vou dar esse gosto nem para mim mesma.
Tiramos as minhas malas do carro, ele me ajudou a carregar, eu estou realmente cansada e já está tarde, conforme os números do elevador vão subindo, fico pensando que eu poderia ter me oferecido para dirigir já que estava tão cansado.
Entramos no apartamento e eu não me dei o trabalho de organizar nada, uma chuveirada resolveria tudo, um pijama leve e uma boa noite de sono.
- Harry. - Chamei a atenção dele, que parou no meio do caminho, com a toalha na cabeça, já sabe o que significa.
- Eu molhei sem querer. - Se defendeu.
- Não vai dormir assim, vai molhar o travesseiro e vai ficar espirrando depois. - Preciso de muita paciência, tenho quase certeza que ele faz para me provocar.
Engatinhei até o lado que ele geralmente dorme, tem uma tomada na parede, só fui até lá para conferir, sai do quarto sem aviso, ter que procurar por um secador e um difusor no meio da noite quando se está cansada é realmente irritante.
Entrei no quarto, encontrei ele sentado na cama, qualquer posição ali seria bem desconfortável, então o único jeito era ficar de joelhos atrás dele.
- Isso é bom. - Ele falou em um sussurro, dei uma risada nasal. - Era só isso? - Ele perguntou. Assenti. - E se eu molhasse o cabelo acidentalmente de novo?
- Eu faria você mesmo secar. - Falei enquanto andava pelo quarto para guardar o secador.
- Então não vale a pena. - Ele deitou e se cobriu.
A super mansão na Grécia é ótima, confortável, mas nada como estar em casa de novo, com suas próprias coisas, no seu ambiente.
- É bom estar em casa, não acha? - Ele perguntou, como se tivesse lido meus pensamentos.
- É ótimo, deve estar com saudade da sua. - Ele riu baixo.
- Já estou em casa, linda. - Sorri involuntariamente, merda, odeio quando ele tem esse efeito sobre mim.
* * *
Acordei sorrindo, um sorriso de alguém que teve a sensação de que dormiu por horas, finalmente descansada, mas como tudo o que é bom dura pouco...
Peguei meu celular para verificar a agenda, e eu juro que queria estar na Grécia agora, não importa quanto tempo teria que passar longe da minha cama, comecei a choramingar sozinha...sozinha.
Como eu esperava, Harry não se encontra mais no meu apartamento, deve ter ido resolver alguma coisa, a questão é que eu não veria ele nos próximos dois dias, ambas as agendas estão cheias.
Chuveirada logo pela manhã, na minha opinião é a melhor hora para tomar banho, é renovador e eu tenho a impressão de que meus dias começam melhores.
Sai do quarto sem nem arrumar a cama, eu sei que Bob vai me ligar a qualquer momento. Quando cheguei na cozinha, me deparei com a mesa arrumada, olhei para todos os lados, pensei mesmo que Harry estivesse aqui, mas considerando o número de pratos, só uma pessoa tomaria café.
Não seria Harry se não tivesse um bilhete.
"Aproveite o café.
Com amor. H"
Quando foi que ele comprou um bolo? E como uma frase simples escrita em um papel me fizeram suspirar? Estou ficando doente.
Meu celular tocou e voltei a realidade, apoiei o bilhete na mesa, assim como o celular, no vivo a voz.
- Bom dia Bob. - Falei simpática, sentando na mesa.
- Bom dia, é...bom dia. - Ele está correndo, escuto os passos apressados dele. - Você precisa vir ao escritório, tem umas coisas que precisa assinar.
- Coisas para assinar? - Perguntei enquanto corto um pedaço de bolo.
- Eles querem um comercial. - Acho ótimo quando Bob me passa todas as informações que preciso.
- Bob, seja mais específico. - Levei um pedaço do bolo até a boca, eu havia esquecido o quanto isso é bom.
- Muita coisa aconteceu enquanto você esteve fora, está tudo uma loucura, porque...eu tenho o mínimo de consideração e não te mandei nenhum e-mail avisando, está sentada? - Ele não quis atrapalhar a viagem, fofo, mas está me assustando.
- Sim. - Parei de comer e peguei o celular, olho para a tela como se pudesse ver ele.
- A Nike quer que você tire fotos promocionais para eles, não é um patrocínio, mas eu juro que nunca vi tantos zeros em um contrato. - Levantei, estar sentada não adiantou nada.
- O que? - Eu falei um pouco alto demais.
- Eu sei, incrível, eles mandaram um monte de caixas para a sua casa, estão todas no escritório, mas, além disso... - Ele fez uma pausa que me agonia, escutei um barulho da porta do carro abrindo e depois fechando. - A Dior quer...
- A Dior? O que tem eles?
- Quer deixar eu terminar garota? - Suspirei. - Querem que você faça fotos promocionais, e uma propaganda para eles, tem uma caixa com uns vinte óculos diferentes no escritório, tudo o que tem lá é presente, queriam falar com você, mas eu disse que estava em uma viagem, e foi aí que a coisa melhorou. - Sentei no sofá para escutar mais. - Eles tiraram fotos de vocês na Grécia, e você já estava usando as roupas da marca.
- Está falando da Nike agora?
- É, não me interrompa. - Ele resmungou. - Eles meio que interpretaram como um sim, e quando me perguntaram, eu disse que já tinha aceitado e que assinaria, eu não sei se fiz certo, mas tinha que fazer.
- Você fez, fez mais do que certo, eu vou...vou para o escritório agora mesmo. - Desliguei depois que ele disse que também iria.
Corri para o quarto, o que está acontecendo na minha vida?
Vesti a primeira roupa que vi, calça jeans, tênis e uma camiseta que nem vi de onde peguei, peguei um casaco e nem me preocupei em ver se tinha alguma coisa estranha em mim, chaves do carro e... a mesa do café.
Sorri quando passei por ela, de novo, idiota.
Mas eu não podia ser mal-educada, tirei uma foto e mandei para ele mesmo, "obrigada, namorado", estou tentando aceitar e usar o sarcasmo envolvendo essa história de contrato.
* * *
- Porra! - Falei assim que vi as caixas no escritório. - Eles mandaram tudo isso?
- Mandaram. - Ele sorriu ao me ver ali, olhei de novo para ele, sem acreditar. - Olha, isso é bem grande perto de tudo o que fez até agora.
- Eu sei. - Suspirei. - Isso é...surreal.
- É só o começo. - Sorriu. - Você também precisa mostrar nas redes sociais, e o melhor, eles vão pagar muito bem por isso também, além das fotos e da propaganda.
- E quando vai ser? - Perguntei entusiasmada.
- Assim que assinar tudo podemos marcar as datas.
Eu não pensei duas vezes antes de assinar, demorou um pouco mais de tempo porque gostamos de ler tudo de novo, mesmo que já tenhamos feito isso.
Com certeza é o dia mais feliz da minha vida, peguei o celular, mas guardei de novo, ninguém sabia, só eu, e essa é a melhor parte.
Eu fiz tudo o que tinha para fazer muito mais rápido do que eu faria, quando terminei os exercícios na academia, eu mesma levei um susto, geralmente leva uma hora e eu levei quarenta e cinco minutos hoje.
Fui até a melhor loja de vinhos e comprei dois, talvez eu fique bêbada, mas quem se importa?
Cheguei em casa a noite, faz um bom tempo que moro aqui e usei a hidromassagem poucas vezes, isso terminaria hoje, recebi mensagens incessantes dos meus irmãos perguntando se eu estaria em casa, menti para todos dizendo que não estaria, eu só preciso de um momento, sozinha para ter certeza de que tudo isso é real.
Preparei tudo em torno da hidromassagem, taça de vinho, o próprio vinho e o silêncio, relaxar é o que eu preciso, meu celular tocou assim que tirei o roupão, pensei mesmo em não atender, mas alguma coisa me fez pensar melhor.
- Boa noite, mon amour. - Revirei os olhos, mas jamais poderia não sorrir.
- Boa noite, Harry. - Escutei a risada dele, minha fala revela que eu gostei do boa noite dele.
- Desculpe, eu vi a mensagem que mandou só agora, terminei uma entrevista a pouco tempo. - Posso sentir o cansaço na voz dele, pelo horário que ele saiu e a hora que é agora, ele realmente trabalhou muito.
- Tudo bem.
- Gostou do café? - Eu sei que ele sorrindo, mesmo não conseguindo ver ele.
- Eu gostei muito. - Sorri sem querer, de novo.
- Que bom. - Um silêncio pairou entre nós. - O que está fazendo? - Ele sempre pergunta.
- Eu estava prestes a entrar na hidromassagem.
- Hidromassagem? Isso é um convite? - Ele deu uma risada nasal, olhei para a água borbulhando na minha frente, seria tão divertido assim sozinha?
- Na verdade, se você quiser, está convidado. - Fechei os olhos assim que falei.
- É sério? - Ele pareceu realmente não acreditar.
- Sim, por que não? - Silêncio de novo.
- Chego em vinte minutos. - Escutei os passos dele pela casa.
- A porta vai estar aberta. - Ele deu uma risada, não consegui distinguir o motivo.
Agora nós precisaríamos de duas taças, e duas toalhas, e é claro, música.
Eu deixei a porta aberta, já que ele provavelmente não sabe onde se encontra a hidromassagem.
Escutei a porta nos vinte minutos que ele disse que chegaria, torcendo para que não fosse qualquer pessoa e que eu não fosse assassinada bem ali. Só eu entendo a minha mente.
Ele entrou e fechou a porta, se aproximou um pouco e analisou a cena.
- Eu perguntaria como foi o seu dia, mas posso apostar que foi bom. - Bebi um pouco do vinho antes de responder.
- Foi ótimo, na verdade. - Ele sorriu e começou a tirar as roupas, boxer preta, quanta novidade.
- O que estamos comemorando? - Ele perguntou, encostando as costas na parede da hidromassagem.
- Eu fui convidada para fazer algumas propagandas importantes. - Ele parece esperar que eu desse mais informações. - A Nike quer que eu faça fotos promocionais para eles, e a Dior quer que eu faça uma propaganda, além das fotos, para a linha de óculos deles.
- Isso é...incrível, parabéns. - Ele tem um sorriso doce no rosto, eu juro que poderia beijar ele agora. - Você vai gostar de fazer isso, é incrível, aproveite cada momento, estou feliz de fazer parte disso com você.
- Isso é loucura. - Inclinei a cabeça para olhar o teto.
- Por que? - Voltei a olhar para ele.
- Eu tenho medo de não saber fazer isso, ou não ser boa o suficiente. - Tem que ser o álcool falando, eu sempre abria um grande sorriso e dizia que estava tudo bem, mas agora, vulnerável.
- Você é perfeita. - Ele afirmou com convicção, apoiando os braços na borda da banheira. - Por que não seria boa?
- Porque... - Tentei me aproximar dele, mas parei no caminho. - Isso tudo está acontecendo desde que assinamos o contrato, você tem talento de verdade, e se eu for só "a namorada do Harry Styles"? E se todos pensarem que estou com você só por isso, e se...
- São muitos "e se". - Ele fez aspas. - E nem um deles define você. - Ele fez uma pausa, e se aproximou. - Eu não vou mentir, muitas pessoas devem pensar no interesse quando o assunto é você, mas elas não sabem de nada, não sabem do talento que tem, você merece muito mais do que isso, os fins não justificam os meios e nós sabemos disso, é o suficiente, as pessoas que realmente se importam estarão no topo com você.
Nós estamos bem próximos agora, ele sorriu para mim, é como um remédio, me deixa segura e me tranquiliza.
- Por que você tem que ser tão perfeito? - Meus pensamentos escaparam pela boca, ele deu uma risada alta.
- Eu não sou perfeito, mas agradeço o elogio. - Maldito.
- Viu, você fez de novo. - Falei indignada, isso é tortura para as pessoas que não são perfeitas.
- O que eu fiz de novo?
- Foi perfeito, só pessoas perfeitas dizem "eu não sou perfeito", você deve ser um dos preferidos do criador. - Ele riu de novo, deve estar me achando uma ridícula.
Nós ficamos jogando conversa fora durante horas e quando menos percebemos a segunda garrafa de vinho estava acabando.
- Como tem coragem de dizer isso? - Ele perguntou sério. - Deveria ser considerado um crime você se achar feia.
- Eu me acho bonitinha, graças ao meu cabelo, eu gosto do meu sorriso e dos meus olhos também, o meu nariz também não é ruim. - Ponderei, queria saber quando foi que começamos a falar sobre isso.
- Nada em você é ruim, acredite quando eu digo que você é linda. - Ele suspirou.
- Você me deixa sem graça as vezes, não sei reagir a um elogio. - Confessei mordendo o lábio, nervosismo nítido.
- Não precisa responder, pode me beijar toda vez que eu fizer um elogio. - Eu não daria conta.
- Estava demorando. - Gargalhei. - Eu até gosto do seu flerte.
- Não foi um flerte. - Ele está tentando ser sério agora, isso é um flerte.
- Não foi? - O meu tom de desafio diverte ele, eu sei disso.
- Eu nem comecei. - Os olhos dele começaram a passear pelo meu corpo submerso, depois pararam na minha boca, em seguida os meus olhos.
- Pode parar de me encarar assim? - Minhas bochechas devem estar bem vermelhas agora.
- Por que? Te dá vontade de vir até aqui me beijar? - Não só beijar, sei que ele sabe disso tanto quanto eu. - Para ser sincero, estou querendo fazer isso desde que entrei aqui.
Meu corpo foi tomado por uma corrente elétrica, parece conectar nós dois, eu não respondi às perguntas dele, não sei se deveria ir até lá ou se deveria esperar por ele.
Ele estendeu a mão, o sorriso cafajeste implantado no rosto, os olhos me hipnotizam, estendi a mão e ele a pegou delicadamente, esperou eu pousar a taça de vinho antes de me puxar para ele, deixando eu me ajeitar na melhor posição possível.
Ele olhou para baixo, a água deixa a visão das minhas pernas embaçadas ao redor da cintura dele, mas mesmo assim ele observa, enquanto as mãos dele passeiam por elas, apertando quando necessário, até chegar na cintura, ele voltou a olhar para mim, a mão direita deslizou pelo meu corpo até chegar no meu rosto, senti o toque molhado, o polegar contornando os meus lábios.
O rosto dele se inclinou e eu tomei como um sinal para beija-lo, eu mentiria se dissesse que não é bom, na verdade, acho que ele é o dono do melhor beijo que já provei, talvez um dia ele possa saber disso.
As mãos dele deslizaram por todo o meu corpo, apertando um dos meus peitos de vez em quando, me fazendo suspirar, eu gosto do toque dele, gosto muito para falar a verdade.
Senti a mão dele deslizando pelo meu corpo de novo, meus músculos tensos me dão uma sensação estranha, ele pousou a mão no meu quadril e meu corpo tremeu o suficiente para que ele percebesse e desse uma risada nasal.
Minha mente é geralmente agitada e eu fico pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, mas agora, com ele, é diferente, eu só consigo pensar no momento que estamos tendo.
Ele está massageando uma parte bem sensível do meu corpo do momento, isso me faz suspirar e meus dedos se encontram emaranhados nos cabelos dele, enquanto a outra mão desliza pelo abdômen, eu tenho uma atração estranha pelo corpo dele.
Ele poderia desamarrar as laterais do meu biquíni, mas não se deu o trabalho de fazer isso, apenas arrastou o tecido para o lado, e isso me exitou muito mais do que pensei que fosse possível.
- Melhor assim? - Ele perguntou enquanto brinca com a ponta do indicador sobre meu clitóris.
Eu até responderia, se conseguisse formar uma frase sem gemer, minha cabeça começou a girar, ele deve estar se achando muito nesse momento, porque nem começou e já me deixou louca.
Minha cabeça tombou para trás, fechei os olhos para aproveitar a sensação, mas ele me puxou de volta para um beijo, um beijo quente, o polegar pressiona meu clitóris enquanto o dedo médio se move dentro de mim e o prazer foi de zero a cem muito rápido, eu parava o beijo de vez em quando e dava suspiros e murmurava coisas sem sentido, ele gosta disso, é o que precisa para continuar.
Eu não sei bem a quanto tempo estamos nisso, mas eu não quero que acabe, por outro lado, meu corpo está em colapso e prestes a chegar lá. Sem aviso, paro o contato com a boca dele e inconscientemente minhas mãos estão nos biceps dele, talvez eu goste bastante dessa parte do corpo dele também.
Com a respiração descontrolada, me afasto um pouco e inclino a cabeça para trás, ele se ajeita melhor e me puxa para mais perto, agora penetrando o segundo dedo, o que me faz apertar os biceps dele e soltar um gemido alto, o movimento dos meus quadris indica uma coisa, e ele entende imediatamente que preciso que vá mais rápido.
Ele acompanha o meu orgasmo massageando dentro de mim, mas digamos que não é um bom momento, mas estou com vergonha demais para dizer isso a ele, por isso só tento me afastar, por sorte ele entende e tira os dedos por inteiro dali.
- Estou meio sensível agora. - Falo quase em um sussurro, ele apenas assentiu com um sorriso.
- Desculpa. - Ele também sussurrou, mas não precisava mesmo pedir desculpa, não depois disso.
- Não peça desculpas, não depois de...- Eu me atrapalhei com as palavras porque os olhos dele não se movem nem um centímetro dos meus.
- Depois de ter feito você gozar? - Fechei os olhos em negação, escutei a risada dele, se o som não fosse tão agradável, eu começaria uma discussão agora.
- Sim, Styles. - Afundei meu rosto no pescoço dele, o abraçando, ele envolveu os braços em torno do meu corpo, deslizando uma das mãos nas minhas costas, enquanto a outra pousou na minha cintura.
Ficamos um tempo em silêncio, enquanto ele distribuía beijos pelo meu ombro nu, a sensação é boa, o que eu estou fazendo?
- Quer assistir alguma coisa? - Perguntei, ainda com o rosto enterrado no pescoço dele, parece esquisito agora, mas tem cheiro de menta e chocolate.
- Eu adoraria. - Ele disse baixinho.
Saímos da hidromassagem, depois de trocar de roupa, fazer pipocas e nos jogarmos no sofá que quando aberto parece mais uma cama, estávamos escolhendo um filme. Diário de uma paixão foi a nossa companhia da noite, me surpreendi porque Harry sabe quase todas as falas do filme, eu ria toda vez e ele me olhava feio.
Nós não estávamos na agenda um do outro hoje, não era para estarmos juntos, mas parece que o destino tem nos unido ultimamente.
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Hoje eu não iria portar a continuação, mas fica como presente uma maratona de três capítulos.
Espero que gostem ❤
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