Truth or Consequence

By Little__Reader

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Carolina Para quem não me conhece eu sou a Carolina,mas os meus amigos tratam-me por Carol.Bem eu sou alta,ma... More

Prólogo
Um
Dois
Três
Quatro
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
Dezasseis
Dezassete
Dezoito
Dezanove
Vinte (Part I)
Vinte e Um (Part II)
Vinte e Dois-Beatriz e Henrique EXTRA
Vinte e Três
Vinte e quatro
Vinte e Cinco
Vinte e seis
Vinte e Sete
Vinte e oito
Vinte e Nove
Trinta
Trinta e Um
Trinta e Dois
Epílogo-Trinta e Três
NOTA
White Winter

Cinco

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By Little__Reader

Aqui vai mais um capítulo,espero que gostem.

Votem e comentem caso gostarem.Obrigada!

Boa leitura!

Carolina(Carol)

Estava quase na hora de Cat ir embora para sua casa quando me lembrei de lhe dar uma coisa.

-Eapera Cat, tenho uma coisa para ti-falei.

Depois de ir ao meu quarto buscar a pequena saca, desci e entreguei-a a ela.

-Toma,isto é para ti-sorri.

-O que é isto?-perguntou.

-Se não abrires nunca vais saber.

Ela abriu a pequena saca e arregalou os olhos.

-Eu não posso aceitar isto Carol-falou-isto deve ter sido muito caro.

-Caro ou não agora é teu.

-Estás maluca?-olhou para mim-um iphone6?eu não vou aceitar.

-Se não aceitares vou-me sentir ofendida-fiz beicinho.

-Mas...

-Não há mas nem meio mas...aceita e cala-te.

Com alguma teimosia ela acabou por aceitar o meu presente e foi embora.

Sim eu sei,aquele iphone6 foi a minha mãe que me deu,mas....eu já tenho um iphone5 eu não preciso de outro e para além disso a minha mãe nunca vai saber que já não o tenho.

Sentei-me no sofá e liguei a televisão, quando memórias do telefonema daquele cara-de-palhaço me vieram à cabeça.

Ele pediu que me fosse encontrar com ele na gelataria às 16:30 horas da tarde,mas...eu por um lado queria vê-lo,mas por outro não.

Mas o que é que eu estou para aqui a pensar?ele é um idiota,eu nunca me iria encontrar com ele...ou talvez sim,mas não hoje, não desta vez.Talvez uma próxima.

-Carol...?-a voz de Beatriz despertou-me dos meus pensamentos.

-Sim Bia?-olhei para ela.

-Não vais sair de casa-sorriu-quer dizer...passear,sair com os amigos sei lá.

-Hoje não me apetece sair de casa.

-Mas está tudo bem?

-Sim...não.

-Sim ou não?-sentou-se ao meu lado.

-Não.

-Podes confiar em mim se precisares de falar com alguém-sorriu.

-Eu sei...-sorri para ela-sabe é que....-contei a Beatriz que conheci aquele idiota chamado Miguel,falei também do seu telefonema e do seu convite e vi Beatriz sorrir.

-Tu vais a esse encontro?-perguntou.

-O que é que você acha?-olhei para ela-eu não vou me encontrar com um idiota que nem sequer conheço-falei.

-Idiota?-riu-tu gostas dele Carol?

-Não,claro que não-senti as minhas bochechas queimarem.

-Vou fingir que acredito-olhou para mim com carinho.

-Estou a dizer a verdade Bia.

-Eu já te conheço há muito tempo minha menina,quase sei o que pensas e achas que eu não sei quando as pessoas estão apaixonadas?-olhou nos meus olhos-eu também já tive a tua idade.

-Já esteve apaixonada?-perguntei,mas logo arrependi-me quando vi a sua cara entristecer.

-Sim...eu também já estive apaixonada-levantou a cabeça e encarou-me-apaixonada de verdade.

-Desculpa,eu não queria...

-Não faz mal-sorriu ainda triste.

-Posso fazer-lhe uma pergunta?

-Claro.

-Como é estar apaixonada?

-Estar apaixonada é...é um sentimento que não tem explicação, não há palavras para o descrever,mas...para viver ao lado da pessoa amada é preciso ser forte e saber lutar por esse amor,mas nem todos têm sorte no amor, nem todos são correspondidos,mas...

-Mas há sempre uma luz ao fundo do túnel para que esse amor seja correspondido, basta olhar-mos tudo à nossa volta-o meu pai interrompeu Beatriz.

Beatriz e o meu pai encararam-se e algo me dizia que ambos sabem de facto o que é o verdadeiro amor...já reparei que entre Beatriz e o meu pai se passa algo,eles são patrão e empregada, mas dão-se tão mal,nunca vi coisa igual,às vezes ouço-os a discutir na cozinha...eu acho que eles numa vida passada se conheciam, talvez coisas do passado quem sabe...se fosse outra pessoa já teria demitido a sua empregada,mas o meu pai não,há algo que os separa mas que os une, mas eu ainda não consegui descobrir o quê.

Vi Beatriz levantar-se atrapalhada sem nunca tirar os olhos do meu pai, já este seguia todos os passos de Beatriz com o olhar também sem nunca a perder de vista.

-Eu vou para a cozinha-falou Beatriz virando costas.

-Sempre a fugir, não é mesmo?-o meu pai falou para ela.

Beatriz voltou a virar-se e olhar para o meu pai.

-Mais vale fugir do que trair,não é mesmo?-encararam-se uns segundos e ela voltou para a cozinha.

O...k agora fiquei confusa,se antes pensava que se passava alguma coisa entre estes dois agora tenho a certeza.

-Pai...-levantei-me do sofá e encarei-o-está tudo bem?

-Claro filha-tentou um sorriso.

-Porquê que tu e a Bia não se dão bem?-perguntei curiosa e preocupada ao mesmo tempo.

-Não é nada filh não te preocupes,são coisas de adultos.

-Coisas de adultos?-levantei uma sobrancelha-diz-me...a mãe foi a única mulher que conheceste na tua vida?-perguntei desconfiada.

-Mas que pergunta é essa-quase gritou.

-Desculpa-encolhi-me com o susto.

-Desculpa querida-aproximou-se de mim e agarrou a minha mão-a tua mãe não foi a única mulher que conheci na minha vida.Eu antes da tua mãe conheci uma mulher em que pensei ser a mulher certa para mim e que me fez virar o mundo de pernas para o ar,mas acabei por descobrir que ela não era a mulher ideal para mim,eu era influenciado e manipulado por ela e decidi acabar tudo com ela,mas depois conheci a tua mãe e casei com ela e estamos juntos até hoje.

-Humm...-continuei desconfiada,alguma coisa não bate certo nesta história-Independentemente do que aconteceu no passado, por favor não descarregues na Bia, ela é boa pessoa,ela é divertida, trabalhadora e sensível.

-Duvido-encostou-se para trás no sofá-pessoas como ela deviam de ser excluídas da sociedade.

-Pára com isso-levantei-me e encarei-o-pára de falar assim dela,eu gosto dela,ela é minha amiga...-olhei para ele realmente chateada-ela faz mais por mim do que tu e a mãe juntos.

Naquele momento vi tudo andar em camara lenta.Só tive tempo de ver o meu pai levantar-se e dar-me um estalo.

-Nunca mais voltes a falar comigo nesse tom de voz,nem voltes a dizer esses absurdos. Aquela mulher só te faz mal à cabeça, ela está a manipular-te tal como fez comigo-exaltou-se-eu não te quero perto dessa mulher percebeste?-virou costas e saiu de casa batendo a porta.

Comecei a chorar frenéticamente, não pelo estalo que recebi, mas sim pela força daquelas palavras.

-Carolina...?-ouvi a voz de Beatriz atrás de mim e rapidamente limpei as lágrimas do meu rosto.

-Si...sim-falei ainda trémula.

-Oh Carol-aproximou-se de mim-tu estás a chorar?-abraçou-me e eu acabei por desabar nos seus braços onde chorei,o que para mim foram longos minutos.

-Eu discuti com o meu pai e...e...ele bateu-me.

-Bateu-te?-arregalou os olhos-como assim bateu-te?

-A culpa foi minha.

Olhei pela primeira vez para Beatriz desde que voltou da cozinha e reparei que os seus olhos estavam vermelhos,ela esteve a chorar.Será que foi por causa do meu pai?

-Se a culpa era tua ou não eu não sei,mas ele não tinha o direito de te bater.

-Eu não percebo...-falei limpando uma lágrima que caía no seu rosto-porque vocês se odeiam tanto?

-Não é nada-tentou um sorriso mas foi em vão.

-Não é nada?como não é nada?-levantei-me-eu sinto que alguma coisa não bate certo nesta história de você e o meu pai não se darem bem e eu sei que vocês estão a esconder-me alguma coisa,porque não me contas o que se passa-olhei para ela.

-Mas não há nada para contar-levantou-se e ficámos de frente uma para a outra.

-Eu não acredito-virei costas-eu não vou desistir enquanto não descobrir a verdade-subi as escadas e fui para o meu quarto onde me deitei na minha cama.

......

Não sei quanto tempo passou,mas quando acordei já passavam das 20:15 horas da noite.

Levantei-me e desci para comer alguma coisa,quando ía a entrar na cozinha...

-Ela é tua filha-ouvi Beatriz.

-O que é que isso te importa?-era a voz do meu pai.

-Não tinhas o direito de lhe bater.

Nunca pensei que o meu pai e Beatriz tivessem tanta intimidade para se tratarem por tu.

-Tu também não tinhas o direito de fazer muita coisa e mesmo assim fizeste-o.

-És um insensível.

-E tu?queres mesmo que te diga o que tu és?-perguntou o meu pai.

-Infelizmente sou tua empregada.

-Azar o teu,se estas mal sempre te podes mudar-falou o meu pai totalmente irritado.

-És um...um...

-Um...?-houve um silêncio e eu abri um pouco mais a porta para ver o que se estava a passar e...

Oh...meu...Deus...

Vi o meu pai aproximar-se de Beatriz em pequenos passos e esta em pequenos passos recuou batendo com as cosas na parede.

-Sempre foste uma manipuladora, sempre gostaste de me controlar-riu sarcástico-agora sou eu que te controlo.

Pegou nos seus cabelos e puxou-a para um beijo apaixonado, cheio de paixão,amor e desejo.

Eu não acredito nisto, eles acabaram de...de se beijar.Eu nunca pensei que eles fossem capaz de me trair desta maneira,eu sempre pensei que eles se odiassem...as pistas estavam todas lá eu é que nunca percebi isso.

Voltei a fechar a porta como ela estava antes e voltei para o meu quarto.

Naquela noite não consegui dormir um minuto que fosse.

Eu estava tão cansada, tão magoada, tão...tão...nem sei.

Eu não sei o que se passa entre aqueles dois, mas eu vou descobrir ou eu não me chamo Carolina Almeida da Silva.

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