De Repente Em Nárnia.

Por RarissolCosta

43.4K 2.6K 834

PLÁGIO É CRIME Art.184 Do Código Penal Brasileiro. Nesta nova aventura irei lhes contar sobre quatro ga... Más

Elenco
Ambas Personalidades
De repente... Nárnia
Primeiras impressões!
Amigos... Não confiem.
Sentimentos Estranhos
O Jantar
Sangue Real
Entregamos a nós mesmos.
Conversando com Gleice
Conversando com Fernanda
Conversando com Gabriela
O Evento
Uma Surpresa
A Revelação
No Subsolo
Acontecimentos.
Lilith
A Desconfiança.
A Briga.
A Briga (Parte II)
A Descoberta.
Águas Profundas
O Baile.
A Profecia.
A luz se acendeu
Já não há mais jeito.
Acerto de contas
O Funeral
Natal em Nárnia
2ª Temporada / Elenco
Minas sweet Minas
Um Recomeço
A Garota
Bem Vindos Ao Sant' Lucida
Uma mentira bem contada
As três regras...
O mundo não é seu amigo.
Nem tudo são flores

Conversando Com Rany

1.3K 103 23
Por RarissolCosta

***^_^***
Pedro Part

Sai à procura de Rany pelo castelo, quando em um dos corredores vejo Gaby e Gleice.

-Ola garotas vocês viram Rany?

-Ah, olá majestade, bom, nós acabamos de sair da biblioteca e ela ficou por último lá, está fascinada com tudo. - diz Gleice timidamente mas abrindo um sorriso de leve.

-Obrigado. - sorri de volta com ternura.

- Espero ter ajudado. - Gaby disse com um sorriso mais aberto que Gleice. Deduzi então que ela não era tão tímida como a amiga.

-Sim muito, obrigado mesmo. - agradeci mais uma vez.

Sai tão entusiasmado que acho que estava quase correndo, quando cheguei á grande biblioteca me deparei com as duas grandes portas entreabertas e por entre elas se podia ver lá dentro. Sei que não podia espionar o que a garota fazia ali mas eu queria tanto vê-la em seu estado de conforto.

Então, olhei para dentro e a vi vendo alguns livros, ela passava os dedos por entre a estante lendo os títulos falando sozinha palavras soltas ao vento, me virei para porta e tirei o rosto da fenda com medo de que ela me visse.

- Por Aslan, está biblioteca é enorme, Todos os livros do mundo estão aqui, certeza - exclamava ela que pela voz devia estar fascinada.

- Nárnia, a história não contada. - exclamou com a voz embargada de confusão. - Que louco. Eu leria se já não soubesse o bastante sobre Nárnia. - disse e pude ouvir seus passos lentos pelo local fazendo o barulho de seus sapatos no piso de madeira.

- Não acredito! - sua voz alterou em êxtase. -
Está aqui? Eu pensei que era de Ramandu. - disse ela rindo provavelmente incrédula, e eu sabia do que se tratava. Era o Livro de Feitiços.

Olhei pela greta e a vi de costas fazendo força para pegar o livro. Em outra situação seria engraçado, mas o susto do enorme livro batendo na mesa fez meu corpo dar um grande espasmo.

-MEU DEDO! - xingou ela colocando o mesmo sobre os lábios. Logo balançou o mesmo e abriu o livro folheando com o cenho enrrugado porém ainda assim muito encantada.

-O feitiço que Lúcia usou para se parecer com Susana! - seu sorriso se abriu e ela passou os dedos sobre a folha. - Tentador, porém é melhor não, tudo tem seu preço no final das contas. - balançando a cabeça ela olhada com ternura, deu de ombros e virou para a próxima página.

Eu sabia o que tinha na próxima página, era desnorteante mas mesmo assim fiquei esperando para ver a sua reação.

- "Aqui neste espelho você verá seu amor verdadeiro". - ela leu como se fosse algo normal porém logo seu cenho se enrrugou novamente e ela olhou ao redor.

- Mais que espelho? - seu olhar voltou ao livro e se alargou.. - Ah este espelho, mas um espelho dentro de um livro? Como assim? - disse ela rindo e balançando a cabeça levemente olhando para a frente logo me escondi novamente atrás da porta para que ela não me visse.

- Pedro o que está fazendo ai?

DROGA, ela me viu a espionando, que vergonha. Meu coração gelou e eu suei frio ficando congelado e sem ação. O que faria agora? Ou melhor, o que falaria pra ela? Em fração de segundos meu cérebro procurava uma desculpa, até que eu escutei a minha voz, espera, O QUÊ? MINHA VOZ?

- Almas transpassadas pelo amor e tempo se unem além dos mundos! - era assustador ouvir aquela voz, a minha voz.

- Que brincadeira é essa? - ela perguntava olhando ao redor e rindo de nervoso piscando várias vezes tentando encaixar as informações. Nem eu conseguia ligar os pontos. - Isso não faz o menor sentido.

- Almas transpassadas pelo amor e tem... - exclamou a voz porém antes de terminar ela fechou o livro bruscamente.

-Chega! - sua mão apoiava a capa do livro o analisando. - Palavras soltas insinuando algo entre Pedro e eu? Isso já está indo longe demais. - colocando as mãos sobre seus cabelos ela deu um mini círculo sobre a mesa lentamente.

- Amor entre um rei como Pedro e eu, pelo anjo, conta outra. - murmurava antes de voltar a frente do livro. - Amor não existe! -alterada ela deu um forte tapa sobre a capa do livro.

- Livro mentiroso, o amor é psicológico e é apenas um efeito colateral da paixão, uma coisa inventada pelo ser humano para preencher o vazio de suas almas inertes e utópicas.

Não vou mentir, fiquei chocado e decepcionado. O modo que ela agiu me pareceu que sou o pior partido do mundo. Se fiquei triste? Claro, quem não ficaria, me encantei por ela mas seu pensamento era plausível, pelo menos para a cabeça dela porque para mim era totalmente desnecessário e triste. Nem percebi quando entrei na sala em um impulso involuntário.

- O livro nunca mente.

-Garoto de Deus... - seu corpo tremeu em uma reviravolta de espasmos e ela colocou a mão sobre o perto com a respiração ofegante. - Quer me matar de susto? Pelo menos bata na porta, não te deram educação? - ela falou exaltada demais para medir suas palavras e quando percebeu o que havia dito seus olhos se arregalaram e seu rosto avermelhou.

- P-perdão, majestade. - sua voz falhava e seus dedos tremiam. - N-não foi o que quis dizer, q-quer dizer, foi sim mas não para você, quer dizer, foi pra você que eu disse m-mas... - sua mão estava entre nós e por mais que ela quisesse se desculpar ela só piorava as coisas.

-Calma, fique tranquila. Eu entendo. - sorri lhe acalmando.

- V-você está aqui á muito tempo? - ainda mais vermelha como uma cereja ela talvez estivesse raciocinando que provavelmente eu teria escutado toda a conversa, o que não era mentira mas para alivia-la dei um jeito de omitir para não constrangê-la.

- Ahh não! Eu só escutei da parte do livro mentiroso e seu raciocínio poético sobre o amor do qual eu ja adianto que não concordo. - Menti e agora quem ria de nervoso era eu.

-Mentes nunca são iguais, opiniões também não! - deu de ombros e pegou um livro aleatório.

-Acredita mesmo nisso? - a olhei nos olhos e vendo que ela demorou a responder, continuei.

- A vida é muito cruel. Se deixarmos de acreditar no amor porque gostaríamos de viver? - me aproximei mais e ela abriu os lábios mas palavras não saíram de imediato.

-O que eu sei é que o amor sempre vem com a dor e a dor pode desaparecer mas as cicatrizes continuam ali como lembrete do sofrimento. - sua pele de vermelha foi para branca e seus lábios ficaram rubros.

Ela realmente me intrigava.

-Então você já amou? - a curiosidade sobre ela era como um imã, me aproximei sentindo um pouco de sua respiração e o cheiro de seus cabelos ruivos.

-Eu não sei o que é o amor! - inclinado a cabeça ela balbuciou tais palavras centímetros de meus lábios e pude sentir seu halito de manjar. Meu coração se acelerou e então ela se afastou alguns centímetros.

-Eu sei o que é o sofrimento causado por ele. - ela deu uma pequena pausa olhando para o lado e novamente me encarou com seus olhos esverdeados.

-Talvez um dia eu tenha acreditado no amor verdadeiro mas ele não é real se não for recíproco. E eu não o quero.

Ela abaixou sua cabeça e começou a folhear o livro fazendo certo barulho, mechas de seu cabelo caíram sobre seu rosto e então eu as tirei e coloquei para trás de seu pescoço e com isso ela levantou a cabeça e me encarou, nos aproximamos novamente . O barulho do livro cessou.

-Quanto mais se diz que não se quer algo, mais você o deseja no seu eu mais íntimo.

Sua boca semi aberta chamava pela minha porém antes de podermos fazer o desejo delas o livro em sua mão caiu sobre o chão tirando nossa atenção.

Ela se abaixou rapidamente e pegou o livro voltando a ficar a minha frente. Suas bochechas ficaram rubras e ela colocou uma de suas mechas atrás da orelha.

- Você queria falar algo comigo quando entrou? - ela pergunta tentando amenizar o clima e mudando de assunto. Balancei a cabeça tentando voltar do transe e arrumei minha postura.

-Sim, vim aqui avisar que eu e minha irmã vamos ensinar a vocês como se defender aqui em Nárnia, está muito suas amigas e você iram aprender a atirar arco e flecha e a usar uma espada. - expliquei mais calmo.

-S-sério? Sempre adorei arco e flechas. - comentou colocando o livro em seu devido lugar.

- Então vai poder aprender. - sorri sem graça. - Então, quer andar um pouco pelo castelo comigo? - sugeri sutilmente.

-Se não for te incomodar quero sim.

-Não irá. - sorri abertamente, estava feliz por ela ter aceitado depois da conversa que tivemos e o clima estava bem tenso entre nós, seria ótimo que aquilo logo passasse.

Aos poucos fomos conversando aleatoriamente e o clima foi amenizando, era bom demais saber mais sobre ela e descobrimos diversas coisas em comum.

-Então, você tem irmãos? - puxei o assunto que me veio na cabeça.

- Sim uma irmã, Alícia, irmã única, gêmeas bivitelinos. - olhando para os pés ela dizia como se eu soubesse o que era e meu cérebro deu um nó.

-Espero, o que? - parei no corredor piscando os olhos diversas vezes.

-Ah sim, esqueci que você é de uma outra época. - com um risinho ela parou e me olhou.

-Quando uma mulher engravida é comum que em um mês os ovários produzam um só óvulo. Se durante um ciclo menstrual amadureceram dois ou mais óvulos, que foram fecundados por dois espermatozoides separados, se desenvolve uma gestação de múltiplos de gêmeos, trigêmeos ou o número de óvulos que foram fecundados. - continuei a olhando sem entender grande coisa. Nunca fui bom em ciências.

-Tá, então seu pai e sua mãe deram sorte de dois espermatozoides fecundarem dois óvulos diferentes no mesmo instante? Meu Deus. Que louco. - passei a mão pelo queixo. - Mas fisicamente vocês são diferentes como?

- É até engraçado o nosso caso porque somos completamente diferentes fisicamente. Só temos em comum a brancura excessiva, porque eu sou ruiva, muito branca e de olhos verdes e ela é praticamente transparente de branca e com cabelos extremamente loiros, quase brancos além de ter olhos azuis como o céu.

-Quero então poder conhece-la um dia e ver essa diferença pessoalmente. - levantei minhas sobrancelhas e ela gargalhou balançando a cabeça em sinal de sim.

-Mas enfim, é bom ter tantos irmãos como você? - agora quem puxou o assunto foi ela.

-Em algumas as partes é sim mais tem hora que eles são meios chatos, sabe, coisa de irmãos. - ri ao me lembrar das brincadeiras e brigas com cada um deles.

-Entendo, eu com minha irmã também não nos damos muito bem as vezes. Coisas da vida. - comentou sorrindo.

Estávamos em um corredor que ao fundo pude avistar um espelho onde passaríamos por ele então tive uma ideia, doida mas tive. Quando chegamos perto do espelho parei a garota em minha frente. Queria ver uma coisa que estava me intrigando então peguei minha espada e dei a ela.

-Por que está fazendo isso? - questionou confusa.

-Pra você já se acostumar porque amanhã é com ela que você vai lutar.

-L-lutar? Eu, lutar? - gaguejou assustada. - Com quem eu iria lutar?

-Comigo... - dei de ombros.

Sua expressão ficou com um ar desconfiado.

-Você está me dizendo que bem na minha primeira luta eu irei perder? Porque ganhar de você é que não vou. - rindo passava a espada de mão em mão a pesando.

-Nunca saberemos se você não tentar. - encorajei.

- Sim, isto é! - concordou. - Mais eu não quero que você lute diferente comigo só porque sou mulher entendido? - ela apontou o indicador para mim sorrindo de canto.

-É claro que não, pode ficar tranquila não te darei chances. - sorri sarcástico.

Nós rimos bastante de tudo que conversamos, mas foi aí eu fiz algo que nunca pensei que pudesse fazer: coloquei minha coroa em sua cabeça e por um instante pensei que ela fosse mesmo à antiga rainha que estava ali a minha frente naquele momento. Ela estava tão linda que não podia acreditar no que meus olhos podiam ver.

Ela se assustou e suas bochechas coraram mas isso não a impediu de se virar e se olhar no espelho na parede, sua expressão estava confusa mais de uma coisa eu tinha certeza ela estava linda, a garota mais linda que eu já havia visto em minha vida.
Ela se olhou por alguns instantes e então se virou para mim, retirou minha coroa de sua cabeça e a colocou em mim novamente.

-Acho que não sou muito digna de ter uma coroa e de usa-la por mais tempo que isso, não fica tão bem em mim quanto em você. - nas pontas dos pés ela se esticava até conseguir colocar a coroa sobre minha cabeça e logo após conseguir acariciou meu rosto com a ponta de seus dedos me dando a sensação de pequenos choques.

Estávamos muito próximos novamente, e eu queria muito beijá-la. Era o momento certo e então tomei coragem o suficiente de pegar seu rosto e olhar em seus olhos analisando cada detalhe de seu rosto, nossos lábios quase se tocaram mas novamente fomos atrapalhados.

- Atrapalho, Pedro?

Eddie, eu vou acabar com esse pirralho. Por Aslan isso só pode ser carma. Virei meu rosto para ele o fuzilando com os olhos.

-É claro que atrapalha, não está vendo?

-N-não, não atrapalha, não estava acontecendo nada. - Disse ela apressada coçando as têmporas e colocando seus cabelos para atrás das orelhas.

-Não foi o que eu vi. - Ele dizia descaradamente. Como que não mata uma criatura dessas?

-Você não viu nada Eddie, nada está bem? Aliás, o que você está fazendo aqui?

-Estou á procura de Gleice vocês á viram?

-Não eu não a vi. - falou ela em meio a vergonha.

-Eu vi ela indo para um dos corredores ao leste com sua amiga Gaby. - me apressei em dizer apontando o local.

-Ah ok, obrig...

-Tchau Eddie. - sem paciência eu o interrompi.

O silêncio pairava sobre o local e em poucos segundos ela mencionou que deveria ir dormir e foi saindo e eu, óbvio, a segurei pelo braço.

-Espere! Deixe pelo menos levá-la até seu quarto. - sugeri.

-Está bem. - Concordou ela.

O caminho nunca me pareceu tão longo. O clima era horrível e constrangedor. Ao chegar na porta de seu quarto me despedi por obrigação porque por mim eu ficaria na presença dela mesmo com aquele clima tenso.

-Espero você amanhã, vou te derrotar. Me aguarde... - Disse ela sorridente com um ar brincalhão tentando amenizar a situação.

- Veremos. - tentei entrar no clima porém creio que não fui convincente o suficiente. - Contarei os minutos até amanhã.

Ela ficou sem graça então entrou lentamente.

-Boa noite Pedro, durma bem.

-Boa noite, durma bem também.

Seguir leyendo

También te gustarán

9.3K 1K 12
[ Eᴍ ᴘʀᴏᴄᴇssᴏ ᴅᴇ ʀᴇᴇsᴄʀɪᴛᴀ, sᴜᴊᴇɪᴛᴏ ᴀ ᴀʟᴛᴇʀᴀᴄ̧ᴏ̃ᴇs! ] ⎯𝘿𝙪𝙧𝙖𝙣𝙩𝙚 o auge do poder Targaryen, as paredes da Fortaleza Vermelha escondiam sussurros...
123K 6K 65
"Sou chefe do crime perfeito E dono da sua boca"
3.2K 278 35
S/n é irmã de Darius, vcs iam curtir as férias em um parque, só que tudo acaba dando errado quando os dinossauros fogem e causam terror por toda a il...
4.9K 1.2K 76
Título original: The Overlord Who Wears Books Loves Poisonous Wife . Tradução concluída. Status de publicação: em andamento... . Descrição: . Shen Xu...