Cecília
Acordo sentindo leves sulgadas em meu seio, mesmo com os olhos fechados consigo sentir que estou praticamente em cima do grego.
Pelo jeito de sua respiração imagino que ele estava dormindo ainda, meu relógio não despertou ainda mas com certeza deve estar quase no horário de levantar já.
Me mexo sentindo meu braço dormente, Felipe esta com sua cabeça apoiada em cima dele.
Abri meus olhos recebendo a escuridão do quarto, a única luz que tinha ali era a do poste de luz da rua que estava entrando pela beiradinhda da cortina da janela.
Estou morrendo de vontade de levantar pra fazer xixi, porém não quero me mexer e sair dessa posição, Felipe parece estar bem a vontade comigo assim e não quero me mexer para não acorda-lo.
Pela suas olheiras profunda da pra notar que ele não dorme muito, então se ele se sentiu confortável pra dormir comigo agora não posso atrapalhar seu sono.
Me pergunto o porque dele ser assim, as vezes parece normal outras vezes parece não ser ele, como se estivesse me fases.
Uma hora ele é amoroso, cuidadoso comigo, igual antes de dormir, ele me fez massagens e conversou como se fossemos amigos a muito tempo, outra hora ele é violento, grita e até me bate sem motivos, outra hora ele é igual um gatinho manhoso que implora por carinho e amor.
Isso é muito confuso pra minha cabeça, a presença dele me deixa sufocada, ele me deixa tensa, como se não pudesse confiar cem por cento nele.
Preciso levar pra fazer xixi, sinto que a qualquer momento posso fazer xixi já cama, não quero passar essa vergonha então só por esse motivo retirei meu seio dos lábios de Felipe lentamente com todo cuidado do mundo.
Aos poucos fui me afastando, tentando de todo modo não acorda-lo, porém foi em vão pois quando estava quase terminando de retirar meu braço ele agarrou meu pulso com agressividade.
-ta saindo assim porque porra?- perguntou com a voz grossa.
Me assustei com a forma que ele falou, apesar de ter escutado muitas palavras feia enquanto crescia, não me acostumei com elas.
-eu... eu ia ao banheiro.- disse tentando segurar o choro.
Minha garganta até doía com a vontade de chorar, já conseguia sentir minhas mão tremerem de nervosismo.
-ta nervosa porque então porra.- disse de novo com a voz extremamente grossa.
Por o quarto está escuro meu medo aumentou quase que o dobro, lembranças do passado invadem minha mente, onde meu padrasto me acordava apenas para me bater.
E sem perceber acabo urinando em mim mesmo, quando dou por mim o líquido quente já está escorrendo por minhas pernas.
Sem aguentar mais segurar o choro, acabo chorando, choro de soluça, a mão que está livre levo até minha boca pra tentar silenciar o barulho, oque acaba não funcionando.
Felipe que estava segurando meu braço me soltou rapidamente quando ouviu meu choro, consegui ouvir ele se levantar e logo em seguida a luz do quarto já estava acessa.
A vergonha por ter urinando em mim mesmo foi tanta que nem consegui olhar pra ele, o medo de algo acontecer comigo igual o passado me rondava e não me deixava me acalmar.
Como estava com a cabeça baixa vi quando grego entrou em movimento, ele deu exato doía passos, foi o suficiente pra eu me levantar da cama e ir pro canto do quarto, igual fazia quando era uma criança de cinco anos.
Levantei minha cabeça encontrando o olhar confuso de Felipe em mim, seu olhar percorreu meu corpo até que chegou em minhas calças rosa claro do pijama, que está completamente marcada e molhada pela urina.
Logo em seguida grego olhou para cama e ali teve sua confirmação que eu realmente havia feito xixi nas roupas.
Ele tentou se aproximar porém meu medo era tanto, mais tanto que apenas levantei minha mão e neguei com a cabeça, graças a Deus ele me obedeceu e não se aproximou-se mais.
-que que tá acontecendo?- perguntou da onde estava.
-vai embora por favor.- pedi com a voz trêmula.
-eu nao vou embora e te deixar assim, oque que tá acontecendo me deixa te ajudar. - disse de maneira séria.
-por favor, eu... eu... eu só preciso ficar sozinha.- disse após tentar achar as palavras.
-nao adianta pedir isso, nao vou te deixar sozinha, voce precisa de um banho.- disse ele e logo em seguida olhou no relógio. - são apenas três da manhã ainda, eu vou te levar pro trampo, você pode descansar mais duas horas se quiser. -disse.
Neguei com a cabeça ainda envergonhada, o medo aos poucos parecia ir saindo do meu corpo, mais ainda sim estava em pânico.
-vou me aproximar de voce demorou, não vou te machucar, só vou te dar um banho, te deixar limpa.- conforme ele ia falando, ele ia se aproximando. - vou trocar as roupas de cama aí voce vai poder descansar mais um pouco oque acha? Hum?
-tudo bem.- disse bem baixinho quando ele já estava perto de mim.
Aos poucos ele foi retirado minhas roupas ali no quarto mesmo, meu medo já não estava tanto quanto antes.
Logo Felipe me levou até o banheiro, ele ligou o chuveiro no morno e começou a me dar banho, a vergonha era tanto que eu nem se quer conseguia me mexer.
Sei que depois de terminar o banho ele vai querer conversar, não quero fazer isso agora, então tenho cabeça pra isso agora.
{Até a próxima}
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