Corte de Labirintos de Rosas...

By FS_Violet_

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"Eu estava em um jardim que mais parecia um labirinto, o mesmo era coberto de espinhos. Vi na minha frente um... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Bônus - 1
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
aviso
Capítulo 30
aviso
Capítulo 31
Capítulo 32

Capítulo 12

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By FS_Violet_

Estava terminando meu jantar mais uma vez apenas com minha própria companhia. Meu pai continuava passando os dias trancado em seu escritório, e eu evitei tocar em sua porta para não atrapalhá-lo, por mais que uma parte de mim quisesse muito.

Havia passado dois dias que ele havia dito que Veria melhor. Dois dias sem respostas. Dois dias sem devolver uma carta para a Aurora. E pior, dois dias em que minha mente só conseguia se concentrar nisso.

Eu queria dar tempo para ele pensar, porque talvez se eu pressionasse demais, acabaria estragando as coisas. Mas, se eu não dissesse nada, temia que talvez ele fingisse que aquela carta sequer havia existido.

Havia rezado para a Mãe que ela conseguisse fazer meu pai pensar que aquela era uma boa ideia. E uma parte de mim, cogitou… Pedir para as estrelas. Na noite anterior, quando eu sabia que estavam todos dormindo e eu ainda não havia conseguido pregar os olhos. Me debrucei na grade da varanda de meu quarto, e me deparei com alguns brilhos no céu.

Balancei a cabeça tentando afastar a ideia fútil. Havia sido o Herdeiro da Corte Noturna que tinha me instruído a fazer aquilo. E quem sabe ele só quisesse fazer uma piada de mal gosto. Me recolhi para meu quarto após desistir de tal ação.

Enquanto levava mais uma garfada de comida até a boca, ouvi alguns passos de aproximarem. E eu ergui um pouco tentando enxergar quem chegava. Me arrumei melhor na cadeira assim que a pessoa foi revelada.

— Boa noite, filha - a voz de meu pai saiu firme

— Boa noite, pai - respondi rapidamente — Como você está? - perguntei, batucando meus dedos ansiosamente na mesa

Mordi meu lábio logo depois. Como se precisasse me controlar para não ir direto ao assunto que eu estava tão interessada.

— Estou bem - ele disse, e olhou para baixo, pensativo, nervoso, e hesitante — Eu andei pensando muito sobre o seu pedido, na verdade - ele começou — Sei que quer muito ir. Então, decidi permitir - antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele continuou — Mas, Ísis vai te acompanhar, como você disse. E eu conversei com um de meus sentinelas, e o filho dele é um jovem bem treinado, ele vai com vocês. Até mesmo Amélia me disse que ele é um jovem muito consciente, e que acompanharia vocês sem problemas.

Senti um sorriso iluminar meu rosto. Um sorriso que poderia iluminar a Corte Diurna. E quando ele disse o final, eu sabia muito bem de qual jovem bem treinado ele estava falando. Havia anotado em minha mente de agradecer Amélia mais tarde.

— Eu vou para lá, dois dias depois, eu acredito, para a reunião - ele avisou, limpando a garganta — Não se preocupe em responder a carta, já fiz isso por você… Sei que você queria muito - ele murmurou, seu rosto ainda parecia um pouco tenso

— Muito obrigada! - me levantei animadamente me sentindo borbulhar de entusiasmo, e o abracei de forma rápida — Vou pedir para Amélia me ajudar com minhas coisas depois - disse, me afastando

Ele assentiu. Com isso, eu decidi que já havia terminado o jantar.

Fui saltitando até meu quarto, atraindo olhares confusos e até curjosos de sentinelas e criados que tentaram disfarçar. Parei quando encontrei Jasper parado bem na frente de minha porta, apoiando as costas nela, como se estivesse me esperado por bastante tempo. Aquela situação já havia acontecido outras vezes. O macho escondia um sorriso.

— Jasper! - o chamei, num grito sussurrado, tentando não deixar minha voz se elevar muito para não chamar atenção de alguém que pudesse passar por ali — Vai comigo até a Corte Diurna? - perguntei, entusiasmada

— Sim - ele afirmou, finalmente soltando um riso — Estava esperando você chegar para te contar. Mas, você foi mais rápida

— Fiquei tão feliz por meu pai ter permitido - disse, num suspiro, ao me aproximar

— Fiquei surpreso - ele confessou, ficando até um pouco mais sério. E pareceu que ele quis dizer mais alguma coisa, mas ao invés disso, ele apenas permaneceu calado

— Bom - balancei a cabeça, com o rosto alegre — Agora, você vai poder conhecer a Corte Diurna comigo - o lembrei

— E te chamar de senhorita e lhe fazer reverências exageradas a cada dois segundos - ele completou, revirando os olhos

— Isso também - concordei, e comprimi os lábios — E vai ter que fazer diversas reverências para toda a alta sociedade - provoquei, num tom bem humorado

Jasper bufou baixo.

— Vou desistir de acompanhar você - ele disse, colocando os dedos na têmpora

— Não! - neguei na hora, e ele me olhou, quase deixando um sorriso tomar conta de seus lábios — Nem pensar - completei, rindo

Ele riu de volta, e abriu a porta do meu quarto para mim. Passei por ele, tentando não saltitar.

— Até a nossa viagem então... - ele pensou um pouco antes de dizer — Vossa realeza

Me virei para ele, tentando esconder um sorrisinho.

— Já está treinando? - perguntei, num tom de brincadeira

— Com certeza - ele assentiu, e eu ri em negação ao ouvir a porta de meu quarto ser fechada

Me joguei em minha cama dando um gritinho de animação, que em seguida, torci para Jasper não ter escutado.

Olhando para o teto branco de meu quarto, mordi o lábio inferior. Esperava que ver Aurora novamente fosse tão bom quanto havia sido conhecê-la. Mas acima de tudo, torcia para que a reunião dos Grão-Senhores também fosse boa. Só não sabia o que esperar da mesma.

Alev havia dito como ela costumava acabar em brigas, o comentário do mesmo me deixou receosa. Mas evitei qualquer pensamento negativo tomar conta de mim.

Aquilo daria certo.


O dia anterior havia se passado lentamente, tão lento que senti que havia se passado uns cinco dias e não apenas um. Mas felizmente, o dia de eu ir visitar Aurora havia chego.

Infelizmente, não havia conseguido avisar Fenris que não estaria ali por alguns dias. Mas, algo me dizia, que mesmo assim, ele torcia por mim. Torcia para que desse certo, igual eu estava torcendo.

Amélia agora, me ajudava a arrumar minhas malas. Na verdade, ela havia feito a maior parte. Eu tentava acompanhá-la, mas ela era mais rápida.

— Eu nem acredito que eles me convidaram mesmo - soltei de repente, sorrindo alegremente ao pegar um vestido do cabide.

Meu olhar caiu um pouco quando notei que o vestido que eu segurei era o mesmo que Lis havia dito que não era apropriado para aquele jantar com a Corte Outonal.

— Isso aconteceu para te mostrar que você é ótima com as pessoas - ela disse, ajeitando um vestido azul para que eu o levasse — E talvez seja a única que não percebe - ela completou, sorrindo de canto

Me virei para colocar o vestido cor de lavanda dentro do armário novamente, desistindo de colocá-lo.

Se ele não era bom para aquela ocasião com a Corte Outonal, talvez não fosse bom para essa também, por mais que eu gostasse dele.

— Fui ótima com Aurora - a corrigi, rindo sem graça, me lembrando da noite do baile — Uma criança - a lembrei

Amélia demorou um pouco para me responder. Eu não a encarava, estava de costas, vendo meus vestidos no guarda-roupa.

— Crianças são os seres mais sinceros e puros - ela disse, e eu me virei para ela, com a testa um pouco franzida — Costumam ser ótimas julgadoras de caráter

Sorri de canto, e olhei para baixo. Negando
fraco com a cabeça, como se não acreditasse ser merecedora do que ela queria dizer com aquilo.

— Só para te lembrar que quando você se deixa ser você - ela começou — Consegue  conquistar muitas coisas - levantei o olhar e a vi sorrir fraco para mim, em seguida, continuou arrumando minha bagagem

Com isso, me virei novamente para o armário um pouco pensativa. E peguei meu vestido lavanda, certa de que o usaria aquela vez.

— Amélia - a chamei, e ela me olhou serena — Foi você quem fez meu pai se convencer de deixar Jasper ir conosco, certo? - hesitei um pouco em perguntar

Ela suspirou.

— Vocês precisavam de algum sentinela para acompanhá-las  - ela disse, como se fosse algo que não importava muito — Além disso, ficou claro para mim que ele é um bom rapaz que vai garantir que fique segura. E vai fazer o mesmo com Ísis - ao dizer o nome da feerica, ela pareceu se lembrar de dizer algo — Oh, Primrose, por favor, não a deixe passar vergonha com o Grão-Senhor, ela provavelmente vai ficar nervosa perto dele

— Certo - garanti, soltando uma risadinha, — Vou colocar meu vestido - o mostrei, e Amélia assentiu

Mas quando ela pareceu me encarar com mais atenção, seu rosto ficou tenso.

— Primrose - ela me chamou calmamente, franzido as sobrancelhas — Seu colar… Parou de usá-lo?

— Eu… O guardei - menti, e no mesmo minuto em que contei a mentira, desejei que tivesse dito outra coisa

Amélia franziu as sobrancelhas no mesmo instante, porque era ela quem costumava organizar tudo em meu quarto, então ela provavelmente sabia que meu colar não estava ali.

— Seu pai notou? - ela perguntou, alguns segundos depois

— Ainda não - respondi rapidamente, e depois suspirei melancólica — Não foi de propósito… Não queria perdê-lo. Mas, acho que caiu de meu pescoço. Eu não o tirei uma vez.

Ela olhou para o canto, como se lembrasse de algo.

— Sua mãe sempre estava com ele - ela comentou, e soltou uma risada fraca — Também não o tirava por nada, era como se fosse eum amuleto da sorte, ou algo assim

Senti meu rosto cair, ainda brutalmente frustada por ter perdido-o.

— Vou procurá-lo para você - ela disse, voltando a me encarar, como se saísse de um transe. E depois de pensar um pouco, ela falou — Eu realmente acredito que o que é nosso, acaba voltando para nós, só que… Muitas vezes não dá forma que esperávamos.

{Nyx}

— Acha que essa tal reunião vai dar certo? - Catrin me perguntou, sentada na ponta de minha cama, e eu dei de ombros um pouco tenso, não sabendo o que deveria responder — Além disso, acha que deveríamos contar aos seus pais o que fizemos?

Estávamos na minha casa após minha mãe ter reunido toda a família para contar sobre a reunião. Ela havia sido marcada na Corte Diurna. A opção de ser na Corte Noturna tinha sido rapidamente descartada, pois Tamlin jamais colocaria os pés aqui.

Além disso, tia Elain disse que gostaria de conversar com meus pais e meus tios, um pouco antes da reunião acontecer.

Já tínhamos a resposta de todas as Cortes. A carta da Corte Primaveril havia sido a última a ser recebida por Helion, pelo o que ele havia dito. Surpreendentemente, ele tinha aceitado. Uma carta muito curta e direta do mesmo, havia sido apenas isso.

— O que eu vi foi muito estranho, Catrin - soltei uma respiração pesada. E voltei ao mesmo assunto, que de vez em quando, tomava conta de meus pensamentos, desde que minha mãe havia avisado sobre a reunião, e eu notei que aquilo poderia ser mais sério do que já parecia — Só, não acho que precisamos falar agora, nem mesmo eu tenho certeza do que eu vi. Talvez, seja só algo com a Corte Primaveril. Meus pais com certeza já parecem estressados por precisarem conversar com Tamlin, principalmente minha mãe. Não os quero deixar mais ainda.

Minha tia Amren passou pela porta de meu quarto que estava aberta. Me virei na cadeira que eu estava sentado, bem à frente de minha escrivaninha  Me calei rapidamente, mantendo meu rosto neutro, e Catrin fez o mesmo.

— Catrin - ela chamou a fêmea de olhos azuis, com sua voz firme, como sempre era — Seus pais estão te chamando

Descansei na cadeira.

— Por que logo você se deu o trabalho de vir até aqui? - perguntei com humor

Tia Amren com certeza não era a mais carinhosa conosco. Sempre nos lançando olhares assassinos ou até mesmo revirando os olhos quando fazíamos piadas inapropriadas ou fazíamos algo imaturo em sua percepção. Mas no fundo, em algum lugar dentro dela, eu sabia que ela guardava um grande carinho por nós. Por mais que não fosse a melhor em demonstra-lo.

— Ainda preciso resolver algumas coisas com seus pais. Estou indo até o escritório dele - ela explicou com desdém. Com certeza sentiu vontade de revirar os olhos e sair andando

Assenti para ela e em seguida, vi Catrin se levantando e soltando um suspiro.

— Até depois, Nyx - ela sorriu de canto — Podemos conversar melhor depois - e com isso, ela se retirou, se despedindo da Grã-Feerica também

Meu olhar foi para o canto, e me depatei com o colar de Primrose. Havia deixado ele ali mais cedo porque tinha ficado encarando-o. Encarando aquele verde da Corte Primaveril, o verde que lembravam os olhos dela.

Tia Amren continuava parada em minha porta, e o olhar dela seguiu o meu.

— Onde arrumou isso? - ela perguntou, colocando um pé para dentro do cômodo. Pareceu desconfiada quando o encarou com o rosto franzido

— Lugar nenhum - passei a mão pelo colar de forma rápida, e o guardei no bolso. Ela continuou me encarando, dessa vez, ergueu uma sobrancelha — É de uma amiga, na verdade - expliquei, mentindo

Ela colocou outro pé dentro do quarto, e ergueu um pouco o pescoço com interesse.

— Posso vê-lo melhor? - ela perguntou, quase erguendo uma mão para pegar o colar

Coloquei minha mão no bolso, o deixando firme ali para que ele não caísse.

— Não vou dá-lo a você - neguei — Já tem jóias o suficiente - sorri landino

Ela recolheu a mão, e estalou a língua ao se virar para sair.

— É melhor devolvê-lo a essa sua amiga - ela disse, sem me encarar, quase como um aviso. Com isso, saiu sem dizer mais nenhuma palavra e me deixando sozinho

{Primrose}

Já estava pronta quando Ísis bateu na porta do meu quarto, dizendo que o Grão-Senhor da Corte Diurna estava ali, conversando com meu pai na sala de seu trono, e que deveríamos sair em alguns minutos. Sua voz ao mesmo tempo que parecia bem-humorada, estava um pouco nervosa.

Amélia caminhou conosco até o corredor onde o cômodo ficava. E minhas sobrancelhas se franziram ao encontrar meu pai um pouco a frente a porta do trono fechada atrás de si. Ele caminhou em nossa direção.

— O que foi? - perguntei, hesitante

— Podemos conversar rapidamente? - ele perguntou

Assenti sutilmente, juntando minhas mãos na frente do corpo.

— Vou levar sua mala, senhorita - Ísis disse baixo. E a vi caminhar apressadamente até a sala e se virar para fechar a porta

Amélia me olhou, e sorriu de canto para mim. Seu olhar continha afeição, mas rapidamente ela se afastou, voltando a ter uma expressão mais firme.

Quando os passos de Amélia ficaram inaudíveis para nós, meu pai me conduziu um pouco para trás. Para longe da sala do trono. Como se buscasse mais privacidade.

— Helion já está aqui - ele disse, e paramos de andar — Ele vai atravessar vocês

— Ísis me contou - respondi, assentindo

Ele murmurou algo como: Certo

Depois, segurou o queixo com os dedos, e olhou para o canto, um pouco receoso, para depois me encarar novamente.

— Só quero que tome cuidado - ele pediu, levando as mãos para baixo — Cuidado com quem conversa, e com as coisas que diz - ele lembrou

Assenti com a cabeça várias vezes. Como se dissesse que já havia entendido.

Ele acenou com a cabeça para mim e cruzou os braços. Parecia tão hesitante quanto eu.

— Flor, se quiser voltar, apenas avise Ísis. Está bem? - ele perguntou, lentamente depois de um tempo em silêncio

— Sim, pai - assenti. Estava ansiosa para ir, e sabia que o Grão-Senhor me esperava a poucos metros dali — Posso ir agora?

Ele demorou a responder, soltando uma respiração funda demais.

— Pode - ele permitiu

— Certo - disse, e animadamente passei por ele e me virei para me despedir — Tchau, pai

Comecei a caminhar para longe, mas me virei quando o ouvi girar os calcanhares no chão para se virar para mim.  Ele estava parado me encarando.

Olhei para seu rosto.

Meu pai sempre foi bom em esconder o que pensava, o que sentia. Seu rosto costumava ser imparcial, neutro e bem controlado. Mas, naquele momento, ele pareceu esquecer por alguns segundos de fazer aquilo.

Me virei completamente para ele. Percebi que era a primeira vez que eu passaria uma quantidade maior de tempo em outro lugar que não fosse minha Corte. A primeira vez que eu não dormiria naquela mansão. A ideia me parecia tão assustadora mas tentadora ao mesmo tempo.

Corri de volta ao meu pai e o mesmo me olhou confuso e de sobrancelhas franzidas. O abracei assim que o encontrei.

Ele não reagiu ao meu aperto por alguns segundos, mas depois, senti suas mãos devolverem o carinho, e uma delas passaram por meu cabelo. Não saberia dizer quanto tempo ficamos ali.

Eu me afastei lentamente e o encarei.

— Bom, agora eu vou de verdade - disse, começando a andar de costas e acenar — Até daqui alguns dias, pai - sorri

— Até - ele respondeu, e acenou sutilmente de volta

Me virei e poucos passos depois me deparei com a maçaneta da porta. A abri, me virando para olhar meu pai mais uma vez, e naquela hora, não consegui identificar o que passava por seu rosto. Então, apenas sorri sem mostrar os dentes e adentrei na sala.

Me deparei com Jasper. Vestido com a roupa de trabalho, talvez até mais arrumada e limpa, com o rosto sereno, que se abriu de forma quase imperceptível quando me viu.

Ao seu lado, Ísis pela primeira vez sem ser vestida com seu avental. Dessa vez, prestei mais atenção na feérica, já que estava muito afoita alguns minutos antes para vê-la com mais atenção. Ela usava um vestido claro, e seu cabelo cor de avelã estava para baixo. E havia percebido algo que talvez eu não notasse sempre. Isis era tão jovem. Só alguns anos mais velha que eu.

Suas bochechas estavam levemente rosadas, só não sabia se era pelo Sol, ou pelo Grão-Senhor estar ali.

Um pouco mais distante, o macho de pele escura, que parecia ter sua pele brilhando como o Sol sorriu para mim. Um sorriso que deve ter feito até eu mesma corar.

— Primrose - ele me cumprimentou — Ou melhor, Prim - ele se corrigiu, provavelmente se lembrando de como a neta me chamava

Andei da forma mais calma e controlada que consegui em sua direção.

— Olá - disse, abrindo um sorriso maior. Olhei para Jasper e o comprimentei também — Bom dia! - ele acenou com a cabeça. E eu juntei minhas mãos atrás das costas com expectativa — Nós vamos agora?

— Sim, só estávamos aguardando você - ele explicou — Podemos? - ele ergueu uma mão para mim

— Claro - respondi baixo, ao segurar sua mão

Fechei meus olhos, nos sentindo atravessar. Soube que pousamos quando fui imediatamente recebida com uma voz delicada, que eu havia conhecido a pouco tempo.

— Prim! - ela me chamou, e não demorou um segundo para reconhecer seus cabelos ruivos. Sorri junto de Aurora ao pensar em como aqueles poucos dias, poderiam ser diferentes de todos os meus outros na Corte Primaveril

—-----

Oioi leitores! Como vocês estão?

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado, e o próximo promete!

O que acham que vai rolar na reunião? E com a Prim na Corte Diurna?

Não se esqueçam de votar e comentar!

Obrigada!

Antes de ir, quero que conheçam Demetria, herdeira da Corte Invernal e filha do Kallias e da Vivi!

O que acharam? Me contem

Beijinhos lindos<3

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