ALGUÉM PARA AMAR

By BolinhodeQueijo

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Anna, tem dezesseis anos e é nova no colégio Cristo Rei. Para ela este seria mais um ano "normal" do segundo... More

Apresentação
Retornando ao inferno
A ruiva e o idiota do armário
Vendi meu irmão. Tá e dai?
Inimigos? Dupla?
FESTAS? PRIMEIRO BEIJO? HÃN? OI?
PROMESSAS E BEIJOS.
ANNA, ANINHA, ANÃO. WHAT?!
Projeto infeliz com um ser idiota.
Aliz
A DESCOLADA

Beijando o armário

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By BolinhodeQueijo

Entro super atrasada na sala de aula, ainda bem que falta três minutos antes da Professora rabugenta Matilda fechar a porta, tive a sorte de pegar a Professora de matemática mais chata esse ano de novo.

- Com licença rabug... Professora Matilda, pode me dizer qual o numero da minha carteira. - sorrio forçada para ela e a verruga horrível do seu queixo.

- Boa tarde para você também Anna. - ela diz com sua voz fina. - sua carteira é a numero treze. - ela me encara séria.

- Obrigada. - dou alguns passos e me acomodo na carteira.

Observo pela enorme janela da sala de aula o time de futebol de Wes e Keat, as lideres de torcida ficam animadas ao ver o time entrar em campo. 

O conteúdo na lousa é Coeficiente Angular. Enquanto a Professora de Matemática explica o conteúdo, eu apenas viajo em meus pensamentos, vagueio na maionese. 

- Então pessoal, eu quero que vocês determinem o Coeficiente Angular para a próxima aula. - a Professora Matilda repete pela miléssima vez.

A aula de Matemática como sempre demora uma eternidade para chegar ao fim. Eu sou boa nessa matéria mas por obrigação, porque honestamente eu detesto matemática.

- Próxima aula irei corrigir a lição de cada um. Então preparem. - ela diz com sua voz chata, posso jurar que vi sua verruga piscar para mim.

O sinal toca, fim da aula de matemática, o primeiro dia já foi. Rapidamente a sala vai ficando vazia, prestes a ir embora a Professora se vira em minha direção e me chama.

- Anna, posso conversar com você? - ela me encara.

NÃO, CLARO QUE NÃO. QUERO SAIR DAQUI! - digo mentalmente porque só eu posso escutar.

Me viro lentamente em sua direção com a maior cara de merda e dou passos largos até sua mesa. Fico calada com aquele olhar: "FALA LOGO SENHORITA VERRUGA!"

- Então senhorita Anna, eu acredito que saiba porque te chamei. - ela arqueia a sobrancelha e me encara.

AGORA EU LEIO PENSAMENTO AMIGA VERRUGA? - digo mentalmente porque só eu posso escutar.

- Na verdade, não faço a menor ideia. - encaro ela.

Os olhos da Professora se baixam a procura de alguma coisa, ela retira um papel de uma pasta.

- Este é seu boletim do ano passado, suas notas foram de mal a pior. Você quase repetiu de ano e eu me dediquei para que você passasse. Deixei de cuidar da minha verruga que é sensível e precisa de cuidados especiais, para você passar de ano. Você é uma excelente aluna e espero que este ano você não desperdice o meu tempo. Fui clara?

O QUE? EU OUVI DIREITO? CUIDADOS ESPECIAIS PARA UMA VERRUGA? - digo mentalmente porque só eu posso escutar.

- Está escutando? Fui clara? - ela me encara.

Inspiro e expirou duas vezes e respondo.

- Ta bom rabug... Professora Matilda. Eu prometo que vou me esforçar para melhorar. - digo encarando sua verruga, eu juro que ela piscou para mim.

- Eu sei que vai. - ela fica me olhando por alguns instantes. - Agora sai daqui. Vai, xô.

Viu só? Detesto ela. Saio finalmente da sala, respiro profundamente aliviada daquilo tudo e de sua verruga. Ainda bem que deu tempo de pegar o ônibus porque se não acho que iria cometer um grande crime com a rabugenta e sua verruga.

EM CASA

- O que? - mamãe diz surpresa.

- É só uma nota. Eu vou me esforçar mais esse ano. - me sento no sofá ficando ao lado de mamãe.

- Só uma nota? Se você perder essa bolsa eu não sei o que faço com você. - ela arqueia a sobrancelha.

- Fica tranquila vai dar tudo certo. - sorrio forçada.

- Minha filha, eu sei que é puxado estudar nesse colégio mas eu quero que tenha um ótimo futuro e não acabe igual sua mãe.

- Não diga isso, você é uma mulher extraordinária e uma incrível confeiteira. Eu me orgulho tanto de você. - dou um abraço apertado nela.

- Eu amo você. - ela retribui.

- Pensar que eu ia matar aula. - sorrio mas logo me arrependo do que falei.

- Você o que? - ela me encara brava.

 - Drew ia me apoiar. - tento me safar jogando a culpa nele.

Mamãe arregala os olhos e pisca algumas vezes enquanto absorve tudo aquilo.

Ela se levanta, encara as escadas e grita:

- ANDREW, DESÇA JÁ AQUI. AGORA! 

Em instantes Drew aparece.

- Sim? - ele aparece com a maior inocência.

- Que ideia é essa de apoiar sua irmã a matar aula? - ela diz enquanto as duas mãos são levadas a cintura.

Andrew me encara com aquele olhar de sempre "VOU TE MATAR". Ele volta sua atenção a mamãe e antes de abrir a boca, mamão pronuncia:

- Você está chapada muleque?

- Eu apenas disse que ela, bom... - ele se confunde todo. - que seria uma honra ela matar aula pela primeira vez. Mas não do jeito ruim, mas do jeito bom. - ele encara ela todo confuso.

- É, ta chapado mesmo. Onde você tava com a cabeça? 

- Mãe tudo isso não se passa de uma brincadeira, só para ver como você reagiria a essa noticia... certo Liz? - Drew sorri apavorado para mim.

- É verdade mãe, a gente só tá de brinks, sacomé né? - sorrio forçada.

- Não, não sei. - ela nos encara séria.

DIA SEGUINTE

Drew dirige o carro, eu e Keat estamos no passageiro de trás, Wes está na frente.

Keat está no primeiro ano, ele tem uma vida brilhante. É atleta, popular, bonito e eu sou apenas o patinho feio.

- Xuxuzinho. - Wes encara algumas garotas.

- Mas todas são iguais. - reviro os olhos com cara de deboche.

- Para você é. - ele rebate.

- Todas se acham, são chatas, nojentas... - encaro ele.

Drew estaciona o carro.

- Todas são gatas meu amor. - ele sai do carro todo se achando.

Como sempre estou atrasada, de novo. Ando pelo corredor extenso indo em direção ao meu armário e pela simples coincidência infernal, me deparo com as lideres de torcida.

Essas garotas se acham a tal da escola, acham que são as rainhas da escola. COITADA.

- Ora. Ora. Ora, o que temos aqui. - lana diz enquanto masca seu chiclete de um jeito horrível. - Porque não se muda para outro lugar onde as pessoas não possam te ver. Tipo uma escola só para cegos. 

Minhas bochechas queimam de raiva "QUERO QUE VOCÊS QUEIMEM NO INFERNO" - digo mentalmente porque só eu posso escutar.

Não é que sou covarde para enfrenta-lá. Eu apenas não quero desperdiçar meu tempo com algo que não vai valer a pena e também pelo fato delas serem em seis e eu um.

- E meu Andy, como vai? - lana diz enquanto enrola uma mecha de cabelo no dedo.

- Você é a última pessoa em que ele perguntaria. - encaro ela séria.

- O que foi que você disse garota? - ela rebate e se aproxima até mim.

- É surda? - digo na ironia enquanto estufo o peito.

Ela sorri cínica para mim, me olha dos pés a cabeça.

- Você não merece o meu tempo, é um patinho feio. Por isso seus irmãos se envergonham de você, porque é uma aberração. - ela dá as costas, mas rapidamente volta sua atenção a mim. - e mais uma coisa... - ela cospe seu chiclete na minha cara.

Me sinto humilhada, meus olhos se enchem de lágrimas. Como pode existir um ser tão cruel?

Dou passos largos, quando percebo estou correndo em direção ao banheiro enquanto choro. Com lágrimas nos olhos, sem enxergar direito apenas sinto o gosto do ferro enferrujada em minha boca.

Estou vendo passarinhos e estrelas rodando no céu.

- Droga. - gemo de dor no chão meio atordoada.

Uma sombra desconhecida ao me ver espatifada no chão arregala os olhos e pergunta:

- Ei, você está bem? - diz assustado.

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