Peço imensas desculpas, mas a publicação de 20/fev foi feito no livro errado... que já estava concluído, por isso estou corrigindo esse erro e introduzindo o texto no livro correto.
Título: Sem arrependimentos
Imagine: Imagina que tu e o Hotch tem de trabalhar infiltrados durante um caso e as coisas desenvolvem-se.
Avisos: Nenhum.
A semana tinha estado calma, mas neste trabalho esses momentos nunca duram muito tempo e não tardou muito para recebermos um novo caso que nos fez viajar para Miami para investigar o que parecia ser um assassino em série. A equipa já se encontrava no jato quando eu cheguei acompanhada pelo Hotch e assim que nos sentámos um ao lado do outro começamos todos a discutir sobre o caso em mãos.
- Muito bem, vamos começar com a análise do caso.
- O corpo estava disposto de uma forma fácil de encontrar, portanto podemos dizer que ele quer ser visto. Garcia todos eles têm relativos familiares disponíveis para interrogatório?
- Sim, meu trovão de chocolate. Até digo mais, todos eles mudaram-se porque eram recém-casados.
- Então temos uma vitimologia constante. Ele ataca homens que sejam recém-casados e novos no bairro, talvez possamos jogar com isso futuramente. - O Rossi comentou olhando novamente para os ficheiros.
- Sim. Todas as vítimas sofreram um excesso de ferimentos o que indica uma grande quantidade de raiva, mas penso que poderemos saber mais assim que o relatório da autópsia estiver disponível.
- Exatamente. Quando aterrarmos Rossi e Spencer vão ao local do crime, Morgan e Prentiss vão ter com o médico legista, JJ podes dar entrada no hotel e eu e a (T/N) podemos nos instalar na esquadra.
- Ótimo, mas precisamos ter em mente que se ele sentir que o cerco está fechando pode sair numa matança desenfreada.
- A (T/N) tem razão, temos que manter a comunicação fechada por agora.
- JJ, depois de ires ao hotel podes puxar alguns cordelinhos com a comunicação?
- Posso ver o que posso fazer.
***
Já havia passado muito tempo desde que a investigação havia começado e as pistas já haviam arrefecido sem haver algum avanço importante. Tudo o que tínhamos era um perfil inicial sobre o nosso suspeito e a vitimologia que ele preferia.
- Com o andar da coisa não vamos ter outra opção senão esperar por uma nova vítima. - A JJ comentou olhando novamente para o quadro.
- Tem de haver uma ideia melhor. - A Prentiss rebateu enquanto eu mexia o café, mas antes dela continuar a sua atenção se virou momentaneamente para mim e o Hotch.
- O que foi?!
- Na verdade temos uma outra opção. Podemos mandar alguém infiltrado.
- Pode ser arriscado mandar um agente com um perfil tão pequeno, mas pode também ser a nossa única hipótese de apanharmos o suspeito. - O Hotch avaliou a ideia dando a sua opinião.
- Só temos de encontrar alguém que encaixe no seu tipo de vítima. - Disse retirando uma bolacha e levando-a à boca. De repente todos se calaram e voltaram a fixar a sua atenção em mim e no Hotch. - O que foi?! Tenho migalhas na cara?
- Na verdade eu acho que a ideia da Emily é fantástica e nós já temos os agentes perfeitos para o trabalho....tu e o Hotch.
- Eu?! Mas... Vocês acham?
- Elas têm razão. Vocês são o casal perfeito para atrair o nosso suspeito. - O Rossi analisou com seriedade e neste tempo todo o Hotch permaneceu calado avaliando a situação.
- Vamos preparar o nosso disfarce muito bem antes de seguirmos adiante com este plano. - O Hotch decidiu por fim deixando todos voltarem para o hotel para se prepararem.
Quando chegamos ao hotel cada um foi para o seu quarto e passamos o resto da tarde e noite para preparar o nosso disfarce, mas foi-me difícil concentrar sabendo que na manha seguinte iria ter que partilhar o meu tempo de forma tão íntima com aquele que é o dono do meu coração há mais de um ano...
Na manha seguinte quando saímos já se encontrava um carro que nos levaria à casa onde iríamos ficar durante a nossa missão. A casa fica no mesmo bairro da nossa última vítima e com isso esperávamos poder atrair o suspeito. A viagem de carro foi bem pequena e durante o nosso trajeto foi discutido o nosso disfarce e como agiríamos, mas o jogo só começou quando chegamos à casa.
- Bem, meu querido marido espero que esteja pronto para os vizinhos bisbilhoteiros e compromissos de casado.
- Penso que ainda não devo ter pedido a prática, meu amor. - O pequeno apelido causou arrepios agradáveis pela minha espinha e tive de fazer um grande esforço para não corar.
- E agora o que fazemos?!
- Começamos a nossa vida de casado e esperamos que ele apareça. - As horas foram passando e nada parecia acontecer, nem um pequeno ruído para nos aguçar os ouvidos então tivemos de encontrar coisas para fazermos. - Bem, já terminei os relatórios que tinha para hoje e adiantei alguns que tinha para entregar para a semana, e ainda nem é meio dia. Com este andar talvez consiga deitar Jack quando voltarmos.
- Adiantaste o suficiente para dares uma pausa e vermos um filme?!
- Tudo menos ação, por favor. - O Aaron sentou-se ao meu lado descansando o braço nas minhas costas, relaxando por completo. No momento em que íamos por play alguém bateu na porta e ambos fomos responder ao mesmo tempo.
- Boa tarde, queria convidar-vos para o nosso churrasco do bairro para conhecerem os vizinhos.
- Obrigada. Isso é ótimo.
No convívio havia muita gente e no momento em que entrámos todos os olhares estavam em nós. As mulheres derretiam-se com o Aaron enquanto vários homens lançavam sorrisos na minha direção. O Aaron também se apercebeu e rodeou a minha cintura com o braço de forma protetora continuando a caminhar para o centro da festa "conhecendo os vizinhos" que víamos.
- Prazer em conhece-los, eu sou a Lindsay. Espero que gostem da comunidade.
- Até agora estamos adorando. - Respondi agarrando no braço do Aaron.
- Há quanto tempo estão juntos?
- Estamos juntos há 3 anos, mas só arranjei coragem neste último ano para lhe pedir em casamento.
No meio de tanta gente havia um sujeito que ficava na lateral, apenas observando e falando apenas quando era extremamente necessário. Entretanto a mulher que se apresentou como Lindsay continuava a fazer perguntas sobre a nossa vida em conjunto tornando-se suspeita, mas no meio do seu interrogatório ela foi interrompida pelas crianças que nos rodearam.
- A minha mãe disse que são namorados. Vocês também dão beijinhos?
- Claro que sim, querida. Tal como qualquer casal.
- Vocês podem dar um beijinho? - Outra criança intrometeu-se apanhando o Aaron de surpresa.
- Eu acho que devíamos procurar um jogo mais interessante para vocês. - Eu tentei desviar-lhes a atenção, mas de nada serviu.
- Beija, beija, beija.. - Todos começaram a cantar ao nosso redor. O Aaron levantou-se agarrando o meu rosto enquanto sorria.
- Se não podes vencê-los então junta-te a eles. - Ele sussurrou e plantou um dos beijos mais doces que alguém já me havia alguma vez dado.
Todos aplaudiram e a festa continuou, mas o homem estranho e a rapariga das perguntas haviam desaparecido por completo. Nós também não demoramos muito para encontrarmos uma desculpa para voltarmos para casa.
- Reparaste no homem que andava por lá na lateral a observar?
- Sim, ele pareceu desaparecer depois do nosso...beijo. - Ele parecia um pouco envergonhado com o que se havia passado e isso partiu-me um pouco o coração, mas tínhamos de manter a profissionalismo para o bem da missão então tínhamos de resolver as coisas o mais rápido possível. - A mulher que nos fez as perguntas também pareceu perder o interesse.
- Aaron sobre o que aconteceu na festa...Não precisamos de falar sobre isso, podemos fingir que nada se passou.
- (T/N) eu ainda não sei o que senti, mas eu não quero esquecer nada... E nem me arrependo de nada. - Um raio de esperança voltou a acender-se dentro do meu coração e depois disso demos a noite por encerrada.
***
Passado uns dias finalmente havíamos apreendido os nossos suspeitos, mas não sem darem alguma luta e no meio do confronto acabei levando um tiro no ombro. Agora estava numa sala do hospital à espera que me dessem alta quando o Aaron entrou no quarto.
- Aaron! Parece que a nossa missão acabou. - Ele não comentou nem uma única palavra e avançou rapidamente para mim agarrando no meu rosto e plantando um beijo apaixonado.
- Desculpa-me (T/N), eu não consegui proteger-te.
- Está tudo bem Aaron. Eu estou bem.
- Meu deus, eu tive tanto medo de te perder. Eu amo-te (T/N) e tive que quase perder-te para conseguir perceber isso... Desculpa.
- Oh Aaron, estás a falar a sério?! - Ele assentiu baixando o olhar. - Eu também te amo, mas e a BAU?! Sabes que não é permitido relações no trabalho.
- Uhh... Não é bem assim só vamos é ter de preencher algumas fichas, nada a que eu já não esteja habituado. - Ele sorriu genuinamente.
- Eu amo-te Aaron Hotchner. E não me arrependo de nada. - A partir daí as coisas mudaram por completo, mas continuamos a fazer o nosso trabalho salvando vidas estando mais felizes do que nunca.